PESQUISA
PESQUISA
Construção de uma caixa de areia de realidade aumentada adaptada ao ensino de geografia apoiada nos princípios da acessibilidade e inclusão
O projeto em tela visa enfrentar a seguinte problemática: é possível tornar o ensino sobre os conceitos e processos relacionados ao relevo e à hidrografia no ensino médio, muitas vezes limitado ao uso de fotografias e mapas, menos abstrato e mais concreto? Para tentar responder a essa questão, visa-se construir e dimensionar a aplicabilidade de uma sandbox (caixa de areia) para ensino de geomorfologia e hidrografia na componente curricular de Geografia com base nos princípios da acessibilidade e da inclusão escolar, e aplicados no âmbito de sequências didáticas. O uso de caixas de areia para o ensino de geografia tem sido cada vez mais presente nas escolas para o trabalho pedagógico sobre temas da geografia do ensino médio. A inovação que buscar-se-á, nesse projeto, é a adaptação do projeto tradicional para o atendimento concomitante a pessoas com necessidades educacionais específicas, com foco os estudantes com Necessidades Educativas Especiais (NEE, e outros públicos) demandantes das ações de inclusão escolar. No âmbito do projeto, que deverá articular as ações de ensino de Geografia com o Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas (NAPNE) do Campus Caxias do Sul, os participantes irão levantar em referências científicas as bases para a construção da sandbox e produzirão adequações em sua estrutura para o ensino, visando os diferentes alunos da instituição. Como principal resultado, procurar-se-á propor uma metodologia de construção da caixa de areia adaptada e a elaboração de sequências didáticas de caráter inclusivo para o ensino de geomorfologia e hidrografia na educação básica a partir do material organizado.
Os produtos da exploração e o aproveitamento econômico de materiais geológicos estão presentes em todas as instâncias da sociedade, e são indispensáveis à reprodução dos modos de vida e de consumo no planeta, pautados em uma forte lógica tecnológica e industrial. A capacidade de reconhecer no espaço geográfico e no cotidiano a presença e utilização dos recursos minerais, bem como a reflexão sobre a sua origem, escassez e as consequências das suas diferentes formas de exploração são competências necessária à reflexão sobre o desenvolvimento sustentável. Neste contexto, propõe-se a seguinte questão: que estratégias podem ser adotadas para proporcionar a aprendizagem ativa e significativa de temas relacionados à geologia no ensino básico? Em 2023 o IFRS campus Caxias do Sul recebeu da UFRGS um acervo de 50 rochas e minerais especialmente selecionados para ensino de temas relacionados à geologia no ensino básico de geografia. O projeto em tela visa a elaboração de uma coleção geológica didática a partir desse acervo, bem como o desenvolvimento de estojos didáticos para a classificação de minerais e aferição do seu grau de dureza MOHS. O projeto intenta também utilizar esse conjunto de instrumentos didáticos em sala de aula, de maneira contextualizada, e avaliar a sua qualidade a partir da percepção dos estudantes. Espera-se que as alternativas didáticas desenvolvidas sejam capazes de qualificar as discussões sobre os impactos positivos e negativos oriundos da exploração e uso dos recursos minerais, uma melhor compreensão sobre o ciclo das rochas e a formação da terra, e o engajamento dos estudantes nos debates sobre as questões ambientais contemporâneas.
Desenvolvimento de modelos tridimensionais de terreno para ensino de geografia
Nessa pesquisa investiga-se o seguinte problema/questão: como desenvolver modelos tridimensionais de terreno com uso de impressora 3D capazes de facilitar o ensino de geografia no ensino básico? O exercício de resposta se justifica a partir da perspectiva de que, quando restrito à sala de aula, o ensino de geografia exige dos estudantes o uso intenso do pensamento abstrato e simbólico, mediado pela visão, para que processos quadridimensionais (tempo incluso) sejam apreendidos a partir de estímulos bidimensionais (imagens/esquemas gráficos/vídeos). Assim, o projeto em tela visa continuar o desenvolvimento e a aplicabilidade de materiais didáticos tridimensionais para ensino de geografia no ensino básico com base nos princípios da acessibilidade e da inclusão escolar em desenvolvimento desde 2022 -, e aplica-los no âmbito de sequências didáticas. Deseja-se desenvolver uma metodologia capaz de associar a produção de maquetes tridimensionais de terreno ao ensino de temas relacionados à cartografia, ao relevo e às bacias hidrográficas, bastante presentes na disciplina de geografia do ensino médio. Buscar-se-á, ainda, articular as ações de ensino de Geografia com o Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas (NAPNE) do Campus Caxias do Sul, tendo como foco os estudantes com Necessidades Educativas Especiais (NEE, e outros públicos) demandantes das ações de inclusão escolar. No âmbito do projeto, estudantes bolsistas e voluntários serão capacitados para a prototipação de modelos tridimensionais da hidrografia a partir de imagens de satélite e softwares de uso livre e gratuito, e construirão e testarão, junto aos professores-pesquisadores, sequências didáticas para o seu ensino visando os diferentes alunos do IFRS Campus Caxias do Sul. Como principal resultado, procurar-se-á propor uma metodologia para a elaboração de sequências didáticas de caráter inclusivo para o ensino de hidrografia na educação básica com a utilização de maquetes tridimensionais impressas que poderá ser replicada por quaisquer professores e estudantes com acesso à tecnologia de impressão 3D, cada vez mais presente nas escolas.
O processo didático é marcado pela procura de estratégias para impulsionar o aprendizado dos estudantes. Neste sentido, uma das possibilidades no ensino de Geografia é a utilização da Realidade Virtual (RV), trazendo à sala de aula diferentes aspectos desta disciplina do conhecimento. Dessa maneira, esta pesquisa procurou caracterizar a percepção de estudantes sobre uma ferramenta de RV para o ensino da paisagem na componente curricular de Geografia, levando em consideração o posicionamento prático do instrumento utilizado. Para isto, foram gravadas com câmera em 360 graus localidades em Caxias do Sul, Gramado e Bento Gonçalves, todas no estado do Rio Grande do Sul. Organizou-se uma sequência didática aplicada no último ano do ensino médio no IFRS-Campus Caxias do Sul, com a utilização de um óculo de RV e um celular acoplado para a visualização dos vídeos, apresentando-os através do youtube.com. Empregou-se um questionário apoiado em escala Likert para a aferição das percepções e perguntas abertas para a categorização qualitativa. Chega-se à conclusão de que a proposta empregada demonstra desafios relacionados aos instrumentos técnicos, associados à percepção de que o conhecimento sobre as paisagens é aprimorado com o uso da RV e que a ferramenta motiva e engaja os estudantes. Conjuntamente, o manuseio e entendimento do equipamento de RV foi evidenciado como um facilitador sobre a tecnologia a ser utilizada no mundo do trabalho.
Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - Campus Caxias do Sul
Endereço: R. Avelino Antônio de Souza, 1730 - Nossa Sra. de Fátima, Caxias do Sul - RS, 95043-700
Telefone: (54) 3204-2100 / E-mail: lab.hefesto@caxias.ifrs.edu.br