Conheça os relatos selecionados do projeto Educação Bahia Conectada, implementado em escolas da rede estadual e municipal do município de Ilhéus.
Conheça os relatos selecionados do projeto Educação Bahia Conectada, implementado em escolas da rede estadual e municipal do município de Ilhéus.
Neste registro você vai ver:
Uso de repositório de atividades; adaptação de atividades; colaboração; uso de imagens para complementar o livro didático
Curso: Alfabetização e Aula Enriquecida com Tecnologia
Nome: Joseane Pereira dos Santos
Ano: 3º ano do Ensino Fundamental
Componente curricular: Ciências Humanas - Geografia
Tema da aula: A natureza e a transformação da paisagem
Ambiente da prática: Exclusivamente presencial
Escola: Escola Municipal do Basilio
(EF03GE04) Explicar como os processos naturais e históricos atuam na produção e na mudança das paisagens naturais e antrópicas nos seus lugares de vivência, comparando-os a outros lugares.
Comparar imagens de um mesmo local em épocas diferentes, identificando as mudanças ocorridas e os elementos que permanecem iguais
Materiais
Aparelho de TV
Notebook
Pendrive
Livro didático
Quadro branco
Atividades impressas - Enigmas para a ação propositiva
Recursos digitais
Plano de aula O ser humano transforma a paisagem, do repositório on-line da Nova Escola
Joseane Pereira dos Santos é professora do 3º ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal do Basilio, em Ilhéus, na Bahia. Para que a turma compreendesse e analisasse a transformação de paisagens naturais e antrópicas, ela usou a tecnologia tanto na preparação da aula quanto na sua aplicação.
Durante o planejamento, a professora encontrou a inspiração de que precisava em materiais produzidos por outros educadores no repositório on-line da Nova Escola. Ela decidiu criar uma atividade que valorizasse a reflexão de forma colaborativa. Para isso, usou como base quatro enigmas propostos no plano de aula O ser humano transforma a paisagem. Em sala de aula, ela enriqueceu e ilustrou o conteúdo trabalhado, utilizando uma apresentação de slides projetada num aparelho de TV.
Planejamento
Decidida a usar a tecnologia para aprimorar as atividades propostas no livro didático, a professora pesquisou, no site da Nova Escola, atividades relacionadas ao conteúdo a ser trabalhado. Encontrou um plano de aula que desenvolve a mesma habilidade da BNCC que ela havia definido para a sua aula. Nele, enigmas são usados na criação de uma atividade que encoraja a colaboração entre os estudantes.
Além disso, Joseane selecionou imagens de paisagens que pudessem ser trabalhadas com as alunas e os alunos. Depois, organizou-as em uma apresentação em slides, criada com o uso do programa PowerPoint. Ela pôs os arquivos em um pendrive e programou o uso de um aparelho de TV para projetar a apresentação às alunas e aos alunos.
Em sala de aula
As imagens foram usadas para encorajar a participação dos estudantes, que analisaram as paisagens mostradas. Para isso, eles pesquisaram em livros e na internet. Durante as duas aulas em que aplicou a prática, Joseane atuou como mediadora, amplificando as percepções compartilhadas pela turma e incentivando todos os alunos a lapidar suas observações.
Em seguida, ela propôs à turma que se dividisse em grupos para solucionar enigmas sobre diferentes localidades e possibilidades de deslocamento. Cada grupo sorteou um enigma para ser resolvido por meio de reflexão e de forma colaborativa. Se um grupo não conseguisse encontrar a solução, podia pedir apoio a outro. A dinâmica se repetiu até que todas as equipes encontrassem a solução para os quatro desafios propostos.
Sistematização e avaliação
Finalmente, as alunas e os alunos foram reunidos em círculo para refletir sobre a atividade realizada. De forma coletiva, os conteúdos trabalhados foram sistematizados no quadro, de acordo com as análises feitas pelos grupos. Além disso, os estudantes foram convidados a dar um feedback à professora. “Nesse momento, eles demonstraram gostar de trabalhar e aprender em grupo”, conta Joseane. A professora considera que atividades lúdicas, em que há participação ativa dos estudantes, tornam a aula mais leve, o que facilita o processo de aprendizagem.
NOVA ESCOLA. Elisabeth Cristina Dantas de Araújo. Plano de aula. O ser humano transforma a paisagem. [s.d.]. Disponível em: <https://planosdeaula.novaescola.org.br/fundamental/3ano/geografia/o-ser-humano-transforma-a-paisagem/5539>. Acesso em 10 jan. 2022.
