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Números da Discriminação Racial

A obra complementa o debate sobre desigualdades numa perspectiva econômica

Livro ganhador do Prêmio Jabuti Acadêmico


Canais de compra:

  • Amazon 

  • Livraria Martins Fontes 

  • Jandaíra 

  • Kobo 

  • Google Play


  • Capítulos de livros

livro_legadodeumapandemia.pdf

O despertar de um novo olhar sobre o viés racial

O capítulo 1, coautorado com Sergio Firpo e intitulado "O despertar de um novo olhar sobre o viés racial", aborda como a pandemia de COVID-19 amplificou o debate sobre questões raciais no Brasil e no mundo, destacando o impacto desproporcional da pandemia sobre a população negra. O contexto brasileiro, marcado pela maior taxa de contaminação e mortalidade de negros em comparação com brancos, somado às manifestações antirracistas globais, intensificou as discussões sobre a desigualdade racial no país. Esse cenário trouxe à tona a vulnerabilidade social e as barreiras enfrentadas por negros em diversas áreas, como saúde, educação e mercado de trabalho. A discriminação racial implícita e explícita, que interfere no acesso a serviços e oportunidades, foi um dos aspectos mais evidenciados durante a pandemia.

O capítulo também destaca como a pandemia forneceu uma oportunidade para a sociedade refletir mais profundamente sobre o racismo no Brasil e nos Estados Unidos. A morte de George Floyd, que desencadeou protestos em massa, exemplifica como o impacto desproporcional da COVID-19 sobre as comunidades negras foi catalisador para a explosão de manifestações antirracistas e para o fortalecimento de movimentos sociais. 

No Brasil, o aumento da visibilidade do racismo e a reafirmação da identidade negra contribuíram para a consolidação de um movimento mais organizado e influente. O capítulo conclui que o debate racial, impulsionado pela pandemia, tem o potencial de promover políticas públicas mais inclusivas e equitativas, reforçando a necessidade de ações concretas para a superação das desigualdades raciais no Brasil.

De pai para filho: a méritocracia hereditária



O capítulo "De pai para filho: a meritocracia hereditária" explora como a desigualdade socioeconômica e racial no Brasil se perpetua através de gerações, tornando a ascensão social para a população negra extremamente difícil. Utilizando a história fictícia dos irmãos gêmeos Espedito e Espeditiano, o capítulo ilustra como a localização geográfica, a renda familiar e a cor da pele influenciam diretamente as oportunidades dos descendentes de cada um. 

Enquanto o filho de Espedito, que mora em São Paulo e possui uma posição financeira privilegiada, desfruta de educação de qualidade e amplas oportunidades de desenvolvimento, as filhas de Espeditiano, vivendo em Itacaré, enfrentam barreiras no acesso a boas escolas e lidam com discriminações de gênero, classe e raça. A partir desse exemplo, o autor mostra como a meritocracia é deturpada quando fatores externos à competência individual, como herança econômica e posição social, determinam as oportunidades de sucesso.

O texto também argumenta que a desigualdade considerada "justa" — aquela que resulta das escolhas individuais — pode levar à desigualdade "injusta" quando as futuras gerações são prejudicadas por contextos estruturais que limitam seu desenvolvimento. A perpetuação dessas desigualdades está diretamente relacionada à transmissão automática de privilégios, como heranças, que perpetuam a concentração de renda e poder político em um pequeno grupo social. Para mudar esse cenário, é essencial repensar a maneira como o Brasil lida com heranças e criar políticas que promovam uma redistribuição mais justa de oportunidades. Só assim será possível romper com a transmissão intergeracional de desvantagens e construir uma sociedade mais equitativa e próspera.

De pai para filho: a méritocracia hereditária. 2022


  • Participação em relatórios

Banco Mundial - capital humano.pdf

Como abordar as disparidades raciais no capital humano 


Para avançar a agenda de igualdade racial, é fundamental combater a discriminação e criar condições para melhorar a mobilidade social. Esse desafio não é trivial e exige uma série de políticas públicas direcionadas. Um ponto central no debate racial é a percepção diferenciada baseada na cor da pele, o que leva a tratamentos discriminatórios.  Isso faz com que pessoas negras, além de viverem em um contexto socioeconômico mais desfavorável, enfrentem discriminação ao longo de suas vidas, o que afeta diretamente a acumulação de capital humano. 

