VENCENDO A DESIGUALDADE  COM A EDUCAÇÃO

Nós, alunos do oitavo ano do Curso G9, decidimos, a partir dos estudos sobre Sebastião Salgado e sua obra "O berço da desigualdade", criar um subtema para podermos estudar especificamente sobre o retrato da realidade que o artista nos revela em alguma de suas obras.  Tendo a desigualdade educacional como foco de estudo, decidimos nos aprofundar um pouco mais, e chegamos ao subtema: Vencendo a desigualdade com a educação.

A desigualdade refere-se à diferença ou desequilíbrio existente entre pessoas, grupos sociais, regiões geográficas ou nações em termos de acesso a recursos, oportunidades e riquezas. Dentro da desigualdade encontramos diversas áreas, como: desigualdade econômica, desigualdade social, desigualdade socioeconômica, desigualdade política, desigualdade de gênero, desigualdade racial, entre outras.

É um fenômeno em que alguns indivíduos ou grupos possuem mais privilégios, poder e riqueza do que outros, criando uma disparidade na qualidade de vida e nas oportunidades.

A desigualdade social é um mal que afeta todo o mundo, em especial os países que ainda encontram-se em vias de desenvolvimento. 

Em nosso dia a dia, a desigualdade pode ser vista na diferença de acesso ao transporte público , nos cuidados de saúde, nas oportunidades de emprego, nas oportunidades educacionais, entre outras.

LDB   

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação no Brasil, LDB 9.394, foi publicada em 1996 e regulamenta a organização da educação brasileira em todos os níveis, desde a educação básica até a educação superior. 

A LDB surge como uma forma de garantir o direito a toda população de  acesso à educação gratuita e de qualidade e estabelecer o dever da União, do Estado e dos municípios com a educação pública.

Ela é considerada a  lei mais importante para a educação no Brasil por ser responsável, entre outros aspectos, pela ampliação do acesso à educação a todos os brasileiros.

Sistema educacional brasileiro


A educação infantil é a primeira etapa da educação básica e destina-se a crianças de 0 a 5 anos de idade. É oferecida em creches (para crianças de 0 a 3 anos) e pré-escolas (para crianças de 4 e 5 anos). Seu objetivo principal é promover o desenvolvimento integral das crianças, estimulando aspectos cognitivos, sociais, emocionais e físicos. A educação infantil é de responsabilidade principalmente dos municípios, que devem garantir o acesso e a qualidade desse nível de ensino.


O ensino fundamental é obrigatório e gratuito no Brasil, sendo destinado a crianças a partir dos 6 anos de idade. Compreende nove anos de estudos, divididos em anos iniciais (1º ao 5º ano) e anos finais (6º ao 9º ano). O ensino fundamental tem como objetivo proporcionar uma formação básica ao aluno, desenvolvendo competências e habilidades em diferentes áreas do conhecimento. Tanto os municípios quanto os estados são responsáveis pela oferta do ensino fundamental, sendo que os municípios são responsáveis pelos anos iniciais e os estados pelos anos finais.


O ensino médio é a etapa final da educação básica e destina-se a jovens e adultos, geralmente com idades entre 15 e 17 anos. Tem duração de três anos e tem como objetivo a consolidação e aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, preparando os estudantes para o ingresso no ensino superior ou para o mercado de trabalho.


A oferta do ensino médio é responsabilidade principalmente dos estados, que devem garantir a qualidade e a universalização desse nível de ensino. A educação superior compreende os cursos de graduação, pós-graduação (mestrado e doutorado) e cursos tecnológicos. É oferecida por instituições públicas e privadas, e a responsabilidade pela regulamentação e supervisão desse nível de ensino é compartilhada entre a União e os estados.

No âmbito federal, destaca-se a atuação das universidades federais, que são instituições públicas de ensino superior mantidas pelo governo federal. Essas instituições oferecem cursos de graduação e pós-graduação em diversas áreas do conhecimento.


Em geral, a educação enfrenta desafios relacionados a limitações de recursos financeiros e infraestrutura. A falta de investimento adequado pode impactar a qualidade da educação regular, resultando em salas de aula superlotadas, falta de materiais didáticos, infraestrutura precária, entre outros. No entanto, o ensino superior federal costuma receber mais investimentos, o que pode contribuir para uma percepção de maior qualidade em comparação com o ensino superior privado.


O ensino superior federal, muitas vezes, realiza processos seletivos mais rigorosos, e pode atrair estudantes com desempenho acadêmico mais elevado. Essa seleção mais criteriosa pode gerar a percepção de que o ensino superior federal é de melhor qualidade em comparação com o ensino superior privado, que geralmente tem critérios de admissão mais flexíveis.


As instituições de ensino superior federais possuem prestígio e reputação consolidados, sendo consideradas referências em suas áreas de atuação. Essa tradição e reputação podem influenciar positivamente a percepção de qualidade em comparação com as instituições privadas, especialmente aquelas de menor renome ou que estão em fase de consolidação.