NOVA ESCOLA. Sugestão de enigmas para a ação propositiva. Vamos resolver os enigmas para ver como o ser humano altera as paisagens. [s.d.]. Disponível em: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/gvQJhcuDCtJtTzTrq28F4ZgKmHJGYErHMJRFnUSFWNncHzyXBacs5JTAwYrC/geo3-04und04-enigmas-acao-propositiva.pdf. Acesso em: 10 jan. 2022.
Neste registro você vai ver:
Rotação por Estações; variedades da língua falada; conceitos de norma-padrão e de preconceito linguístico
Curso: Letramento em Língua Portuguesa e Ensino Híbrido
Nome: Josete Ferreira Nunes
Ano: 6º ano do Ensino Fundamental
Componente curricular: Linguagens - Língua Portuguesa
Tema da aula: Variação linguística regional e preconceito linguístico
Ambiente da prática: Remoto e presencial
Escola: Colégio da Polícia Militar Rômulo Galvão
(EF69LP55) Reconhecer as variedades da língua falada, o conceito de norma-padrão e o de preconceito linguístico.
Reconhecer as variações linguísticas em diversos contextos sociais, bem como as manifestações de preconceito linguístico
Analisar aplicações de língua-padrão e língua não padrão.
Relacionar o emprego das variações linguísticas em diferentes regiões
Compreender as variedades da língua como prática social, ressignificando o conceito de erro gramatical
Materiais
Notebook e celulares
Projetor multimídia
Folhas impressas
Recursos digitais
Apresentação de slides elaborada no PowerPoint
Formulário digital criado no Formulários Google
Atividade remota compartilhada no Google Sala de Aula
Para explorar a diversidade da língua portuguesa e seus diferentes usos e contextos, além de chamar a atenção dos estudantes para a questão do preconceito linguístico, a professora Josete Ferreira Nunes lançou mão da Rotação por Estações, um dos modelos de aplicação do Ensino Híbrido.
Em uma atividade composta de três estações, os estudantes do 6º ano do Colégio da Polícia Militar Rômulo Galvão, em Ilhéus, na Bahia, entraram em contato com o conceito de variação linguística e o de preconceito linguístico, pesquisaram o tema e se aprofundaram nele, analisaram situações do dia a dia e ainda solucionaram desafios relacionados ao conteúdo.
Nas estações, a professora alternou o uso de equipamentos digitais, como um notebook e celulares, com analógicos, como atividades impressas. Ao refletirem sobre variação linguística e analisarem tirinhas, os estudantes aprenderam que, quando se trata de uma língua viva, há diversos usos e possibilidades, e que a única coisa errada é o preconceito linguístico.
Rotação por Estações
A professora planejou três estações que os estudantes exploraram num sistema de rotação. Todas iam ao encontro de objetivos comuns, mas traziam diferentes tipos de variação linguística, materiais e recursos.
Estação 1
Na estação 1, os estudantes foram convidados a assistir a uma breve exposição feita pela professora sobre variação linguística. “Essa era uma estação expositiva e instrutiva”, explica Josete. Ela utilizou slides como apoio para apresentar o conceito de variação linguística, os diferentes tipos de variação e os contextos nos quais é possível observá-la.
Figura 1: Print de um slide da apresentação usada na estação 1.
Fonte: Acervo da professora
Estação 2
A estação 2 teve como ponto de partida a leitura de uma tirinha do cartunista Mauricio de Sousa com os personagens Chico Bento e Nhô Bento. Em seguida, os alunos analisaram oralmente as falas dos personagens, que continham marcas de variação estilística. A discussão foi estruturada por meio de um roteiro de perguntas respondidas de forma colaborativa pelos estudantes.
Estação 3
Na estação 3, as alunas e os alunos foram convocados a refletir sobre a variação linguística regional com base em uma imagem em que três feirantes anunciam a mesma fruta usando vocábulos diferentes. A seguir, responderam a perguntas propostas pela professora em um questionário digital. Para isso, usaram um notebook disponível na estação. Para elaborar as respostas, eles puderam pesquisar usando o notebook e seus celulares.
Figura 2: Foto da turma numa atividade em Rotação por Estações.
Fonte: Acervo da professora
Avaliação
Depois que todos os grupos passaram pelas três estações, os estudantes responderam a uma avaliação on-line, disponibilizada no Google Sala de Aula, com o objetivo de analisar outras situações problemas. A correção das atividades desenvolvidas em cada uma das estações e o feedback sobre o desempenho dos estudantes foram realizados em aula posterior.
