O evento contará com apresentações na modalidade de Comunicação Oral em Grupos de Trabalho e de Relato de experiências de ensino e de extensão e Relato de Pesquisa.
Consulte as normas de submissão.
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PRORROGADO O PRAZO PARA SUBMISSÃO DE RESUMOS: 19/11/2023
GRUPOS DE TRABALHO
GT 01 - Práticas de educação científica/letramento científico na Educação Básica
Coordenadoras: Dra. Maria Augusta Reinaldo (UFCG), Dra. Roziane Marinho Ribeiro (UFCG) e Dra. Maria de Fátima Alves (UFCG)
Ementa: Este Grupo de Trabalho tem o objetivo geral de discutir conceitos e práticas de educação científica e letramento científico, resultantes de pesquisas ou experiências didáticas na escola, explorando-se o estudo dos textos e das práticas de linguagem na Educação Básica. Fundamenta-se em dois eixos teóricos: um constituído por descrições de gêneros da esfera científica segundo a perspectiva interacionista sociodiscursiva e outro, por descrições de práticas sociais de letramento científico associadas ao ensino de linguagens e línguas. Poderão ser inscritos trabalhos que abordem (a)conceitos de educação científica/letramento científico e interdisciplinaridade; (b) letramento científico e meios digitais; (c) letramento científico na formação docente; (d) descrição de gêneros textuais do campo de estudos e práticas de pesquisa prescritos na BNCC e referenciais curriculares estaduais/municipais; (e) relação entre leitura, análise linguística/semiótica e produção de textos de gêneros textuais do campo das práticas de estudos e pesquisas; (f) propostas de práticas de pesquisa no Ensino Fundamental e Médio.
GT 02 - Ensino e aprendizagem de Literatura no Ensino Médio: desafios e possibilidades
Coordenadores: Dra. Cícera Alves Agostinho de Sá (UECE), Dra. Francisca Damiana Formiga Pereira (URCA), Dra. Francimeire Cesário de Oliveira Queirós (SEDUC-RN).
Ementa: O processo de escolarização da literatura, de acordo com Soares (2006), precisa ser pautado na formação continuada em serviço dos profesores que lecionam Língua Portuguesa, no Ensino Médio da Educação Básica, consideradas as mudanças que se processam na abordagem desse elemento curricular, que no contexto dos Parâmetros Curriculares Nacionais (1988) era denominado como um eixo e com a instituição da Base Nacional Comum Curricular para o Ensino Médio (2018), as habilidades estão situadas n as práticas de linguagem Leitura e Oralidade. A perspectiva dessa proposição é que o texto literário ocupe o plano central do trabalho com a literatura (COSSON, 2006), além de Mendonça (2022), em lugar do processo de historicização do contexto de produção de obras literárias, da exposição da biografia e listagem das obras de autores consagrados em cada estética literária, que se configurou como objeto de estudo por décadas na abordagem da literatura, pois conforme Todorov (2009), a literatura incita outras maneiras de conceber e organizar o universo. Outro fator que precisa ser discutido no trabalho com a literatura no Ensino Médio aponta para o modo de abordagem do texto literário, no materiall didático selecionado, adquirido e distribuído aos estudantes do Novo Ensino Médio, já que de acordo com Cosson (2006) há uma discrepância no que se entende por literatura, no Ensino Médio, cujo foco é a abordgem da história da literatura. Assim sendo, as propostas de comunicação submetidas a este Grupo de Trabalho podem discorrer sobre os aspectos implicados no processo de escolarização de literatura, acerca da proposição da BNCC (2018) para o trabalho com a literarura, bem como a respeito da abordagem da literatura no livro didático, em consonância com as orientações no Novo Ensino Médio, tendo sempre como foco a formação do professor, que media os processos de ensino e de aprendizagem da literatura. Este Grupo de Trabalho pode ainda receber propostas de comunicação que abordem outros aspectos da formação docente, com foco na formação do professor responsável pelo ensino de literatura.
GT 03 - Perspectiva contra-coloniais/decoloniais e práticas de linguagem: conexões
discursivas, linguísticas e literárias
Coordenadores: Dra. Lívia Marcia Tiba Radis Baptista (UFBA) e Dr. José Veranildo Lopes da Costa Júnior (UFPB).
