EU-EM-REDE:
comigo-contigo-com o mundo
2022-2025
CONTEXTO CULTURAL DA COMUNIDADE ESCOLAR
in Projeto Educativo da ESDJGFA
A Escola de hoje assume-se como elemento essencial nos processos de perceção e assimilação de uma herança cultural constituindo, simultaneamente, um elemento privilegiado de intervenção na transformação social. Desta forma, a escola atual tem de estar preparada para a constante reflexão sobre o seu papel, buscando a construção de novas visões sobre o modo de estar e de atuar nos diferentes espaços sociais onde interage.
O Projeto Educativo da nossa Escola releva de uma filosofia de base humanista, que inscreve a ação educativa como eixo transversal, com enfoque na construção do conhecimento e no desenvolvimento identitário, numa perspetiva colaborativa entre todos os agentes educativos, entendendo a escola como uma comunidade reflexiva, habitada por “profissionais do humano”.
É nosso entendimento que a marca distintiva da ESDJGFA exigirá a cooperação e o empenho de todos os elementos da comunidade educativa no desenvolvimento de uma cultura de escola assente num clima de segurança e de bem-estar, inclusão, liberdade, tolerância, civismo, disciplina, rigor, exigência, qualidade, integridade, responsabilidade, solidariedade, ética no trabalho, e de eficiência e eficácia dos processos educativos.
A população apresenta, maioritariamente, habilitações académicas de nível básico (52%), seguindo-se o nível secundário (30%) e o nível superior (18%).
Várias instituições culturais e desportivas implantadas na zona dinamizam e interagem com a escola nas áreas da música, do teatro, do desporto, das tradições, da saúde e do património cultural.
Outras instituições têm vindo também a oferecer oportunidades de interação:
a Academia de Música de Vilar do Paraíso;
a Estação Litoral da Aguda;
o Parque das Dunas da Aguda;
o Parque Biológico, em Avintes;
o Museu da Imprensa;
o Museu de Arte Contemporânea de Serralves, no Porto.
A existência do Centro de Formação de Associação de Escolas Aurélio da Paz dos Reis, dedicado à formação de professores e de pessoal não docente, é uma valência que a escola deve potenciar para divulgar e implementar as Ações de Formação da Academia PNA.
Áreas disciplinares, clubes e projetos na escola que usam recursos e estratégias pedagógicas apoiadas nas artes:
ARTES VISUAIS, EDUCAÇÃO FÍSICA, FILOSOFIA, HISTÓRIA, PORTUGUÊS, INGLÊS, FRANCÊS, ALEMÃO, MATEMÁTICA ... CIDADANIA E DESENVOLVIMENTO
BIP (Brigadas de Intervenção Poética)
CLIL (Content and Language Integrated Learning)
CLUBE CIÊNCIA VIVA GFA
CLUBE DE ARTES PERFORMATIVAS
DESPORTO ESCOLAR
DIA GFA
ECO-ESCOLAS E ESCOLA AZUL
ERASMUS +
ESCOLA VIVA
ETWINNING
JORNAL DA ESCOLA
LER +
OFICINA DE CERÂMICA
OFICINA DE IDEIAS
PENSATÓRIO
PEPA
PES
SEMANA DO ENSINO ARTÍSTICO DA UNESCO
UBUNTU
Devemos, assim, continuar a apostar na formação de cidadãos capazes de integrar conhecimento, resolver problemas, e dominar diferentes linguagens científicas, técnicas e artísticas, mas também saber cuidar do seu bem-estar e dos outros, cooperar, responsabilizar-se, serem críticos, conscientes, autónomos, e capazes de atuar como agentes de mudança, qualquer que seja o caminho escolhido ...
...a partir do qual procuramos construir um Projeto Cultural (estruturado, coeso e coerente) no qual se concebem abordagens transdisciplinares e transversais que promovam mudanças na escola e nos seus quotidianos, através da relação com as artes, o património e a cultura.
Premissas e Valores do PNA da ESDJGFA
Cultura e mediação
A cultura amplia a nossa experiência humana e pode reconfigurar a educação. As manifestações culturais são essenciais para o reconhecimento pessoal e da comunidade. A cultura e a arte devem ser consideradas em sua multiplicidade e sem separações entre o popular e o erudito, tradicional e contemporâneo. Referimo-nos à cultura e à arte no plural, considerando a multiplicidade das suas manifestações – música, dança, literatura, artes plásticas, cinema, performance, fotografia, teatro, arquitetura, design, multimédia...–, atendendo às novas linguagens criadas pelos nossos jovens.
Arte e vida
Entendemos as artes como parte integrante da vida, não devendo ser vistas como um mundo separado ou isolado da cultura. A citação de Sophia de Mello Breyner Andresen destaca a importância da cultura como uma necessidade fundamental para todos, e não um luxo para os privilegiados. A autora ressalta que a cultura tem o poder de transformar a vida quando combinada com a arte, e que, portanto, é importante valorizar não apenas o objeto artístico em si, mas também o processo criativo e a atitude estética.
Ludicidade e liberdade
As práticas artísticas podem renovar os processos pedagógicos e permitir um espaço livre para contemplação, descoberta e liberdade, sem cair numa lógica instrumental ou de domesticação das artes. As artes também podem ensinar a apreciar a gratuidade e a beleza, promovendo uma educação associada ao prazer, ao jogo e à criatividade. Educar é mais do que simplesmente transmitir conhecimento, é acender uma chama na vida das pessoas.
