SEXTA-FEIRA, 18 DE NOVEMBRO DE 2022
19h30 – 23h: Círculos de Cultura
Círculo de Cultura 01 – Intolerância Religiosa
Coordenadores/as: Tatiana da Silva Gonçalves (G-UTFPR)
Hilário Bispo de Jesus Filho (Ativista do Movimento Negro)
Claudinea Goncalves da Rocha (Professora)
O presente círculo de cultura servirá como espaço para discussões e reflexões a respeito dos aspectos em derredor dos caminhos percorridos pelas religiões de matrizes africanas, assim como as perseguições e o papel da branquitude nesse quadro de intolerância registrado com frequência em solo brasileiro. Ademais, buscaremos contemplar em nossas discussões o modo como a epistemologia negra encontra respaldo para se configurar enquanto uma possibilidade de desconstrução do racismo religioso na contemporaneidade.
Círculo de Cultura 02 – Masculinidades Negras
Coordenadores/as: Kevin Silva Santos Conceição (Unespar)
Jefferson Gustavo dos Santos Campos (UNIR)
Patrick Aparecido Trento (Unespar)
O movimento feminista negro trouxe importantes reflexões acerca da intersecção entre gênero, raça e diversos outros fatores sociais. A partir dessas reflexões, e da necessidade de pensarmos sobre os impactos da intersecção desses marcadores sobre corpos masculin(izad)os, nosso círculo de cultura se propõe a analisar e discutir sobre masculinidades negras. Ao compreendermos que a intersecção entre gênero, raça e diversos outros marcadores geram impactos sociais completamente variados e, no caso de masculinidades, pouco analisados, pensamos que tal discussão é de suma importância para elucidar as diversas formas de violências sofridas por corpos negros mascul(iza)dos.
Círculo de Cultura 03 – Saúde Mental da População Negra
Coordenadores/as: Jean Pablo Guimarães Rossi (Unespar)
Thaíse Fernanda de Lima Mares (Unioeste)
Sirlene de França de Souza (Psicóloga)
A população negra é historicamente marcada pelos ecos do colonialismo, assim como pelos efeitos de uma ideologia eugenista e manicomial que construiu ideários sociais que difundiu estereótipos acerca da inferioridade de negros/as/es. Tal fato, reverberou na ‘manicomialização’ compulsória da negritude e a loucura/periculosidade/criminalidade. Considerando que a população negra é a mais afetada pela dinâmica genocida que está em curso no Brasil, nosso círculo de cultura tenciona trazer à baila discussões acerca desses marcadores que influem diretamente na saúde mental destes/as sujeitos/as, provocando luto, medo, ansiedade, interferindo na autoestima e ademais efeitos psicossociais.
Círculo de Cultura 04– Línguas e Músicas: vozes de resistências para existir e reexistir a cultura africana
Coordenadores/as: Cyntia Simioni França (Unespar)
Pedro Kicani Sihilusangamo (PG-Unespar)
Inácio Márcio de Jesus Fernando Jaquete (PG-Unespar)
O sistema colonial movido pelo interesse de ocupação, dominação e exploração procurou homogeneizar as diferentes sociedades em função da cultura europeia. Para justificar este interesse hierarquizou a sociedade com base em critérios raciais, sendo a raça Negra considerada inferior, desprezível e desprovida de referências culturais e identidades próprias, enquanto que a raça branca seria a “única” civilizada e encarregada de civilizar as outras. Conscientes da sua riqueza e diversidade cultural, os africanos têm vindo a resistir a essa homogeneização cultural de diferentes formas, a partir das artes, das músicas, das línguas, das gastronomias, das literaturas e entre várias outras formas. Neste sentido, neste Círculo de cultura procuramos refletir sobre a seguinte questão: Como os africanos têm resistido à homogeneização cultural por meio da Música “Kuduro” e das línguas de maternas? Para problematizar essa questão, buscamos como objetivo principal compartilhar as experiências de resistências dos angolanos por meio da música “Kuduro”, pois este estilo musical constitui para os mesmos uma referência cultural e ao mesmo tempo símbolo de resistência e meio de valorização da cultura angolana. E do mesmo modo, pretendemos compartilhar as experiências de resistência dos moçambicanos à homogeneização linguística, a partir das línguas locais faladas em diferentes contextos e extratos sociais da vida cotidiana. Portanto, entendemos que esse espaço de discussão nos proporciona possibilidades e oportunidades para refletirmos sobre a necessidade urgente de pensar as culturas africanas por dentro e entender as diferentes culturas, respeitando as suas diferenças e suas singularidades com a intenção de resistimos à dominação cultural e ao apagamento das referências culturais, tidas como não modernas e globais.
Local: Google Meet
O link para acesso será disponibilizado em breve.