Os resultados da avaliação foram positivos, de acordo com a professora. “Com base nas situações apresentadas nas estações, as alunas e os alunos realmente entenderam que não há linguagem errada”, afirma Josete.
Como forma de dar continuidade à prática, a professora deve convidar a turma a fazer uma dramatização utilizando exemplos que foram discutidos. A proposta, no entanto, teve de ser adiada porque alguns estudantes se afastaram das aulas presenciais por terem contraído covid-19.
GOOGLE FORMS. [s.d.]. Disponível em: https://www.google.com/intl/pt-BR/forms/about/.
GOOGLE SALA DE AULA. [s.d.]. Disponível em: https://edu.google.com/intl/ALL_br/products/classroom/?modal_active=none&gclid=Cj0KCQiAi9mPBhCJARIsAHchl1yAmwcB4_-ZLYHBcOvwDpyeJyW4yTxvSpEERy1VPJy7xElZkcYrtKYaAnE0EALw_wcB&gclsrc=aw.ds.
POWERPOINT. [s.d.]. Disponível em: https://office.live.com/start/PowerPoint.aspx?omkt=pt-BR.
Neste registro você vai ver:
Ferramentas digitais; Matemática Financeira
Curso: Letramento em Matemática e Ensino Híbrido
Nome: Núbia Rocha Ribeiro
Ano: 8º ano do Ensino Fundamental
Componente curricular: Matemática
Tema da aula: Matemática Financeira, promoções ou pegadinhas?
Ambiente da prática: Exclusivamente remoto
Escola: Instituto Municipal de Ensino Eusínio Lavigne
(EF08MA04) Resolver e elaborar problemas, envolvendo cálculo de porcentagens, incluindo o uso de tecnologias digitais.
Demonstrar a importância da Matemática Financeira diante de situações problemas vivenciadas no cotidiano.
Materiais
Notebook
Calculadora
Caderno
Lápis
Recursos digitais
Aula realizada no Google Meet
Nuvem de palavras criada no Mentimeter
Apresentação de slides criada no PowerPoint
Ilustração criada no Canva
Atividade gamificada criada no Kahoot!
A professora Núbia Rocha Ribeiro apostou nas ferramentas digitais para potencializar a aprendizagem de Matemática Financeira e estimular a participação dos estudantes no ambiente virtual. A aula, que aconteceu na plataforma Google Meet e teve uma hora de duração, trabalhou o conteúdo tendo por base uma situação vivenciada por todos no dia a dia.
A turma de 8º ano do Instituto Municipal de Ensino Eusínio Lavigne, em Ilhéus, na Bahia, se mostrou entusiasmada com a novidade dos recursos digitais, especialmente o gamificado. Segundo a professora, o engajamento e a participação das alunas e dos alunos foram constantes ao longo da aula, o que é um desafio em ambiente remoto.
Situação cotidiana como estímulo
Para trabalhar a Matemática Financeira, a professora apresentou, por meio de um material criado no PowerPoint, uma situação cotidiana do comércio brasileiro: “Leve 3, pague 2”. Para produzir a imagem do panfleto promocional, Núbia utilizou o Canva.
Figura 1: Print de um panfleto promocional criado no Canva.
Fonte: Acervo da professora.
Os estudantes foram convocados a compartilhar suas percepções sobre esse tipo de situação usando a ferramenta Mentimeter. Eles tinham de responder à pergunta: “O que vem à mente quando você vê promoções do tipo leve 3, pague 2?”. As respostas compartilhadas formaram, em tempo real, uma nuvem de palavras. “Os alunos acharam a atividade interessante, pois, à medida que respondiam à pergunta, a nuvem de palavras se modificava", conta Núbia. Além disso, a estratégia permitiu que ela percebesse quais eram as ideias que se repetiam.
Figura 2: Print de uma nuvem de palavras.
Fonte: Acervo da professora.
Em seguida, as alunas e os alunos falaram sobre suas experiências relacionadas a esse tipo de promoção. Muitos já a tinham visto em farmácias, supermercados e sites de vendas. No entanto, poucos tinham refletido sobre o papel da Matemática para a compreensão da estratégia e a identificação do valor efetivo de cada mercadoria para o consumidor. Durante essa conversa, a turma se perguntou se era possível resolver uma situação como essa utilizando a Matemática.
