Minha Amizade Com o Maior Empresário Brasileiro

O Irmão de meu pai, meu tio Zezé Macêdo, ficou amicíssimo do Coronel Antônio Luciano, em suas passagens por Lagoa da Prata ajudando-o na transação da Documentação da Transferência das Ações da Usina Para o Grupo Fayal que adquiriu dos Sócios da Usina São Francisco as referidas Ações.

A Usina Passou a Chamar-se Usina Ovídio de Abreu ou 'Ciaom' Companhia Industrial e Agrícola Oeste de Minas, que para Presidente foi Indicado o Médico Recém formado Dr.Luciano, o famoso Lucianinho,

o filho do coronel, que se tornou um dos mais bem sucedidos Empresários de Minas Gerais e do Brasil.

Atendia Doentes & Pobres Sem Condição Alguma

e sempre o Duzinho seu motorista, andava com uma mala cheia de dinheiro, eram notas de maior valor da época, ele mandava distribuir com os pobres que saiam Felizes da Vida. Luciano Até poderia ter suas fraquezas, mas era um homem de coração muito bom e generoso, humilde, sempre me deu muita atenção, eu gostava muito dele, embora não ter ganho o Presente que ele prometeu. Tony não quis nada com a dureza de uma guitarra. Na Vila Luciânia tratavam-me como um rei, pois era amigo do filhinho do dono. Gozava de grande prestígio e respeito, mesmo sendo barbudo e cabeludo, Luciano não tinha preconceito por roqueiros e estas coisas da moda. tinha acesso à todas as áreas da Ciaom...

Zezé Macêdo, tinha estreita amizade com o Governador Benedito Valadares, o que facilitou a emancipação de São Carlos do Pântano, e Dr. Luciano era muito amigo de Juscelino seu colega de faculdade pois faziam Medicina juntos, mesmo antes de se tornar vereador, prefeito, e Presidente da República. Devido à grande amizade e consideração que o Dr. Luciano tinha com a família Macêdo, principalmente com meu tio e meu pai, sempre fui muito bem tratado na Vila Luciânia e na Casa de Campo, onde íamos sempre falar com o Dr.Luciano, e passear com Tony, e vários outros amigos que tinha na Vila. Lembro-me que o doutor gostava muito de mim, e disse-me: "J.C, Se Você conseguir ensinar o Tony a tocar Guitarra, mandarei levá-lo à New York para escolher uma aparelhagem completa, a que você escolher", perguntei-lhe: Pode ser igual a dos Beatles? Ele disse claro, e sei que ele me daria de presente. Mas quem disse que o Tony quis alguma coisa? Não aprendeu nada, não ganhei a aparelhagem, e depois de algum tempo, Tony e Pedrinho Bioró procuraram-me para comprar nossa aparelhagem, concordamos, Usaram esta aparelhagem por três meses fazendo festas no Cine Luciânia e depois de um tempo, como já lhes disse 90 dias, devolveram o material todo surrado, precisando de válvulas e reparos. Dr Luciano, era uma pessoa muito sábia, inteligente, era humilde, simples, sem frescura, Muito Bondoso, preocupava com todo mundo, Fazia muitas doações, doava muitos remédios,

mas um dia me deparei com o sr. José Sabino que foi acusando-me de roubar gasolina azul de um avião monomotor que estava no Hangar. Mas quem tirava a gasosa era o próprio Tony, Fui humilhado e proibido de transitar pela casa de campo e dependências, mas o Gerente Geral da Empresa, o Sr. Oswaldo Damasceno, sabendo do ocorrido, veio em minha defesa e autorizou ao Sr Sabino meu Transitar pela empresa, pois sabia da amizade e o carinho em que nossa família era tratada pelo doutor, ele também se tornou meu grande amigo e defensor, na época tocava na Banda Super JC7 e toda vez que precisávamos de um de nossos musicistas que trabalhava à noite nas caldeiras, ele liberava nosso guitarrista Mizinho muitos ficavam com ciúme de nossa amizade. O Mizinho muita gente lembra, era irmão do Pintassilgo guitarrista que também morava na Vila Luciânia. O Sr. Oswaldo Damasceno era um Homem Integro e muito respeitado, Um ótimo Administrador pela sua competência, honestidade e Fidelidade, era muito rígido e severo, mas era um bom homem de um grande coração. Será que ele aprendeu com o Doutor Luciano? Sr.Oswaldo Damasceno foi um anjo em nossas vidas. Lembro-me também que meu pai que era farmacêutico manipulador (Bioquímico) e foi chamado para trabalhar na Farmácia Luciânia, Quem não se lembra de Irineu Macêdo? Na Vila Luciânia? Estava com Câncer na Laringe e foi seu último trabalho em farmácia, antes de seu descanso final!!!

Quando o avião do doutor sobrevoava a pequenina cidade, ricos e pobres já se encaminhavam rumo a usina, isto é, à casa de campo, enquanto ricos negociavam e puxavam saco do doutor, pobres formavam uma grande fila para receber ajuda, como havia dito, cada um saia com uma nota novinha do maior valor da época, hoje representaria 100 reais.

Continuarei a contar o que sei do Dr. quando houver disponibilidade para isto, justamente para que não caia no esquecimento dos munícipes lago-pratenses, a história de um de seus maiores beneméritos.

Dr.Antônio Luciano Pereira Filho.

jc

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