Estudos mostram que a discriminação racial também influencia a performance educacional. Crianças negras tendem a ter notas mais baixas, mesmo quando possuem a mesma proficiência que crianças brancas. O ambiente social também desempenha um papel relevante na acumulação de capital humano. Ambientes desfavoráveis prejudicam o desenvolvimento infantil e, consequentemente, afetam o desempenho escolar. 

A falta de intervenções no início da infância resulta em um círculo social com alta proporção de pessoas com baixa escolaridade. A escola, que poderia ser uma solução, acaba sendo uma fonte de segregação, com crianças mais desfavorecidas frequentando escolas públicas de qualidade inferior. Apesar das políticas de ação afirmativa no Brasil, que aumentaram o acesso ao ensino superior para a população negra, estima-se que a igualdade racial no ensino superior levará 27 anos para ser alcançada, mantendo-se a atual tendência de convergência.


  • Relatórios

Síntese de evidências sobre a presença de mulheres e pessoas negras em cargos de liderança e autoridade.pdf

Síntese de evidências sobre a presença de mulheres e pessoas negras em cargos de liderança e autoridade


O relatório "Síntese de evidências sobre a presença de mulheres e pessoas negras em cargos de liderança e autoridade" aborda a sub-representação de grupos minoritários nos principais postos de liderança e autoridade no Brasil e ao redor do mundo. A partir de uma análise abrangente da literatura sobre o tema, o documento evidencia como fatores como discriminação (por gosto, estatística e institucional), dinâmicas sociais (maternidade e assédio sexual) e desigualdades de poder contribuem para a baixa representatividade de mulheres e pessoas negras em cargos de liderança, tanto no setor público quanto no privado. 

O relatório destaca que, embora tenham ocorrido avanços na inclusão de mulheres e negros em posições de decisão nos últimos anos, ainda há uma sub-representação significativa que se reflete em dificuldades para alcançar posições de liderança e desigualdades salariais.

Além disso, o estudo evidencia os benefícios da diversidade para o desempenho organizacional e a formulação de políticas públicas inclusivas, mostrando que a presença de mulheres e negros em cargos de liderança está associada a práticas de gestão mais equitativas e a um impacto positivo no desempenho financeiro e na inovação. O relatório também sugere a implementação de ações afirmativas e políticas de recrutamento e promoção equitativas, bem como programas de mentoria e treinamento, para promover um ambiente mais inclusivo e superar as barreiras estruturais que impedem a ascensão de mulheres e pessoas negras a cargos de liderança e autoridade.

PESQUISA_Tecnologia_Desigualdades_Raciais_no_Brasil_completa_FINAL.pdf

Tecnologia e desigualdades raciais no Brasil

O relatório "Tecnologia e Desigualdades Raciais no Brasil" investiga como o acesso à tecnologia e sua utilização nas escolas impactam a educação no Brasil. A pesquisa, conduzida pelo Núcleo de Estudos Raciais do Insper e apoiada pela Fundação Telefônica Vivo, revela disparidades significativas no acesso e na infraestrutura tecnológica entre alunos brancos, pardos e negros. 

Utilizando dados do Censo Escolar e do Saeb, o estudo constata que as escolas com maior proporção de estudantes negros tendem a ter infraestrutura tecnológica inferior e menor exposição à tecnologia, o que afeta negativamente o desempenho desses alunos, especialmente em disciplinas como matemática. Essa desigualdade reflete as condições socioeconômicas e geográficas dos estudantes, com destaque para as regiões Norte e Nordeste, onde o déficit de infraestrutura é mais acentuado.

O relatório também aborda as desigualdades no ensino superior e no mercado de trabalho, evidenciando a sub-representação de negros em cursos e ocupações de alta qualificação, como na área de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM). As desigualdades no acesso à educação tecnológica desde a base escolar contribuem para a manutenção dessas disparidades na vida profissional. 

O estudo conclui que, embora a tecnologia possa ser uma ferramenta poderosa para promover a igualdade de oportunidades, seu impacto só será eficaz se acompanhado por políticas públicas que considerem as interseções de raça e renda. O relatório sugere a implementação de medidas como a melhoria da infraestrutura em escolas públicas, a capacitação de professores e a promoção de políticas afirmativas no ensino superior e no mercado de trabalho para reduzir as disparidades raciais no acesso à tecnologia e nas oportunidades educacionais e profissionais.

13 - relatorio_ifer_2022_11.pdf

Índice Folha de Equilíbrio Racial (2022)


O relatório apresenta os principais resultados do Índice de Equilíbrio Racial (IER), desenvolvido pelo Núcleo de Estudos Raciais do Insper em parceria com a Folha de São Paulo. O índice mede o equilíbrio racial no Brasil em três dimensões: Renda, Educação e Longevidade, combinadas em um único índice composto, o IER. A análise abrange o período de 2001 a 2021, considerando os níveis nacional, regional e estadual.