Ementa: Como parte de uma agenda contra-colonial/decolonial, é urgente confrontar projetos raciais e civilizatórios erigidos na modernidade/colonialidade que atravessam nossas subjetividades e nossas corporalidades e que se mantém, ainda que de forma implícita, em nossas práticas de linguagem cotidianamente. Deste modo, seja do ponto de vista denunciativo e moral, seja do ponto de vista ético e propositivo precisamos fazer emergir entendimentos mais expandidos e territorializados, sensíveis aos complexos contextos humanos e suas múltiplas práticas de linguagem. É fundamental que busquemos não somente a crítica dos referenciais que atualmente têm guiado a produção de conhecimentos, mas também que tenhamos proposições teóricas, metodológicas e praxiológicas que incitem o combate ao universalismo do conhecimento e, consequentemente, a neutralidade científica que desconsidera os sujeitos e seus saberes. A criação de inteligibilidades reivindica saberes pluriversais, produzidos e vivenciados por outros sujeitos e, sendo assim, nos deparamos com a pluralidade de perspectivas, que compartilham pressupostos teóricos, ético-políticos e metodológicos que fomentam a problematização de posições nortecentradas, colonialistas, capitalistas, patriarcais, racistas, dentre outras. Destacam-se vias plurais e múltiplas para a pesquisa materializadas em teorias, metodologias e práticas que em seu conjunto confluem para a constituição de um pensamento e uma práxis contra-colonial/decolonial no Sul Global, entendido aqui como um robusto lócus de enunciação (BAPTISTA, 2019, 2022). Tal conjunto, apesar de suas idiossincrasias, coincide em certos aspectos tais como: o da ênfase na natureza ética, política e ideológica da pesquisa; a importância da práxis para a transformação social e o reconhecimento do conflito Norte-Sul e dos problemas derivados do colonialismo e do eurocentrismo ainda presentes nas formas das colonialidade do ser, saber e poder e suas ressonâncias nas práticas de linguagem. Considerando-se as reconfigurações epistêmicas e metodológicas vivenciadas, cujos efeitos se fazem perceptíveis nas práticas de linguagem, ocorrem conexões discursivas, linguísticas e literárias, que explicitam outros saberes e corpo-geopolíticas do conhecimento, como no caso das diversas experiências corpo-geopolítica que tensionam universalismos de raça e etnia, classe, gênero e sexualidade, língua/linguagem, entre outros. Portanto, esse grupo de trabalho propõe reunir e debater como a pesquisa no campo das linguagens tem tensionado projetos raciais e civilizatórios da modernidade/colonialidade que alicerçam outras subjetividades e corporalidades e tem levado ao fortalecimento do Sul Global como lócus de enunciação e de outros ethos de subjetividade/poder. Com tal finalidade, nos interessam temáticas e problemáticas que abordam as intersecções entre as linguagens e suas práticas na constituição identitária; revisitam a teorização e a práxis contra-colonial e decolonial e suas contribuições para as hierarquias de gênero, sexualidade, classe, etnia e raça; discutam como a reafirmação das identidades converge para projetos políticos e emancipatórios das diversas comunidades; tensionam como as práticas de linguagem são políticas e problematizam seu poder de mudança. Em síntese, esperamos reunir trabalhos que, sob diferentes vieses teóricos, metodológicos e praxiológicos, possam desenhar o cenário atual de pesquisas que se considerem eticamente comprometidas com a vida humana e com as temporalidades diversas, tendo como prioritária as questões mencionadas e a constituição do Sul Global como lócus de enunciação.
GT 04 - Formação docente para o ensino de línguas: o estágio supervisionado como ato responsivo
Coordenadores: Dra. Noara Pedrosa Lacerda (UFCG), Me. Ewerton Lucas de Mélo Marques (UFPB) e Dr. Manassés Morais Xavier (UFCG)
Ementa: A formação docente para professores de línguas é um processo contínuo e responsivo, destacando o estágio supervisionado como uma experiência essencial. O Grupo de Trabalho (GT) concentra-se na formação de professores de línguas e literaturas, acolhendo pesquisas sobre o estágio. A docência é um constante diálogo entre teoria e prática, com a graduação representando um período repleto de desafios e descobertas. É um caminho de aprimoramento constante para a preparação de educadores responsivos.
