A importância das atividades experimentais no Currículo do Estado de São Paulo, incluindo as de Ciências da Natureza, tem sido amplamente reconhecida por especialistas e professores, que atestam que as aulas experimentais contribuem para a melhoria do desempenho dos estudantes, proporcionando-lhes a oportunidade de manipular materiais e equipamentos especializados no ambiente de laboratório, comparar, estabelecer relação, ler e interpretar gráficos, construir tabelas, entre outras habilidades, e, dessa forma, construir seu conhecimento a partir da investigação com práticas eficientes.
O ensino por investigação é considerado por diversos pesquisadores como central no desenvolvimento do letramento científico. No laboratório, as atividades investigativas podem contribuir para fortalecer o desenvolvimento de competências e habilidades previstas no Currículo do Estado de São Paulo, tais como: formular hipóteses, elaborar procedimentos, conduzir investigações, formular explicações, apresentar e defender argumentos científicos.
A disponibilização de ambientes de laboratório em que se realizem apenas atividades ilustrativas dos fenômenos estudados nas aulas teóricas não cumpre os objetivos educacionais do Programa Ensino Integral. É preciso que os laboratórios sejam ambientes férteis para a aproximação com o mundo da ciência e da tecnologia, fortalecendo a aprendizagem, uma vez que nesses espaços são discutidas as concepções científicas sobre os fenômenos do mundo físico e natural e, para tanto, há a necessidade de uma metodologia apropriada.
Para isso, é necessário que os estudantes, apoiados pelos conteúdos e pelas vivências escolares, possam ser protagonistas no desenvolvimento de práticas de investigação científica, com base em criatividade, inovação, metodologia científica, análise de dados, produção de protótipos e argumentação. Espera-se que o desenvolvimento dessas práticas de investigação científica possa contribuir para que os jovens desenvolvam:
- interesse pelas ciências e motivação para o estudo;
- capacidade de observação e registro de informações;
- capacidade de analisar dados e de propor hipóteses;
- o domínio de conceitos científicos;
- capacidade de detectar erros conceituais;
- compreensão da natureza da ciência e do papel do cientista em uma investigação;
- capacidade de estabelecer relação entre ciência, tecnologia e sociedade;
- habilidades manipulativas;
- capacidade de trabalhar em grupo;
- iniciativa pessoal e a capacidade de tomar decisões;
- criatividade.
A adoção das práticas de investigação é uma das respostas à necessidade de superar a abordagem curricular que privilegia o papel do professor como transmissor do conhecimento e o do aluno como mero receptor. Com efeito, nessas práticas o professor atua como mediador do conhecimento e o aluno, como protagonista no processo de construção do conhecimento e de suas aprendizagens. Portanto, as atividades de investigação propostas no Programa Ensino Integral e os projetos de Pré-iniciação Científica são formas de consolidar essa mudança.
Os projetos de Pré-iniciação Científica podem ter início nas aulas, articuladamente com as atividades experimentais de uma disciplina, que são desenvolvidas nos espaços de sala de aula na Base Nacional Comum ou na Parte Diversificada do Programa Ensino Integral.
Essas atividades são fundamentais para que os alunos atinjam a excelência acadêmica por meio da resolução de problemas, contribuindo para a mudança de uma postura passiva e receptora de informações para uma postura ativa e protagonista, que é um dos pressupostos mais importantes do Programa.
A partir das reflexões sobre situações-problema, os alunos podem levantar questões e formular hipóteses que requerem pesquisa para validá-las ou refutá-las. A busca de solução, por meio de pesquisa, propicia a integração com as diversas disciplinas, com os demais estudantes e com os professores.
A divulgação dos resultados das pesquisas e o reconhecimento dos alunos que realizaram a investigação ocorrem quando esses projetos são apresentados, por exemplo, em uma Culminância para toda a comunidade. Os projetos que se destacarem podem ser selecionados para ser apresentados em feiras de ciências.
Os Professores de Práticas de Ciências:
Clóvis - Química Esequiel - Ciências Eduardo - Física e Matem. Glauber - Matem. Gustavo - Física Isabel - Biologia
Priscila - Ciências Willian - Matem.