Os resultados indicam avanços significativos na dimensão de Educação, estagnação na dimensão de Renda e um aumento das desigualdades raciais na dimensão de Longevidade. Como um todo, o índice mostra um progresso lento, sugerindo que levará mais de 100 anos para alcançar o equilíbrio racial completo no Brasil.

Além do IER, o relatório detalha desequilíbrios educacionais, como a representatividade racial no Ensino Fundamental e Médio, e destaca o atraso escolar que já se manifesta nos primeiros anos do Ensino Fundamental e aumenta na transição para a educação superior. Apesar das dificuldades, o relatório registra ganhos nas últimas duas décadas em todas as dimensões avaliadas.






NERI - O Custo da Desigualdade Racial.pdf

O custo salarial da desigualdade racial



O relatório "O Custo da Desigualdade Racial" examina o impacto econômico das desigualdades raciais no mercado de trabalho brasileiro, com foco na diferença de salários e taxas de empregabilidade entre trabalhadores brancos e negros. A análise revela que os trabalhadores negros recebem salários, em média, 42% menores que os trabalhadores brancos e têm uma taxa de desemprego mais alta, com uma diferença de 1,4 vezes entre homens e 1,5 vezes entre mulheres. Em 2024, estima-se que os trabalhadores negros teriam recebido aproximadamente 103 bilhões de reais a mais se suas remunerações e taxas de emprego fossem iguais às de seus pares brancos, dos quais 14 bilhões seriam atribuídos diretamente à discriminação racial no mercado de trabalho.

O estudo sugere que essas desigualdades, além de refletirem as disparidades históricas e sociais, impõem uma perda significativa de renda para a população negra, limitando a sua capacidade de acumulação de capital e perpetuando um ciclo de pobreza e exclusão. Políticas públicas voltadas para a redução da discriminação racial, como ações afirmativas, programas de capacitação e estímulo à contratação de negros em posições de liderança, são fundamentais para promover um mercado de trabalho mais equitativo. Além disso, a mensuração do custo da desigualdade racial oferece uma base importante para orientar discussões sobre reparações econômicas e justiça social no Brasil

15 - Brancos e Negros na Distribuição de Renda.pdf

Brancos e negros na distribuição de renda



Este estudo abordou a composição racial da população brasileira em aspectos do mercado de trabalho e renda, evidenciando a sobrerrepresentação da população negra nos estratos de menor renda, ao passo que há uma sub-representação nos estratos mais elevados. 


As disparidades identificadas refletem-se em outras dimensões da vida, como taxas de extrema pobreza mais altas entre negros, especialmente no Nordeste, chegando a aproximadamente 20% em 2021. Além disso, a presença reduzida de negros em cargos gerenciais, em comparação com sua proporção na população total, destaca barreiras que comprometem a equidade no mercado de trabalho. 


O desfecho desses padrões sublinha a significativa desigualdade socioeconômica e racial no Brasil, evidenciando notáveis discrepâncias entre os estratos mais altos de renda entre brancos e os estratos mais baixos entre negros, com uma diferença de 90 vezes no Nordeste e 30 vezes no Sul. 



12 - MapaViolência_v3.pdf

Mapa da desigualdade racial na violência


O relatório é primeiro de um trabalho mais amplo de mapeamento da desigualdade racial na violência. Apresentamos diversas estatísticas relacionadas à evolução da taxa de homicídios e do Índice de Equilíbrio Racial por grupo de raça/cor entre 2010 e 2020. 


Como resultados iniciais, verificamos que: 

i) o percentual de pessoas negras vítimas de homicídios aumentou ao longo do tempo; 

ii) a taxa de homicídios entre indígenas teve um aumento expressivo, sobretudo, na região Norte; 

iii) nas regiões Sul e Sudeste, as taxas de homicídios de pessoas de cor preta são as maiores e, nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, as maiores taxas são as de cor parda; 

iv) todas regiões do país tiveram uma piora no Índice de Equilíbrio Racial dos homicídios no período analisado; 

v) a região Sul não tinha desequilíbrio racial em 2010 e, apesar de o índice ter aumentado ao longo do tempo, ele permanece relativamente baixo frente às demais regiões; 

vi) a região Nordeste apresenta o maior desequilíbrio racial nos homicídios; 

viii) os estados do Brasil mais desequilibrados racialmente são: Amapá, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas e Sergipe.



