Covid 19: o que vocÊ precisa saber
O que sabemos sobre o vírus causador da Covid-19, as principais formas de contágio e prevenção.
O que sabemos sobre o vírus causador da Covid-19, as principais formas de contágio e prevenção.
DISSEMINAÇÃO E MANIFESTAÇÃO DO COVID-19 NO SER HUMANO Resumo de Evidências Científicas.
O vírus Sars-Cov-2, responsável pela atual pandemia de Covid-19, assim como o SARS-Cov-1, responsável pelas epidemias de Sars entre 2002 e 2005, consegue sobreviver em aerossóis ou gotículas expelidas no ar por pelo menos 3 horas. Após a gotículas se depositarem em superfícies inertes como aço inoxidável e plástico o vírus se mantém viável por 72 horas. Em superfícies de papel, no entanto, a viabilidade do vírus aparenta ser menor (1)
A probabilidade de disseminação de vírus por aerossóis é particularmente elevada em ambientes fechados, com aglomerações e pouca ventilação. O potencial de transmissibilidade do vírus COVID-19 é inquestionavelmente alto, especialmente em confinamentos.(2)
A emissão de aerossóis não ocorre apenas com a tosse. A intensidade da respiração assim como a fala e padrões desta como a altura da voz, podem resultar em um aumento na emissão de aerossóis.(3, 4) A exposição (número de partículas virais) é proporcional à distância da fonte contaminante. Por isso o distanciamento entre pessoas é importante.
Devido à alta carga viral demonstrada nas oro e nasofaringes pouco tempo, atingindo a contagem máxima de víruos entre 2 a 3 dias após início dos sintomas. Existe consenso de que o risco de transmissão é altíssimo a partir do momento em que o infectado se torna sintomático.
Por este motivo é tão importante que tão logo as pessoas desenvolvam sintomas de gripe ou resfriado elas apliquem a si próprias medidas para evitar a disseminação do vírus como higiene adequada, uso de máscaras sempre que houver outra pessoa no mesmo ambiente, e informe às pessoas com quem teve contato até 5 dias antes dos sintomas para se auto-monitorarem.
Estima-se que aproximadamente 20% dos pacientes infectados sejam assintomáticos.(2) Embora não haja evidência clara de transmissão por assintomáticos, existem relatos de casos presumidos. (5, 6)
Também é importante comunicar ao seu serviço de saúde de referência e vigilância sanitária para que eles possam aplicar medidas para contenção pertinentes, inclusive para os seus contactantes, assim como prover itens de higiene se necessário e até dispor testes para diagnóstico. Tudo deve se iniciar através de um telefonema para a secretaria de saúde da sua cidade e, se disponível, para o canal de atendimento disponibilizado pelo seu plano de saúde.
Após exposição ao ser humano, o vírus leva na maioria das pessoas 12 dias para se manifestar no organismo e provocar sintomas, o que determina o período da quarentena. Existe, no entanto, uma minoria de pessoas em que o vírus pode levar menos ou mais tempo para se manifestar. Por esta razão determinou-se que 14 dias é o período ideal de quarentena para indivíduos espostos. Ainda assim, estima-se que a cada 10.000 pessoas infectadas em aproximadamente 100 pessoas o vírus levará mais que 14 dias para se manifestar. (7)
Devido à insuficiência de testes diagnósticos e do tempo que leva para se obter os resultados destes, a maioria das agências internacionais têm recomendado quarentena também para os contactantes de casos confirmados e suspeitos. (8)
Estima-se que aproximadamente 20% dos pacientes infectados sejam assintomáticos.(2) Embora não haja evidência clara de transmissão por assintomáticos, existem relatos de casos presumidos. (5, 6) Enquanto um teste rápido não é viabilizado é mais prudente que expostos (contactantes) tomem medidas de contenção e evitem exposição a grupos de risco por um período superior ao de quarentena, idealmente até 01 mês após exposição.
REFERÊNCIAS CIENTÍFICAS.
1. van Doremalen N, Bushmaker T, Morris DH, Holbrook MG, Gamble A, Williamson BN, et al. Aerosol and Surface Stability of SARS-CoV-2 as Compared with SARS-CoV-1. The New England journal of medicine. 2020. Epub 2020/03/18.
2. Mizumoto K, Kagaya K, Zarebski A, Chowell G. Estimating the asymptomatic proportion of coronavirus disease 2019 (COVID-19) cases on board the Diamond Princess cruise ship, Yokohama, Japan, 2020. Euro surveillance : bulletin Europeen sur les maladies transmissibles = European communicable disease bulletin. 2020;25(10). Epub 2020/03/19.
3. Asadi S, Wexler AS, Cappa CD, Barreda S, Bouvier NM, Ristenpart WD. Aerosol emission and superemission during human speech increase with voice loudness. Scientific reports. 2019;9(1):2348. Epub 2019/02/23.
