Palestrantes

Dr. William Balée

É professor de antropologia e estudos ambientais na Universidade de Tulane em Nova Orleães, Luisiana. Graduado em antropologia pela Universidade da Flórida (1975), em Gainesville, obteve o título de mestre (1979) e doutor (1980) em antropologia pela Universidade Columbia, em Nova Iorque, com suas pesquisas direcionadas para a teoria antropológica e a etnologia indígena brasileira entre os Urubu-Kaapor. Após a obtenção do título de doutor, Balée continuou seus trabalhos entre os Urubu-Kaapor, através do Jardim Botânico de Nova Iorque, entre 1984 e 1988, coletando plantas para um projeto de etnobotânica financiada pela Noble Grant. Posteriormente, entre 1988 e 1991, seus trabalhos etnobotânicos prosseguiram através do Museu Paraense Emílio Goeldi. Com esses dois últimos projetos, ele obteve o título de Pós-Doutor. Além dos Urubu-Kaapor, Balée prossegue com seus trabalhos na amazônia brasileira e boliviana, entre outros grupos indígenas como o os Tembés, Asurini do Xingu e Araweté, no Pará, os Guajás no Maranhão e os Sirionó na Bolívia, todos falantes da família linguística Tupi-Guarani. No entanto, seus trabalhos tiveram um grande impacto dentro dos estudos da Ecologia histórica, o qual ele pode contribuir com os aspectos teóricos e dados relativos à adaptação dos ameríndios na Amazônia.

Página Institucional: https://liberalarts.tulane.edu/departments/anthropology/people/william-balee

Dr. Jose Augusto Pádua

Possui graduação em História pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1983), mestrado em Ciência Política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro - IUPERJ (1985), doutorado em Ciência Política pelo IUPERJ (1997) e pós-doutorado em História pela University of Oxford (2007). Atualmente é professor associado do Instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde é um dos coordenadores do Laboratório de História e Natureza. Foi presidente, de 2010 a 2015, da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Ambiente e Sociedade (ANPPAS). É fellow do Rachel Carson Center for Environment and Society (Ludwig-Maximilians-Universitat, Munique) e foi membro, entre 2013 e 2015, do Conselho Diretor do International Consortium of Environmental History Organizations. Fez parte do colégio de consultores na criação do Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, do qual é membro do Comitê Científico. É membro do conselho editorial dos periódicos Ambiente e Sociedade, Environment and History, Ecologia Política, Global Environment, História, Ciências, Saúde-Manguinhos, Oecology: International Review of Environmental History e Revista de História Regional. Como especialista em história ambiental e política ambiental, deu cursos, proferiu conferências e participou de trabalhos de campo em mais de 40 países. Tem experiência na área de História, com ênfase em História Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: história do Brasil, história territorial, história regional, história das florestas e agroecossistemas, história da ciência, história das idéias sobre a natureza, história das políticas ambientais e políticas de desenvolvimento sustentável.

Lattes: http://lattes.cnpq.br/1619560388482953

Dr. ‪Décio de Alencar Guzmán

Fez Doutorado em Histoire na Université de Paris-Sorbonne (França). Fez Mestrado (DEA) em Histoire et Civilisations na École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris (França) e em História Social do Trabalho pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP, São Paulo). Possui graduação e especialização em História pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Foi Bolsista da École Française de Rome (Roma, Itália). Foi Bolsista da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses (Lisboa, Portugal). Desenvolveu Projetos de Assessoria Técnica para o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional-IPHAN (Brasil). Prestou serviços de Assessoria e Consultoria Técnica a Projetos Científicos e Editoriais do Museu Paraense Emílio Goeldi (Brasil). Desenvolve Projeto de Pesquisa Interinstitucional UFPA-Museu Paraense Emilio Goeldi. É associado titular e foi Diretor do Arquivo do Instituto Histórico e Geográfico do Pará (Belém, Brasil). Prestou consultoria para o documentário: "Mora na filosofia" (58 min.; direção Júnior Braga; Tv Cultura Pará) sobre o filósofo e crítico literário Benedito Nunes. Atualmente é professor Adjunto da Faculdade de História e do Programa de Pós-Graduação em História Social da Amazônia da Universidade Federal do Pará. É membro do Grupo de Pesquisa HINDIA (História Indígena e do Indigenismo na Amazônia) do CNPq. Tem experiência na área de História com ênfase em História do Brasil Colônia, História da América Colonial, História Indígena e do Indigenismo e História da Amazônia. Publicou o livro "Holandeses na Amazônia (1620-1650): documentos inéditos" (Imprensa Oficial do Estado do Pará, 2016), além de outros livros, capítulos de livros e artigos no Brasil, Estados Unidos, Europa e vários países da América Latina.

Lattes: http://lattes.cnpq.br/0656841754619406

Dr. André Pinassi Antunes

Ecólogo de fauna, interessado em associar ciência e extensão como forma de melhorar a efetividade nas práticas conservacionistas e socioambientais. Meus esforços são direcionados em subsidiar planejamento e implementação da conservação nas paisagens, combinando ferramentas científicas e conhecimento tradicional. Possui Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2003), Mestrado em Zoologia pela mesma universidade (2007) e Doutorado em Ecologia pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia INPA (2015). Minhas pesquisas focam principalmente Ecologia, Conservação, Monitoramento, Manejo e Uso de Fauna em Unidades de Conservação e Terras Indígenas da Amazônia. Atualmente sou bolsista CNPq pelo INPA e dos mobilizadores da Rede de Pesquisa em Diversidade, Conservação e Uso da Fauna da Amazônia (REDEFAUNA).

Lattes: http://lattes.cnpq.br/8805424373774826

Dr. Rui S. Sereni Murrieta

Professor Doutor do Departamento de Genética e Biologia Evolutiva do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP). Possui graduação em História pela Universidade Federal do Pará (1990), mestrado em Antropologia pela Universidade do Colorado (1994), doutorado em Antropologia pela Universidade do Colorado (2000) e pós-doutorados pelas Universidades de São Paulo (2003) e de Indiana (2011). Desenvolve pesquisa no campo da Antropologia, com ênfase na Antropologia Ecológica e Nutricional de populações ribeirinhas da Amazônia e Quilombolas do Sudeste Brasileiro. Nos últimos anos, vem desenvolvendo pesquisas de colaboração binacional sobre a Ecologia Histórica do Vale de Lambayeque, na costa norte peruana.

Lattes: http://lattes.cnpq.br/2176873831720074

Dra. Regina Horta Duarte

Possui graduação em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (1985), mestrado e doutorado em História pela Universidade Estadual de Campinas (1988 e 1993, respectivamente). Atuou como professora titular-livre da Universidade Federal de Minas Gerais, e hoje é professora permanente do Programa de Pós-Graduação em História na UFMG. Tem experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil República, história e natureza, história da biologia na Primeira República, história dos animais. Integrou a diretoria da Associação Nacional de História (gestão ago 2007-jul 2009, ANPUH nacional), na qual atuou como editora chefe da Revista Brasileira de História. Em 2008, ocupou vaga de Professora Residente no Instituto de Estudos Avançados Transdiscipllinares da UFMG. Participou da fundação da Sociedade Latino Americana Y Caribeña de História Ambiental (SOLCHA), e foi eleita para a primeira Junta Diretiva, gestão 2006-2010, entidade à qual pertence como membro efetivo. Permaneceu na Junta Diretiva dessa entidade como editora-chefe da revista História Ambiental Latinoamericana Y Caribeña (HALAC), entre 2011 e 2014. Em abril de 2013, atuou como Visiting Reseach Professor na University of Texas at Austin. Foi Editora Chefe da revista Varia História entre janeiro de 2015 e dezembro de 2017. Atualmente pesquisa os zoológicos na América Latina no século XX, e produz o canal Youtube As 4 Estações, dedicado à divulgação da História Ambiental para o público amplo. www.youtube.com/c/AsQuatroEstações

Lattes: http://lattes.cnpq.br/7391586173187833

Dr. Glenn Harvey Shepard Jr

É bolsista de produtividade do CNPq, atua nas áreas de etnologia indígena, etnoecologia, ecologia histórica, antropologia médica, gestão participativo de recursos naturais e antropologia visual. Tem ampla experiência em trabalhos em etnobiologia, etnoecologia e antropologia médica com diversos povos tradicionais da Amazônia e outras regiões (Shepard 2002; Shepard 2006; Shepard et al. 2008; Freitas et al. 2015; Pardo et al. 2016). Realizou trabalhos pioneiros na aplicação de classificações indígenas de paisagens florestais à interpretação de imagens de satélite na Amazônia (Shepard et al. 2001; Shepard et al. 2004; Abraão et al. 2007; Abraão et al.2008; Abraão et al. 2010). Mantém colaborações com arqueólogos e geneticistas em estudos interdisciplinares de alto impacto sobre a história da domesticação de paisagens na Amazônia (Shepard & Ramirez 2011; Junqueira et al. 2011; Lins et al. 2015). Tem uma produção significante em estudos sobre as práticas tradicionais de caça, os impactos do abate na fauna silvestre e o manejo participativo da caça na Amazônia (Shepard 2002; Ohl et al. 2007; Levi et al. 2011; Shepard et al. 2012; Shepard 2015; Vieira et al. 2015; Antunes et al. 2016; Vieira et al. 2017; Pimenta et al 2018; Antunes et al. 2019). Desenvolveu o conceito de ecologia sensorial como abordagem biocultural para entender as complexas relações dos povos tradicionais com o meio ambiente mediadas pelos sentidos como sabor, tato, olfato etc. (Shepard 2002, 2004, 2005, 2016; Daly & Shepard 2019). Participou entre 2009 e 2018 do Painel de Assesoria Independente South Peru Panel que avalia os impactos sociais, econômicos e ambientais do desenvolvimento no entorno do gasoduto na região de Camisea na Amazônia peruana (Castro et al. 2010; Castro et al. 2012; Shepard 2014; Castro et al. 2015). Participa ativamente em debates sobre a proteção dos direitos dos povos indígenas isolados e em processo de contato inicial (Shepard 2016; Milanez & Shepard 2016; Shepard 2017). Seu trabalho vem sendo divulgado em importantes fontes de mídia internacional, tanto cientificas quanto populares, como por exemplo Nature (1998, 1999, 2009), Science (2003), Revista Fapesp (2012), National Geographic (2016), The New Yorker (2016), Financial Times (2019) e The New York Review of Books (2013, 2015). Além da sua produção cientifica, tem uma longa trajetória de envolvimento na antropologia visual, incluindo a produção de filmes documentários etnográficos para televisão e a capacitação de povos indígenas na produção audiovisual. Desde 2011 mantém um blog de divulgação cientifica, Notes from the Ethnoground (ethnoground.blogspot.com).

