Propósito
Este tutorial é um relato da instalação do Red Hat 5.5 destinado a utilização do Oracle 10g. Essa instalação não contemplará a configuração de firewall, ntp, ou outros serviços atualmente utilizados paralelamente ao banco de dados, e que, em muitos lugares são necessários para aumentar a confiabilidade do servidor.
Essa instalação foi elaborada em Português (BR).
Tópicos
Este tutorial aborda os seguintes tópicos:
* Dicas
Pré instalação
Uma instalação bem sucedida de um sistema operacional necessita de algumas informações que devem ser discutidas com os profissionais do setor de redes.
São elas:
1. Endereço IP;
Trata-se de um servidor de banco de dados; o IP deve ser fixo.
2. Máscara de rede;
Diretamente ligada ao IP, deve ser especificado pelo setor de redes.
3. Gateway;
Meio pelo qual o servidor conseguirá se comunicar com os outros computadores da rede.
4. DNS Primário e Secundário;
Importante para acesso externo (internet).
5. Nome do servidor;
Geralmente as empresas têm um padrão de nomes para servidores.
6. Layout do disco rígido.
Quais diretórios base serão criados e se haverá partição independente para cada um deles.
Com essas informações em mãos a instalação é tranquila e ocorrerá sem problemas.
Instalando o Red Hat 5
Após inserir o DVD de instalação e iniciar o computador, aparecerão as seguintes telas.
1. Primeira tela de instalação do Linux. Pressione [ENTER]
Pressionando [ENTER] é iniciada a instalação em modo gráfico (padrão), mas é possível efetuar uma instalação em modo texto digitando: linux text
2. Nessa tela é possível testar o DVD de instalação, pressionando [OK]; pode-se abortar o teste pressionando [Skip].
3. Tela inicial do Red Hat.
4. Selecione o idioma desejado (Português Brasil).
5. Selecione o layout do teclado (ABNT2).
6. Levando em consideração que esta é uma instalação para testes, não é necessária a utilização da chave para atualização.
7. Confirmando a ação anterior.
Nesse momento, para discos novos, aparecerá uma mensagem informando que a instalação apagará todos os dados do disco: confirme.
8. Para esta instalação utiliza-se um layout personalizado.
9. Tela inicial para configuração do layout do disco rígido.
10. Criando SWAP; nesse ambiente, há disponível 512MB de memória física, portanto utilizaremos 1GB de Swap (Leia o documento da Oracle, pois nele encontra-se os parâmetros para a criação da Swap para cada ambiente. No ítem 1. Hardware Requirements, i e ii).
11. Criando uma partição "/boot" para acelerar o processo de boot do servidor; como nenhuma otimização de kernel será efetuada, 80MB são suficientes.
12. Porfim, criando a partição raíz "/" utilizando o espaço que ficou disponível.
13. Verificando o que foi efetuado e continuando a instalação.
14. Opções do Grub, não é necessário fazer nada nesta tela.
15. Tela de configuração da placa de rede e do nome do host; o nome do host será "rh5ora102" (pré requisitos); clique em [ Editar ] para editar as configurações da placa de rede.
16. Habilite somente o suporte ao IPV4 e adicione o endereço IP e a máscara (pré requisitos).
17. Quando confirmar a configuração de rede, voltará a tela anterior, não será preenchido os campos de Gateway e DNS (pré requisitos), clique em [ Próximo ].
18. Confirmando que não haverá um Gateway.
19. Confirmando que não haverá um DNS.
20. Selecionando o Fuso Horário Local.
21. Definindo a senha do root; para o teste específico não é necessário definir senha forte, mas para um ambiente de produção uma senha forte é extremamente necessária.
22. Tela de seleção de aplicativos e características do servidor; selecione Personalizar agora.
23. Não utilizaremos ambiente gráfico, portanto não selecione o Gnome e nem o KDE.
24. Vamos selecionar "Editores" para deixar somente o "vi" (na pós instalação instalaremos também o mcedit).
25. Deixando somente o "vi" selecionado.
26. Em Aplicações, desmarco as outras opções (conforme figura abaixo).
27. Por se tratar de servidor, não habilitaremos o som (esse procedimento evita carregar drivers desnecessários).
28. Em "Desenvolvimento" fica somente as ferramentas abaixo selecionadas.
29. Em "Servidores" desmarco todos (se precisar de algum serviço pode instalar posteriormente).
30. Confirmando que todos os serviços estão desmarcados.
31. Em "Sistema Básico", deixe habilitado conforme figura.
32. Mostrando a parte inferior da lista.
No ítem Idiomas, deixe padrão, salvo se quiser implementar alguma lingua diferente de Português (Brasil) definido no início dessa instalação.
33. Após continuar, é efetuado a análise das dependências.
34. Tela de aviso antes do início da cópia dos arquivos.
35. Formatando os sistemas de arquivos.
36. Transferindo a imagem de instalação para o disco.
37. Iniciando o processo de instalação; --== pausa para o café ==--
38. Acompanhando o processo.
39. Após a instalação, o servidor será reiniciado e a tela abaixo será apresentada; saia da tela, toda configuração posterior será efetuada no pós instalação.
40. Instalação concluída, servidor pronto para a pós instalação.
Pós instalação
Na pós instalação será criado e configurado o ambiente para a instalação do Oracle.
