O Projeto Educativo da Escola Secundária Dr. Joaquim Gomes Ferreira Alves (ESDJGFA) para o período de 2023-2026 adota uma visão centrada na promoção das capacidades individuais de cada aluno, preparando-os para serem participantes ativos na sociedade e contribuindo para o desenvolvimento económico, social e cultural do país. Este Projeto Educativo (PE) é flexível e dinâmico, adaptando-se às exigências de um mundo em constante evolução, onde a globalização, a tecnologia e a cultura ocupam um papel central.
A escola é, portanto, um espaço de reflexão contínua sobre o seu papel na sociedade, procurando novas formas de interação social e inovação pedagógica. A ESDJGFA segue uma filosofia humanista, colocando a educação como eixo central do desenvolvimento pessoal e comunitário, promovendo um ambiente colaborativo e reflexivo, formado por "profissionais do humano".
Além disso, a missão da escola abrange a criação de parcerias estratégicas com instituições nas áreas da saúde, ambiente, cultura e desporto, fomentando uma formação holística dos alunos. Estas parcerias, como as estabelecidas com a Câmara Municipal de Gaia, a Academia de Música de Vilar do Paraíso, e o Parque Biológico, entre outras, têm sido fundamentais para ampliar as oportunidades educativas e enriquecer o percurso formativo dos estudantes.
O PE da ESDJGFA oferece uma visão moderna da educação, onde a herança cultural é tratada como um elemento crucial e, simultaneamente, como uma ferramenta de transformação social. Desta forma, a escola torna-se um espaço de constante reflexão e ação, contribuindo para a construção de uma sociedade mais inclusiva e preparada para enfrentar os desafios do futuro.
Essa abordagem expande as possibilidades de ação pedagógica, criando um ambiente onde os alunos desenvolvem não apenas conhecimentos académicos, mas também competências pessoais e sociais, essenciais para uma cidadania ativa e consciente, utilizando a arte, a cultura e o património como pilares fundamentais dessa formação.
Várias instituições culturais e desportivas da região colaboram ativamente com a escola, promovendo atividades nas áreas da música, teatro, desporto, tradições, saúde e património cultural. A escola também estabelece parcerias estratégicas com diversas entidades, que têm um impacto muito positivo na melhoria da qualidade do serviço educativo e na criação de novas oportunidades de aprendizagem. Alguns exemplos dessas parcerias incluem:
Academia de Música de Vilar do Paraíso
APEVA
A. H. Bombeiros Voluntários de Valadares
Câmara Municipal de Gaia
CERCIgaia/ CEFPI/ APPACDM/ APPDA
ccTIC da Univ. Aveiro e do Inst. Polit. Viseu
CPCJ
DGE/ERTE
Escola Segura
Estação Litoral da Aguda.
Faculdade de Letras da Univ. do Porto
FEDAPAGAIA
Fórum Cultural de Gulpilhares
Fundação Conservatório Regional de Gaia
Ginasiano Escola de Dança
Jornal "O Gaiense"
Museu da Imprensa
Museu de Arte Contemporânea de Serralves
Orfeão de Valadares
Parque Biológico
Parque das Dunas da Aguda.
União de Freguesia de Vilar do Paraíso e Mafamude
União de Freguesias de Gulpilhares e Valadares
Unidade de Saúde Familiar da Boa Nova
Universidade Aberta
A existência do Centro de Formação de Associação de Escolas Aurélio da Paz dos Reis, dedicado à formação de professores e de pessoal não docente, é uma valência que a escola deve potenciar para divulgar e implementar as Ações de Formação da Academia PNA.
ARTES VISUAIS, EDUCAÇÃO FÍSICA, FILOSOFIA, HISTÓRIA, PORTUGUÊS, INGLÊS, FRANCÊS, ALEMÃO, MATEMÁTICA ... CIDADANIA E DESENVOLVIMENTO
APPS FOR GOOD
BIP (Brigadas de Intervenção Poética)
CLIL (Content and Language Integrated Learning)
CLUBE CIÊNCIA VIVA GFA
DESPORTO ESCOLAR
DIA GFA
ECO-ESCOLAS E ESCOLA AZUL
ERASMUS +
ESCOLA VIVA
ETWINNING
JORNAL ESCOLAR (O GAIENSE / JORNAL IMPRESSÕES)
LER +
OFICINA DE CERÂMICA
OFICINA DE IDEIAS
PENSATÓRIO
PEPA
PES
SEMANA DO ENSINO ARTÍSTICO DA UNESCO
UBUNTU
Devemos, assim, continuar a apostar na formação de cidadãos capazes de integrar conhecimento, resolver problemas, e dominar diferentes linguagens científicas, técnicas e artísticas, mas também saber cuidar do seu bem-estar e dos outros, cooperar, responsabilizar-se, serem críticos, conscientes, autónomos, e capazes de atuar como agentes de mudança, qualquer que seja o caminho escolhido ...