Múltiplas linguagens e inclusão
A educação é um processo de aprendizagem ao longo da vida que promove a construção conjunta de conhecimentos, capacidades e atitudes para o desenvolvimento integral da pessoa. A escola deve oferecer acesso à diversidade do património cultural e às diferentes linguagens e expressões artísticas. É preciso educar e formar para as diversas linguagens e modos de comunicação, não apenas para a predominante racionalidade lógico-verbal. As expressões artísticas podem ser um caminho para a realização pessoal e participação no bem comum, especialmente para aqueles em situação de exclusão. O desenvolvimento de competências emocionais, sociais, criativas e críticas proporcionadas pelas artes pode ser um instrumento essencial de adaptação em uma sociedade que enfrenta desafios decorrentes da globalização e do desenvolvimento tecnológico.
Indisciplinar e transdisciplinar
A especialização excessiva e a homogeneização curricular são perigosas. O objetivo é usar o poder das artes para inquietar, desarrumar e questionar as certezas habituais, criando espaços de liberdade para a construção pessoal e coletiva. A criatividade tem o poder de mudar o nosso olhar sobre o mundo e transformar as nossas vidas e a dos outros.
Democratização e democracia cultural
A experiência estética não é apenas uma validação da existência individual, mas também uma expressão da comunidade (escolar e educativa) e uma forma de compartilhar a vivência cultural. A democratização do acesso e transmissão das manifestações artísticas e do património cultural permite uma maior participação dos cidadãos, aumentando o sentimento de pertença, incentivando a valorização das tradições, práticas e conhecimentos de todos, contribuindo para uma cultura de escola.
Condição histórica e tarefas infinitas
O conhecimento do património local e das artes é fundamental para desenvolvermos uma consciência histórica e nos tornarmos parte de um esforço comum. A promoção da educação nesta área visa ajudar na reconstrução de comunidades enraizadas e conscientes das múltiplas influências culturais. Essa consciência histórica ajuda a derrubar muros e preparar a mudança para o futuro.
"Textos adaptados a partir da brochura do Manifesto do PNA 2020, disponível em https://www.pna.gov.pt/manifesto-pna"
Objetivos do PNA na ESDJGFA
1
Garantir acesso equitativo à fruição e produção cultural.
2
Usar a educação artística como instrumento de desenvolvimento de competências do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, para a operacionalização da legislação sobre Educação Inclusiva e como estratégia para uma escola promotora de competências de cidadania.
3
Promover a colaboração entre agentes artísticos, a comunidade educativa e outros intervenientes para desenvolver estratégias de ensino e aprendizagem que integrem o currículo sem barreiras entre a escola e o ambiente circundante.
4
Envolver os artistas e instituições culturais nas atividades educativas a desenvolver, de modo a ampliar o impacto pessoal e social que as suas intervenções podem ter na comunidade.
5
Valorizar o património cultural e as artes como elementos essenciais para a coesão social e formação integral do cidadão.
6
Valorizar a diversidade cultural, promovendo o diálogo e reconhecendo a importância das múltiplas vozes, territórios e recursos.
7
Criar estratégias pedagógicas transversais apoiadas nas artes e no património.
8
Capacitar professores através da divulgação da bolsa de ações de formação e formadores (investigadores, artistas, especialistas) – disponível no Portefólio Academia PNA, para a pedagogia das artes e do património e para o uso dos instrumentos propostos pelo Plano.
9
Produzir e disseminar conhecimento nas áreas do Plano.
10
Monitorizar e avaliar regularmente os resultados e impacto das atividades do PCE da ESDJGFA.
"Textos adaptados a partir da brochura do Manifesto do PNA 2020, disponível em https://www.pna.gov.pt/manifesto-pna"
Princípios Estratégicos do PNA na ESDJGFA
1
Explicitar a importância das artes e da educação na vida das comunidades e dos cidadãos.
2
Dar visibilidade ao trabalho exemplar e tantas vezes solitário que já se fez e faz na ESDJGFA – sem a pretensão da tábua rasa ou de estar a começar do zero.
3
Trabalhar e articular em conjunto com os projetos existentes na ESDJGFA, potenciando a ação de todos, construindo pontes e consolidando a coerência entre todos ao nível dos objetivos e estratégias de intervenção definidas no PCE.
4
Dotar as nossas ações de intencionalidade pedagógica enquadrando-as nas orientações inscritas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória; nas matrizes curriculares aprovadas no DL 55/2018; na Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania; no Decreto-Lei sobre Educação Inclusiva 54/2018; no Decreto-Lei 55/2018.
5
Mobilizar as artes na ESDJGFA como recurso transdisciplinar para as diferentes disciplinas, contribuindo para a melhoria da dinâmica escolar, não ficando restritas às disciplinas artísticas.
6
Dinamizar redes de criação e construir pontes entre agentes culturais e educativos para viabilizar os diferentes projetos da ESDJGFA.
7
Aproveitar a criatividade das artes para tornar o sistema educativo mais transdisciplinar e inclusivo, contribuindo para o sucesso escolar, desenvolvimento pessoal e capacitação cidadã.
8
Trabalhar em conjunto com o Plano Nacional de Leitura, a Rede de Bibliotecas Escolares, o Plano Nacional de Cinema, a Rede Portuguesa de Museus– e o recém-criado Arquivo Nacional do Som–, de modo a articular e potenciar a ação de todos, construindo pontes entre estes organismos para consolidar a coerência entre todos ao nível dos objetivos, valores e estratégias de intervenção.
9
Recorrer à investigação académica para criar indicadores de impacto ajustados às necessidades de avaliação qualitativa dos programas, projetos e medidas constantes do PNA da ESDJGFA.
10
Colaborar com organismos públicos e privados para viabilizar os objetivos do PCE.
"Textos adaptados a partir da brochura do Manifesto do PNA 2020, disponível em https://www.pna.gov.pt/manifesto-pna"
Parceiros culturais, educativos e ambientais