O Ateliê d'artes é uma aventura que indestina!!!
Pretende-se que os alunos, a par de compreenderem o funcionamento da linguagem plástica, os seus modos de ser e de aparecer, os conceitos e as práticas que a decidem enquanto objeto com características muito específicas, possam iniciar um fazer mais fundamentado e se reclamem, neste caso, como operadores do pensamento plástico; saibam, entretanto, que esse espaço criativo cabe na memória histórica onde se interligam trajetos da cultura e do património construído; e entendam também a intervenção por essa via no ambiente humano, o que é dar ao ato artístico um valor crítico... de consciência estética.
Identificar e compreender a natureza do ato criativo através e a partir da prática. Pretende-se, assim, que o aluno realize pesquisas referentes aos problemas de comunicação/expressão, a partir da utilização, também, dos elementos visuais
Adquirir a capacidade de comunicar ideias e/ou sentimentos, através de uma linguagem.
É, então, necessário levar os alunos a procurar analisar e refletir criticamente, para chegar à compreensão do mundo do visível e à comunicação das ideias e emoções daí derivadas.
Compreender as responsabilidades pessoais derivadas da liberdade de ação e pensamento no trabalho individual e coletivo.
Compreender os problemas e a importância do meio envolvente, para que possa intervir responsavelmente.
Para isso é necessário desenvolver no aluno a capacidade para analisar o ambiente natural e/ou criado pelo homem, e estudar projetos para proteger esse ambiente e evitar minorar destruições.
Aperfeiçoar a capacidade de ver, traduzida na observação crítica do real como um processo percetual que conduza à compreensão da natureza visual das coisas.
É importante o aluno aprender a ver, a percecionar, preparando-se também para o contacto quotidiano com os produtos do trabalho artístico do homem, na sua relação com o espaço envolvente.
Adquirir um conhecimento artístico, considerado na perspetiva de um processo social e cultural do povo, da região, e do país. Para isso o aluno necessita de adquirir as bases indispensáveis para uma possível educação estética.
Conceber projetos de escola no sentido de uma estratégia global e comunitária de ação.
É com o propósito deliberado de apropriação, pela ação estratégica, dos «espaços onde nos movimentamos» que se pretende participar no Plano Anual de Atividades. Dando cabimento para a partilha e cooperação entre disciplinas... entre colegas. Porque a «sabedoria alia-se à humildade intelectual, que aceita e valoriza o confronto de ideias e saberes, e se mantém disponível para reajustar pontos de vista, tendo em conta outras perspetivas. Talvez o fundamental seja acreditar na atitude científica, na importância humana e social da manutenção e expansão e agir, tendo em conta o valor do diálogo e da cooperação dos saberes, específicos e comuns, restritos e globais, de pormenor e integrados, no sentido de recriar os espaços e redimensionar as situações de aprendizagem.»Cavaco, Maria Helena, INTERDISCIPLINARIDADE, DIÁLOGO DE SABERES, Inovação, vol.6, nº2, 1993, p.183.
· Promover o espírito de iniciativa e intervenção no meio escolar e fora deste.
· Dinamizar pessoas e espaços.
· Promover a transdisciplinaridade.
· Sensibilizar para outras formas de comunicação em arte.
· Integrar diferentes áreas de expressão e comunicação.
· Utilizar meios tecnológicos
· Desenvolver capacidades relacionadas com a imaginação, criatividade, originalidade, perceção e pensamento visuais, o sentido crítico, o rigor.
· Promover atitudes tendo em vista o desenvolvimento da sensibilidade estética, a exploração da estrutura da linguagem visual no campo da comunicação e expressão, que proporcionem a exploração de experiências exclusivas do mundo visual.
· Favorecer o desenvolvimento da autonomia, pessoal, alicerçada numa consciência critica dos interesses e valores e no conhecimento das capacidades e aptidões próprias, dentro de princípios de liberdade, responsabilidade e solidariedade.
· Adquirir hábitos de trabalho relacionados com a limpeza, organização tanto da sala de trabalho como no exterior (consoante os meios plásticos), saber utilizar as técnicas e materiais.
· Estimular o desenvolvimento de atitudes de reflexão metódica, de abertura de espírito, de tolerância e de respeito pela diferença.
· Promover o sentido crítico dos fenómenos e a capacidade de análise e de conceção de soluções alternativas para os problemas da realidade envolvente.
· Estimular o desenvolvimento de atitudes de iniciativa e criatividade conducentes a uma adaptação crítica à mudança.
· Desenvolver a sensibilidade para as criações culturais, artríticas e literárias.
· Incentivar o reconhecimento pelos valores da autodisciplina, da persistência e do trabalho.
· Assegurar que os alunos se identifiquem criticamente com a realidade portuguesa, proporcionando conhecimentos sobre a sua cultura.
· Fomentar a aquisição de competências culturais conscientes e o apreço pela cultura e pelos valores estéticos e culturais e possibilitar o aperfeiçoamento da sua expressão artística.
· Desenvolver capacidades de integração, elaboração e assimilação de informações e mensagens.
· Proporcionar as bases teóricas necessárias para que os alunos se familiarizem com alguns grandes sistemas de interpretação da realidade.
· Proporcionar a existência de vivências formais e não formais que favoreçam:
- O aprofundamento da capacidade de analisar criticamente informações e situações do quotidiano pessoal, local e nacional.
- O domínio das capacidades, hábitos e técnicas de trabalho pessoal e em equipa;
- A assunção efetiva de responsabilidades de âmbito escolar e cívico.