...a partir do qual procuramos construir um Projeto Cultural (estruturado, coeso e coerente) no qual se concebem abordagens transdisciplinares e transversais que promovam mudanças na escola e nos seus quotidianos, através da relação com as artes, o património e a cultura.
"O Pensatório, o Jardim da Meditação, a Oficina de Ideias, o Lago, o Ginásio da Geometria Descritiva e as dinâmicas da biblioteca escolar, as exposições regulares de trabalhos diversos, abertas a artistas de reconhecido mérito e o projeto cultural da escola, articulado com o Plano Nacional das Artes e o Plano Nacional do Cinema, concretizado na Semana do Ensino Artístico da Unesco, são marcas distintivas da identidade da Escola."
A cultura amplia a nossa experiência humana e pode reconfigurar a educação. As manifestações culturais são essenciais para o reconhecimento pessoal e da comunidade. A cultura e a arte devem ser consideradas em sua multiplicidade e sem separações entre o popular e o erudito, tradicional e contemporâneo. Referimo-nos à cultura e à arte no plural, considerando a multiplicidade das suas manifestações – música, dança, literatura, artes plásticas, cinema, performance, fotografia, teatro, arquitetura, design, multimédia...–, atendendo às novas linguagens criadas pelos nossos jovens.
Entendemos as artes como parte integrante da vida, não devendo ser vistas como um mundo separado ou isolado da cultura. A citação de Sophia de Mello Breyner Andresen destaca a importância da cultura como uma necessidade fundamental para todos, e não um luxo para os privilegiados. A autora ressalta que a cultura tem o poder de transformar a vida quando combinada com a arte, e que, portanto, é importante valorizar não apenas o objeto artístico em si, mas também o processo criativo e a atitude estética.
As práticas artísticas podem renovar os processos pedagógicos e permitir um espaço livre para contemplação, descoberta e liberdade, sem cair numa lógica instrumental ou de domesticação das artes. As artes também podem ensinar a apreciar a gratuidade e a beleza, promovendo uma educação associada ao prazer, ao jogo e à criatividade. Educar é mais do que simplesmente transmitir conhecimento, é acender uma chama na vida das pessoas.
A educação é um processo de aprendizagem ao longo da vida que promove a construção conjunta de conhecimentos, capacidades e atitudes para o desenvolvimento integral da pessoa. A escola deve oferecer acesso à diversidade do património cultural e às diferentes linguagens e expressões artísticas. É preciso educar e formar para as diversas linguagens e modos de comunicação, não apenas para a predominante racionalidade lógico-verbal. As expressões artísticas podem ser um caminho para a realização pessoal e participação no bem comum, especialmente para aqueles em situação de exclusão. O desenvolvimento de competências emocionais, sociais, criativas e críticas proporcionadas pelas artes pode ser um instrumento essencial de adaptação em uma sociedade que enfrenta desafios decorrentes da globalização e do desenvolvimento tecnológico.
A especialização excessiva e a homogeneização curricular são perigosas. O objetivo é usar o poder das artes para inquietar, desarrumar e questionar as certezas habituais, criando espaços de liberdade para a construção pessoal e coletiva. A criatividade tem o poder de mudar o nosso olhar sobre o mundo e transformar as nossas vidas e a dos outros.
A experiência estética não é apenas uma validação da existência individual, mas também uma expressão da comunidade (escolar e educativa) e uma forma de compartilhar a vivência cultural. A democratização do acesso e transmissão das manifestações artísticas e do património cultural permite uma maior participação dos cidadãos, aumentando o sentimento de pertença, incentivando a valorização das tradições, práticas e conhecimentos de todos, contribuindo para uma cultura de escola.
