Fusíveis de Proteção

Fusíveis, a proteção do equipamento!

Em todos os transformadores de força, a potência é especificada em VA.

Use o fusível de proteção no primário, adequado a cada potência,

caso contrário, o risco de dano irreversível é inevitável.

Um fusível custa menos e protege o equipamento!

Se você souber qual o consumo no secundário do transformador, poderá determinar a potência em VA no primário.

O rendimento médio para transformadores de até 500VA é de +/- 80%, então, o fusível poderá ter um valor de + 20% em relação a potência de entrada neste transformador.

Para tanto, use a seguinte fórmula ( para suportar picos de no máximo 20% ):

Watts, VA, fator de potência.

A unidade no SI ( Sistema Internacional ) para potência é o Watt (W).

Porém, em sistemas elétricos existem 3 tipos de potências:

Potência ativa = Watts (carga puramente resistiva)

Potência reativa = VAr (carga puramente reativa (indutores e capacitores))

Potência Aparente = VA (soma vetorial das outras duas). Raiz quadra da soma dos quadrados, (como se fosse a hipotenusa do teorema de Pitágoras).


Todos conhecemos a formula: P=U*I. Considerando uma carga puramente resistiva quando se multiplica U*I temos a potência em Watts (W).

Quando entra um capacitor ou um indutor na jogada (por exemplo a bobina de um transformador) aí aparece o tal fator de potência.

O fator de potência (FP) é intrinseco a cada aparelho. Ele é o cosseno do ângulo formado da defasagem entre corrente e tensão produzido pelos elementos reativos do equipamento. É o mesmo ângulo entre potência ativa e reativa.

Por ser um cosseno ele varia de 0 a 1.

Geralmente nos aparelhos eletro/eletrônicos fica em torno de 0,55 à 0,95. No Brasil a legislação elétrica estabelece 0,92 como mínimo (logo, será 0,95), mas não se preocupem, consumidores residenciais estão de fora desse requisito.

Com esse conceito, podemos calcular (W) e (VA) apenas conhecendo o fator de potência (FP) sem se preocupar com a trigonometria ou calcular a reatância dos elementos indutivos e capacitivos.

Basta usar a seguinte regra:

VA=W/FP e W=VA*FP

Por exemplo:

Tomemos um transformador não isolador, de 127VAC para 127VAC de 100VA ( ignorando o rendimento, que explicarei daqui a pouco ), significa dizer que você pode ligar uma carga resistiva (como um uma lâmpada) de 100W por que o FP é 1.

Mas nesse mesmo transformador de 100VA você poderá ligar uma carga de no máximo 65W se esta tiver FP=0,65. Os outros 35W estarão circulando na parte reativa (VAr).

Correção do FP.

A correção do fator de potência, é necessária em grandes sistemas de alto consumo.

Existe um custo para isso, e segundo, que essa energia reativa, é necessária para o bom funcionamento dos equipamentos. Sem essa energia reativa os motores elétricos não giram e os transformadores não funcionam.

Rendimento.

Rendimento é o quanto um equipamento aproveita da energia elétrica fornecida.

r = P.OUT/P.IN.

onde:

r= rendimento

P.OUT= potência de saída

P.IN= potência de entrada

Por exemplo:

Um rendimento de 96% significa que dos 100% de energia que entra 4% é dissipada na forma de calor, não sendo aproveitada para nada.

Naquele exemplo anterior do transformador de 100VA, alimentando uma carga com fator de potência de 0,65, tínhamos um consumo de 65W. Só que o estabilizador não entrega 100VA. Considerando um rendimento de 96% teremos 96VA na saída. Portanto a carga máxima nessas condições seria 62,4W.

Conclusão:

Transformadores de fontes, funcionam com base nesses princípios. Conhecendo um pouco sobre esse assunto, podemos dimensionar melhor nossos equipamentos e de certo modo, até economizar por não comprar um equipamento super dimensionado.