Desafio para solucionar
Foi aí que Núbia propôs a seguinte situação problema: “Maria estava rolando pelo feed de seu Instagram e viu um anúncio no stories da loja NR Modas sobre uma promoção para o Dia das Mães: nas peças da mesma marca, você paga duas e leva três. Sabendo que essa é uma prática comum no comércio e que a oferta ao cliente é de fato um desconto em cada item, Maria resolveu calcular qual desconto em cada peça ela realmente teria se decidisse ir às compras. Vamos ajudá-la?”.
Num primeiro momento, a turma trabalhou de forma autônoma para resolver a situação proposta, realizando contas no caderno sem o auxílio da calculadora. Durante a atividade, os estudantes discutiram possibilidades via chat do Google Meet, tornando a resolução do problema mais colaborativa. Na hora da correção, a professora resolveu o exercício junto com os alunos com o apoio do slide. Em seguida, ela demonstrou como resolver o mesmo problema usando a calculadora, o que facilitou a compreensão do cálculo.
Atividade gamificada
Ao final da aula, Núbia usou o Kahoot!, um recurso digital gamificado, para realizar o jogo “Promoções ou Pegadinhas”. Os estudantes tinham de identificar, individualmente, se cada situação apresentada era uma promoção efetiva, que gerava economia para o consumidor, ou uma pegadinha. Dessa vez, eles puderam utilizar a calculadora e aplicar o raciocínio demonstrado anteriormente pela professora. As respostas dos alunos apareciam na tela, permitindo que ela coletasse evidências. A maioria dos estudantes acertou todos os exercícios, e aqueles que tiveram dúvidas puderam saná-las com Núbia.
Como o tempo de aula era curto, a professora planejou a atividade gamificada com apenas dois exercícios de “Verdadeiro ou Falso”. Isso prova que, para inserir estratégias gamificadas em sala de aula, não precisamos de atividades complexas. Comece simples, mas comece!
Resultados da aula
Núbia afirma que usar recursos digitais em sala de aula estimula o interesse e a participação dos estudantes. Ao final da aula, vários deles queriam saber quando a ferramenta gamificada seria usada novamente, o que mostrou o sucesso do recurso. Além disso, a professora conta que “associar a Matemática a situações do dia a dia permitiu que a turma olhasse para os números de outra maneira”. Houve até quem afirmasse que Matemática não é tão difícil.
A professora considera que poderia ter promovido uma participação ainda mais ativa se tivesse proposto aos alunos que resolvessem juntos a situação problema no Jamboard ou compartilhassem fotos das contas feitas no caderno em um mural do Padlet.
CANVA. [s.d.]. Disponível em: https://www.canva.com/pt_br/.
GOOGLE MEET. [s.d.]. Disponível em: https://meet.google.com/.
MENTIMETER. [s.d.]. Disponível em: https://www.mentimeter.com/pt-BR.
POWERPOINT. [s.d.]. Disponível em:https://office.live.com/start/PowerPoint.aspx?omkt=pt-BR.
KAHOOT!. [s.d.]. Disponível em: https://kahoot.com/.
Neste registro você vai ver:
Sala de Aula Invertida; criação de memes
Curso: Letramento em Matemática e Ensino Híbrido
Nome: Daniela Faislon Cruz Matos
Ano: 7º ano do Ensino Fundamental
Componente curricular: Linguagens - Língua Portuguesa
Tema da aula: Memes e a Sala de Aula Invertida
Ambiente da prática: Remoto e presencial
Escola: Instituto Municipal de Ensino Eusínio Lavigne
(EF69LP03) Identificar, em notícias, o fato central, suas principais circunstâncias e eventuais decorrências; em reportagens e fotorreportagens, o fato ou a temática retratada e a perspectiva de abordagem em entrevistas, os principais temas/subtemas abordados, explicações dadas ou teses defendidas em relação a esses subtemas; em tirinhas, memes, charge, crítica, ironia ou humor presente.
(EF69LP07) Produzir textos em diferentes gêneros, considerando sua adequação ao contexto produção e circulação – os enunciadores envolvidos, os objetivos, o gênero, o suporte, a circulação –, ao modo (escrito ou oral, imagem estática ou em movimento etc.), à variedade linguística e/ou semiótica apropriada a esse contexto, à construção da textualidade relacionada às propriedades textuais e do gênero, utilizando estratégias de planejamento, elaboração, revisão, edição, reescrita/redesign e avaliação de textos, para, com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, corrigir e aprimorar as produções realizadas, fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de concordância, ortografia, pontuação em textos e editando imagens, arquivos sonoros, fazendo cortes, acréscimos, ajustes, acrescentando/alterando efeitos, ordenamentos etc.