O conhecimento do património local e das artes é fundamental para desenvolvermos uma consciência histórica e nos tornarmos parte de um esforço comum. A promoção da educação nesta área visa ajudar na reconstrução de comunidades enraizadas e conscientes das múltiplas influências culturais. Essa consciência histórica ajuda a derrubar muros e preparar a mudança para o futuro.
"Textos adaptados a partir da brochura do Manifesto do PNA 2020, disponível em https://www.pna.gov.pt/manifesto-pna"
1
Promover a qualidade do ensino e das aprendizagens, assim como a inclusão de todos os alunos, garantindo o acesso equitativo à fruição e produção cultural.
2
Usar a educação artística como instrumento de desenvolvimento de competências do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, para a operacionalização da legislação sobre Educação Inclusiva e como estratégia para uma escola promotora de competências de cidadania.
3
Promover a colaboração entre agentes artísticos, a comunidade educativa e outros intervenientes para desenvolver estratégias de ensino e aprendizagem que integrem o currículo sem barreiras entre a escola e o ambiente circundante.
4
Envolver os artistas e instituições culturais nas atividades educativas a desenvolver, de modo a ampliar o impacto pessoal e social que as suas intervenções podem ter na comunidade.
5
Valorizar o património cultural e as artes como elementos essenciais para a coesão social e formação integral do cidadão.
6
Valorizar a diversidade cultural, promovendo o diálogo e reconhecendo a importância das múltiplas vozes, territórios e recursos.
7
Criar estratégias pedagógicas transversais apoiadas nas artes e no património.
8
Capacitar professores através da divulgação da bolsa de ações de formação e formadores (investigadores, artistas, especialistas) – disponível no Portefólio Academia PNA, para a pedagogia das artes e do património e para o uso dos instrumentos propostos pelo Plano.
9
Produzir e disseminar conhecimento nas áreas do Plano.
10
Monitorizar e avaliar regularmente os resultados e impacto das atividades do PCE da ESDJGFA.
"Textos adaptados a partir da brochura do Manifesto do PNA 2020, disponível em https://www.pna.gov.pt/manifesto-pna"
1
Explicitar a importância das artes e da educação na vida das comunidades e dos cidadãos.
2
Dar visibilidade ao trabalho exemplar e tantas vezes solitário que já se fez e faz na ESDJGFA – sem a pretensão da tábua rasa ou de estar a começar do zero.
3
Trabalhar e articular em conjunto com os projetos existentes na ESDJGFA, potenciando a ação de todos, construindo pontes e consolidando a coerência entre todos ao nível dos objetivos e estratégias de intervenção definidas no PCE.
4
Dotar as nossas ações de intencionalidade pedagógica enquadrando-as nas orientações inscritas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória; nas matrizes curriculares aprovadas no DL 55/2018; na Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania; no Decreto-Lei sobre Educação Inclusiva 54/2018; no Decreto-Lei 55/2018.
5
Mobilizar as artes na ESDJGFA como recurso transdisciplinar para as diferentes disciplinas, contribuindo para a melhoria da dinâmica escolar, não ficando restritas às disciplinas artísticas.
6
Dinamizar redes de criação e construir pontes entre agentes culturais e educativos para viabilizar os diferentes projetos da ESDJGFA.
7
Aproveitar a criatividade das artes para tornar o sistema educativo mais transdisciplinar e inclusivo, contribuindo para o sucesso escolar, desenvolvimento pessoal e capacitação cidadã.
8
Trabalhar em conjunto com o Plano Nacional de Leitura, a Rede de Bibliotecas Escolares, o Plano Nacional de Cinema, a Rede Portuguesa de Museus– e o recém-criado Arquivo Nacional do Som–, de modo a articular e potenciar a ação de todos, construindo pontes entre estes organismos para consolidar a coerência entre todos ao nível dos objetivos, valores e estratégias de intervenção.
9
Recorrer à investigação académica para criar indicadores de impacto ajustados às necessidades de avaliação qualitativa dos programas, projetos e medidas constantes do PNA da ESDJGFA.
10
Colaborar com organismos públicos e privados para viabilizar os objetivos do PCE.
"Textos adaptados a partir da brochura do Manifesto do PNA 2020, disponível em https://www.pna.gov.pt/manifesto-pna"
Parceiros culturais, educativos e ambientais