Seguir um modelo de pesquisa de informação como o Big6 facilita o trabalho autónomo na realização de trabalhos de pesquisa
Este modelo está estruturado em seis etapas:
Definição da tarefa
Estratégias de pesquisa de informação
Localização e acesso
Utilização da informação
Síntese
Avaliação
Para a realização desta etapa, sugerimos a realização de um Brainstorming, técnica de aprendizagem ativa que permite que os alunos pensem criticamente sobre ideias e soluções, formem conexões e compartilhem as suas ideias com colegas. Durante um Brainstorming; desta forma, os alunos são capazes de expressar livremente seus pensamentos sem medo de falhar.
Para a preparação de um trabalho de pesquisa, sugerimos a criação de um mapa mental, como o representado no diagrama (mapa mental) onde se registam algumas questões sobre as informações/os dados necessários para responder à questão do trabalho de pesquisa e se estabelecem relações entre diferentes dados que podem ajudar a compreender a tarefa e a organizar um plano de trabalho.
O modo como se põem questões é meio caminho andado para o sucesso da pesquisa. Assim, é necessário dominar algumas técnicas básicas de formulação de perguntas para que estas sejam verdadeiramente eficazes e orientadoras da pesquisa.
O gráfico KWL é uma estratégia de metacognição concebida por Donna Ogle em 1986. Esta estratégia leva os alunos a ativar conhecimentos anteriores, gerar perguntas para investigar, e inventariar os novos conhecimentos que emergem da investigação. O acrónimo significa:
K: os alunos identificam o que já SABEM sobre um assunto.
W: os alunos geram perguntas sobre o que QUEREM aprender sobre o assunto.
L: os alunos identificam o que APRENDERAM enquanto investigaram.
Fontes de informação são todos os recursos que usas - textos, números, imagens, pessoas, objetos e outros - para responder a uma necessidade informativa.
Nem toda a informação é rigorosa e produzida por autores ou organizações confiáveis. Deves, por isso, ter cuidado com a informação que encontras na Internet.
O local onde encontras as fontes de informação mais confiáveis é a tua Biblioteca Escolar, por isso o primeiro local a procurar fontes de informação é no catálogo da tua Biblioteca.
Apesar do GOOGLE ser o motor de buscar na internet mais conhecido, na verdade existem muitos outros.
Mesmo que o Google da era 3.0 já seja semântico, os operadores booleanos ainda são importantes em pesquisas mais exigentes. A Pesquisa Avançada do Google permite um maior uso de filtros na pesquisa.
As "palavras-chave" são os termos que compõem a busca e são muito importantes nos motores de busca, pois quanto melhor for a palavra-chave escolhida, melhor será o resultado (o algoritmo do Google é construido com keywords).
Nem todas as fontes de informação apuradas são para utilizar efetivamente. Ou seja, é preciso escolher apenas as melhores.
O teste CRAAP é o melhor instrumento para avaliar a pertinência da fonte de informação.
Para a informação encontrada em sítios da Internet, sugerimos que crie um documento para fazer anotações, tomar notas, registar citações de autores que considere relevantes para a criação do trabalho.
Importa que essas anotações estejam sempre acompanhadas da referência à fonte de informação onde foram encontradas para facilitar a citação dos autores e a constituição da bibliografia do trabalho.
1º - Fazer uma leitura rápida do texto/documento - utilizar a técnica da leitura em diagonal, prurando palavras ou ideais a destacar e passagens interessantes.
2º - Fazer uma leitura atenta e tomar de notas - ler atentamente, sublinhando as informações pertinentes; Tomar notas (num bloco, em fichas de leitura, elaborando grelhas, esquemas, tabelas, gráficos ou usando o processador de texto), destacando palavras-chave, registando comentários pessoais.
Tarefa fundamental para se conseguir retirar informação de qualidade das fontes de informação selecionadas é saber distinguir entre Facto e Opinião.
Os Factos fazem parte da objectividade do mundo (são objectivos), porque são exteriores à pessoa, independentes da pessoa, e são constituídos por dados passíveis de ser comprovados e verificados por diferentes pessoas. Deste modo, os factos geram consenso e são indiscutíveis.
As Opiniões fazem parte da subjetividade das pessoas (são subjetivos), porque são interiores à pessoa, são dependentes da pessoa, e são constituídos por emoções, gostos e particularidades do modo que a pessoa tem de ver o mundo. Deste modo, as opiniões geram confronto e são discutíveis.
Todas as coisas, temas ou assuntos são constituídos por um conjunto de características ou qualidades. Mas as características não são todas iguais. Há características principais (essenciais) e características secundarias (acidentais).
O Essencial é aquilo que faz com que uma coisa seja o que é, logo, sem uma das características essenciais deixa de ser aquilo e passa a ser outra coisa. O Acidental é tudo aquilo que é complementar e não definidor, e que pode ser acrescentado ou retirado do ser sem que ele deixe de ser aquilo que é.
Portanto, para que eu consiga definir claramente uma coisa, tema ou assunto tenho que reunir as características que são realmente essenciais.
Quando chega o momento de comunicar as informações apuradas na pesquisa, é necessário saber organizar toda essa informação. Num trabalho escrito, a informação tem que ser apresentada de uma forma estruturada.
O uso da citação permite ao leitor identificar a publicação de onde provém a ideia e saber a sua localização exata na fonte. A citação deve ser utilizada em conformidade com uma lista de referências bibliográficas.
Não se pode dar por terminado um trabalho sem indicar as fontes bibliográficas que foram consultadas e das quais se retirou informação.
Na redação do nosso trabalho não é admissível a apropriação do trabalho dos outros autores. Se quisermos usar expressões, frases ou ideias de outros autores, temos que deixar claro, através de uma citação, quem é o autor daquele texto, frase ou expressão usada. Só assim se respeitam os direitos de autor.
Agora que terminaste o teu trabalho, já és um AUTOR. Então, para divulgar o teu trabalho não te esqueças de lhe atribuir uma licença para que os outros leitores o possam usar e citar.
Nunca se dá por concluído um trabalho sem antes fazer uma verificação final do resultado. Essa verificação ou avaliação poderá incidir nos aspetos formais:
- Verificar a lógica da estrutura (Está bem estruturado?)
- Verificar a qualidade do design (Tem boa apresentação?)
- Verificar a correção ortográfica e sintáctica (Está bem redigido?)
Nunca se dá por concluído um trabalho sem antes fazer uma verificação final do resultado. Verificação ou avaliação também ao nível do conteúdo:
- Verificar a eficácia da resposta (Responde ao tema proposto?)
- Verificar a eficácia da mensagem (A mensagem é clara?)
- Verificar a adequação da mensagem ao público-alvo (A mensagem é adequada?)
- Verificar o respeito pelos direitos de autor (Indica-se o copyright?)