5- Filo Annelida
Os anelídeos são animais com o corpo segmentado em anéis, característica que deu nome ao filo.
Um anelídeo
Alguns vivem no mar, outras na água e na terra, enquanto outros são exclusivamente terrestres.
Os anelídeos têm aparelho digestório completo, com boca e ânus. A respiração é cutânea ou através de brânquias modificadas (nos aquáticos). Os anelídeos são divididos em três classes: poliquetas, oligoquetas e hirudíneos. Essa classificação foi feita com base na presença e no número de filamentos locomotores, as cerdas. Vejamos a seguir as características de cada uma dessas classes:
Polychaetas (Poliquetos)
Animais marinhos com muitas cerdas, inseridas em projeções laterais ao corpo chamadas parapódios.
O primeiro anel do corpo desses animais forma a cabeça que é destacada do resto do corpo do animal. Raramente são hermafroditas; a maioria possui sexos separados. Exemplos: nereida, sérpula etc..
Oligochaetas (Oligoquetos)
Animais com poucas cerdas, geralmente terrestres. Respiram pela pele e apresentam como característica típica o clitelo, que é o órgão responsável pela produção do casulo, onde neste se abrigam os ovos.
As minhocas são representantes típicos dessa classe. São hemafroditas mas a reprodução ocorre por fecundação cruzada (dois indivíduos trocam espermatozóides entre si).
As minhocas vivem sob o solo, onde cavam túneis e galerias com movimentos ondulatórios do corpo. Dessa forma, elas arejam o solo, tornando possível a respiração das raízes dos vegetais. São por isso úteis à agricultura.
Hirudinea (Hirudíneos)
São animais que não possuem cerdas, com ventosas ao redor da boca e na região posterior do corpo que auxiliam na locomoção.
Podem ser aquáticos e terrestres. As sanguessugas representam essa classe. Algumas sanguessugas são parasitas externos, alimentando-se de sangue. Nesse caso fixam-se à pele do hospedeiro por meio das ventosas.
Uma sangria
O Médico entra no quarto com sua maleta, retira dela um frasco de vidro e senta-se ao lado da cama onde está o paciente deitado de bruços com as costas nuas. Ele abre o frasco, pega com uma pinça cinco sanguessugas e os coloca sobre as costas do paciente que se mexe impacientemente.
Após uns 15 minutos, o médico retira os animais que haviam se prendido fortemente na pele, por ventosas, e os coloca nos vidros. Cada um tem então aspecto volumoso e rígido.
O médico limpa os pequenos cortes na pele do homem e pergunta como se sente.
Essa história é uma descrição de uma sangria, feita com Hirudo medicinalis, ou seja, a sanguessuga medicinal. Antigamente, essa era uma prática comum para diminuir a pressão arterial de pessoas que sofriam de hipertensão (pressão alta).
Disponível em <http://educar.sc.usp.br/ciencias/seres_vivos/seresvivos3.html>