Educação Empreendedora

É o inicio de uma revolução... o ensino de Empreendedorismo como instrumento par o crescimento econômico e o desenvolvimento social, através do estimulo à criatividade e autonomia das pessoas

 

        É preciso mudar os paradigmas da educação em nosso país seja nas escolas como nas universidades, segundo Dolabela (2006, p. 189) “o conhecimento acadêmico, cientifico, é indispensável, mas insuficiente. Estudantes de todos os cursos precisam saber empreender, e não se ater aos conhecimentos específicos da sua área”. Ainda tem Cozzi apud Universia (2010) que afirma:   

O nosso ensino tradicional mais inibe do que incentiva, porque tem uma ênfase no conteúdo e tem a resposta no professor, enquanto que o Empreendedor é muito mais voltado ao autoaprendizado. Parece um jogo de palavras: o Empreendedorismo pode ser aprendido, mas é difícil de ser ensinado. O professor entra na sala e cria um processo de aprendizagem em que o centro é o aluno.

 

         Para Fillion (1999) apud Corcetti é necessário que o Brasil promova um programa nacional de educação empreendedora que insira todos os níveis escolares. É preciso preparar os jovens desde o fundamental a desempenharem papéis de empreendedores. O desenvolvimento do empreendedorismo começa pela educação, em todos os níveis do sistema escolar. É preciso formar pessoas que sejam mais autônomas mais criativas e capazes de liderar. Alguns autores sugere que a formação do Empreendedor deve começar ainda na escola para as crianças de 8 a 10 anos, onde segundo Bellino (2008) é o “período no qual elas entram na idade do fazer, do produzir e do projetar. Neste estágio de vida, as crianças crescem e aprendem rapidamente. A personalidade e a consciência vão adquirindo contornos mais precisos e, ao mesmo tempo em que explora sua individualidade, a criança também começa a se ver como parte de um organismo”.

         Por esta razão alguns cuidados devem ser tomados, como por exemplo, não limitar ou condicionar a criatividade das crianças e dos jovens, já que a criatividade é muito importante para o Empreendedor. A criatividade é essencial na hora de criar a ideias de um novo negócio. Quanto mais criativo o Empreendedor for, mais ideias ele terá e melhores serão suas ideias.

         Ainda de acordo com Bellino (2008), é importante:

 

Incentivar modos inovadores de raciocínio, disseminar conceitos de ética e cidadania e estimular a autoestima e a autoconfiança nas crianças que estão vivendo esta fase. Segundo ele esses são “primeiros passos necessários para ajudá-las a desenvolver competências que as tornem capazes de tomar decisões, traçar planos e organizar os recursos necessários para chegar ao sucesso.

 

        Kuazaqui apud Aquino (2008) afirma que a metodologia de ensino deve “construir conhecimentos que poderão auxiliar a compreender a atividade Empreendedora. Além dos conhecimentos conquistados, os relacionamentos são de fundamental importância para a construção do caráter e personalidade do cidadão". Dolabela (2006, p. 189) complementa: “a capacidade de criar algo só se aprende na ação”.

        SESI (2008) apresenta uma proposta para a Educação Empreendedora, afirmando que:

  

A dimensão do Empreendedorismo na educação não pode se limitar ao aspecto econômico do tema. Deve ser focado no empreender para intervir também na realidade social, dentro de uma proposta de construção coletiva, mas que passa necessariamente pela busca de oportunidade, pela persistência e pela responsabilidade de cada um, a começar pelos educadores.

 

         De acordo com SESI 2008, para haja uma Educação Empreendedora mais eficaz nas escolas é requerida mudanças de alguns paradigmas e o desenvolvimento da competência do educador. E desvincular da base da educação o conceito do Empreendedor de uma atividade específica vincular a um estilo de vida. E ainda segundo Bellino é preciso mudar a crença que as pessoas têm onde acreditam que as condições sociais e econômicas sob as quais nasceram são fatores determinantes e imutáveis e que, portanto, não há como mudar para melhor a realidade na qual vivem.

        Diversas instituições de ensino superior já oferecem disciplinas votadas ao estímulo do Empreendedorismo, mas só isso não basta, é necessário realizar mudanças na cultura da universidade. Inserir a cultura Empreendedora no ambiente acadêmico é algo que já está sendo alcançado, já que, segundo o professor Dolabela, empreender significa conceber o futuro e transformar essa concepção em realidade. E ainda existem órgãos e institutos que disponibilizam cursos de Empreendedorismo, um exemplo é o Programa Aprender a Empreender programa que surgiu através de uma parceria com a Fundação Roberto Marinho, SEBRAE, SENAI-SP E SESC.

 

  

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