GT 05 - Alfabetização e letramentos: um percurso acadêmico-científico da escola à universidade
Coordenadores: Me. Guilherme Moés (UFPB), Ma. Marcela de Melo Cordeiro Eulálio (UFPB) e Dra. Regina Celi Mendes Pereira (UFPB)
Ementa: As dificuldades nas práticas de leitura e escrita acadêmicas têm sido um obstáculo para muitos alunos no ensino superior, inclusive, muitas vezes, motivo para desistência do curso (PÉREZ; NATALE, 2016). Isso nos faz pensar na relevância de metodologias que preparem esses alunos, não só em sua inserção nas práticas discursivas disciplinares das quais eles fazem parte, mas, também, de estratégias metodológicas que facilitem o ingresso e a permanência dos discentes na universidade. Muitos professores entendem que os alunos ingressam no meio acadêmico sabendo ler e escrever (MARINHO, 2010) de acordo com as normas desse ambiente científico, ao passo que, em geral, na verdade, os alunos se deparam, pela primeira vez, com as particularidades da escrita acadêmico-científica na própria universidade. Dessa maneira, conforme já preconiza a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), no campo de atuação Práticas de Estudo e Pesquisa, faz-se fundamental, desde o contexto da educação básica, enfaticamente no ensino médio, promover práticas de letramento científico, a fim de que o aluno comece a compreender a linguagem científica e, com isso, insira-se, em alguma medida, em vivências de letramento científico (BRASIL, 2018; SOUSA, 2022). Por essa razão, compreendendo a escrita como um processo, acreditamos ser necessário incluir, na educação básica, práticas de leitura e escrita que possibilitem aos alunos conhecerem a linguagem científico-acadêmica, de modo que, no ensino superior, eles possam aprimorar tais práticas em um processo contínuo. Ingressar no ensino superior, conhecendo aspectos relativos às particularidades fundamentada, orientada e normatizada da escrita acadêmico-científica (OLIVEIRA, 2016), parece-nos ser uma maneira de facilitar a inserção dos alunos em seus respectivos letramentos acadêmicos. Ao saber ler, sumarizar, parafrasear e citar adequadamente um texto científico, bem como pesquisar os conteúdos em fontes confiáveis e aceitáveis no universo científico, os discentes terão melhores condições para prosperarem no processo de ensino-aprendizagem da leitura e da escrita acadêmico-científicas. Tendo isso em vista, objetivamos, neste Grupo de Trabalho, refletir sobre as práticas de leitura e escrita acadêmico-científicas a serem empreendidas pelos alunos, desde a educação básica, sob o prisma do letramento científico, à sua inserção no ensino superior, dadas as especificidades inerentes à alfabetização disciplinar e aos letramentos acadêmicos, considerando, portanto, as singularidades discursivas da área do conhecimento na qual o aluno ingressará.
GT 06 - Práticas de análise linguística na aula de português
Coordenadores: Dr: Herbertt Neves (UFCG), Dra. Lílian Noemia Torres de Melo Guimarães (UFRPE) e Dra. Maria de Fátima Silva dos Santos (UFRPE).
Ementa: Este grupo reúne trabalhos sobre as práticas de análise linguística (/semiótica) nas aulas de língua portuguesa da Educação Básica, a partir de múltiplas correntes teóricas de base sociointeracionista. Pretende-se, então, discutir propostas voltadas para a análise de elementos linguísticos e/ou semióticos das diversas linguagens e esferas de interação social, com foco no contexto escolar, sejam elas de cunho teórico, didático-pedagógico, metodológico, regimental, etc. São bem-vindas análises tanto de situações de sala de aula quanto de materiais didáticos, avaliações escolares e em larga escala, etc., em perspectivas sincrônica e/ou diacrônica.
