Democracia em ação...

"Sobreviver à Guerra Colonial…" Histórias contadas na primeira pessoa

Palestra dinamizada pela Associação dos Deficientes das Forças Armadas 

(destinada aos alunos do 9º A,D,E,F e 11ºB)

 

Democracia- uma conquista para Portugal em abril de 1974.  Jovens que foram para a Guerra no Ultramar (Guerra Colonial) e que sobreviveram… 50 anos depois vêm à nossa escola partilhar as suas memórias.

As condições desafiadoras, os combates intensos, as doenças, a fome, a falta de recursos, a morte… sobreviver e viver com as marcas físicas e psicológicas de uma guerra que o tempo não apaga.

A ajuda mútua e o apoio entre os soldados foram fundamentais para enfrentar os desafios da guerra. E o Estado? Como tratou e trata aqueles que o serviram?

O Clube de História e o Clube Europeu, em nome da ESAG, agradece ao Sr. Francisco Janeiro e ao seu camarada por partilharem memórias, por sensibilizarem os nossos jovens para os valores da paz e da democracia…

 


Deus, Pátria e Tik Tok 

Dois artistas clandestinos: uma visita, uma lição....

O Grupo 400 (História) e  o Clube Europeu da Escola Secundária António Gedeão  teve a honra de receber nas suas instalações a dupla DOIS.ARTISTAS.CLANDESTINOS, formada por Bárbara Soares e Marco Ferreira, que apresentaram a peça “Deus, Pátria e Tik -Tok” , escrita, encenada e representada por ambos. Os atores interpretam dois conferencistas que vão a diversas escolas do país apresentar uma petição para alterar o programa curricular da disciplina de História e mostrar um projeto alternativo, capaz de devolver “Portugal aos portugueses”. O seu objetivo é convencer o público que em Portugal não houve fascismo, que a ditadura foi um período de progresso e que é necessário voltar a abraçar projetos que promovam o “Ser Português”. Em jeito de conferência distópica, a dupla procura mostrar a capacidade dos discursos populistas difundirem ideais nacionalistas, racistas e xenófobos, ao mesmo tempo que camuflam e branqueiam a ditadura em Portugal.A pertinência e atualidade do tema, a linguagem cuidada e acessível à faixa etária do público-alvo, a criatividade, excelência e profissionalismo, tornam este espetáculo indispensável, particularmente no momento em que celebramos 50 anos de democracia e onde há países que perderam ou estão a perder terreno neste domínio. Estudos recentes sobre a eficácia dos regimes democráticos (maio/julho de 2023, Open Society Foundations*) revelam que os jovens entre os 18 e 35 anos são os mais céticos quanto à eficácia da democracia, que 42% dos mais novos consideram que o regime militar é uma boa forma de governar um país e 35% são a favor de um líder "forte" que dispense eleições e o parlamento. Que sociedade queremos ter? Que cidadãos queremos ser? Que futuro desejamos? Urge refletir,  debater, promover e proteger os valores da democracia,  conquistados com muito esforço, mas que não podem ser dados como adquiridos, pois qualquer discurso bem elaborado poderá induzir os mais desatentos e desinformados a apoiar projetos de cariz extremista e ditatorial, capazes de destruir o que levou anos a conquistar e construir.

A performance d`Os DOIS.ARTISTAS.CLANDESTINOS  não só cativou a plateia constituída por alunos do 11º e 12º ano do Ensino Secundário, como abriu caminho para um debate mais profundo que cada professor teve oportunidade de desenvolver em contexto de sala de aula. O jovem público foi sensível e recetivo à mensagem e o seu aplauso foi sincero. 

Bem hajam Bárbara e Marco pelo vosso trabalho.

Exposição de Trabalhos