Teoria dos Valvulados

De um modo geral, os amplificadores se dividem em classes, que diferenciam-se quanto ao método de operação (polarização), que determina a eficiência, linearidade e capacidade de potência de saída.

As classes dos amplificadores podem ser :

    • Classe A - o dispositivo eletrônico de saída (válvula ou transistor) conduz durante os 360 graus do sinal de entrada.

    • Classe B - o dispositivo eletrônico de saída (válvula ou transistor) conduz durante apenas 180 graus do sinal de entrada (apenas um semi-ciclo).

  • Classe AB - situam-se entre os amplificadores de Classe A e os de Classe B, de forma que o dispositivo eletrônico de saída (válvula ou transistor) conduz durante mais do que 180 graus do sinal de entrada, mas não na sua totalidade.

  • Classe C - o dispositivo eletrônico de saída (válvula ou transistor) conduz durante menos do que 180 graus do sinal de entrada (usado em amplificadores de RF).

  • Classe D - operam modulado por sinal de entrada na forma de pulsos (PWM, "pulse width modulation"), controlando o dispositivo eletrônico de saída (válvula ou transistor) através de dois níveis de tensão, os quais fazem com que o dispositivo conduza ou entre em corte

  • Classe E/F - alta eficiência (idealmente 100%) e alta potência de saída. Usado principalmente para aplicações de RF e circuitos chaveados.

Amplificadores Classe A ou Single Ended.

Os amplificadores "Classe A", são amplificadores, em que a válvula em um estágio amplificador, é polarizada na parte linear da curva característica, que é fornecida pelo fabricante. Todo ciclo do sinal de entrada , corresponde a um ciclo completo na saída. Nos estágios de potência (Single Ended) usando polarização automática por catodo, o ponto de operação é determinado pela corrente que circula o resistor de catodo, determinando o bias. Pode ser usada também , polarização fixa. Vale lembrar, que existe sempre o consumo alto de corrente no +B, para amplificadores de potência, mesmo que não tenha sinal na entrada , ao contrário dos Classe B ou AB. Geralmente , válvulas como a 6V6, EL84/6BQ5, 6L6, EL34, e triodos como, 300B, 2A3, entre outras, podem ser usadas em classe A. Observe o gráfico e esquema abaixo, que representam uma curva de transferência, característica de uma válvula em Classe A, e alguns exemplos de circuitos A, usando triodo, pentodo e pentodo de potência.

Os amplificadores "SE" (single ended) em classe A, são os de custo mais baixo, em termos de amplificador valvulado. Mas se trata de um circuito de baixo rendimento, teoricamente 50%, mas na prática fica em torno de 30%. É um amplificador com circuito bem simples, tendo no estágio final, apenas um triodo, pentodo ou tetrodo. O pré-amplificador é responsável pricipalmente, pelas variações de timbre ou tonalidade, que é controlada através de um conjunto de potenciômetros, resistores e capacitores, que formam uma rede ressonante. Variando-se os valores de alguns componentes desta rede , varia-se a resposta em freqüência , e consequentemente a cor do som na saída. Para uso em instrumentos musicaís, como guitarra, o que tem sido feito também, é acrescentar um ou dois estágios no pre-amplificador, para proporcionar uma saturação nos estágios seguintes, também chamado de "Overdriver". Esta saturação deve ocorrer apenas a nível de pre-amplificador, nunca no estágio final , o que poderá avariar a válvula de saída por excesso de corrente. Observe abaixo, um clássico circuito de tonalidade de três bandas.

Com uma válvula 6V6 ou EL84/6BQ5, se consegue entregar na saída aproximadamente 5 Watts, com a 6L6 ou EL34 , é possivel chegar entre 7 e 10 Watts, dependendo da elaboração do circuito. São usadas também triodos de potência, como 300B ou 2A3. Pode-se também, usar válvulas em paralelo, com isto consegue-se o dobro da potência, para tal é necessário uma fonte de alimentação melhor dimensionada , e o transformador de saída, é claro, deve suportar a corrente contínua e a potência solicitada. Neste caso, é de grande importância o "GAP" deste transformador, porque devido a grande circulação de corrente contínua, as propriedades do núcleo do transformador variam, devido aos fernômenos magnéticos provocando distorções.

Abaixo, alguns cicuitos em "Classe A", usados pela Fender.

Champ1 - Champ2 - Champ3 - Champ4 - Champ5 - Bronco

Compare os circuitos e vejam as modificações e recursos em cada modelo. Observe também, os circuitos de saída abaixo. Mais elaborados, com realimentação por catodo , utilizando um enrolamento adicional no primário do transformador de saída, e também com uma derivação para grade screen, como uma metade de um transformador Ultra-Linear e com válvulas em paralelo.


Em breve, maiores esclarecimentos sobre os amplificadres Classe B.

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