Cultural Heritage Education: Ancient Greece as a Case Study

Cultural Heritage Education: Ancient Greece as a Case Study

Com base nos pilares e nos valores do Quadro Europeu de Ação sobre o Património Cultural, este curso visa utilizar o rico património histórico e artístico da Grécia como um estudo de caso sobre como a educação do património cultural pode ajudar-nos a compreender as sociedades modernas e criar ambientes comunitários mais inclusivos, coesos e sustentáveis.

Ao participarem em atividades construtivas e jogos, bem como em visitas guiadas a locais arqueológicos, os participantes do curso irão descobrir a riqueza da história, das artes e da língua da Grécia antiga.

Através da aprendizagem experiencial e da discussão sobre a interpretação do património cultural, aprenderão a preservar o seu património cultural, desenvolvendo assim uma compreensão profunda que promove um sentido de identidade europeia e inclusão social.

A Educação para o Património Cultural (CHE), um dos principais objetivos da Estratégia Europeia do Património para o século XXI (ST21), pode ser o veículo para a promoção do nosso património cultural partilhado, mas também para mostrar que diferentes identidades culturais podem complementar e enriquecer-se mutuamente ao coexistir e moldar uma identidade europeia comum.


O curso permitirá aos participantes:

Sobre o grupo de docentes e a importância da sua formação:

O grupo de docentes é heterogéneo sendo este fator uma mais-valia pelas diferentes áreas de interesse/intervenção. É formado por professores de História (1), Filosofia (1), Inglês (1), Informática (1), Matemática (2) e Música (1) constituindo o curso formação especifica para uns e/ou transversal para outros. Enquadra-se ainda no trabalho e responsabilidades que têm na escola, nomeadamente no âmbito do Clube Europeu, ETwinning e Erasmus+.

A formação de Professores desempenha um papel crucial no desenvolvimento da educação e no sucesso dos estudantes. A importância da formação para os Professores deve assim abranger diversas áreas e aspetos.

Exemplos sobre a mais-valia da diversidade das áreas de interesse/intervenção e a relevância da participação neste curso:

Sendo a História da Matemática uma das ideias chave desta disciplina, o recurso a episódios e problemas marcantes da História deve motivar pesquisas, estudos ou debates, não de caráter enciclopédico, mas contribuindo para que o progresso da Matemática seja apreciado e compreendido.

Existem numerosos factos, aspetos particulares e episódios da cultura e civilização grega que, pelo seu potencial pedagógico, devem ser explorados em tarefas dentro e fora da sala de aula. Foi na Grécia Antiga que a Matemática ganhou contornos abstratos e passou a ser utilizada não apenas para medir e contar coisas do dia-a-dia, mas também como elemento de pensamento abstrato e filosófico. Ao falar do desenvolvimento da Matemática na Grécia Antiga é preciso citar dois dos seus principais pensadores: Tales de Mileto e Pitágoras, responsáveis por transformar a Matemática num estudo organizado e sistemático.

Os professores devem aproveitar os factos contemporâneos da História da Matemática para levar os alunos a entender o papel determinante da Matemática na sociedade atual.

Na disciplina de Inglês, as temáticas do Multiculturalismo (11.º ano) e da Democracia e Participação Democrática na Construção da União Europeia (12.º ano) são dois dos oito temas obrigatórios de ensino/aprendizagem. Dado que o curso foca a construção de uma identidade europeia, com base na herança cultural comum com origem na Grécia Antiga, a relevância da participação neste curso é relevante. Para além disto, num ano preenchido por processos eleitorais da maior relevância, todo o conhecimento nesta área (Herança Cultural da Grécia Antiga na construção identitária europeia) serve de suporte para ensinar os nossos alunos a serem cidadãos conscientes e participantes na construção de uma região/país/Europa mais democrática.

A História mostra-nos que perante os mesmos fatores/acontecimentos o erro pode prevalecer se desconhecermos os contornos do passado.

Foi em Atenas, cidade onde nasceu a democracia, que os filósofos e os oradores cultivaram o pensamento e a palavra, que os arquitetos e escultores criaram as mais belas obras de arte, que os dramaturgos encenaram as primeiras peças de teatro, áreas que marcam o nosso presente como cidadãos portugueses e europeus.

Atenas foi centro político e cultural de primeira grandeza, Atenas identifica-se com o esplendor da civilização grega e o seu precioso legado ao mundo ocidental, berço de conceitos e ideias que moldaram a civilização ocidental.

A formação do homem grego em todas as suas dimensões e o valor da educação com vista a uma cidadania consciente e ativa foram marcas que herdámos da cultura grega e que tanto importa recuperar nos dias de hoje. O que seria do presente sem essas matrizes do passado e o que será do futuro se não as reconhecermos para as podermos transmitir a novas gerações. O professor como formador tem esse papel, mas também precisa absorver experiências que tornem mais viva a missão de dar a conhecer e facilitar a construção do conhecimento.

Mas o berço da palavra e da verdade, do conhecimento e da democracia também assistiu à sua decadência. A atual realidade europeia poderá estar a espelhar este período, sendo fundamental refletirmos sobre o crescimento inegável do populismo e da forma como este ameaça esta grande conquista grega.