Olá, estudante! Uma vez que, na lição 11, estudamos a Internet, nada melhor do que, agora, conhecermos um pouco uma das opções que as pessoas mais acessam: compras por meio eletrônico.
Você já fez muitas compras pela Internet? Conhece alguém que já fez compras em algum site? Conhece alguém que já vendeu algo pela Internet?
Atualmente, há de tudo para comprar pela Internet. É possível encontrar roupas, sapatos, eletrônicos, alimentos e uma infinidade de coisas! São muitas as possibilidades e os sites que facilitam a realização das transações. Essa área se chama e-commerce ou comércio eletrônico. Vamos entender um pouco a história dele e como ele funciona?
Durante muito tempo, o que mais dificultava o crescimento do comércio eletrônico era a desconfiança das pessoas em ceder as próprias informações pessoais e financeiras (como o número de cartão de crédito). No entanto, com o passar do tempo, as pessoas começaram a ter boas experiências em relação a isso e esse medo foi sendo perdido.
Todavia, existia, ainda, outra pedra no caminho: o processo de logística. Sim, entre a venda pela Internet, a separação do pedido, o encaminhamento para entrega e a entrega efetiva há um árduo e tortuoso caminho.
Você se recorda do período entre 2020 e 2021, que foi a época mais difícil da pandemia? Você se recorda do que ocorreu com os preços do frete? Se não se recorda, contarei o que aconteceu. Muitas pessoas não iam até os estabelecimentos para comprar. Portanto, a saída era pedir para entregar o produto necessário. Entretanto, eram muitas as pessoas que estavam optando por essa mesma forma de comprar. Com isso, o preço dos fretes aumentou muito e muitos ainda não voltaram ao que era antes.
Diante disso, não basta apenas pensar no negócio enquanto um sistema que funciona e é capaz de realizar uma boa experiência para o usuário. É preciso pensar em sistematizar, controlar e determinar as informações de forma bastante organizada.
Esse desafio é tão grande que, se você analisar, deu origem a muitas empresas de logística em nosso país. Outras grandes empresas da área de comércio eletrônico acabaram por ter a própria logística, assim como é o caso do Mercado Livre.
Desse modo, os sistemas de comércio eletrônico atuais não lidam somente com a compra e a venda, mas precisam estar prontos para cuidar da logística de forma integrada, receber o pagamento pelos mais variados sistemas, como o pix, e, ainda, gerar informações para as tomadas de decisões de acordo com o comportamento de cada usuário. Um grande desafio, não é?
A Amazon iniciou as operações por meio da venda de livros. Isso foi uma revolução! Quem já foi a uma livraria sabe da dificuldade de encontrar o livro que deseja! A Amazon fez com que muitas livrarias simplesmente deixassem de existir, pois o fato de entregar um livro em casa sem nenhum problema e facilitar a busca de títulos foi algo muito inovador para a época.
Contudo, a Amazon não se contentou apenas com livros. Ela começou a pensar em como melhorar a experiência dos usuários do site. Foi justamente por pensar nesse problema que foi desenvolvida uma opção que garantiu a sobrevivência da empresa por muito tempo: compre com 1-click. Já ouviu alguém falar dessa opção?
A Amazon foi a primeira a desenvolver essa ideia, com o intuito de facilitar o uso do próprio site para os usuários. Cada usuário, agora, teria a opção de habilitar os dados do cartão para que permaneçam armazenados, bem como o endereço de entrega. Dessa maneira, com apenas um clique, o usuário, agora, poderia fazer totalmente uma compra.
O número de cliques é um dos aspectos de qualidade de um software mais requerido. Toda informação que você precisa fornecer muitos cliques para acessar é sinônimo de um sistema que não foi pensado para o usuário. É muito provável que, ao encontrar um sistema com menos cliques, o usuário troque para este.
A invenção da Amazon foi usada por muitas empresas e, obviamente, todas tiveram que pagar royalties para a dona da patente. Você pode ler mais sobre isso em: https://forbes.com.br/outros_destaques/2017/01/amazon-perdera-patente-1-click-em-2017/.
Entendeu como o comércio eletrônico tem muitas possibilidades?
Laudon e Laudon (2007) explicam que o comércio eletrônico, ou e-commerce, refere-se ao uso da Internet e da web para realizar negócios. Isso inclui as transações comerciais digitais realizadas entre pessoas e empresas.
O crescimento do comércio eletrônico foi muito rápido em razão da facilidade que ele proporciona às pessoas no que se refere ao encontro de informações, à realização das transações e à disponibilização das informações.
Na verdade, o comércio eletrônico possibilitou que empresas e produtos que, antes, não conseguiam estar além das fronteiras da cidade em que atuavam pudessem ser comercializados e negociados em qualquer parte do mundo de maneira simples e fácil.
