Palestras

Educação Financeira numa perspectiva crítica: reflexões no âmbito da Educação Matemática - Palestra de abertura

Lucas Carato Mazzi 

A Educação Financeira tem ganhado destaque desde o início do século XXI, a partir de discussões da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Essa temática chega até o Brasil por meio da Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF) e, mais recentemente, invade os currículos através da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Tendo em vista esse contexto, nesta palestra, serão apresentadas visões de Educação Financeira promovidas em diferentes âmbitos, com foco nas compreensões que vem sendo elaboradas no âmbito da Educação Matemática. Em diálogo com a Educação Matemática Crítica, pretende-se apresentar a potência que essa temática possui para se problematizar aspectos da sociedade, como desigualdade, justiça social, consumismo, salário mínimo, dentre tantos outros temas. 

É Fake News no ensino da matemática nós “nem sabemos”: o que temos de conhecer para fazer o que ainda não foi feito

Miguel Ribeiro 

Os resultados “longe do esperado” dos alunos já nos informam que estes possuem dificuldades a matemática. Várias dessas dificuldades estão sustentadas no facto de o que fazemos em determinado momento não é, ou deixa de ser, válido em outro. Por outro lado, se no contexto geral as Fake News (“coisas” não verdadeiras que são transmitidas como se o fossem), se têm tornado algo cada vez mais conhecido e discutido na sociedade, essa discussão das “coisas não verdadeiras” tem ficado ausente no ensino e na aprendizagem da matemática. Alguns exemplos dessas “Fake News no ensino da matemática” associam-se ao uso dos recursos – por exemplo, no material dourado o cubo menor sempre representa a unidade; a pizza é o melhor recurso para que os alunos entendam frações –; outros, com a própria matemática – por exemplo, para multiplicar duas quantidades representadas em decimal podemos fazer “sem vírgula” e colocar a vírgula no final; dividir frações é muito mais complexo que dividir naturais; ou quando meço a altura de algo usando uma caneta posso obter como resposta 4 canetas. Nesta comunicação, partindo de um conjunto de trabalhos que temos desenvolvido no CIEspMat, e a partir de exemplos da sala de aula, irei discutir algumas dessas dificuldades dos alunos e, com um conjunto de provocações, discutir como as nossas experiências anteriores enquanto alunos (e professores) nos levam a repassar Fake News no ensino da matemática (sem que sejamos conhecedores que o são, apenas porque foi isso, e foi assim que aprendemos) e a necessidade de fazermos o que ainda não foi feito de modo a possibilitar implementar práticas pedagógicas emocionantes e matematicamente inovadoras que maximizam o entendimento matemático dos alunos.


A Educação Matemática Têm Espaço Para Gêneros e Sexualidades? 

Daniel Bazzoli 

A palestra propõe o diálogo direto com a prática docente, vivências escolares/universitárias e com possíveis entrelaçamentos da (Educação)Matemática com diversos temas dos Estudos de Gêneros e Sexualidade. Serão apresentados alguns tópicos importantes dentro dessa área, assim como resultados de pesquisas e relatos de experiências para discutirmos sobre possibilidades de uma sala de aula de Matemática mais inclusiva. 


O Ensino Médio Paulista em debate - Palestra de encerramento 

O estado de São Paulo foi pioneiro na implementação do NEM (Novo Ensino Médio) e apressou-se no anúncio de uma “reforma da reforma” diante da possibilidade de mudança da Lei 13.415/2017. Vamos discutir esse novo modelo de currículo, seus “remendos” e outras tendências como a plataformização e digitalização nas escolas públicas. 


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