A Terapia Familiar baseia-se no princípio de que os indivíduos e os seus problemas são melhor entendidos em contexto relacional. A vida diária, as diferentes fases do ciclo de vida e as dificuldades que se encenam em contexto familiar, representam um importante desafio para a manutenção da qualidade de relação entre os vários elementos do sistema familiar.
A intervenção sistémica pretende proporcionar à família um espaço de crescimento autónomo, de cada um dos elementos da família seja possível em simultâneo com o crescimento emocional da família. Muitas vezes um sintoma, que aparentemente pertence a um indivíduo (ex: criança ou uma adolescente) pode representar dificuldades na família.
É uma apoio que pode envolver toda a família nuclear (que vivem na mesma casa), e também à família alargada (avós, tios) desde que se justifique e se considere pertinente. Neste tipo de terapia, a família é entendida nas suas diferentes configurações: casais sem filhos, casais com filhos biológicos ou adoptados, famílias monoparentais, famílias reconstituídas, famílias homossexuais, entre outras.
A Terapia Familiar serve, essencialmente, para mostrar aos elementos da família a competência de cada um e as competências que a família, como um todo, tem e consegue adquirir, promovendo uma mudança desejada por todos, saindo do impasse e do conflito para uma nova reorganização e dinâmica que vai permitir a adaptação à situação ou fase do ciclo familiar que estão a viver.
Alguns exemplos dos problemas identificados pelas famílias que os trazem à Terapia:
A Terapia de Casal tem por objectivo ajudar os casais que estão a atravessar uma fase mais difícil da relação, a qual interfere na dinâmica conjugal, assim como é indicada para casais que têm a expectativa de mudança, reconhecem essa necessidade e estão motivados para se comprometerem com um trabalho terapêutico. Não são apenas os casais que estão perto da separação e divórcio que nos procuram, pois, cada vez mais, novos casais, até ainda em fase de início de relação, procuram ajuda terapêutica na perspectiva de investirem na relação e no bem-estar do casal.
As crises e dificuldades podem surgir no desenvolvimento da relação de intimidade do casal e nas diferentes fases do ciclo de vida ex.: (ex: nascimento do primeiro filho, gerir as rotinas, a saída dos filhos de casa), bem como em situações que se colocam no dia-a-dia de qualquer casal, podem levar à perda do seu bem-estar emocional e cumplicidade, afectando a dinâmica do par, tornando-a disfuncional e desgastante.
Nestas sessões, são trabalhados conjuntamente, com os dois membros do casal, os problemas apresentados e cabe ao terapeuta directamente observar a forma como cada um se sente em relação à crise e assim intervir, com ambos os parceiros, potenciando as competências e recurso do sistema uma mudança positiva, que muitas vezes implica, transformar o estilo da comunicação num estilo mais construtivo e respeitador da opinião de cada um.
Como principais desafios aos casais, surgem os seguintes problemas:
“um e um são três” (Philippe Caillé)
As consultas de Aconselhamento Parental têm por objectivo esclarecer e orientar os pais nos desafios que vão surgindo ao longo do crescimento, nas várias fases de desenvolvimento dos filhos e no próprio ciclo de vida familiar.
A parentalidade acarreta inúmeros desafios, as crianças e jovens não são iguais e não há receitas, porém, há estratégias que podem facilitar o processo educativo dos filhos. As competências podem ser apreendidas e melhoradas, através de um trabalho conjunto com os pais, de reflexão, discussão, partilha e de suporte.
Estas consultas destinam-se a pais e/ou responsáveis legais das crianças e adolescentes, que pretendam adquirir estratégias e ferramentas para exercer as suas competências parentais de forma mais eficaz, significativa e harmoniosa. Os pais muitas vezes conseguem identificar as dificuldades, mas não conseguem intervir, lidar com determinados comportamentos e precisam orientação.
Estas são algumas das dificuldades trazem pais e mães à consulta:
O objectivo principal desta consulta é de providenciar um espaço de suporte emocional, que permita a partilha dos sentimentos e medos inerentes a esta mudança nas suas vidas. O processo de divórcio implica uma reorganização e redefinição da dinâmica familiar e é habitualmente um período de grande stresse para todos os elementos do sistema familiar.
É uma nova fase da sua vida, na qual vão ser confrontados com a necessidade de tomarem um grande número de decisões importantes que os afectarão a eles e aos seus filhos.
É frequente quando o casal tem filhos surgirem conflitos face a este processo e nem sempre é fácil separar o casal parental, do casal conjugal e as crianças ficam muitas vezes emaranhadas nestes conflitos.
A criança vê-se privada de um contacto regular com ambos os pais, o que se revela extremamente danoso em termos de vínculo estabelecido com cada um deles e carece muitas vezes de intervenção. No entanto, o ajustamento da criança ao processo de separação ou divórcio dos pais depende, acima de tudo, da forma como os pais lidam com todo o processo.
Alguns factores podem contribuir para a adaptação da criança ao divórcio, entre eles:
Pretende-se nesta Consulta promover um ajustamento ao processo emocional do divórcio, nas suas diferentes fases (por ex.: a desilusão, negação, a desvinculação, ou seja a separação emocional, física, o luto e a readaptação) e adequado relacionamento dos pais com os filhos.