Laudon e Laudon (2007) apresentam oito características que pertencem apenas ao comércio eletrônico:
Ubiquidade: a tecnologia da Internet/web está disponível em toda parte e a qualquer momento.
Alcance global: a tecnologia não tem barreiras geográficas e até mesmo comerciais, ou seja, abrange todo o planeta.
Padrões universais: por ter um padrão, a Internet torna fácil a utilização e a entrada de novos negócios.
Riqueza: há a possibilidade de uso de diversos formatos de maneira ágil e fácil, como mensagens, vídeos e imagens.
Interatividade: funcionamento por meio da interação com os usuários e da produção da opinião deles.
Densidade da informação: redução dos custos da informação por intermédio da tecnologia e da melhoria qualitativa dela.
Personalização/customização: a tecnologia permite que mensagens personalizadas sejam entregues tanto a indivíduos quanto a grupos.
Tecnologia social: geração de conteúdos criados por usuários e redes sociais.
O comércio eletrônico tem algumas categorias, de acordo com Laudon e Laudon (2007):
B2C - comércio eletrônico empresa-consumidor: venda de produtos e serviços no varejo diretamente a compradores individuais (pessoas). Podemos citar alguns exemplos, como Amazon, Submarino, Mercado Livre, Shoptime etc.
B2B - comércio eletrônico empresa-empresa: venda de bens e serviços entre empresas. Podemos citar como exemplos: Mercado Livre, Flexy, SalesForce, Oracle etc.
C2C - comércio eletrônico consumidor-consumidor: venda eletrônica de bens e serviços por consumidores diretamente a outros consumidores. O próprio Mercado Livre, mais uma vez, encaixa-se aqui, bem como e-Bay.
Além disso, há outra maneira de classificar o comércio eletrônico de acordo com a conexão física entre o participante e a web. Isso se deu em vista das conexões sem fio para equipamentos portáteis. Assim, temos o mobile commerce ou comércio móvel (m-commerce).
Laudon e Laudon (2007) apresentam, ainda, os modelos de negócios na Internet:
Loja virtual: vender produtos diretamente a pessoas ou a empresas individualmente.
Corretora de transações: a ideia é juntar as informações para diminuir o tempo e o dinheiro de quem procura um determinado produto ou serviço, o que gera uma comissão a cada transação.
Criadores de mercado: elabora uma plataforma que é capaz de receber eventos on-line, como leilão ou negócios.
Provedor de conteúdo: gera conteúdo digital e receita a partir da quantidade de pessoas que acessa ou interage com o que está postado.
Provedor de comunidade virtual: local de reunião on-line em que pessoas de interesse similar se reúnem.
Portal: ponto de entrada na web para que, a partir dele, possam existir conexões a outros serviços ou sites.
Provedor de serviços: compartilhamento de fotos, vídeos e músicas produzidas pelos usuários.
Ao analisar os modelos expostos, você consegue fornecer, pelo menos, um exemplo para cada um deles? Vou fazer uma brincadeira: colocarei os nomes em uma coluna e você deve tentar perceber qual é o modelo de negócio. Tudo bem?
Como ficou? Vamos ver o gabarito para descobrir quantos você acertou? Aqueles que estão com a mesma cor representam o modelo de negócio e o exemplo correto.
O comércio eletrônico revolucionou o mundo e se tornou a base da economia de muitas empresas e pessoas. Ele ultrapassou barreiras e, à medida que as tecnologias avançam, é possível incluir ainda mais pessoas e/ou usuários que facilmente conseguirão manter e elaborar a própria loja virtual. O comércio eletrônico é uma das tecnologias de maior impacto no mundo!
Você já teve a experiência de vender e/ou comprar pela Internet? Ambas as experiências são bastante válidas e têm um bom espaço para inovação ainda hoje.
São muitas as experiências atuais de marketplace. Você conhece algum desses sites? Se você já acessou americanas.com, casasbahia.com ou magalu.com, você acessou um marketplace!
Todavia, você sabe o que é um site de marketplace? Vou te explicar! Com o passar do tempo, grande parte das pessoas passaram a preferir comprar em sites conhecidos ou famosos por trazerem uma maior segurança na compra. Por conseguinte, tornou-se complicado para os novos negócios fazerem comércio pela Internet, afinal, entre comprar em um site conhecido e comprar em site desconhecido, qual você escolheria?
Assim, para auxiliar nesse problema, os grandes sites passaram a abrir as portas para que outras empresas vendessem pela Internet por meio do site deles. Por intermédio de uma cobrança na porcentagem das vendas, esses grandes sites passam a permitir as vendas por meio do próprio endereço eletrônico. Foi uma ótima saída, não é mesmo?
LAUDON, K. C.; LAUDON, J. P. Sistemas de Informações Gerenciais. 7. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.