O Covid-19 e os sistemas de saúde

A importância do sus mediante a pandemia:

O SUS é um sistema universal, que dá direito a todos sendo 80% da população dependente do SUS. Com o país atingido fortemente por um vírus de letalidade moderada, o SUS precisou se expandir "de uma hora para outra" para dar toda a assistência que a população necessitava. Sem o SUS, a pandemia a teria instalado o caos social e o Estado contabilizaria um prejuízo ainda maior, com mais vidas perdidas. O princípio da Universalidade do SUS ficou muito evidente na pandemia, um exemplo disso é o diagnóstico laboratorial PCR que foi realizado no LACEN. A rede hospitalar cresceu, a vigilância laboratorial trabalhou com um tempo-resposta ágil e eficaz, ampliando o corpo clínico dentre outros benefícios, ou seja, o SUS deu uma resposta satisfatória à sociedade diante de um cenário de crise.

Não se pode negar, entretanto, que algumas respostas poderiam ter sido mais enfáticas e resolutivas. Isso, no entanto, não se relaciona apenas à infraestrutura de que dispõe nosso sistema de saúde mas, sobretudo de como esse sistema é gerido e articulado com outras medidas preventivas nas esferas municipal, estadual e federal.


Preocupação dos Profissionais da Saúde frente À Pandemia:

Os profissionais de saúde fazem parte do grupo de risco para o COVID-19, pois estão expostos diretamente aos pacientes infectados devido à alta carga viral do ambiente, além de estarem submetidos a enorme estresse ao atender os pacientes em estados de saúde muito graves. A preocupação em adoecer por conta da doença ou contaminar seus familiares também é muito presente no cotidiano desses profissionais e outro fator importante é a saúde mental desses indivíduos que sofrem de ansiedade, depressão, perda da qualidade do sono e sintomas psicossomáticos. O excesso de trabalho, frustração, discriminação, assistência a pacientes com emoções negativas, a morte dos pacientes, informações incertas sobre a cura, solidão, todos esses sentimentos e acontecimentos prejudicam a saúde mental dos profissionais. Dessa forma é preciso que a população em geral apoie e estimule os profissionais da saúde que estão na linha de frente, reconhecendo seus esforços e sacrifícios, para que dessa forma eles tenham apoio e ânimo para enfrentar esse desafio que é a COVID-19.

Os impactos da Covid-19 na transformação do sistema de saúde:

O impacto econômico é gigantesco no sistema de saúde, sendo possível expor as diferenças entre o SUS e o sistema privado.

Um grande impacto no Sistema Único de Saúde também é o alto investimento em vacinas para a população, embora ainda em quantidades aquém das necessárias e cilindros de oxigênio para poder tratar toda a população infectada que procura por atendimento e necessita de internação.

A COVID-19 vem causando uma sobrecarga muito grande no Sistema Único de Saúde, onde a procura pelo atendimento médico é maior.

É necessário criar fluxos específicos, mobilizar força de trabalho qualificada, disponibilizar insumos como máscaras, álcool 70° e ventiladores mecânicos.

Possíveis construções de novos hospitais de campanha e ampliação de leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs) também tem feito parte das mudanças impulsionadas pela pandemia.

Você está com sintomas leves?

Quadros leves, que podem ser administrados em casa ou orientados por telefone, não devem frequentar os serviços de saúde, não só para não o sobrecarregarem, como também para evitarem o contato com outras pessoas doentes. Isso gera uma exposição maior ao vírus para ambas as partes, tanto para quem já está doente no hospital, quanto para quem apresenta quadro leve e vai à procura de cuidados médicos. Caso seja necessário sair, prefira utilizar máscaras filtrantes (PFF2/N95).


Conscientizando a População sobre a Pandemia


A quantidade de pessoas contaminadas é muito superior à capacidade de leitos oferecidos pelo sistema e por isso, é notável a importância de a população se conscientizar para evitar a propagação do vírus e reduzir o risco de contaminação e de surgimento de novas variantes (mais contaminantes e letais), adotando as medidas de restrições recomendadas, para que haja o controle da doença e as equipes de saúde possam oferecer uma assistência adequada aos pacientes que chegarão em grande número por causa da alta transmissibilidade do vírus, aos sistemas públicos e privados de saúde.

Também é necessário destacar que pessoas já vacinadas e todo o esforço mundial empregado na produção de vacinas pode ser colocado em risco, na medida em que há a possibilidade do surgimento de variantes que sejam resistentes às vacinas já existentes, considerando as lentas taxas de vacinação observadas em países como o Brasil.