Referência da capa: https://artrio.com/marketplace/artists/view/di-cavalcanti
Legado
Di Cavalcanti foi um pintor modernista, desenhista, ilustrador, muralista e caricaturista brasileiro que fez história na Semana de Arte Moderna. Reconhecido como um dos mais ilustres representantes modernistas brasileiro, o artista valoriza a liberdade estética, o nacionalismo e a crítica social.
O pintor expressava o que via e o que vivia, tornando públicos temas comuns e próprios da periferia. Seus trabalhos exultavam a liberdade estética, para isso, mantinha-se "fora dos padrões" vigentes e, muito característico de suas telas, apresentava uma paleta de cores vibrantes e personagens misteriosas. Foi um dos maiores idealizadores da SAM e impactou outros artistas com seu nacionalismo.
O artista
O importante pintor brasileiro fundou o Clube dos Artistas Modernos e pintou diversas obras conhecidas, expostas em 1920, tendo grande reconhecimento. Desse modo, aproximou-se de importantes artistas de São Paulo, participou da SAM com 11 telas e ainda teve o privilégio de criar o cartaz do evento. Em seu trabalho, Di Cavalcanti conseguiu captar a alma do brasileiro, representando-o, muitas vezes, através do carnaval e de suas cores vibrantes. Por influência europeia, incorporou elementos das vanguardas, porém a grande aposta foram os temas nacionais como o samba e a periferia.
Após expor na SAM, em São Paulo, sua carreira passou a ser mais valorizada. O artista viajou pela Europa e, ao retornar, começou a trabalhar também como ilustrador de livros para Mário de Andrade, que era autor e um dos fundadores do Modernismo no Brasil. Em 1936, foge do Brasil e volta a divulgar suas obras no exterior, mais especificamente, na Argentina e no Uruguai. Após um ano, recebeu o prêmio “Exposição de Arte Técnica”, em Paris, pela decoração do Pavilhão da Companhia Franco-Brasileira.
Apresentou suas obras na Cidade do México e também participou da 1° Bienal Internacional de Arte de São Paulo e da 2° Bienal de São Paulo. Ao lado de Alfredo Volpi, ganhou o prêmio de melhor pintor nacional.
Neste ano, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro o homenageou com uma exposição contendo uma retrospectiva de suas façanhas, o que realmente mostra o quão importante o consideram até os dias atuais. Di Cavalcanti participou também da Bienal de Arte da Venezuela e da Bienal do México, onde ganhou uma medalha de ouro e teve uma sala reservada para expor suas criações.
O pintor faleceu no dia 26 de outubro de 1976, aos 79 anos, após permanecer hospitalizado por cerca de 20 dias. Seu corpo foi velado no Museu de Arte Moderna de São Paulo e sepultado no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.
As releituras a seguir trazem diferentes interpretações das obras de Di Cavalcanti. Nós decidimos fazer uso de cores vibrantes e representar figuras que, historicamente, foram postas à margem de nossa sociedade, porque fugiam aos padrões estéticos europeus na década de 20. Uma parte da turma preferiu trabalhar com corpos irregulares, outros buscaram o cubismo e o surrealismo como formas de expressão.
Cada um de nós expôs sua brasilidade.