Compreender Deus, exige do homem uma realização interna de buscar sempre a sabedoria e o equilíbrio psíquico, e uma ação externa de renúncia e serviço fraterno a todos os seres da natureza. Somente assim ele comprova que é realmente regido pela inspiração sublime de sua crença. Jamais haverá autenticidade e fidelidade na crença do Amor de Deus, se o homem odiar, destruir, enganar e absorver-se num fanatismo separatista.
Muitos dos católicos, crentes, protestantes, budistas, muçulmanos, judeus, hinduístas, confucionistas, maometanos e outros religiosos; vivem separados, em vãs iniciativas ecumênicas, que mais disfarçam interesses particulares religiosos, sob o rótulo de universalidade. Ainda conflitam-se entre si, em tolas especulações das diferentes interpretações pessoais de conceitos, quem sabe, até de erros tipográficos da Bíblia!
Assim, de uma nascente original como o Protestantismo, surgiram novas seitas que se propagam de modo agressivo e se clamam portadoras da "verdadeira Verdade"! Eles se digladiam fanaticamente sob os rótulos de Batistas, Congregacionistas, Luteranos, Assembleias de Deus, Metodistas, Mórmons, Testemunhas de Jeová, Presbiterianos, Jesus dos últimos Dias, Episcopais, Pentecostes ou Adventistas do Sétimo Dia, e enumeras outras.
O Velho e o Novo Testamento têm produzido mais seitas, crenças diferentes e fanáticos perigosos, do que o bem que eles realmente deveriam produzir; em face da luta insana pela prerrogativa de liderança e divulgação dos seus postulados, às vezes usados contra o próprio homem inversamente aos próprios ensinamentos do Cristo.
Não opomos qualquer protesto quanto à necessidade do homem crer para se renovar, crer para se higienizar espiritualmente, crer para se aperceber do divino, crer para atender ao impulso íntimo de comunhão com Deus, na busca de ascese Angélica.
Mas é ignomínia a crença que divide homens e se transforma em favor de desavença, ruína, ódio e tragédia, cujos atos censuráveis desmentem frontalmente os valores autênticos da espiritualidade, ante o predomínio dos instintos inferiores da animalidade.
Não se pode louvar uma crença em Deus, quando isso leva os homens a se desgraçarem em lutas anti fraternas e religiosas, que aniquilam o próprio prazer espiritual de viver. Crer num Deus de Amor e Vida, e depois provocar a morte do próximo nos motivos de raça, cor, costumes ou religião, crer na bondade de Deus e depois praticar torturas, massacres e destruição de aldeias, povos e cidades, é crime de lesa-majestade Divina. O crente que age de modo tão censurável e repelente nega a sua assimilação a qualquer postulado religioso de aspecto divino, e pecaminosamente demonstra o seu atraso espiritual!