13 - Desigualdade-racial-no-ENEM-_nucleo-de-estudos-raciais-do-insper.pdf

Desigualdade racial no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM)


Nas últimas décadas, o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) passou por diversas transformações e, atualmente, representa o principal exame de acesso ao ensino superior público e aos programas do governo federal que fornecem bolsas e financiamento em instituições privadas. 


Diante disso, o objetivo deste relatório é apresentar um conjunto de estatísticas relacionadas ao acesso e desempenho no ENEM entre os anos de 2010 e 2019. Quanto ao acesso, os resultados indicam que houve um aumento do número de negros por um curto período. Em relação ao desempenho, observou-se que, em média, os candidatos negros estão ficando para trás em relação aos seus pares brancos. 



17 -DISPARIDADES RACIAIS DA VIOLÊNCIA DE GÊNERO NO BRASIL_vff.pdf

Disparidades raciais da violência de gênero no Brasil


O relatório "Disparidades Raciais da Violência de Gênero no Brasil" analisa como a violência de gênero afeta desproporcionalmente as mulheres negras no país. O estudo abrange o período de 2012 a 2021 e examina homicídios, assédio sexual, estupro e violência psicológica, utilizando o Índice de Equilíbrio Racial (IER) para medir a representação racial entre as vítimas. Os resultados mostram que as mulheres negras são as mais atingidas em todas as formas de violência analisadas, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, onde a taxa de homicídios, estupros e assédio sexual é consideravelmente mais alta em comparação às mulheres brancas. Em 2021, 63,2% das vítimas de estupro no Brasil eram negras, e o número de vítimas de violência psicológica negras era quase o dobro em relação às vítimas brancas.

O estudo recomenda que políticas públicas e programas de combate à violência de gênero levem em consideração as interseções de raça e gênero para serem mais efetivos. É necessário fortalecer a rede de apoio às vítimas, aumentar o acesso a serviços de saúde, assistência jurídica e promover campanhas educativas que desafiem normas sociais que perpetuam a violência e o racismo. O engajamento de homens e meninos na prevenção da violência também é destacado como fundamental para a construção de um ambiente mais seguro e igualitário para todas as mulheres no Brasil.

18 - Desafios na Coleta de Dados Raciais na Educação Brasileira_NERI.pdf

Desafios na coleta de dados raciais na educação brasileira


O relatório "Desafios na Coleta de Dados Raciais na Educação Brasileira" discute a qualidade e a confiabilidade dos dados sobre cor/raça nos principais repositórios educacionais do Brasil: Saeb, Censo Escolar e ENEM. A análise revela que, no Saeb, a falta de informações raciais está mais relacionada à não realização do exame do que à recusa dos alunos em declarar sua cor/raça. 

Já no Censo Escolar, há uma maior proporção de estudantes sem classificação racial, especialmente no ensino fundamental e médio, evidenciando problemas na coleta e na qualidade dos dados fornecidos pelos gestores escolares. No ENEM, a partir de 2010, a transição para o formato de inscrição online resultou em uma redução significativa dos dados faltantes, mostrando a eficácia desse método no melhor preenchimento das informações raciais dos candidatos.

O relatório sugere que tanto o Saeb quanto o Censo Escolar adotem o preenchimento online dos questionários para melhorar a qualidade dos dados. A utilização de plataformas digitais tem potencial para aumentar a representatividade e a precisão das informações sobre cor/raça, como evidenciado pelo sucesso da coleta de dados no ENEM. A nota técnica conclui que a confiabilidade dos dados raciais é essencial para direcionar políticas públicas e pesquisas, mas que ainda há um longo caminho a percorrer para garantir que essas informações sejam completas e precisas em todos os níveis educacionais do país.


16 - Disparidades raciais nos suicídios_NERI.pdf

Disparidades raciais dos suícidios no Brasil



O relatório "Disparidades Raciais nos Suicídios no Brasil" investiga as diferenças nas taxas de suicídio entre grupos raciais no país, destacando um aumento preocupante nas taxas de suicídio entre a população negra e indígena. Entre 2010 e 2021, observou-se um crescimento nas taxas de suicídio tanto entre brancos quanto entre negros, com a taxa de suicídio de negros superando a de brancos em 2021. A pesquisa destaca que as populações mais afetadas são jovens negros e indígenas de 15 a 29 anos. A análise revela que o risco de suicídio entre indígenas pode ser até 4,4 vezes maior do que na população não indígena, e os jovens indígenas enfrentam desafios específicos, como mudanças socioculturais e perda de território, que agravam a vulnerabilidade a esse tipo de morte.

