Como visto anteriormente, o cubismo chegou ao Brasil com a Semana de Arte Moderna de 1922. Os artistas modernistas que buscavam a independência cultural do Brasil, buscaram inspiração nas vanguardas européias que rompiam com os padrões, o que os deu vazão para produzirem obras com perspectivas diferentes às tradicionais da época, a perspectiva brasileira. É nesse cenário de disputa entre o conservadorismo e as tendências modernistas que o cubismo ganhou espaço no Brasil.
No entanto, mesmo com impacto na Semana, o cubismo brasileiro é diferente ao europeu ao qual se inspirou:
Homem no Café | Juan Gris
FONTE: Ibiblio
Cubismo é o foco artístico;
Cubismo puro;
Traços marcantes;
A exemplo de ''Homem no Café'' | Juan Gris
A Negra | Tarsila do Amaral
FONTE: Coleção Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo
Cubismo é uma influência artística;
Cubismo mescla com outras expressões artísticas;
Traços sutis;
Um exemplo é "A Negra" | Tarsila do Amaral.
Artistas brasileiros influentes na Semana de Arte Moderna
Tarsila do Amaral
FONTE: Guia das Artes
Tarsila do Amaral foi uma pintora e desenhista que conheceu o cubismo em Paris no ano de 1923, onde fez uma de suas obras cubistas mais famosas, “A Negra”.
Em 1924, foi desenvolvida a fase pau-Brasil, que a fez usar cores mais vibrantes e retratar o Brasil rural e urbano em suas obras, a exemplo das obras “Morro da Favela” e “Carnaval em Madureira”.
Morro da Favela
FONTE: Coleção Sérgio Fadel
Carnaval em Madureira
FONTE: Acervo Fundação José e Paulina Nemirovsk
A Boba
FONTE: Acervo do Museu de Arte Contemporâneo da Universidade de São Paulo
Nu Cubista nº1
FONTE: Reprodução fotográfica Leonardo Crescenti
Anita Malfatti foi uma pintora e desenhista que começou a estudar o cubismo e o expressionismo em Berlim no ano de 1917, onde elaborou obras que possuíam esses dois estilos, tanto de maneira pura quanto misturada, como nas obras “Nu Cubista nº1'' e “A Boba”.
Anita recebeu muitas críticas, como a de Monteiro Lobato, em 1917 num artigo chamado “A propósito da exposição Malfatti”. Depois disso, em 1922, participou da Semana de Arte Moderna com 20 obras.
Anita Malfatti
FONTE: Culturadoria
Di Cavalcanti
FONTE: Itaú Cultural
Di Cavalcanti foi um pintor considerado “o mais brasileiro dos modernistas” por retratar temas populares brasileiros, como o carnaval, mulatas, samba, favelas e operários. Tais características podem ser observadas nas obras “As Cinco Moças de Guaratinguetá” e “Mulheres com Frutas”.
Em 1922, ele participou da Semana de Arte Moderna e no ano seguinte se mudou para Paris, trazendo consigo influências de Picasso e Braque quando retornou em 1925.
As Cinco Moças de Guaratinguetá
FONTE: Acervo MASP
Mulheres com Frutas
FONTE: Enciclopedia itau cultura
A Crucifixão
FONTE: Acervo da Coleção Gilberto Chateaubriand, MAM/RJ, Brasil
Pietá
FONTE: Reprodução fotográfica Zé de Boni
Vicente do Rego Monteiro foi um pintor e desenhista que conheceu o cubismo em Paris no ano de 1911, trazendo para o Brasil influências de lá.
Após isso, foi convidado por Léonce Rosenberg, defensora do cubismo, para participar do L’Effort Moderne capitaneado. Em 1922, ele participa da Semana de Arte Moderna com dez trabalhos.
Ele, então, produziu diversas obras cubistas, como ”A Crucifixão’’ e ‘’Pietá’’ que apresentam o cubismo e tematizam questões religiosas e mitos indígenas brasileiros.
Vicente do Rego Montero
FONTE: Artrio
Oswald de Andrade
FONTE: castor RP
Oswald de Andrade é a prova de que o cubismo não se restringe somente às pinturas. Ele foi um escritor e dramaturgo que conheceu o cubismo em 1912 na Europa.
Quando voltou, participou da Semana de Arte Moderna e começou a produzir obras cubistas como “Memórias Sentimentais de João Miramar” e “O homem e o Cavalo”. E, embora severamente criticado, elaborou livros modernistas como o “Manifesto Pau-Brasil” e ”Manifesto Antropófago”.
Memórias Sentimentais de João Miramar
FONTE: Reprodução Fotográfica Romulo Fialdini
O Homem e o Cavalo
FONTE: Editora Globo
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Análise e Compreensão das Obras Cubistas Brasileiras
- ARTES PLÁSTICAS E LITERATURA -
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