Diferenciar liberdade de expressão de discurso de ódio
Criar memes com efeito de humor e/ou crítica por meio do uso de palavras ambíguas
Posicionar-se de forma crítica e fundamentada
A Sala de Aula Invertida, um dos modelos do Ensino Híbrido, foi a estratégia escolhida pela professora Daniela Faislon Cruz Matos, do Instituto Municipal de Ensino Eusínio Lavigne, em Ilhéus, na Bahia, para trabalhar o meme. Esse gênero textual une imagem e texto para realizar críticas de forma bem-humorada. No caminho de construção de seus memes, em que houve uma etapa assíncrona e outra síncrona, os estudantes usaram materiais analógicos e digitais. Eles fizeram pesquisa, validaram-se dos aprendizados obtidos para produzir o artefato e, por último, compartilharam os resultados no mural da escola e no grupo de WhatsApp da turma.
Etapa assíncrona
Nessa que foi a primeira parte da atividade, a professora pediu aos estudantes que pesquisassem na internet o que é um meme, como ele é construído e as características do gênero textual.
Daniela orientou os estudantes a, primeiro, observar como notícias e informações da atualidade poderiam ser expressadas não só por textos, mas também por imagens. Em seguida, consultando tutoriais on-line e o livro didático, eles tiveram contato com exemplos de memes e um passo a passo para criá-los.
Etapa síncrona
Em sala de aula, com base na pesquisa feita na etapa anterior, cada estudante foi convidado a criar um meme, que deveria ser composto de elementos imagéticos e textuais. A atividade foi realizada com a utilização de ferramentas como papel, canetas e lápis de colorir.
Para embasar o início da produção, a professora retomou, em uma discussão mediada, os conceitos estudados na etapa assíncrona. Os estudantes puderam, então, compartilhar os resultados de suas pesquisas e, com a colaboração da professora, sistematizaram o conceito de meme e sua relação com a linguagem verbal e não verbal. Daniela conta que, ao trabalhar os memes, seu objetivo era levar a turma a explorar criticamente algum tema ou fato relacionado à atualidade. Dessa forma, ela pôde ainda promover a reflexão sobre a diferença entre liberdade de expressão e discurso de ódio.
Socialização e avaliação
A atividade foi concluída com a apresentação dos memes, que aconteceu em clima de descontração. Os trabalhos ficaram expostos no mural da escola e alguns foram compartilhados no grupo de WhatsApp da turma. “A construção dos memes despertou nos estudantes a possibilidade de usar a criatividade para elaborar uma crítica social”, afirma Daniela.
Após a etapa de socialização, a professora avaliou os memes produzidos pelos estudantes e considerou o resultado bastante positivo. Todos aqueles que realizaram as atividades e entregaram o artefato tiveram o conceito “habilidade construída”, o mais alto dentro dos critérios avaliativos atribuídos por ela.
Com relação à avaliação do desenho da experiência, Daniela identificou alguns pontos de melhoria. Ao replanejar a atividade, ela incluiria um roteiro de pesquisa para direcionar os estudantes durante a etapa assíncrona e encorajá-los a fazer registros. Além disso, a construção do meme poderia ser digital.
WHATSAPP. [s.d.]. Disponível em: https://www.whatsapp.com/?lang=pt_br.
YOUTUBE. [s.d.]. Disponível em: https://www.youtube.com/.
Neste registro você vai ver:
Diálogo entre familiares e gestores; coleta de dados por meio de recurso educacional digital (RED)
Curso: Gestão para a Inovação na Aprendizagem
Nome: Ednir Guimarães Passos
Parceria: Maria da Silva Neta (diretora) e Maria Marta de Almeida Oliveira (orientadora educacional)
Tema da ação: O diálogo entre escola e família mediado por tecnologia
Ambiente da prática: Exclusivamente remoto
Escola: Escola Municipal Nossa Senhora da Vitória
Mapear dificuldades na realização das atividades propostas pela escola durante o período remoto
Fomentar o diálogo entre as famílias e a escola por meio do uso de recursos digitais
Elaborar e executar um Plano de Ação com base nas demandas e necessidades dos familiares
Materiais
Celular
Computador
Recursos digitais
Ferramentas Google: Formulários Google e Google Meet
Formulário digital com pesquisa para os pais
Com a chegada da pandemia de covid-19, a Escola Municipal Nossa Senhora da Vitória, em Ilhéus, na Bahia, precisou se adaptar rapidamente ao ensino remoto, assim como tantas outras instituições de ensino. Como forma de promover atividades a distância em um contexto de baixa conectividade, a escola imprimia blocos de atividades elaboradas pelos docentes. O material era retirado pelos pais ou responsáveis para que as alunas e os alunos estudassem em casa. Para facilitar e agilizar a comunicação com as famílias durante o ensino remoto, foram criados grupos de WhatsApp com cada turma.
