Indicadores de Práticas Integradas de TE

Observaveis para o planejamento

Como incluir indicadores de Práticas Integradas de TE aos objetivos de aprendizagem de sua disciplina: 


- Identifique quais indicadores de Práticas Integradas de TE são relevantes para sua disciplina. Isso pode incluir habilidades em tecnologia integradas aos seus objetivos de ensino e aprendizagem, como a criação de sites, blogs e podcasts, bem como a utilização de plataformas de aprendizagem on-line e ferramentas colaborativas. É importante o incentivo à colaboração entre os estudantes ao trabalhar com esses indicadores de TE.

 - Crie estratégias de ensino por meio da metodologia baseada na pedagogia dos multiletramentos e das comunidades de aprendizagens.

- Recorra às observáveis, disponíveis abaixo de cada indicador de TE, para formular os seus próprios indicadores de avaliação para acompanhar o processo dos estudantes.

- A colaboração entre os professores, ao trabalhar com indicadores de práticas integradas de TE de forma contínua, pode desenvolver habilidades em tecnologia que beneficiarão estudantes e educadores.

Multiletramentos 

A formação para os multiletramentos é condição para a que a educação reflita um ambiente o mais próximo possível do contexto dos estudantes.  Trata-se de investir na apropriação dos letramentos digitais e midiáticos de modo que crianças e adultos possam ler, escrever e participar civicamente empregando as múltiplas linguagens de comunicação e expressão propiciadas pelas TIC e mídias por elas veiculadas.  


OBSERVÁVEIS PARA O PLANEJAMENTO

Interação social

Na Stance Dual este indicador está relacionado à perspectiva sócio-histórica de interação social de Vygotsky, a qual defende que dois ou mais participantes definem o seu comportamento em função daquilo que esperam um do outro, de acordo com um conjunto de conhecimentos prévios a que ambos obedecem (se estão se falando pela primeira vez, se estão em uma situação mais - ou menos - formal de interação, em que contexto se inserem etc.).

As TIC potencializam  cada vez mais as interações sociais, à medida em que as tecnologias se tornam mais ubíquas, possibilitando a geração e a publicação de informações, o engajamento, a participação, a colaboração e  novas formas de interação e dinâmicas sociais.  As TIC, usadas como instrumentos para a mediação da comunicação didático-pedagógica (que tem como objetivo construir a emergência do conhecimento do saber fazer no coletivo) em contextos de aprendizagem em rede, enriquecem os processos de aprendizagem, adequando experiências individuais na promoção da colaboração na construção do conhecimento em rede. Isso gera o desenvolvimento individual e do grupo.


OBSERVÁVEIS PARA O PLANEJAMENTO

Ensino híbrido, ubiquidade e contexto de aprendizagem

A proposta de  ensino hibrido acontece com a articulação de ambientes de aprendizagem presenciais e virtuais que assume um papel de ampliação do espaço físico para o virtual de aprendizagem, além de promover a autonomia do aluno, no sentido de mediar o seu próprio processo de construção do conhecimento promovendo o engajamento e o diálogo potencializados pelas TIC. A tecnologia atua fortemente, tanto no produto físico quanto no digital, trazendo inúmeras possibilidades de comunicação, arranjos, itinerários entre as atividades propostas, entrelaçando os significados, sentidos das lógicas globais, distantes e locais, pois além do conhecimento da sua própria história outros conhecimentos são incorporados.

A ubiquidade tem concepção no uso social das TIC no cotidiano de forma natural, uma vez que os indivíduos não se dão conta das interações que realizam por meio das tecnologias móveis, que ampliam consideravelmente as possibilidades de conexão à internet em todo momento e de qualquer lugar. Com uma intencionalidade pedagógica no uso das tecnologias móveis e com chromebooks e tablets conectados à internet no dia a dia da sala de aula, percebemos a inserção na cultura digital. 

contexto de aprendizagem é um  conjunto coerente de fatos, circunstâncias e pessoas que acompanham e concretizam uma situação de aprendizagem -o que acontece, para e por que acontece, onde acontece, como acontece, quando acontece e a quem acontece. Ou seja o contexto de aprendizagem diz respeito às circunstâncias criadas para a realização de atividades com o objetivo de propiciar a aprendizagem, articulando situações educativas, o conteúdo, o professor, as atividades intencionais com a participação dos estudantes, as relações entre sujeitos, conhecimento, experiências e objetos histórico-culturais, inclusive as tecnologias digitais, as linguagens e os multiletramentos.

A ubiquidade pode promover a conexão ampla entre diversos contextos. É importante incluir e articular ao currículo prescrito o que os estudantes aprendem em contextos informais que podem complementar a aprendizagem em contextos de aprendizagem formais, o que é favorecido pelo ensino híbrido. 


OBSERVÁVEIS PARA O PLANEJAMENTO

Participação e engajamento 

O desenvolvimento das tecnologias da informação e da comunicação (TIC) impactou nas formas de interagir e sociabilizar, e foi responsável pelo surgimento de uma cultura da participação. Esse impacto passou a ser maior com o surgimento da Web 2.0, que deixou de ter seu foco na oferta e no consumo de conteúdos, mas na dinâmica de participação e da co-criação de valor. Há também a participação mais recorrente e efetiva nas diversas esferas da vida,  como políticas, econômicas, sociais, culturais, profissionais, pessoais, entre outras.

É preciso planejar atividades baseadas em metodologias que oportunizem a participação, e a reflexão sobre essa participação visando a formação para  a cidadania digital, assim como a ação do estudante em inter-relação com seus pares e com todos os elementos que compõem o contexto. 