Além das disparidades raciais, o relatório explora fatores biológicos, psicológicos, sociais e situacionais que contribuem para o suicídio, como transtornos mentais, abuso de substâncias e discriminação. A pesquisa sugere que políticas públicas mais abrangentes, que considerem a interseção de raça e fatores socioeconômicos, são essenciais para a prevenção do suicídio entre grupos minoritários. Medidas como a ampliação do acesso a serviços de saúde mental e a limitação do acesso a métodos letais são recomendadas como estratégias eficazes. O relatório também alerta para a necessidade de fortalecer redes de apoio e promover campanhas educativas para reduzir o estigma em torno do suicídio e melhorar o acesso a recursos de ajuda para populações em risco.

Relatório Anual NERI 2023.pdf

Relatório anual de 2023 do Núcleo de Estudos Raciais do Insper


O Relatório Anual NERI 2023 apresenta as atividades e conquistas do Núcleo de Estudos Raciais do Insper ao longo do ano, destacando seu papel na promoção da igualdade racial no Brasil por meio de pesquisas e produção de conhecimento embasado em evidências empíricas. O Núcleo lançou dois relatórios de grande impacto — "Desigualdade Racial na Educação Básica" e "Desigualdade Racial no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM)" — que geraram amplo debate sobre o tema e resultaram em convites para eventos com governos federal e estaduais. Além disso, foi publicado o livro "Números da Discriminação Racial", que traz análises aprofundadas sobre a persistência das desigualdades raciais no Brasil e propõe caminhos para políticas públicas mais efetivas. A obra foi lançada em São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro, e todos os recursos de sua comercialização serão revertidos para o fundo de bolsa de estudos étnico-raciais do Insper.

O NERI também promoveu seu segundo evento anual, intitulado "A Cor da Desigualdade", que reuniu pesquisadores, ativistas e membros do poder público para discutir as várias facetas das desigualdades raciais no Brasil. O evento contou com painéis sobre políticas públicas, desigualdade educacional e violência, permitindo um amplo diálogo com o público presente. Ao longo de 2023, o Núcleo fortaleceu suas parcerias com instituições como Folha de S. Paulo e Nexo Políticas Públicas, ampliando a visibilidade de suas análises e consolidando seu papel como referência no debate racial no Brasil. As iniciativas e projetos desenvolvidos pelo NERI reafirmam o compromisso de qualificar o debate público e promover um ambiente mais equitativo e inclusivo para todos os brasileiros.

Relatório Anual NERI_2024_Id Insper.pdf

Relatório anual de 2024 do Núcleo de Estudos Raciais do Insper


O Relatório destaca avanços significativos das analises das desigualdades raciais no Brasil, reforçando seu papel como uma referência em pesquisa aplicada. Durante o ano, o núcleo conduziu estudos sobre disparidades raciais no mercado de trabalho, na educação e no acesso à tecnologia, além de realizar diversos eventos para apresentar o premiado livro Números da Discriminação Racial, vencedor do Prêmio Jabuti Acadêmico. 

O relatório também enfatiza as iniciativas de disseminação realizadas pelo NERI em 2024, como workshops sobre desigualdades raciais e seminários que reuniram gestores públicos, acadêmicos e representantes do terceiro setor em várias regiões do Brasil. 

IFER_2024.pdf

Índice Folha de Equilíbrio Racial - Relatório Técnico 2024 


Este relatório apresenta os principais resultados referentes ao Índice Folha de Equilíbrio Racial (IFER), desenvolvido pelo Núcleo de Estudos Raciais do Insper em parceria com a Folha de S. Paulo. O índice examina a representatividade racial no país, considerando Educação, Renda e Longevidade. A pesquisa abrange o período de 2012 a 2022, analisando os dados em escalas nacional e regional.

Devido às eleições municipais de 2024, este relatório tem como enfoque principal os desequilíbrios raciais nas 27 capitais brasileiras. Os dados apontam para progresso na área da Educação, estabilidade no que tange à Renda e recuo no que se refere à Longevidade. Nas capitais, observaram-se diferentes cenários, incluindo estagnação, avanços e retrocessos.

A análise revela diferenças expressivas entre as capitais do Norte e Nordeste em relação às do Sul e Sudeste do país, indicando singularidades que precisam ser melhor compreendidas e interpretadas a partir do contexto local.


