Curiosidades sobre o Xadrez

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- O Xadrez, a Música e a Matemática são os únicos setores da atividade humana em que se conhecem casos de crianças prodígio.

- O campeão nacional absoluto mais jovem de todos os tempos e de todas as modalidades esportivas é um jogador de Xadrez. Trata-se do peruano Júlio Granda Zuñinga, campeão nacional aos 6 anos de idade.

- O Xadrez é o único esporte em que uma mulher conseguiu conquistar um campeonato numa competição mista contra homens. Trata-se da campeã húngara Judit Polgar, considerada a melhor jogadora de todos os tempos.

- O Xadrez é a única modalidade esportiva que permite a uma pessoa enfrentar grande número de adversários ao mesmo tempo, em condições de aproximada igualdade.

- Segundo o presidente da FIDE (Fédération Internationale Des Échecs), existem atualmente cerca de 500 milhões de pessoas que jogam Xadrez.

- O Xadrez é disciplina escolar obrigatória na Romênia e as notas em Matemática dependem em 33% do desempenho no Xadrez.

- A palavra "Xeque-mate" vêm da frase persa "Shah Mat", que significa "o rei está morto".

- Na série "Star Trek (Jornada nas Estrelas)", capitão Kirk e Sr. Spock jogaram o Xadrez três vezes. Kirk ganhou todos os jogos.

- O primeiro Campeonato de Xadrez registrado aconteceu em Madrid em 1575. Giulio Polerio e Giovanni Ruy derrotaram Leonardo Lopez e Alfonso Ceron em uma série de jogos organizados pelo rei Filipe II.

- O ex-campeão do mundo Jose Capablanca começou a jogar Xadrez com 4 anos, e ganhou de seu pai ainda com 4 anos.

Artigo de: 

Clube de Xadrez online

www.clubedexadrez.com.br

  

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Pedagogos apostam no xadrez como ferramenta de ensino para a futura geração.

Artigo por

Gabriel Ottoboni

  Além de concentração, raciocínio lógico e disciplina, o jogo de xadrez é uma ferramenta para ensinar matemática, português, geografia e até cidadania. É o que defende o enxadrista Eric Piassi, que no início deste ano implantou o método de ensino usando o jogo no Colégio Fênix de Bauru, cujo resultado tem sido aprovado por alunos e pela direção da escola.

   Para difundir o uso de xadrez como ferramenta de ensino, ele escreveu dois manuais - um destinado ao professor e outro ao estudante. Piassi, que é pós-graduado em psicopedagogia, explica que o xadrez não ajuda apenas no ensino de matemática, como muitos pensam. “Com um simples jogo, você pode trabalhar e explorar todas as matérias”, afirma. “Na língua portuguesa, trabalhamos a interpretação de textos e em, em geografia, localização”, resume.

    Na escola onde leciona, o método é aplicado na educação infantil para alunos a partir dos 3 anos. Apesar da pouca idade, a criança entra em contato com o xadrez de uma forma lúdica, não competitiva. “Ao invés de ensinar o xadrez com regras, fazemos teatros e apresentamos música para incentivar as crianças a aprender”, explica.

   Piassi explica que o jogo de xadrez é colocado em um contexto histórico, no qual é trabalhada desde alfabetização, conteúdos programáticos e até valores, além do jogo em si.

   O xadrez é utilizado como ferramenta de ensino até a 5.ª série do ensino fundamental. Não há, porém, restrições quanto à faixa etária, segundo Piassi. Ele afirma que nos cursos ministrados em escolas e faculdades, o método é aplicado a pessoas de até 70 anos.

    Para o pedagogo, esse tipo de aprendizado influi na formação do caráter da criança. Cada lance da partida corresponde a uma decisão e a vitória depende, obviamente, do acerto. Se movimentar a peça erradamente, pode-se perder o jogo. “Então, temos que tomar as melhores decisões em cada jogada. E é assim que funciona na nossa vida”, compara.  

    Os alunos da escola aprovam o uso do xadrez como ferramenta de ensino. Thaís Lenharo Gazeta, 16 anos, estudante do 2º ano do ensino médio, já disputou os Jogos Regionais na modalidade com base no que aprendeu na escola. “É o primeiro livro de xadrez que vejo”, disse, entusiasmado, Renato Ruzzo Dodré de Menezes, 8 anos, aluno da 2.ª série. Tahyná Samara Marques Reigada, também com 8 anos, está contente com a metodologia. “Gostei muito”. 

    O próximo passo, revela Piassi, é implantar o método do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e expandir para outras escolas. “Temos vários pedidos de escolas das redes públicas e particulares para implantar nosso material, o que é meu sonho”, completa.

 

Projeto Xadrez para a Vida

Pela Profª Joelma Carneiro Catanho

Justificativa: o projeto surgiu a partir da necessidade de oferecer aos alunos do MPC – Movimento Pró-Criança, ONG de Recife/PE, uma atividade que despertasse o interesse dos adolescentes assistido pela entidade.

    Essa faixa etária estava demonstrando apatia pelas atividades oferecidas a eles. Sentiam a necessidade de serem desafiados. Além do mais, esses alunos também apresentavam dificuldades de relacionamento, concentração e rendimento escolar bastante deficiente. 

    Objetivo específico:

• Melhorar o relacionamento social;

• Melhorar o rendimento escolar;

• Desenvolver o raciocínio lógico;

• Desenvolver a leiturização;

• Aumentar a concentração;

• Ajudá-los em tomadas de decisões;

• Torná-los multiplicadores da prática do esporte;

• Torná-los pessoas mais seguras e melhores preparadas para a vida

  Objetivo geral: oferecer uma atividade que pudesse atingir um público específico da instituição que apresentava desinteresse pelas demais atividades.

    Histórico: o Projeto de Xadrez para a Vida, inicialmente era uma atividade opcional: xadrez. Em agosto de 2005, foi introduzido no MPC, na tentativa de despertar o interesse de um grupo de adolescentes que estavam apáticos a tudo o quanto lhes era oferecido pela instituição.

   Inicialmente cinco alunos mostraram-se dispostos a conhecer a nova linguagem. Sendo esses alunos vistos como líderes, logo despertou a curiosidade de outros. No final do ano de 2006, o número de alunos havia crescido para 45. Lembrando sempre que essa atividade, o aluno opta por fazê-la.

  Rapidamente, percebemos que o xadrez podia ter maiores aplicações. Não somente a de transmitir o aprendizado desse esporte. Dar uma visão holística dessa prática proporcionou a abordagem de fatos do cotidiano: meio ambiente, formas de governo, leitura, namoro, hierarquia, descriminação social, relacionamento familiar, moda, etc. Todos vistos sob um ponto de vista desafiador. Assim como é a vida.

    Logo, começamos a perceber que o número de assuntos discutidos em sala de aula se tornava infinitamente diversificados. Até que concluímos que a vida poderia ser descrita num tabuleiro de xadrez. Passando assim o projeto a se chamar: Xadrez para a Vida.

    Como educadora, consegui ainda extrair dos alunos sentimentos muitas vezes ocultados por eles. Enquanto eles estão concentrados para fazer um lance, inicio um diálogo, muitas vezes respondidos com frases curtas e bastante objetivas, e seus olhares não desviam do tabuleiro, mas que respondiam exatamente o que eu necessitava saber. Normalmente, procuro entender mudanças de comportamentos, surgidas de forma repentina ou gradativa, que o aluno se nega falar. O interessante é que quando eles percebem que falaram “mais do que deviam”, eles tiram o olhar do tabuleiro e me olham nos olhos, mas não demonstram arrependimento, voltam a fitar o tabuleiro e esperam que eu me pronuncie. O que faço ou não. Dependendo da informação obtida. Uma partida de xadrez pode funcionar como um confessionário.

    Sempre procurando aperfeiçoar a introdução do xadrez na Instituição, passei a adotar um fundo musical com música clássica, durante o momento reservado para o jogo. Além de propor a eles uma chance de conhecer outros ritmos musicais, cientificamente é comprovado que quando o cérebro humano está numa atividade de aprendizado e ou concentração, a música clássica atua como facilitador dessa tarefa. Logicamente, a idéia não agradou, pois os alunos estão acostumados a outros ritmos, mas atualmente, quando por ventura, esqueço de colocar o som, sou cobrada da falta da música.

  E nossas vitórias são pequenas, mas significativas: um forte exemplo que temos foi transformação significativa em um aluno, que estava preste a ser desligado da Instituição devido ao seu péssimo comportamento, extrapolando qualquer tentativa de integrá-lo na Instituição. Esse aluno passou a frequentar as aulas de xadrez, e a partir daí tudo mudou. Agora, ele não só está respondendo bem as outras propostas educativas do MPC. Como também, foi convidado por sua professora na escola, a participar como voluntário no projeto Escola Aberta como monitor de xadrez, e com perspectivas de ser remunerado futuramente.

    Para 2007, solicitei aos pais dos alunos, o histórico escolar desde 2005. Com intuito de fazer um estudo do rendimento escolar deles e observar se houve alguma melhora neste sentido. Fato consumado, ainda que, mesmo sendo uma teoria, há muito defendida por vários estudiosos, temos muito a seguir. Como esse projeto é ainda um bebê, procurei acompanhar desde cedo seu crescimento. Até que ele possa ser forte o suficiente para andar só e ter continuidade com os próximos educadores que possam vir a assumi-lo.

Projeto xadrez para todos

   O Projeto "Xadrez para Todos" é uma promoção da Prefeitura Municipal de Corumbá - MS através da Fundação de Esportes de Corumbá – MS,, com apoio do Governo Popular, da Secretaria de Estado da Juventude e do Esporte e Lazer - Sejel, e Fundo de Investimento Esportivo-FIE. 

