Clube Ciência Viva na Escola Secundária de Monção

CCVnESM

O Inimaginável de Monção BioGeoObservado à Luz das Lentes 

E pensei que da vida não teria

nem saudade nem pena de a perder,

mas que em meus olhos mortos guardaria

certas imagens do que pude ver.

 António Gedeão, in ‘Saudades da Terra’

Em que contexto?

O ensino das ciências deve perspetivar-se na “construção ativa do saber e do saber-fazer” e permitir formar cidadãos ativos e cientificamente cultos. No ensino de Biologia e Geologia valoriza-se o “reforço das capacidades de abstração, experimentação, trabalho em equipa, ponderação e sentido de responsabilidade” e a integração e valorização do trabalho prático nos processos de ensino e de aprendizagem. O desenvolvimento de aptidões caracterizadoras da Biologia e da Geologia como Ciências, através de atividades experimentais, é essencial para um ensino de sucesso uma vez que “mobilizam a confrontação entre o previsto e o observado, a criatividade e o desenvolvimento de atitudes de curiosidade, humildade, ceticismo e análise crítica”, além de facilitarem a compreensão dos fenómenos físicos e o desenvolvimento de competências importantes para a vida. Neste aspeto, saem muito valorizadas as várias áreas de Competências definidas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.No contexto do Projeto Educativo do AEM, o CCVnESM está disponível aos alunos da escola numa perspetiva de total inclusão, permitindo o acesso de todos à Ciência, estimulando o raciocínio científico e contribuindo, assim, para a melhoria dos resultados académicos e para a promoção da cidadania, em contexto de trabalho colaborativo, respeitando a individualidade de cada um, mas fomentando a motivação para a aprendizagem das ciências.

Para quem?

Os destinatários são os alunos da Escola Secundária de Monção: 9º ano (3ºCEB) e Ensino Secundário dos Cursos Científico-humanísticos e Profissionais (10º, 11º e 12º anos).

Para quê?

Os objetivos do CCVnESM visam desenvolver competências no âmbito da Biologia e Geologia:
  • melhorar os resultados escolares e promover o sucesso educativo, com a implementação de projetos nas áreas das ciências, tecnologia e ambiente, cidadania e saúde e promoção de iniciativas que impliquem mais alunos e docentes em clubes e projetos;
  • pesquisar e sistematizar informações, integrando saberes prévios, para construir novos conhecimentos;
  • explorar acontecimentos, que documentem a natureza do conhecimento científico;
  • interpretar estudos experimentais com dispositivos de controlo e variáveis controladas, dependentes e independentes;
  • formular e comunicar opiniões críticas, cientificamente fundamentadas e relacionadas com CTSA;
  • divulgar conhecimento científico, contribuindo para a literacia científica da comunidade;
  • aproximar a Escola de Instituições de Ensino Superior e Centros de Investigação, através de parcerias e da dinamização de atividades conjuntas;
  • formar cidadãos munidos de múltiplas literacias que lhes permitam analisar e questionar criticamente a realidade e tomar decisões quotidianas fundamentadas; livres, autónomos, responsáveis e conscientes de si e do mundo; que reconheçam a importância e o desafio oferecidos conjuntamente pelas Artes, Humanidades, Ciência e Tecnologia para a sustentabilidade social, cultural, económica e ambiental; curiosos e aptos a continuar a aprendizagem ao longo da vida; respeitadores dos princípios fundamentais da sociedade democrática e dos direitos, garantias e liberdades em que esta assenta; que estimem os valores da dignidade humana, cidadania, solidariedade e tolerância, rejeitando todas as formas de discriminação e de exclusão social.

Que intervenção?

O professor tem o papel de: interagir com os alunos; gerir o conteúdo curricular de acordo com a sua prática e o contexto (flexibilidade curricular); gerir o currículo numa perspetiva cognitiva e social; colaborar com os alunos e com os colegas; questionar os alunos; orientar debates, discussões e pesquisas; aplicar muitas estratégias de discussão; criar um ambiente de democraticidade e de aprendizagem diversificada de acordo com os diferentes contextos; estimular ao envolvimento dos alunos na sua aprendizagem.O aluno tem o papel de: regular o seu próprio ritmo de aprendizagem; conduzir as suas próprias investigações; ser ativo na concretização de experiências educativas diferenciadas de acordo com os seus interesses e o meio envolvente; pensar e resolver problemas; colaborar com o professor e com os colegas na realização de discussões, debates e trabalho em equipa.

Que atividades?

As atividades experimentais pressupõem que o aluno realize, no âmbito do CCVnESM, procedimentos para reproduzir ou analisar processos naturais, com manuseamento de material de laboratório. A diversidade de atividades experimentais dá contributos diferentes na aprendizagem, tais como: motivação, competências de trabalho autónomo e colaborativo, conhecimento procedimental e científico, além de aprendizagem sobre a metodologia e as atitudes científicas.

Entidades parceiras

ECUM

Escola de Ciências da 

Universidade do Minho

Município de Monção

Outros projetos do AEM parceiros

Haja Saúde

Eco-Escolas

Eles não sabem que o sonho

é uma constante da vida

tão concreta e definida

como outra coisa qualquer,

como esta pedra cinzenta

em que me sento e descanso,

como este ribeiro manso

em serenos sobressaltos,

como estes pinheiros altos

que em verde e oiro se agitam,

como estas aves que gritam

em bebedeiras de azul.


(...)


Eles não sabem, nem sonham,

que o sonho comanda a vida,

que sempre que um homem sonha

o mundo pula e avança

como bola colorida

entre as mãos de uma criança.


 "Pedra Filosofal"

António Gedeão 

In “Movimento Perpétuo” (1956)