Ednir percebeu, no entanto, que a participação das famílias, tanto na comunicação via WhatsApp quanto na retirada de materiais, era bastante incipiente. Além disso, as atividades propostas pareciam não ter sido feitas pelos estudantes. Para entender a razão disso e pensar em meios de ampliar o diálogo com as famílias, mais próximas do processo de aprendizagem das crianças durante o ensino remoto, a gestora convocou uma reunião on-line com a equipe docente. Juntos, todos resolveram usar a tecnologia de forma mais assertiva para melhorar o processo.
Diagnóstico
O primeiro passo foi mapear as dificuldades na implementação das atividades remotas por meio da observação das interações nos grupos de WhatsApp e das evidências coletadas pela equipe docente na correção do material. Ednir e a equipe diretiva perceberam então que os desafios estavam associados à comunicação com as famílias e à baixa autonomia dos estudantes na realização das tarefas.
Plano de Ação
Com base no diagnóstico, a gestora reuniu professores, orientadores e a equipe diretiva da escola para pensar em estratégias de superação dos desafios identificados. O grupo percebeu que, a fim de aprimorar as práticas, era necessário estabelecer um diálogo mais assertivo com as famílias para conhecer as percepções delas sobre as atividades que estavam sendo realizadas em casa. Para isso, Ednir criou um formulário que poderia ser respondido pelo celular. Ela usou o Formulários Google, uma das ferramentas exploradas no curso Gestão para a Inovação na Aprendizagem.
As perguntas foram criadas de forma colaborativa, mas a gestora se responsabilizou pela produção e pela edição do formulário. O link para preenchimento foi enviado às famílias nos grupos de WhatsApp. O sucesso da ação se deveu essencialmente à participação da equipe docente, que encorajou e monitorou a participação de todos.
Os dados coletados foram analisados e apresentados por Ednir à equipe em uma reunião de planejamento remota. Com entendimento mais amplo sobre as necessidades e demandas das famílias, foi possível criar um Plano de Ação, executado durante os meses de julho e agosto de 2021.
Por meio do formulário, foram coletadas as percepções de setenta pessoas, o que possibilitou a criação de novas práticas na rotina da comunidade escolar. “Os efeitos do trabalho foram significativos e superaram nossas expectativas”, afirma Ednir, que não previa um engajamento tão grande.
Com base nas respostas, a equipe docente percebeu, por exemplo, que atividades em grupo, dentro da perspectiva das Metodologias Ativas, se mostravam eficazes e eram bem recebidas pelos estudantes e por suas famílias. Além disso, houve uma mudança na formatação dos blocos de atividades, consideradas muito complexas.
O rigor das tarefas foi ajustado e links de vídeos disponíveis on-line foram incluídos para complementar o conteúdo, auxiliando os familiares que apoiavam os estudantes durante a realização das tarefas. Outra ação consistiu na realização, pelo Google Meet, de reuniões de acompanhamento com as famílias, que elogiaram a iniciativa e o cuidado da equipe diretiva.
Ao final, era perceptível a satisfação dos professores com a construção colaborativa da ação. Na visão dos estudantes e dos responsáveis por eles, a relação entre a escola e a família melhorou. Além do feedback positivo, nas respostas ao formulário foi possível colher sugestões de melhorias que poderiam ser desenvolvidas para uma participação mais assertiva das alunas e dos alunos nas aulas.
WHATSAPP. [s.d.]. Disponível em: https://www.whatsapp.com/?lang=pt_br.
GOOGLE FORMULÁRIOS. [s.d.]. Disponível em: https://www.google.com/intl/pt-BR/forms/about/.
GOOGLE MEET. [s.d.]. Disponível em: https://meet.google.com/.
Acesse a seguir relatos das redes participantes no projeto e confira outras práticas inovadoras: