A obra de arte que fica exposta ao ar adquire, com o decorrer do tempo, uma camada de sujeira sobre si, o que pode causar manchas e escurecimento. Quando verificamos que a obra está escurecida ou opaca devido à exposição, mesmo que mínima, é necessário que seja feita a higienização. Para limpar, é necessário saber qual período aquela obra foi produzida para assim utilizar-se um material de limpeza adequado que não a prejudique. Na sala de manutenção do AMARP fazemos apenas processos de higienização mecânica com pincel seco, swab e bisturi, e química com água deionizada e álcool 96°.
A remoção de versos de papel Craft que eventualmente vem aderido à moldura também se faz necessário, visto que o mesmo é prejudicial por atrair traças. O mesmo é removido com uma solução de CMC (carboximetilcelulose) e água.
No ano de 2023, a Unidade de Artes Visuais contratou a Marlise Eberle para realização da higienização das obras de Arte do acervo. A higienização mecânica é um aspecto vital na conservação de obras de arte, pois ajuda a preservar sua integridade física ao longo do tempo. Ao remover poeira, sujeira e resíduos acumulados, a higienização mecânica não apenas melhora a estética da obra, mas também previne danos causados por agentes externos. Particularmente em obras expostas em museus ou galerias, a acumulação de poeira pode ser prejudicial, causando descoloração, corrosão ou até mesmo danos estruturais. A higienização mecânica, realizada com técnicas cuidadosas e materiais adequados, é essencial para proteger a integridade das peças artísticas.
Além disso, a remoção regular de sujeira e poeira pode contribuir para a saúde dos espectadores, evitando a disseminação de alérgenos e partículas nocivas no ambiente. Portanto, investir na higienização mecânica é fundamental não apenas para a preservação das obras de arte, mas também para a promoção de um ambiente seguro e saudável para apreciação cultural.
Curiosidade: CMC é um espessante alimentício para doces!