  • Working Papers 

50 Shades of Guilt - Exploring the Role of Race in Drug Trafficking Indictment in Brazil.pdf

50 Shades of Guilt: Exploring the Role of Race in Drug Trafficking Indictment in Brazil


Este artigo examina a associação entre identidade racial e a classificação de indivíduos como traficantes de drogas versus consumidores no sistema jurídico de São Paulo, analisando registros de ocorrências de 2010 a 2020. Exploramos até que ponto ser identificado como pardo ou preto está associado a uma maior probabilidade de receber a classificação de traficante de drogas – um rótulo que acarreta graves consequências legais. Nossa análise incorpora mais de 3,5 milhões de registros, avaliando variáveis como raça, gênero, características das drogas e fatores contextuais.

Os resultados apontam para disparidades raciais persistentes: indivíduos pardos ou pretos parecem mais propensos a serem classificados como traficantes de drogas do que seus pares brancos, mesmo após o controle de todas as variáveis observáveis, com associações mais altas em relação a drogas mais leves e em menores quantidades. Também investigamos o possível papel da composição racial municipal, observando que áreas com maiores porcentagens de jovens pardos ou pretos estão associadas a uma menor probabilidade de tais classificações.


50 Shades of Guilt: Exploring the Role of Race in Drug Trafficking Indictment in Brazil


Racial Inequality in Health Care During a Pandemic.pdf

Racial inequality in health care during a pandemic


Este artigo fornece evidências de que a raça de uma pessoa influencia a probabilidade de receber cuidados de saúde adequados durante uma pandemia. Para isso, utilizamos dados nacionais em nível individual de pessoas hospitalizadas por infecções respiratórias no Brasil durante a crise da COVID-19. 

Descobrimos que indivíduos brancos têm mais chances de receber tratamento intensivo do que seus pares de outras raças, mesmo após considerarmos características observáveis, como sintomas, comorbidades, e efeitos fixos de hospital e semana epidemiológica. Também constatamos que esse efeito ocorre principalmente em hospitais privados, onde apenas pacientes com seguro de saúde têm acesso às unidades de terapia intensiva (UTIs). Nenhuma disparidade racial foi encontrada em hospitais públicos, onde as UTIs são alocadas independentemente do acesso ao seguro privado. 

Nossos resultados são consistentes com a presença de racismo institucional no mercado de saúde brasileiro, onde as desigualdades raciais na economia são reproduzidas nesse mercado por meio de regras aparentemente neutras em relação à raça. 

Racial Inequality in Health Care During a Pandemic


Descriptive Representation in Politics - A Measurement Proposal and Application for Brazil.pdf

Descriptive representation in politics: a measurement proposal and application for Brazil


Este artigo apresenta uma nova medida de representação descritiva na política. Ela melhora medidas simples, como a proporção ou o número de minorias eleitas, ao levar em consideração também o tamanho da minoria entre os representados. Além disso, ao contrário das medidas de desproporcionalidade que às vezes são utilizadas no contexto de representação descritiva, nossa medida atinge o limite superior em situações mais comuns. 

Com base nas propriedades estatísticas do nosso índice, derivamos testes de hipótese que podem ser usados para avaliar a probabilidade de que a composição observada de um corpo representativo seja o resultado de um processo imparcial. Para ilustrar seu uso, aplicamos o índice proposto para avaliar os desequilíbrios raciais nas eleições legislativas nacionais e estaduais do Brasil em 2014 e 2018. Esse exercício mostra que a inclusão de não-brancos na política institucional foi parcial e restrita apenas às candidaturas. 

O desequilíbrio entre os representantes eleitos é consideravelmente maior do que entre os candidatos, e podemos rejeitar a hipótese de que ele foi gerado por acaso na maioria dos estados brasileiros. Também investigamos as diferenças entre partidos de esquerda e direita, observando menores desequilíbrios entre candidatos de partidos de esquerda, mas nenhuma diferença quando restringimos a análise aos representantes eleitos. 

Descriptive Representation in Politics: A Measurement Proposal and Application for Brazil

Racial Wage Gaps - The Role of Private Schooling, Technical Education and Graduate Degrees.pdf

Racial Wage Gaps: The Role of Private Schooling, Technical Education and Graduate Degrees


Este artigo apresenta uma nova medida de representação descritiva na política. Ela melhora medidas simples, como a proporção ou o número de minorias eleitas, ao levar em consideração também o tamanho da minoria entre os representados. Além disso, ao contrário das medidas de desproporcionalidade que às vezes são utilizadas no contexto de representação descritiva, nossa medida atinge o limite superior em situações mais comuns. 

