No século XXII tivemos a revolução industrial, porem dois séculos depois estamos passando para a revolução tecnológica não só na área industrial, mas também nos serviços, produtos e processos.
1. O contexto da produção de dos serviços.
Assim como existe a industrialização de produtos, o autor e consultor Evandro Milet (MILET, 2018), escrevendo ao jornal gazeta tratou do tema "industrialização de serviços", ao qual foi cunhado pelo escritor Theodore Levitt, fazendo referência à ideia de que os serviços podem ter uma organização ordenada e organizada como uma produção industrial de bens, mesmo tendo características dos produtos. Embora os serviços sendo intangíveis diferentemente da produção de bens, não são estocáveis, nem substituíveis, ou pre-inspecionáveis ou devolvidos. Porém os novos modelos de negócios tem aperfeiçoado esse processo, como por exemplo, indústrias que oferecem o serviço de reposição de mercadorias diretamente na prateleira da rede varejista por um tempo definido em contrato e seguindo algumas especificações. Assim como a prestação de serviço, indicando ao consumidor final a necessidade de troca de certo componente através de tecnologia embarcada em certo componente ou produto. Outro exemplo seria o surgimento de empresas contratadas por outras empresas (B2B) apenas para prestar serviços altamente específicos (terceirização de serviços).
2. Como anda o mercado atual.
Vamos ver a seguir cinco exemplos de empresas altamente inovadoras no Brasil e no mundo. A primeira, eleita como uma das empresas mais inovadoras de 2018 pela Forbes, a Salesforce, oferece software de gerenciamento de relacionamento com o cliente (CRM) e possui como objetivo gerenciar seus processos de forma automatizada, rápido, eficiente e inteligente. Ela faz isso ouvindo seus consumidores e suas demandas. Outra empresa, a Cielo, a única empresa brasileira presente na lista das 100 mais inovadoras da Forbes. Além de receber pagamentos, a Cielo desenvolve soluções como permitir acesso ao estoque de produtos e aos relatórios de venda. Em seguida vem a Magazine Luiza que entrou para a lista das empresas mais inovadoras da América Latina, e estar representado pelo Luizalabs, laboratório de inovação da marca, que criou ações de integração do comércio digital e físico, integração vendedores e clientes e outras mais. O quarto exemplo é o Nubank é a primeira fintech brasileira a ganhar notoriedade, disruptou o mercado financeiro, oferecendo aos clientes taxas reduzidas e agilidade no gerenciamento do cartão e da conta por meio de aplicativo mobile. A cultura do Nubank é conhecida por ser de criatividade e inovação. E por fim, a CargoX é uma empresa de logística. Semelhante a Uber dos transportes de carga, a startup conecta caminhoneiros e empresas que precisam de serviços, aumentando a eficiência e diminuindo espaços vazios nos compartimentos de carga.
Para finalizar este estudo, vamos ver mais um caso de uso de inovação e uso de tecnologia na construção de novos produtos e serviços. O banco Irtemedium, ou simplesmente Inter, como é seu nome atual, acaba de migrar do mercado brasileiro para o mercado global. Ele lançou sua primeira conta corrente 100% digital do Brasil em 2014, buscando aperfeiçoar seus processos e aumentar a resolução dos problemas de seus clientes. Conhecer o cliente foi a prioridade no inicio da fintech de Minas Gerais, Brasil. Com mais de 16 milhões de correntistas, o banco vem evoluindo constantemente e busca ser uma plataforma completa, demandando uma visão única e consistente de seus clientes. Entender o comportamento do usuário em todas as verticais de serviços, procurar a digitalização e modernização para atender às novas necessidades e hábitos de consumo de seus clientes, que têm expectativas maiores em relação aos serviços e atendimentos oferecidos, e esses clientes demanda por uma plataforma capaz de oferecer muitas informações, facilidade de interação, potencialização de geração de insights. Isto foi executado, buscando parceria com a Salesforce através da Inteligência Artificial Einstein e conseguindo mais eficiência no topo do funil de vendas, para aperfeiçoar o engajamento de leads e a gestão de campanhas de marketing.
Podemos ver que pessoas processos e tecnologia estão intimamente ligados na formação de produtos e serviços inovadores.
3. Como podemos inovar.
Como podemos ver neste artigo, as empresas inovadoras estão por toda a parte, em todos os lugares e em todas as áreas, as empresas brasileiras também estão muito envolvidas neste processo, um forte exemplo é a Magazine Luiza.
“Segundo (RITA, L. et al.) Quanto a produtos naturalmente inovadores, que têm como característica evidente um ciclo de vida mais curto que os demais bens de consumo, são ainda desconhecidos muitos aspectos do comportamento do consumidor. O estudo de mercados de produtos de alta tecnologia desperta a atenção e o interesse não somente de pesquisadores como também e, sobretudo, de empresas e governos. Diante dessa afirmativa, compreende-se que a existência de mercados cada vez mais tecnológicos é um fato iminente, e conhecer o perfil dos demandantes desse mercado é fundamental para a capacidade inovadora das organizações.”
Não só as startups, fintecks, universidades ou indústrias inovam, só é necessário se propor a encontrar soluções fora da caixa, que favoreçam os clientes e que sirvam de diferencial no mercado.
4. Referências bibliográficas.
MILER, E. GAZETA ONLINE, SERVIÇOS INOVADORES. Publicado em 17/07/2017 às 06h32. Disponível em:
<https://www.gazetaonline.com.br/opiniao/artigos/2017/07/servicos-inovadores-1014077814.html/>. Acesso em: 10 de jul. de 2022.
SEBRAE MINAS, cinco empresas inovadoras e o que podemos aprender com elas, 25, set 2018. Disponível em:
<https://inovacaosebraeminas.com.br/5-empresas-inovadoras/>. Acesso em: 03 de jul. de 2022.
SALESFORCE, Conhecer o cliente é prioridade em fintech com mais de 16 milhões de correntistas. Disponível em: <https://www.salesforce.com/br/customer-success-stories/inter//>. Acesso em: 10 de jul. de 2022.
RITA, L. et al. Consumo de produtos e serviços inovadores: aplicação do índice de prontidão para tecnologia. Inovadores. Revista Brasileira de Inovação, Rio de Janeiro (RJ), 9 (1), p. 167-196, janeiro/junho de 2010.
Por Silvestre Fernandes em 10 de julho de 2022.