GT 7 - Práticas de linguagem a partir de perspectivas interacionais da Linguística
Coordenadores: Dra. Laura Dourado Loula Régis (UFCG), Dr. Ricardo Rios Barreto Filho (UFPE) e Dr. Otávia Pinheiro Pedrosa Fernandes (UFPE)
Ementa: Levando-se em consideração as perspectivas sociointeracionais da linguagem, este grupo de trabalho busca reunir pesquisas que se dediquem à análise de práticas de linguagem situadas e contextualizadas sócio-historicamente. Dessa maneira, buscamos suscitar a reflexão sobre como a linguagem e suas práticas de produção de sentido são influenciadas e influenciam a interação social, do ponto de vista tanto teórico quanto aplicado, no que se refere à investigação de práticas sociais de campos como o ensino, o trabalho, a literatura, as mídias digitais ou analógicas, a ciência etc. Reuniremos trabalhos que assumam os postulados da Teoria Dialógica da Linguagem (Volóchinov, 2017; Bakhtin, 2017; Cunha, 2012; Pedrosa, 2021), da Linguística do Texto (Koch, 2011, 2015; Marcuschi, 2008, 2012; Jubran, 2015; Neves, 2020), da Análise da Conversação Etnometodológica (Garfinkel, 1967; Sacks, Jefferson, Schegloff, 1992), da Sociolinguística Interacional (Goffman, 1981; Gumperz, 1982; Barreto-Filho, 2019), entre outras áreas e disciplinas afins. Em geral, as pesquisas em estudos linguísticos que propomos aqui compreendem a linguagem como prática discursiva.
GT 08 - A poesia e seus usos e espaços na escola
Coordenadores: Dr. José Hélder Pinheiro Alves (UFCG), Dra. Micaela Sá da Silveira (UFERSA) e Ma. Claudenice da Silva Souza (UFCG)
Ementa: A poesia contemporânea ostenta uma grande variedade de produções, construídas nos mais diversos espaços sociais e envolvendo públicos específicos. Destacam nesta gama de produção, a poesia dos SLANS, a poesia voltada para crianças e para jovens, a poesia escrita por mulheres e por poetas negros e negras, indígenas, dentre outras. Toda esta riqueza ou não comparece ou comparece de modo limitados no espaço escolar. A escola ainda está trabalhando a poesia numa perspectiva obediente aos ditames de livros didáticos os mais diversos que, quase sempre aprisionam a poesia a modelos interpretativos fechados. Este grupo de trabalho acolhe comunicações que relatem ou proponham vivências com a poesia nos vários espaços escolares, desde o ensino fundamental ao ensino superior. Também estamos abertos a reflexões de ordem mais teórico-metodológica, bem como abordagem comparativas, a partir da eleição de temas e procedimentos. A abordagem comparativa pode aproximar vivências de diálogo entre poesia e outras artes, aspecto que pode ser incentivado no contexto escolar. Interessam-nos, sobretudo, vivências construídas ou propostas ancoradas numa perspectiva que favoreça o diálogo do leitor com o texto. Fundamental nesta perspectiva é o trabalho do(a) mediador(a) cuja função é sempre estimular o debate, a aproximação do poema às experiências dos leitores.
GT 09 - Diálogos sobre tradução étnico-racial: teoria e prática de tradução sob o olhar de tradutores, pesquisadores e professores
Coordenadores: Me. Marília Bezerra Cacho (UEPB/UFCG), Me. Aurielle Gomes dos Santos (UEPB/UFCG), Me. João Gabriel Carvalho Marcelino (UFSC) e Dra. Sinara de Oliveira Branco (UFCG).
Ementa: Este GT tem o objetivo de apresentar e discutir pesquisas concluídas ou em andamento na área de tradução literária nacional ou estrangeira que envolvam questões étnico-raciais sob a perspectiva dos Estudos da Tradução e áreas afins, tratando da circulação da tradução e metodologias aplicadas ao contexto de ensino, pesquisa e atuação de tradutores no mercado - cinema, televisão, obras literárias, jogos digitais, tradução comentada, dentre outros. As propostas associadas ao GT discutirão tarefas de tradução literária de caráter étnico-racial, pensando na formação de tradutores a partir do uso de habilidades linguísticas e literária específicas, relacionando aspectos socioculturais, de multimodalidade, língua materna e línguas estrangeiras envolvidas no processo. O GT contempla estudos de cunho técnico-científico, neste sentido, busca-se discutir modos de aplicação de tradução em seu viés humano ou tecnológico, abrangendo questões transdisciplinares, e explorando discussões sobre as estratégias utilizadas para transpor o texto entre as línguas e linguagens envolvidas.