· Formar, a partir da realidade concreta da vida local, regional e nacional e no apreço pelos valores permanentes da sociedade em geral, jovens interessados na resolução de problemas e sensibilizados para os problemas da comunidade.
· Fomentar e valorizar o intercâmbio de experiências e saberes com outras comunidades escolares.
· Adquirir hábitos de avaliação quanto à qualidade de aprendizagem.
· Criar uma maior disponibilidade física e psicológica.
· Desenvolver a competência comunicativa.
Organizar eventos de natureza artística e cultural.
Todo o currículo educativo deve estar aberto a uma «noologia ambiental», para que o desenvolvimento dos jovens se defina num processo ligado ao meio. É através da sua apropriação do meio envolvente que o jovem poderá operar e desenvolver as suas potencialidades.
Os princípios aqui expressos podem, eventualmente, remeter para uma educação onde a tarefa fundamental a desenvolver, na escola, assenta num projeto baseado nas necessidades educativas reais da comunidade. Neste contexto, o «Ateliê d’Artes» resulta da tentativa de construção do currículo, entendido como algo de provisório e flexível e, acima de tudo, capaz de ir ao encontro das necessidades reais que se nos deparam, frequentemente, no dia-a-dia ou de ano para ano.
É a partir do pressuposto que «a mente criativa joga com o objeto que ama» que se considera o carácter experimental do ateliê e a possibilidade da escola se tornar “suporte laboratorial”, onde se podem desencadear experiências de aprendizagem consequentes e dirigidas para a concretização do projeto artístico na sua globalidade.
A opção por este processo pedagógico, centrado numa atividade extra letiva, permite reduzir a distância entre a atividade escolar e a vida real. Permite, igualmente fazer apelo a saberes que estão para além das disciplinas, pois os problemas da vida não são nunca puramente disciplinares, e aprender a resolvê-los, fazendo apelo a noções, conceitos, e práticas pluridisciplinares, consiste em dar aos alunos um instrumento cuja utilidade é evidente na vida profissional.
Este processo pedagógico visa realizações efetivas, dando sentido às atividades escolares, é comparável ao das atividades sociais. A atividade pedagógica torna-se ao mesmo tempo uma atividade coletiva, tornando-se visível que a ação educativa artística tem, quando existe, um papel fundamental na modelação da escola enquanto entidade viva, criativa, dinâmica... e interativa.
O «Ateliê d’Artes», propõe-se a caminhar, entrosando as técnicas estáveis, os meios consagrados com materiais não ortodoxos, porque sendo este o lugar que aponta para a determinação... de diversas necessidades, realidades e identidades, deverá acontecer «apelando para as capacidades que o aluno já possui, dando-lhes ao mesmo tempo, tanto material novo quanto seja necessário para que ele construa aquelas capacidades em nova direção, reconstrução que exige o pensamento, isto é, pensamento inteligente.» Dewey,1972
Parece pertinente que do improvável (aquilo que, logo à priori, não pode ser «desenhado»...) podem surgir aspetos que, devida e oportunamente apropriados, se poderão converter em estratégias/ atividades adequadas aos interesses da comunidade escolar ou dos pressupostos da própria ação pedagógica. Este projeto assume-se, incapaz de determinar o eventual... no entanto, ele pressupõe, pela indefinição, ser um espaço aberto... a novas situações, ao invisível e ao «acaso»... àquilo que não se consegue «fixar», antecipadamente, em qualquer suporte.
Escola Básica 3/S Antero de Quental
Pátio das Gatas (Atelier d’ Artes) e Sala 16s e câmara escura.
Acesso facilitado ao Gabinete de Serigrafia (contiguo às salas A, B, C e D.)
Acesso facilitado à Mufla e a outros espaços específicos necessários ao desenvolvimento projetual.
Logo após o inicio do ano letivo.
Dependerá da pertinência do projeto e da avaliação do mesmo.
Dois blocos, durante o período diurno, à Quarta-feira à tarde. De modo a possibilitar a integração, no mesmo espaço/ projeto, de alunos oriundos de diferentes turmas e anos.
· Divulgação – Cartazes, folhetos, rádio escolar, jornal da escola, página web entre outros meios e explicação feita pelos professores de Artes Visuais junto das turmas que lecionam.
· Inscrições no ato da matricula, no final do ano letivo, para os alunos de artes.
· Abertura de inscrições a toda a comunidade escolar – 1ª semana de aulas
· Seleção – 2ª semana de aulas, prevendo-se o início das atividades do ateliê na 2ª ou na 3ª semana de aulas.
Para que os objetivos possam ser devidamente cumpridos o número de elementos que o compõem não deve exceder os 20 alunos inscritos e com participação efetiva nas atividades semanais a desenvolver cessando no mês imediato àquele em que o número médio semanal desça abaixo dos 15 participantes.
Devido ao número de alunos que constitui o Ateliê, os 20 selecionados serão alertados para tentarem, quanto possível, não faltar. Se por qualquer motivo o aluno não continuar a frequentar este espaço, o aluno apenas tem de avisar o coordenador, assim será dada oportunidade de participação a outros alunos que tenham feito a inscrição sem terem obtido lugar.
Critérios de seleção:
- Por ordem de inscrição
- 1º lugar- Alunos que frequentaram as disciplinas de componente artística:
Cursos de Artes Visuais e Multimédia:
1º - 12º ano de escolaridade
2º - 11º ano de escolaridade
3º - 10º ano de escolaridade
- 2º lugar- 7º, 8º e 9º anos.
- 3º lugar- Toda a comunidade escolar.