"O Brutalismo"
de Gustavo Camargo (RS)
"O Brutalismo"
de Gustavo Camargo (RS)
"O Brutalismo"
O concreto pesa. Ele se ergue, imóvel, intransponível. Uma geometria fria que não convida, apenas se impõe. Linhas rígidas, sombras que devoram a luz. Quem construiu isso? Para quem?
As figuras gravadas na parede olham para nós, mas não falam. Estão presas no tempo, fundidas ao concreto, esquecidas ou lembradas apenas pelo silêncio. Memórias embutidas na pedra, testemunhas de algo que já não importa.
A passagem vazia, sustentada por colunas repetitivas, sugere um caminho. Mas para onde? Não há ninguém. Só o eco dos passos que um dia estiveram ali. O abandono ou a espera?
Foi esse fascínio que me levou à fotografia: a vontade de capturar esses fragmentos urbanos e transformá-los em algo que vai além da simples documentação. Essas imagens não apenas documentam a materialidade do concreto, mas evocam o peso da história e da memória. O brutalismo, muitas vezes rejeitado por sua frieza, aqui se torna um espelho das emoções humanas: melancolia, opressão, resiliência. Ele se transforma em uma paisagem mental, uma arquitetura da ausência e do silêncio
Gustavo Camargo (RS)
Me chamo Gustavo Camargo, tenho 20 anos e sou um fotógrafo em ascensão. Minha trajetória começou quando ganhei meu primeiro celular, e a fotografia entrou na minha vida como uma ferramenta para entender aquilo que não consigo dizer em palavras. Para mim, ela vai além de um simples registro visual — tornou-se minha linguagem própria, uma forma de tocar o que é abstrato, silencioso e, muitas vezes, invisível.
Desde 2023, estou cursando Tecnólogo em Fotografia na Universidade de Caxias do Sul, onde atualmente estou no quarto semestre. Esse percurso tem me ajudado a explorar temas mais pessoais e experimentais, usando a fotografia como uma ferramenta de questionamento que não entrega respostas fáceis, mas que provoca, inquieta e convida à reflexão.
Para conferir o vídeo do artista, clique aqui.
Instagram: @_gvstavo_c