4. Asadi S, Wexler AS, Cappa CD, Barreda S, Bouvier NM, Ristenpart WD. Effect of voicing and articulation manner on aerosol particle emission during human speech. PloS one. 2020;15(1):e0227699. Epub 2020/01/28.
5. Bai Y, Yao L, Wei T, Tian F, Jin DY, Chen L, et al. Presumed Asymptomatic Carrier Transmission of COVID-19. Jama. 2020. Epub 2020/02/23.
6. Qian G, Yang N, Ma AHY, Wang L, Li G, Chen X. A COVID-19 Transmission within a family cluster by presymptomatic infectors in China. Clinical infectious diseases : an official publication of the Infectious Diseases Society of America. 2020. Epub 2020/03/24.
7. Lauer SA, Grantz KH, Bi Q, Jones FK, Zheng Q, Meredith HR, et al. The Incubation Period of Coronavirus Disease 2019 (COVID-19) From Publicly Reported Confirmed Cases: Estimation and Application. Annals of internal medicine. 2020. Epub 2020/03/10.
8. Zou L, Ruan F, Huang M, Liang L, Huang H, Hong Z, et al. SARS-CoV-2 Viral Load in Upper Respiratory Specimens of Infected Patients. The New England journal of medicine. 2020;382(12):1177-9. Epub 2020/02/20.
A QUARENTENA: ENTENDA O POR QUÊ E COMO ELA É DETERMINADA
Após exposição ao ser humano, o vírus leva, na maioria das pessoas, entre 2 e 12 dias para se manifestar no organismo e provocar sintomas. Existe, no entanto, uma minoria de pessoas, até 5% das pessoas, em que o vírus pode levar menos ou mais tempo para se manifestar. Por esta razão determinou-se que 14 dias contados a partir do período de exposição é o período ideal de quarentena para indivíduos espostos.
Ainda assim, estima-se que a cada 10.000 pessoas infectadas em aproximadamente 100 pessoas (1%) o vírus levará mais que 14 dias para se manifestar. (1) Então, pode-se dizer que o período de quarentena contempla com 99% de chance o período de transmissão dos infectados.
Em resumo, as chances são de que entre 100 pessoas infectadas, 95% desenvolverão seus sintomas entre 2 e 12 dias e 4%, antes de 2 dias ou entre 12 -14 dias.
Devido à insuficiência de testes diagnósticos e do tempo que leva para se obter os resultados destes, a maioria das agências internacionais têm recomendado quarentena também para os contactantes de casos confirmados e suspeitos. (2)
Estima-se que aproximadamente 20% dos pacientes infectados sejam assintomáticos.(3) Embora não haja evidência clara de transmissão por assintomáticos, existem relatos de casos presumidos. (4, 5) Enquanto um teste rápido não é viabilizado é mais prudente que expostos (contactantes) tomem medidas de contenção e evitem exposição a grupos de risco por um período superior ao de quarentena, idealmente até 01 mês após exposição.
REFERÊNCIAS
1. Lauer SA, Grantz KH, Bi Q, Jones FK, Zheng Q, Meredith HR, et al. The Incubation Period of Coronavirus Disease 2019 (COVID-19) From Publicly Reported Confirmed Cases: Estimation and Application. Annals of internal medicine. 2020. Epub 2020/03/10.
2. Zou L, Ruan F, Huang M, Liang L, Huang H, Hong Z, et al. SARS-CoV-2 Viral Load in Upper Respiratory Specimens of Infected Patients. The New England journal of medicine. 2020;382(12):1177-9. Epub 2020/02/20.
3. Mizumoto K, Kagaya K, Zarebski A, Chowell G. Estimating the asymptomatic proportion of coronavirus disease 2019 (COVID-19) cases on board the Diamond Princess cruise ship, Yokohama, Japan, 2020. Euro surveillance : bulletin Europeen sur les maladies transmissibles = European communicable disease bulletin. 2020;25(10). Epub 2020/03/19.
4. Bai Y, Yao L, Wei T, Tian F, Jin DY, Chen L, et al. Presumed Asymptomatic Carrier Transmission of COVID-19. Jama. 2020. Epub 2020/02/23.
5. Qian G, Yang N, Ma AHY, Wang L, Li G, Chen X. A COVID-19 Transmission within a family cluster by presymptomatic infectors in China. Clinical infectious diseases : an official publication of the Infectious Diseases Society of America. 2020. Epub 2020/03/24.