Não deixe de ver os anexos deste tutorial, pois facilitará os passos seguintes.
Antes de iniciarmos a configuração é necessária a definição de alguns parâmetros:
* UID do usuário oracle;
Isso é necessário porque, no caso de uma migração, criação de standby ou rac esse padrão será essencial.
* GID do grupo dba e oinstall;
Necessário para padronização dos sistemas.
* Estrutura de diretórios do Oracle.
ORACLE_BASE; ORACLE_HOME
Esse tópico foi baseado no documento anexo (requirements_install_ora10r2_on_rh5.pdf), extraído do metalink e guias de instalação do Oracle 10g.
1. Criando um repositório RPM local; esse ítem ajudará na instalação de qualquer pacote necessário, pois estará localmente (evitando a necessidade de inserir e montar um DVD).
2. Inativando SELinux; apesar de melhorar a segurança do linux, os documentos encontrados na Oracle recomendam a inativação desse serviço (Documento anexo ítem 2. Kernel Requirements subítem b).
Procure pela entrada "SELINUX=enforcing" e substitua por "disabled", conforme figura abaixo.
3. Reiniciando o servidor; esse procedimento desabilitará o SELinux.
4. Verificando as dependências do Oracle
Um método eficiente, é inserir a lista de programas necessários em um arquivo (pacotes.txt) e depois utilizar um comando shell para verificar todas as dependências.
4.1. Criando o arquivo com a lista de programas necessários (pacote.txt anexo):
4.2. Verificando os pacotes que não estão instalados. Para isso estou utilizando o arquivo criado anteriormente com o comando FOR.
Observe que, com uma única linha de comando, é possível verificar todas as dependências do Oracle. Esse é um método, mas pode-se verificar os pacotes manualmente ou da maneira que for conveniente.
5. Instalando as dependências.
6. Criando os grupos e usuários necessários para a instalação do aplicativo.
A diferença destes comandos para a documentação da Oracle é que utilizamos o ID dos grupos e do usuário oracle (opções -g do groupadd e -u do useradd), pois uma vez padronizada esta etapa, não haverá problemas para criar o mesmo ambiente em outros servidores (Standby, RAC, etc.).
Neste procedimento são criados os grupos oinstall e dba e o usuário oracle (que faz parte dos grupos criados anteriormente).
7. Criando a estrutura de diretórios: ORACLE_BASE e ORACLE_HOME.
Observe que foi escolhido /oracle/10.2.0 como base para a instalação do Oracle, porém, essa escolha é decisão específica de cada ambiente. Muitos ainda preferem utilizar o padrão OFA (/u01/app...) para instalar o Oracle e essa é uma decisão meramente administrativa (dba em conjunto com outros membros da equipe).
8. Ajustando as permissões dos diretórios.
O primeiro procedimento muda o dono do diretório para oracle e o grupo para oinstall;
O segundo procedimento muda as permissões do diretório e subdiretórios para rwxr-x---
9. Adicionando as variáveis de ambiente em /home/oracle/.bash_profile
Essas variáveis são necessárias para o funcionamento do Oracle (conforme anexo, ítem 8). Uma vez definidas, quando o usuário oracle conectar, essas variáveis estarão disponíveis no ambiente e o aplicativo funcionará sem problemas.
10. Ajustando os parâmetros do kernel em /etc/sysctl.conf
Essas alterações otimizam a utilização da memória (documento anexo, ítem 4).
11. Ativando as novas configurações.
12. Ajustando os parâmetros do arquivo /etc/security/limits.conf
Esses parâmetros limitam a quantidade de arquivos abertos simultaneamente (documento anexo, ítem 7).
13. Ajustando os parâmetros do arquivo /etc/pam.d/login
14. Adicionando parâmetros no arquivo /etc/profile
15. Ajustar os parâmetros em /etc/hosts
Nesse arquivo, observar a primeira linha ::1 (ipv6), comentar com #, pois foi inativada anteriormente. O endereço IP utilizado foi o mesmo cadastrado na configuração da placa de rede.
Após estes procedimentos, o sistema operacional está pronto para instalação do Oracle 10g.
Dicas
Observa-se nesse sistema operacional que não há ambiente gráfico instalado, então surge o seguinte questionamento:
[ dba ] Como instalar o Oracle se não há um ambiente gráfico?
[ tec ] Carregar o ambiente gráfico via SSH.
[ dba ] Como?!?
[ tec ] Utilizando xdm e xorg-x11-xauth do linux e um Servidor X no windows.
Esses programas auxiliarão a carregar um ambiente gráfico remotamente. No windows, pode-se utilizar qualquer servidor X, desde que funcione. Os testes a seguir foram efetuados com o X-Win32. Observe:
1. Verificando se o Servidor X (X-Win32) está executando no windows.
Observe o X azul no tray da barra de tarefas; esse X indica que o Servidor X está executando no windows.
2. Conectando ao linux utilizando o putty.
3. Definindo a variável DISPLAY.
4. Testando um aplicativo que necessita de um ambiente gráfico.
Observe que o aplicativo xclock foi carregado no windows utilizando o servidor x que está no windows e não do linux.
Marcos Aurélio Braga
OCA - Oracle Database 10g Administrator