OBRAS

O livro "O berço da desigualdade", de 2006, foi publicado pela Fundação Santillana/Unesco, com duas edições. A publicação é uma denúncia à crise mundial da educação, por meio de imagens realizadas no Brasil e em outros países, como: Quênia, Afeganistão e Peru. Os assuntos abordados são as crianças, os direitos das crianças e dos adolescentes, a educação, a infância e os problemas sociais. Cristovam Buarque participa da introdução e textos sobre as fotografias.

"Outras Américas" é um livro que registra os povos indígenas da América Latina. Tem 128 páginas e quase todas são compostas por fotografias . O trabalho foi iniciado em 1977 e demorou 7 anos para ser concluído. Sebastião Salgado percorreu desde o litoral do Nordeste Brasileiro até as montanhas do Chile, Bolívia, Peru, Equador, Guatemala e México. Com sua ética, Sebastião Salgado cria uma narrativa na qual, por  várias vezes, o leitor é obrigado a refletir  como  fotos tão belas retratam um mundo tão cruel . A obra foi publicada em 2015.

A obra “Terra”, de 1997, da editora Companhia das Letras, relata sobre os anos 80 e 90, o Brasil, os direitos humanos, a habitação , os indígenas brasileiros, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra [MST], os problemas sociais e os  trabalhadores rurais. Seus assuntos fotográficos são a fotografia documentária, fotojornalismo e retratos. Todas as fotos no livro são em preto e branco, feitas no Brasil entre 1980 e 1996. Nas fotos, a luminosidade reflete paisagens humanas onde pode faltar tudo, a começar pelo espaço mínimo para assentar a vida. Um CD com quatro canções de Chico Buarque (uma delas em parceria com Milton Nascimento) acompanha o livro, que teve lançamento em quatro países: Brasil, França, Inglaterra e Portugal.

"Êxodos", um livro fotográfico (documentário) de 2000, da editora Companhia das Estrelas, onde é retratado a África, a América Latina, a Ásia, a imigração, os indígenas brasileiros, a pobreza, os problemas sociais e os refugiados. Durante seis anos, Sebastião Salgado documentou a história da migração humana em 35 países. Deslocada em plena marcha, em grandes campos de refugiados e em favelas lotadas, o premiado fotógrafo dá testemunho do êxodo de diferentes povos. Conseguimos ver hutus de Ruanda escondidos em selvas remotas, também os habitantes das favelas que sufocam São Paulo e os navegantes dos primeiros barcos da África Subsaariana que tentam atravessar o Mediterrâneo para chegar à Europa. A obra aborda a dimensão global da crise migratória e, antes de tudo, uma chamada à ação para além da compaixão.

O livro fotográfico “África”, da Companhia das Estrelas, do ano de 2007, traz as fotos de Sebastião Salgado tiradas na África divididas em três partes. A primeira concentra-se na parte sul do continente (Moçambique, Malawi, Zimbabwe, África do Sul, Namíbia), a segunda na região dos Grandes Lagos (Congo, Ruanda, Burundi, Uganda, Tanzânia, Quênia), e a terceira na região Subsaariana (Burkina Faso, Mali, Sudão, Somália, Chad, Mauritânia, Senegal, Etiópia). A obra trata de assuntos como a África, os animais, as guerras, a paisagem natural, os povos, as tribos, as culturas e os refugiados. O prefácio foi escrito pelo renomado romancista moçambicano Mia Couto, que descreve como a África de hoje reflete os efeitos da colonização e também as consequências das crises econômica, social e ambiental.

No livro “Gênesis” há deslumbrantes fotografias em preto e branco do projeto organizado em cinco capítulos: Planeta do Sul, Santuários, África, Espaços do Norte, Amazônia e Pantanal. O que nos encanta em Gênesis? As espécies animais e os vulcões das ilhas Galápagos, os  pinguins, leões-marinhos, biguás e baleias da Antártida e no Atlântico Sul, jacarés e onças brasileiras, leões, leopardos e elefantes africanos, as pessoas da Idade da Pedra Korowai de Papua Ocidental, o gado nômade Dinka, agricultores no Sudão, Nenet nômades e seus rebanhos de renas no Círculo Ártico, comunidades em ilhas Mentawai selva oeste de Sumatra, os icebergs da Antártida, os vulcões da África Central e da Kamchatka Península, desertos do Saara, o Negro e os rios Juruá na Amazônia, as ravinas do Grand Canyon, as geleiras do Alasca, etc.. Tendo dedicado tanto tempo, energia e paixão para a realização deste trabalho, Salgado comparou Gênesis a "minha carta de amor para o planeta".

Em “Gold: mina de ouro Serra Pelada” , da editora Taschen, temos assuntos como ciclo econômico do ouro, garimpo, mineração, Serra Pelada (PA) e trabalhadores. O livro relata que, durante uma década, a Serra Pelada evocou o, há muito prometido, El Dorado; na forma da maior mina de ouro a céu aberto do mundo, empregando cerca de 50 mil escavadores em condições precárias. Hoje, a mais extravagante febre do ouro brasileira é apenas material de histórias, mantida viva por algumas poucas memórias felizes, muitos arrependimentos dolorosos e as fotografias de Sebastião Salgado. Essa coleção é um registro importantíssimo de história moderna, um portfólio fotográfico extraordinário e ainda é uma edição trilíngue: português, italiano e espanhol.