GT 10 - Do clássico ao contemporâneo: questões feministas e de gênero na literatura
Coordenadoras: Dra. Paloma do Nascimento Oliveira (SEECT-PB), Dra. Tássia Tavares de Oliveira (UFCG) e Dra. Viviane Moraes de Caldas (UFCG)
Ementa: O advento do conceito de gênero como categoria de análise trouxe muitas mudanças para o panorama da crítica literária, incluindo diversas problematizações acerca do cânone ocidental e suas opressões em relação às mulheres e às diversidades sexuais. Desde os anos oitenta no Brasil se destacam as pesquisas em Letras que se voltam para o tema da relação entre mulher e literatura, seja no estudo das representações de mulheres na literatura canônica, no resgate de autoras silenciadas pela tradição patriarcal, ou no estudo de vozes femininas da literatura contemporânea. Nos interessam nesse Grupo de Trabalho estudos que investiguem questões feministas e de gênero na literatura brasileira ou estrangeira desde a antiguidade clássica às manifestações na contemporaneidade.
GT 11 - A sociolinguística e suas contribuições para o ensino de língua materna e/ou estrangeira
Coordenadores: Dra. Luciene Maria Patriota (UFCG) e Esp. Iranice Aníbal de Lima (UFPB/PROLING).
Ementa: É notório que a Sociolinguística tem se mostrado como um ramo bastante fértil da Linguística e que, ao longo das décadas, os estudos concernentes a essa área repercutiram fortemente na construção de uma nova perspectiva em relação à heterogeneidade da língua. É possível perceber também a sua relevância aplicada ao ensino, posto que oferece aos docentes subsídios para as suas práticas didáticas. Nesse sentido, levando-se em consideração a importância hoje comprovada da Sociolinguística para a formação de professores tanto de língua materna, como estrangeira, este GT – que se adequa à primeira linha proposta do evento - tem como objetivo divulgar trabalhos/pesquisas em andamento ou concluídas que versem sobre os seguintes eixos temáticos: a sociolinguística e o trabalho com variação linguística em sala de aula, atitudes linguísticas frente às variações linguísticas, a variação linguística na BNCC, a variação linguística em meios digitais, a sociolinguística educacional e suas implicações para a formação do professor, variação linguística e materiais didáticos, a sociolinguística e o trabalho com o preconceito linguístico. O GT também abre espaço para pesquisas em torno de fenômenos de variação linguística no português brasileiro.
GT 12 - A literatura de cordel – tradição e contemporaneidade
Coordenadores: Dra. Naelza de Araújo Wanderley (UFCG) e Me. Weber Firmino Alves (IFPB)
Ementa: O Grupo de Trabalho receberá propostas de comunicações orais relacionadas ao tema literatura de cordel objetivando reunir pesquisas, concluídas ou em fase de desenvolvimento que estejam voltadas para a literatura de cordel, para as práticas leitoras desenvolvidas a partir dessa literatura e para o seu público, dentro e fora do espaço escolar. Também podem ser contemplados estudos e relatos de experiências que discutam a tradição e a contemporaneidade, o erudito e o popular como aspectos que permeiam a história e a produção dessa literatura ao longo dos anos.
GT 13 - Discurso, mídias e identidades
Coordenadores: Dr. Washington Silva de Farias (UFCG), Dra. Gerenice Ribeiro de Oliveira Cortes (UESB) e Ma. Vanda Késsia Gomes Galvão (UFCG)
Ementa: Este GT visa refletir sobre o funcionamento dos discursos a partir da abordagem teórica materialista pecheutiana e suas possíveis alianças teóricas, tomando como objetos de análise materialidades significantes do campo das mídias, em suas condições de produção. Acolherá trabalhos, concluídos ou em andamento, que problematizem processos discursivos de (re)produção, deslocamento, silenciamento e ruptura de sentidos e suas implicações nos movimentos de constituição identitária dos sujeitos.