O ensino superior federal é regulamentado e supervisionado pelo Ministério da Educação (MEC) e por órgãos de avaliação como o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Essa supervisão e avaliação podem gerar uma percepção de maior qualidade e confiabilidade nas instituições federais em comparação com as instituições privadas, que têm menos fiscalização e podem apresentar variações na qualidade.


No entanto, é importante ressaltar que existem exceções em ambos os casos. Há instituições de ensino regular e ensino superior que enfrentam desafios de qualidade, assim como instituições que se destacam pela excelência acadêmica. A percepção de qualidade pode variar de acordo com a realidade de cada instituição e as experiências individuais de cada estudante.

Exceções


Muitas escolas públicas são exemplos de como a educação pode oferecer resultados excepcionais quando são aplicadas estratégias e investimentos adequados. O sucesso dessas instituições está enraizado em diversos fatores-chave que tornam suas práticas educacionais destacadas.


Um desses fatores é a presença de professores altamente qualificados e dedicados. Educadores comprometidos com o desenvolvimento acadêmico e pessoal dos alunos, buscando constantemente inovar em suas metodologias de ensino e proporcionar um ambiente de aprendizado inspirador. 


Outro aspecto relevante é a infraestrutura adequada. O acesso a recursos atualizados, como materiais didáticos, tecnologia e instalações bem conservadas, é essencial para criar um ambiente de aprendizado estimulante e seguro. Isso possibilita aos alunos explorarem o conhecimento de maneira mais ampla e interativa.


A qualidade da educação pode ser aprimorada quando são combinados esforços em diversas áreas: desde a valorização dos professores, a melhoria da infraestrutura, até a adaptação curricular às demandas da comunidade. Investir em escolas públicas de excelência é uma estratégia fundamental para promover a igualdade de oportunidades educacionais e impulsionar o desenvolvimento social e econômico de uma nação.

O Berço da desigualdade 

Nosso subtema foi baseado no livro "O berço da desigualdade".

O livro relata a crise mundial da educação, mostrando fotografias em que crianças sofrem com a miséria, em casas e em escolas, em países ricos e pobres. No livro, Buarque (colaborador) propõe um programa para igualar os berços das crianças, garantindo a todas elas bens e serviços essenciais. Isso nos faz pensar como podemos ajudar as crianças. A leitura dessa obra permite ao leitor construir em sua mente um quadro realista dessa triste situação da educação. 

De acordo com a obra, estabelecer uma cultura democrática em todo o mundo, juntamente com a educação básica, é essencial para garantir um mínimo de estabilidade política e desenvolvimento humano que respeite os direitos humanos. De fato, a educação básica é considerada a única esperança para atingir esse objetivo. É um requisito fundamental que não pode ser ignorado.

Esse tema foi discutido diversas vezes em nossa sala de aula, e foi nos conscientizando. Realizamos inúmeras fichas sobre o assunto, com pesquisas, relatos pessoais e entrevistas. Estamos extremamente impressionados com o aprendizado . É notável como cada detalhe foi cuidadosamente pensado e executado com precisão . Desde o conceito até a realização final, fica evidente o nível de dedicação e estudo que foi investido nesse projeto por todos nós, alunos e professores.

Esse trabalho vai além das atividades educacionais tradicionais. Ele não faz os alunos decorarem as informações, mas faz com que construam seu próprio conhecimento.


A desigualdade proporcionada pelo modo de vida atual faz com que crianças tenham diferentes oportunidades, e isso influencia seu desenvolvimento. Cristovam Buarque, no livro – O berço da desigualdade – em que é responsável pelos textos (imagens são de Sebastião Salgado), diz que estamos sendo responsáveis pelo desenvolvimento de duas espécies distintas de seres humanos.


E foi nesse contexto que surgiu a pergunta que nos levou ao nosso subtema: Como podemos ajudar para que crianças tenham as mesmas condições de aprendizagem ao longo de sua infância e seu potencial desenvolvido de forma igualitária?


Pensamos na desigualdade na educação, pois sabemos e valorizamos nossas oportunidades de ensino e reconhecemos que nem todos tem as mesmas chances. Nossa escola oferece muitas possibilidades. Para demonstrar, entrevistamos alguns professores dos conteúdos extracurriculares  para entender melhor os benefícios e privilégios que temos. Diferente de muitas outras escolas, que não conseguem fornecer aos seus alunos essa possibilidade, a nossa escola disponibiliza modalidades artísticas, esportivas, clube de ciências, xadrez e outras.

Alex, modalidade voleibol

Alexsandro

Professor de vôlei e futsal

Vídeo ficha 07

Vicente

Professor do Clube de Ciências e de Matemática

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João César

Professor de música, de edição de vídeo e musical

Entrevista tia ne.mp4

Neliandra

Ex - professora de dança e teatro