Com base nas propriedades estatísticas do nosso índice, derivamos testes de hipótese que podem ser usados para avaliar a probabilidade de que a composição observada de um corpo representativo seja o resultado de um processo imparcial. Para ilustrar seu uso, aplicamos o índice proposto para avaliar os desequilíbrios raciais nas eleições legislativas nacionais e estaduais do Brasil em 2014 e 2018. Esse exercício mostra que a inclusão de não-brancos na política institucional foi parcial e restrita apenas às candidaturas. 

O desequilíbrio entre os representantes eleitos é consideravelmente maior do que entre os candidatos, e podemos rejeitar a hipótese de que ele foi gerado por acaso na maioria dos estados brasileiros. Também investigamos as diferenças entre partidos de esquerda e direita, observando menores desequilíbrios entre candidatos de partidos de esquerda, mas nenhuma diferença quando restringimos a análise aos representantes eleitos. 

Racial Wage Gaps: The Role of Private Schooling, Technical Education and Graduate Degrees

IER_Firpo_Franca_Cavalcanti_.pdf

Índice de Equilíbrio Racial: Uma proposta de mensuração da desigualdade racial entre e dentro das categorias ocupacionais

O objetivo deste trabalho é apresentar uma proposta para monitorar a desigualdade racial no mercado de trabalho ao longo do tempo. Para isso, propõe-se o Índice de Equilíbrio Racial (IER). Esse índice representa uma forma de medir o quanto a distribuição ocupacional por raça de determinada unidade (firma, setor, região) diverge da distribuição ocupacional por raça em uma população de referência. Um exemplo é a comparação da distribuição ocupacional por raça em uma firma com a mesma distribuição na população economicamente ativa.


Com essa métrica, é possível visualizar a magnitude do desequilíbrio racial em empresas e regiões. Isso possibilita o monitoramento da situação racial no mercado formal de trabalho e, consequentemente, contribui para a avaliação e o desenvolvimento de políticas de promoção de equidade racial. Além disso, o trabalho fornece uma proposta metodológica para estimar o volume de recursos que seriam destinados à população negra caso não houvesse discrepância entre as unidades estudadas e a população de referência.


Racial Inequality in the Brazilian Labor Market and the Role of Education.pdf

Desigualdades Raciais no Mercado de Trabalho Brasileiro e o Papel da Educação 


Diferenças salariais entre brancos e negros: discriminação ou diferenças na qualificação? Este trabalho busca responder a essa pergunta apresentando tendências recentes na desigualdade no mercado de trabalho brasileiro e na educação, além de discutir os principais trabalhos acadêmicos sobre o tema. Mostramos que as disparidades raciais nos rendimentos são grandes e persistem mesmo quando analisamos pessoas com ensino superior ou pertencentes ao mesmo grupo ocupacional.

Apresentamos evidências do Brasil de que grande parte das diferenças salariais se deve à educação e está relacionada ao número de anos de estudo, à qualidade da educação e ao acesso a cursos de ensino superior que oferecem maior remuneração. Também destacamos tendências recentes da desigualdade racial na educação. O acesso ao ensino superior aumentou mais rapidamente entre negros, embora ainda exista uma disparidade considerável. Além disso, negros tendem a se concentrar em cursos de menor prestígio ou com salários mais baixos, e essas diferenças estão diminuindo lentamente.

Finalmente, mostramos que o desempenho dos negros no ENEM é pior que o dos brancos, com uma tendência de crescimento do hiato racial no desempenho nos últimos anos.

Social Inequality from the perspective of the Racial Balance Index.pdf

Desigualdade Social sob a Ótica do Índice de Equilíbrio Racial 


O Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer no enfrentamento de seus profundos problemas sociais. Com o intuito de oferecer uma nova perspectiva em relação à desigualdade brasileira, o presente trabalho propõe o uso do Índice de Equilíbrio Racial para revelar onde estão os maiores avanços e os piores retrocessos na direção da equidade racial. Com este índice, é possível identificar e monitorar a iniquidade racial nas variáveis socioeconômicas ao longo do tempo, considerando a distribuição racial local.

Dessa forma, neste trabalho analisam-se os desequilíbrios raciais, por estado e região, presentes na alta escolaridade, na população idosa e nos grupos com maiores rendimentos. Como resultado, identificou-se uma expressiva melhora na situação educacional nos últimos anos. O desequilíbrio racial na população com ensino superior diminuiu consideravelmente. Entretanto, isso ainda não se refletiu em uma melhora na desigualdade racial nos rendimentos e na longevidade.