   Tem por objetivo promover a integração de escolares, acadêmicos e comunidade em geral, elevando o intercâmbio sócio-desportivo em participar de competições visando o aprimoramento técnico, moral e intelectual preparando para representar nossa cidade à nível estadual, nacional e internacional.

   A importância de desenvolver uma forma de operação da inteligência de modo a organizar e ampliar a capacidade criativa para tomada de decisões, estimulando o raciocínio, a paciência, a vontade de vencer e auto-estima.

   O projeto será implantado em nas escolas públicas da cidade e desenvolvido pelo Profº Augusto César Samaniego - Clube de Xadrez Pantanal.

     O projeto já está funcionando em alguns pólos, e outros estão sendo adequados para terem seu início.

Xadrez: uma visão de ensino

Por Eric Piassi

    Há um bom tempo jogando xadrez e atuando como professor deste mesmo jogo, frequentei várias escolas de xadrez e fiz diversos cursos, sempre buscando a melhoria em ambas atividades. Habituado a conviver nesse meio esportivo e pedagógico, não encontrei profissionais engajados e comprometidos, com didática e metodologia de ensino que fossem capazes de estimular nas crianças o gosto pela aprendizagem e pelo prazer de jogar.

  Analisando esses fatos, propus uma pesquisa de campo e bibliográfica com a proposta de verificar e apresentar para a comunidade estudantil e científica uma visão pedagógica sobre o xadrez, haja visto o crescimento do número de praticantes e de projetos de inserção do mesmo nas unidades de ensino.

    O xadrez, na atual conjuntura, está se tornando muito popular e familiar à comunidade escolar, uma vez que tanto os profissionais enxadristas como os profissionais relacionados à educação vêm aproximando o jogo dos alunos das escolas públicas e particulares de todo o país. Entretanto, ao efetivar a pesquisa junto a esses profissionais, comprovou–se o que era levantado como dúvida: Os profissionais da educação e os professores de xadrez estão inserindo esta atividade nas salas de aula de forma adequada e estão suficientemente preparados para explorar todos os benefícios que ela oferece?

  Segundo o que pude constatar nessa pesquisa, além de os profissionais não estarem devidamente capacitados, não enxergam as reais habilidades que o jogo de xadrez pode auxiliar a desenvolver em crianças ou em qualquer um de seus praticantes. A maioria vê o jogo de xadrez como uma arte difícil de ensinar, mas acredito, baseado nas experiências que realizo diariamente em sala de aula, que basta o professor se empenhar em construir uma aula dinâmica e interessante que esse quadro pode ser revertido facilmente. Outro ponto que merece destaque é que muitos profissionais não encaram o xadrez como uma disciplina válida em sala de aula. Para eles, o jogo de xadrez não passa de uma “brincadeira” extra-curricular. Entretanto, o que não percebem é que esta atividade lúdica traz muitos benefícios aos seus praticantes, como o desenvolvimento do raciocínio lógico, estratégico e matemático.

    Foi diagnosticado, ainda, quão poucos profissionais conhecem a real função do jogo de xadrez: auxiliar no processo de ensino e aprendizagem. Entretanto, apesar de acreditarem nisso, não sabem explicar o porquê. Para outros, o xadrez é encarado como algo que não interfere ou até atrapalha a aprendizagem do aluno.

    Outro problema detectado diz respeito à formação dos professores de xadrez, que precisa ser aprimorada, pois muitos deles detêm apenas os conhecimentos básicos do jogo, o que não é desejável, uma vez que compromete o nível de conhecimento próprio e, conseqüentemente, do aluno. É evidente que não se pretende que o instrutor de xadrez seja um ‘ expert ’ ou um campeão mundial, mas espera–se que tenha condições de oportunizar aos alunos o desenvolvimento das competências e habilidades que este oferece, além de ser detentor de uma boa didática e de conhecimentos básicos de psicologia, pois, através da ludicidade, está trabalhando com a formação de valores e cidadania.

     Hoje, as escolas procuram diversificar a sua grade curricular, visando a melhoria da educação e da formação dos alunos, e o xadrez é um dos componentes mais procurados por ser um excelente instrumento de aprofundamento no processo de ensino-aprendizagem. Porém, sua inserção nos meios escolares requer muito preparo e domínio de todos os envolvidos, para que não incorramos no erro de analisar o jogo de xadrez como um mero jogo, diversão ou atrativo financeiro, desperdiçando as benesses pedagógicas que ele pode trazer.     Pretendo que os resultados desta pesquisa, que foram comprovados teoricamente, sirvam como eixo norteador para projetos de implantação do jogo de xadrez em instituições públicas ou privadas de ensino. Outrossim, desejo que os profissionais que atuarão nesta área tenham uma formação adequada a fim de tirarem dela o melhor proveito em benefício da aprendizagem dos educandos.

Artigo de: 

Clube de Xadrez online

www.clubedexadrez.com.br

Maiores Informações: admin@explorium.com.br

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