Lattes: http://lattes.cnpq.br/6374563794926122

Dr. Eduardo Góes Neves

Graduado em História pela Universidade de São Paulo, Mestre e Doutor em Arqueologia pela Universidade de Indiana e Livre-Docente pela Universidade de São Paulo. Professor Titular de Arqueologia Brasileira do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo, onde é vice-diretor. Bolsista de produtividade do CNPq desde 2003. Pesquisador do Centro de Estudos Ameríndios (CESTA) da USP e coordenador do Laboratório de Arqueologia dos Trópicos do Museu de Arqueologia e Etnologia. Professor do Programa de Mestrado em Arqueologia do Neótropico da Escola Superior Politécnica do Litoral (ESPOL), Guayaquil, Equador e do Programa de Pós-Graduação em Diversidade Sociocultural do Museu Paraense Emilio Goeldi, Belém. Professor Visitante nas Universidades Harvard (Professor Visitante Senior CAPES-Harvard), do Centro da Província de Buenos Aires (Olavarría), do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio Janeiro, Museu Nacional de História Natural de Paris e da Pontifícia Universidade Católica do Peru, Lima. Tem 60 supervisões concluídas, incluindo 28 dissertações de mestrado e 16 teses de doutorado. Orienta atualmente 10 doutorados e 1 mestrado. Tem cerca de 120 publicações, entre livros, artigos, capítulos de livro e textos de divulgação. É coordenador do grupo de pesquisa "Ecologia Histórica dos Neotrópicos", do CNPq. Elaborou o programa do Curso Superior de Tecnologia em Arqueologia da Universidade do Estado do Amazonas. Coordenou o Programa de Pós-Graduação em Arqueologia do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (2014-2016). Presidiu a Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB) entre 2009 e 2011 e compôs a diretoria da Sociedade de Arqueologia Americana (SAA) entre 2011 e 2014. Foi coordenador adjunto da área de Antropologia/Arqueologia da CAPES entre 2011 e 2014 e membro do Conselho Assessor da Fundação Wenner-Gren de Pesquisas Antropológicas, de Nova Iorque, entre 2011 e 2015. Ganhador do Prêmio de Pesquisa pelo Shanghai Archaeological Forum em 2019.

Lattes: http://lattes.cnpq.br/5240677783760196

Dr. Nelson Rodrigues Sanjad

Doutor em História das Ciências e da Saúde pela Fundação Oswaldo Cruz, Brasil (2005), com pós-doutorado no Naturhistorisches Museum der Burgergemeinde Bern, Suíça (2013-2014). Pesquisador do Museu Goeldi, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil. Professor do Programa de Pós-Graduação em História Social da Universidade Federal do Pará. Líder do Grupo de Pesquisa em História da Ciência da Amazônia. Membro da Sociedade Brasileira de História da Ciência (SBHC) e do Comitê Internacional de Museus e Coleções de Museus de História Natural (ICOM NATHIST) do Conselho Internacional de Museus. Principais tópicos de pesquisa: ciência e sociedade; história das instituições científicas; museus de história natural e jardins botânicos; coleções científicas e patrimônio; ciência, natureza e território; viajantes e expedições científicas; ciência e o público; exposições de ciência e tecnologia.

Lattes: http://lattes.cnpq.br/9110037947248805

Dr. Helbert Medeiros Prado

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2003), mestrado (2008) e doutorado (2012) em Ecologia pela Universidade de São Paulo, com um pós-doutoramento na mesma instituição (2016). Atualmente é Pesquisador Visitante junto ao Departamento de Ciências Ambientais da Universidade Federal de São Carlos (Sorocaba) (Jovem Pesquisador FAPESP), e parte do corpo docente do Programa de Pós-Graduação em Sustentabilidade na Gestão Ambiental (UFSCar-Sorocaba). Tem experiência nas áreas de Ecologia Humana, Antropologia Ambiental, Etnoecologia e Ecologia de Fauna. Atua principalmente em estudos ecológicos e etnoecológicos no contexto de populações indígenas, ribeirinhas e quilombolas, na Amazônia e na Mata Atlântica. Tem investigado sobretudo a interface entre os regimes locais e científico de conhecimento da natureza, bem como suas implicações para o campo das Ciências Ambientais. Coordena o Núcleo de Estudos em Etnoecologia, Ecologia Humana e Antropologia Ambiental (NEPAL) na UFSCar-Sorocaba.

Lattes: http://lattes.cnpq.br/7266995448306223