  • Policy Briefs

T20_ST07__REDUCING_ETHNIC_AND66fc14478ed6a.pdf

Reducing Ethnic and Racial Inequalities in Education


Em todo o mundo, as disparidades étnico-raciais na educação estão profundamente enraizadas em um legado complexo e entrelaçado de racismo e discriminação, desigualdades socioeconômicas persistentes e sistemas educacionais tendenciosos. O acesso desigual a recursos, a falta de representatividade e sensibilidade cultural alimentam um ciclo de desvantagens com impactos duradouros para estudantes de minorias étnico-raciais. Este resumo de políticas apresenta uma série de recomendações para enfrentar a desigualdade racial e étnica nos sistemas educacionais.

O primeiro passo destaca a necessidade de fortalecer sistemas de monitoramento e responsabilização para avaliar o progresso na redução das disparidades educacionais entre grupos étnico-raciais. Apesar dos avanços das últimas décadas, muitos países enfrentam uma lacuna de dados, falhando em criar indicadores étnico-raciais para a análise dessas disparidades.

O segundo passo foca em mitigar as desigualdades étnico-raciais dentro das escolas. As recomendações incluem a promoção de currículos inclusivos, treinamento contínuo de educadores na agenda de equidade étnico-racial e políticas para lidar com potenciais processos discriminatórios. Além disso, a implementação de programas de mentoria e suporte psicossocial é relevante para combater as disparidades no desempenho acadêmico e no acesso a oportunidades educacionais.

O terceiro passo enfatiza a necessidade de abordar as desigualdades étnico-raciais entre escolas, envolvendo a revisão e reforma dos sistemas de financiamento para garantir uma distribuição equitativa de recursos. Promover a diversidade entre professores e administradores escolares também é crucial para garantir representatividade, aumentando a probabilidade de que as políticas educacionais atendam às demandas de todos os grupos étnico-raciais e ofereçam modelos de inspiração para os estudantes.

Por fim, identificar e disseminar práticas e políticas bem-sucedidas implementadas por escolas com menores disparidades raciais conclui as recomendações.


Racial Inequality in the Brazilian Labor Market and the Role of Education

Social Inequality from the perspective of the Racial Balance Index

  • Outras publicações 

Fecundidade, identificação racial e desigualdade. Doctoral thesis, Universidade de São Paulo. 2020  (here)

Prêmios realizados e esperados no Brasil.  Universidade de São Paulo. 2016 (here)

The Effects of the Crisis on the Auto Assemblers Investment Strategies in Brazil and China (with Enéas Carvalho, Lourenço Faria and Paulo Morceiro) GERPISA International Colloquium, vol.18. 2010 (here)

  • Boletim de Informações Fipe

A Desigual Distribuição da Fecundidade. 2019 (here)

Fecundidade e Desigualdade: Teoria.  2019 (here)

Fecundidade e Desigualdade: Evidências Empíricas. 2019 (here) 

Impactos do Programa Leite do Meu Filho de Manaus no Índice de Mortalidade Infantil. 2017 (here)


Efeitos de Uma Seca na Colômbia: Uma Abordagem de Equilíbrio Geral Computável. 2018 (here)

Choque de Produtividade em Belo Horizonte: Uma Abordagem de Equilíbrio Geral Computável. 2018 (here)


Prêmio de Risco Brasileiro: Uma Breve Revisão da Literatura. 2017 (here)

Prêmio de Risco Brasileiro: Modelos de Dividendos Descontados. 2017 (here)

Prêmio de Risco Brasileiro: Metodologias e Algumas Extensões. 2017 (here)

Prêmio de Risco Brasileiro: Estimação por Máxima Verossimilhança. 2017 (here)

Prêmio de Risco Brasileiro: Testando os Modelos. 2018 (here)

Prêmio de Risco Brasileiro: Testando os Modelos no Médio e no Longo Prazo. 2018 (here)

Prêmio de Risco Brasileiro: Combinando Informações de Modelos. 2018 (here)


Localização das Atividades de Pesquisa e Desenvolvimento

Indústria Automobilística: Globalização Produtiva e Atividades de P&D

Internacionalização da P&D Automobilística

Internacionalização da P&D Automobilística: Estados Unidos e China

Mudança Tecnológica na Indústria Automobilística

Mudança Tecnológica na Indústria Automobilística: Veículos Movidos por Motores Elétricos


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