SARS-COV-2: COMO OCORRE O CONTÁGIO E MANIFESTAÇÃO DO COVID-19 NO SER HUMANO
O vírus COVID-19, responsável pela atual pandemia, assim como o SARS-Cov-1, responsável pelas epidemias de Sars entre 2002 e 2005, consegue sobreviver em aerossóis ou gotículas expelidas no ar por pelo menos 3 horas. Após a gotículas se depositarem em superfícies inertes como aço inoxidável e plástico o vírus se mantém viável por 72 horas.(1)
A probabilidade de disseminação de vírus por aerossóis é particularmente elevada em ambientes fechados, com aglomerações e pouca ventilação. O potencial de transmissibilidade do vírus COVID-19 é inquestionavelmente alto, especialmente em confinamentos.(2)
A emissão de aerossóis não ocorre apenas com a tosse. A fala, assim como padrões desta como altura da voz, podem resultar a um aumento na emissão de aerossóis.(3, 4) A exposição (número de partículas virais) é proporcional à distância da fonte contaminante. Por isso o distanciamento entre pessoas é importante.
Devido à alta carga viral demonstrada nas oro e nasofaringes pouco tempo, atingindo a contagem máxima de víruos entre 2 a 3 dias após início dos sintomas. Existe consenso de que o risco de transmissão é altíssimo a partir do momento em que o infectado se torna sintomático.
Por este motivo é tão importante que tão logo as pessoas desenvolvam sintomas de gripe ou resfriado elas apliquem a si próprias medidas para evitar a disseminação do vírus como higiene adequada, uso de máscaras sempre que houver outra pessoa no mesmo ambiente, e informe às pessoas com quem teve contato até 5 dias antes dos sintomas para se auto-monitorarem.
REFERÊNCIAS CIENTÍFICAS.
1. van Doremalen N, Bushmaker T, Morris DH, Holbrook MG, Gamble A, Williamson BN, et al. Aerosol and Surface Stability of SARS-CoV-2 as Compared with SARS-CoV-1. The New England journal of medicine. 2020. Epub 2020/03/18.
2. Mizumoto K, Kagaya K, Zarebski A, Chowell G. Estimating the asymptomatic proportion of coronavirus disease 2019 (COVID-19) cases on board the Diamond Princess cruise ship, Yokohama, Japan, 2020. Euro surveillance : bulletin Europeen sur les maladies transmissibles = European communicable disease bulletin. 2020;25(10). Epub 2020/03/19.
3. Asadi S, Wexler AS, Cappa CD, Barreda S, Bouvier NM, Ristenpart WD. Aerosol emission and superemission during human speech increase with voice loudness. Scientific reports. 2019;9(1):2348. Epub 2019/02/23.
4. Asadi S, Wexler AS, Cappa CD, Barreda S, Bouvier NM, Ristenpart WD. Effect of voicing and articulation manner on aerosol particle emission during human speech. PloS one. 2020;15(1):e0227699. Epub 2020/01/28.
FATORES AMBIENTAIS PODEM AFETAR A DISSEMINAÇÃO DO COVID-19?
Os dados epidemiológicos da Covid-19 no estado do Amazonas não dão respaldo a uma forte influência de fatores ambientiais como umidade e temperatura na contenção de disseminação do vírus.
Mas é sabido que após disseminação no ar e em superfícies, experimentalmente, a transmissibilidade de vírus respiratórios (resfriado comum e influenza) é menor em temperaturas acima de 20oC e umidade relativa e absoluta do ar acima de 65%, comparado com temperaturas e umidades baixas (<60%).(1)
Estes achados, no entanto, podem não se aplicar durantes períodos chuvosos, nos quais a transmissibilidade pode aumentar apesar do aumento de umidade, provavelmente devido a aglomerações.
Além de temperatura e umidade, existe evidência experimental escarsa em laboratório de que a ventilação (grau de troca e mistura entre ar externo e interno) e fluxo de ar (velocidade da corrente de ar através do ambiente interno) diminuem a transmissibilidade de vírus respiratórios. Essas evidências não são específicas para o coronavírus, mas para vírus de transmissão através de aerossóis como o da influenza e resfriado comum.
Por estes motivos apresentados e pelo que já sabemos sobre a transmissão do vírus, é importante que se mantenha os ambientes bem arejados se, se o clima perimitir, com janelas abertas para favorecerem a troca do ar interno pelo externo.
Ressalta-se que estas medidas não substituem aquelas de higiene pessoal, limpeza e contenção.
REFERÊNCIAS
1. Pica N, Bouvier NM. Environmental factors affecting the transmission of respiratory viruses. Current opinion in virology. 2012;2(1):90-5. Epub 2012/03/24.
QUAIS SÃO AS FORMAS COMPROVADAMENTE EFICIENTES EM PREVENIR A COVID-19?
Conforme já abordamos em outras publicações o Covid-19 é transmitido principalmente através do ar e superfícies contaminadas, onde ele pode sobreviver por dias. Para limpeza e desinfecção de superfícies contaminadas o álcool etílico (etanol) e a solução de hipoclorito (água sanitária) são os nossos maiores aliados.