O engajamento, considerando-se uma perspectiva vygotskyana de ensino e de aprendizagem, pode ser compreendido a partir do conceito de agência, referindo-se às ações intencionais coletivas e individuais que visam uma transformação em uma atividade, como um movimento de ruptura que possibilita a transformação.  Na noção de engajamento, estão implícitas as ideias de transformação e de redes colaborativas para que as atividades sejam realizadas a contento. 

As TIC contribuem para que esse processo ocorra, com os diferentes contextos de aprendizagem embutidos na cultura digital enfatizam a dimensão social da aprendizagem, potencializada pelas redes sociais, e impulsionam a interação social e as práticas de participação. Em outras palavras, as tecnologias mobilizam a participação, o envolvimento e a prontidão dos alunos na produção de algo concreto.


OBSERVÁVEIS PARA O PLANEJAMENTO

Colaboração e compartilhamento

A noção de colaboração implica uma atividade em que diversos indivíduos trabalham conjuntamente em uma base de igualdade (e não em uma relação hierárquica), o que vai demandar uma dose maior de interação do que a simples realização conjunta de diversas operações. Assim, a colaboração, é o fundamento de uma atividade interativa na qual todos se empenham para atingir objetivos comuns e centrados em problemas específicos. Para haver colaboração, os envolvidos devem fazer um esforço consciente e contínuo para coordenar sua linguagem e atividades no que diz respeito ao conhecimento compartilhado

Os contextos da aprendizagem ubíqua enfatizam a dimensão social da aprendizagem evidenciada nas redes sociais da web, que impulsionam a interação social, as práticas de participação, compartilhamento e colaboração, assim como a valorização de processos e resultados apoiados na reflexão; a corresponsabilidade, a coinvestigação, e a coaprendizagem; os cuidados com a segurança e a proteção.


OBSERVÁVEIS PARA O PLANEJAMENTO

Autoria e coautoria

As dinâmicas interacionais e interativas atuais colocam professores e alunos na posição tanto de consumidores quanto de  produtores de informações, podendo ambos optar pelo formato que preferirem para consumir ou para produzir conteúdo. Logo, o professor pode ministrar uma aula recorrendo a textos, vídeos, áudios ou imagens, de terceiros ou produzidos por ele mesmo, assim como os alunos podem optar por diferentes mídias para demonstrar a resolução de um problema, apresentar um seminário, desenvolver um projeto, ou criar um produto, etc. 

O conceito de autoria, articulado à possibilidade de autonomia e coautoria, pressupõe sujeitos ativos e transformadores da realidade, tanto no que se refere aos professores, quanto aos alunos, constituindo um importante indicador das práticas integradas. A coautoria é um processo no qual duas ou mais pessoas, com habilidades complementares interagem para criar um novo conhecimento.  

A autoria demanda a ocupação de um determinado lugar social e certas funções, de modo a fazer circular sua produção em uma comunidade.  As TIC e a conectividade generalizada têm contribuído, em diversos aspectos, para o estabelecimento de uma cultura da participação e da autoria de processos e produtos digitais. As TIC também possibilitam o exercício da autoria para que professores e alunos assumam, nos processos de ensino e de aprendizagem, a função de agentes transformadores.


OBSERVÁVEIS PARA O PLANEJAMENTO

Espiral de aprendizagem - reflexão, depuração e re(construção) do conhecimento.

A espiral da aprendizagem a partir da noção de ciclo de ações descrição-execução-reflexão-depuração, identificado em contextos em que o computador é utilizado na construção do conhecimento, em especial, nas atividades de programação por meio de uma linguagem específica. Esse ciclo de ações acontece na interação aprendiz-computador e mostra o caráter espiral da aprendizagem, mecanismo mais adequado para entender o processo de construção do conhecimento na relação do aprendiz com as TIC.

Nessa perspectiva, cada uma das ações contribui para uma fase da espiral crescente de conhecimento que é construído à medida que o aluno interage com o computador. Na prática, o estudante realizará várias delas simultaneamente. Além disso, tanto os ciclos de ações quanto a espiral de aprendizagem acontecem simultaneamente, em um processo de retroalimentação, quando acontece  (re)construção do conhecimento.


OBSERVÁVEIS PARA O PLANEJAMENTO

Articulação teoria-prática

A relação teoria-prática destaca a importância não só de o professor conhecer as teorias que embasam a sua prática em sala de aula, mas também de ele entender a própria prática para desenvolver o seu trabalho de modo a favorecer o ensino e aprendizagem. Atuam juntas, as dimensões de conhecimento e de intencionalidade (atividade teórica) e a de intervenção e transformação (atividade prática) da atividade docente, do que decorre o sentido de atividade teórico-prática - ou práxis.

No que diz respeito às práticas integradas, é necessário ter em vista sua conexão com demais teorias e metodologias que compõem o DNA da Stance Dual. Sendo assim, o indicador de articulação teoria-prática prevê a intencionalidade do trabalho com tecnologias digitais de forma que se alinhem aos princípios da instituição. 


OBSERVÁVEIS PARA O PLANEJAMENTO

Tratamento de dados com segurança off-line e na nuvem 

Uma formação para a cidadania pressupõe a adequação ao cenário atual.  Sendo assim, é fundamental que  um currículo integrado à cultura digital trate de questões de segurança, ética e responsabilidade, assim como do tratamento de dados em ambientes off-line e na nuvem.  


OBSERVÁVEIS PARA O PLANEJAMENTO

Cidadania digital

A formação para a cidadania, concebida à luz do nosso tempo, é um dos compromissos que a educação deve abraçar. A sociedade do conhecimento, em rede, conectada, apresenta especificidades que devem ser intencionalmente problematizadas no ambiente escolar para a formação do cidadão digital.

OBSERVÁVEIS PARA O PLANEJAMENTO