Entre as principais medidas de limpeza de superfícies comprovadamente eficientes contra o Covid-19, destaca-se composições de álcool etílico (etanol) com concentração acima de 62%, o qual possui rápida (< 1 minuto) atividade virucida. Em estudos recentes voltados para o Sars-Cov-2 demonstrou-se que concentrações acima de 30% de etanol já possuem ação virucida significativa. Por ser produto de larga produção regional torna-se opção natural no combate ao Covid-19 no Brasil e de custo-benefício bastante favorável. Por ser altamente inflamável cuidados na utilização do álcool a 70% devem ser observados. O álcool isopropílico a 70% também é efetivo no combate ao Covid-19, mas de custo-benefício menor se comparado ao etílico.
Soluções de hipoclorito de sódio ou clorinada com teor de cloro ativo iguais ou superiores a 0,5% também são eficientes na inativação do vírus. A água sanitária, produto amplamente disponível no mercado e utilizado em larga escala para limpeza doméstica e em estabelecimentos comerciais, é composta, em geral, por hipoclorito de sódio entre 2 e 2,5%. Deve ser observado o prazo de validade, em geral de 6 meses. Uma vez aberto o produto deve ser utilizado dentro de 30 dias. O hipoclorito em concentração de 2,1% inativa o vírus em até 30 segundos. Em concentração de 0,5% pode levar até 10 minutos para se obter a ação virucida ideal. Produtos a base de hipoclorito de sódio também podem ser utilizadas também para a desinfecção de alimentos. (1)
Para a higiene das mãos, as medidas se iniciam com a lavagem das mãos com água e sabão ou detergente por 1 minuto, chamando a atenção para evitar re-contaminação ao fechar a torneira, procedimento este que deve ser realizado com a papel toalha após enxugar as mãos.
Em mãos visivelmente limpas, mas potencialmente contaminadas, a descontaminação deve ser feita seguindo os procedimentos de higienização com álcool gel com concentração acima de 60%. Alternativamente, o etanol a 70% em forma de solução aquosa pode ser utilizado de maneira esporádica. O uso repetido e excessivo da álcool a 70% pode causar ressecamento das mãos e comprometer as barreiras da pele. (2)
REFERÊNCIAS
1) OMS: Water, sanitation, hygiene and waste management for the COVID-19 virus. Technical Brief, 3 March 2020)
2) OMS: Leaflet Hand Hygiene When and How, Agosto 2009
A COVID-19 PODE SER TRANSMITIDA PELA ÁGUA OU ESGOTO?
Além da via respirátoria, existe evidência de fragmentos de RNA, mas não de vírus viável, do coronavírus em amostras de fezes de paciente infectados, indicando a possibilidade de contaminação de esgotos e mananciais.(1-3)
Em condições laboratoriais, vírus da da mesma família do Covid-19 (Coronaviridae), utilizados como modelos para comportamento do coronavírus, foram testados quanto às suas virulências em água de manancial e em condições similares às de esgoto, onde permaneceram viáveis por até 13 e 7 dias, respectivamente, a 25oC.
A temperatura da água se revelou fator determinante na manutenção da virulência do vírus. A 4 C não se observou redução da virulência até o término do experimento. Análises de regressão estimaram que a 4 C levaria até 139 dias para redução de virulência em condições de esgoto.(4)
Entre processos sabidamente efetivos na filtragem de vírus em águas contaminadas, o mais simples consiste em ferver a água, comprovadamente efetivo para eliminação de vários tipos de vírus.
Ressalta-se também a importância de se manter um sistema hidraúlico adequado e medidas simples para evitar disseminação de aerossóis e partículas contaminadas no ar, entre estas fechar a tampa da bacia sanitária antes da descarga. (WHO/FWC/WSH/15.02: Boil Water. Technical Brief; WHO)
REFERÊNCIAS
1. He ZP, Dong QM, Song SJ, He L, Zhuang H. [Detection for severe acute respiratory syndrome (SARS) coronavirus RNA in stool of SARS patients]. Zhonghua yu fang yi xue za zhi [Chinese journal of preventive medicine]. 2004;38(2):90-1. Epub 2004/04/06.
2. Liu W, Tang F, Fontanet A, Zhan L, Zhao QM, Zhang PH, et al. Long-term SARS coronavirus excretion from patient cohort, China. Emerging infectious diseases. 2004;10(10):1841-3. Epub 2004/10/27.
3. Wang XW, Li JS, Guo TK, Zhen B, Kong QX, Yi B, et al. Excretion and detection of SARS coronavirus and its nucleic acid from digestive system. World journal of gastroenterology. 2005;11(28):4390-5. Epub 2005/07/23.
4. Casanova L, Rutala WA, Weber DJ, Sobsey MD. Survival of surrogate coronaviruses in water. Water research. 2009;43(7):1893-8. Epub 2009/02/28.