GT 14 - Memória, ancestralidade e interculturalidade: a poesia indígena de autoria
feminina na sala de aula
Coordenadores: Dr. Sergio Carvalho de Assunção (UFCG), Dra. Cristiane Brasileiro Mazocoli (UERJ), e Dr. Anderson Pires da Silva (UFJF)
Ementa: A proposta deste Grupo de Trabalho consiste na abordagem da poesia indígena de autoria feminina do Brasil contemporâneo, situando-as a partir da fronteira entre a memória e a história, entre a colonialidade e a decolonialidade, entre a emancipação e a barbárie, sob a clave das interseccionalidades de gênero, raça e classe que atravessam suas respectivas produções. Em um segundo plano, nossa proposta vislumbra transformar os resultados dos respectivos trabalhos apresentados em um substrato poético-pedagógico voltado para o letramento literário, a partir do debate sobre as diversas poéticas indígenas de autoria feminina que se compõem no limiar de fronteiras estéticas, sociais, culturais e políticas, perspectivando-as entre a memória e a história, considerando a relevância pedagógica das respectivas poéticas no processo formativo do leitor, segundo a lei 11.645/08. Em seu aspecto teórico e metodológico, a abordagem deste GT privilegia a instauração do poético como um lugar crítico e propositivo através do diálogo das poetas indígenas com o pensamento de outros poetas e professores indígenas e não indígenas. Nesse sentido, pretende-se, deste modo, criar metodologias e estratégias didáticas a partir da experiência poética com autoras femininas indígenas brasileiras que possibilitem o cultivo de uma legibilidade decolonial e intercultural, destacando o modo pelo qual as respectivas poéticas nos revelam uma legibilidade histórica silenciada, atuando como produtoras da memória do passado e do presente, visando, deste modo, resistir aos efeitos do barbarismo proveniente do colonialismo histórico e do projeto epistêmico da colonialidade do poder na era global. Sob o prisma político e pedagógico, vislumbra-se, portanto, a partir do estudo das poéticas indígenas, criar mecanismos de combate ao preconceito, à reificação do imaginário cultural, à deslegitimação e ao epistemicídio de suas culturas e seus respectivos saberes ancestrais, possibilitando a efetivação das estratégias para uma educação humanitária, cidadã, pluricultural, antirracista e libertária.
GT 15 - Literaturas africanas no contexto do ensino
Coordenadores: Dra. Maria Marta dos Santos Silva Nóbrega (UFCG), Ma. Aldenora Márcia Chaves Pinheiro Carvalho (UFCG), Me. José Augusto Soares Lima (UFCG) e Ma. Patrícia Pinheiro Menegon (UFCG)
Ementa: A incursão nas literaturas africanas priorizará um diálogo acerca dos processos de identidades, silêncio e voz, exclusão e alteridade, adaptação e resistências, (re)existências e territorialidade que permeiam a bipolaridade colonial e decolonial. O grupo de trabalho objetiva refletir e discutir essas múltiplas formas de abordagens das literaturas emergentes em África no contexto de ensino. Espera-se acolher pesquisas de natureza teórica ou analítica, bem como aquelas resultantes de intervenções pedagógicas (em andamento ou concluídas), que tenham as literaturas africanas como objeto de estudo, com vistas a favorecer um processo de educação literária focada na enunciação discursiva das relações multiculturais africanas e na necessidade de (re)construção do currículo escolar brasileiro.
GT 16 - A literatura de autoria negra como espaço de “escrevivências”, de práticas sociais e de memórias
Coordenadoras: Dra. Isis Milreu (UFCG), Dra. Josilene Pinheiro-Mariz (UFCG) e Dra. Mirella do Carmo Botaro (Université Sorbonne Nouvelle)
Ementa: Ponderações sobre as literaturas de autoria negra ligam-se intrinsecamente ao pensamento decolonial. Isto porque uma parte significativa da produção de autores e autoras negro/as, oriundos do continente africano e de suas diásporas estão no chamado Sul Global. Ora, se a literatura pode ser entendida como reflexão da vida, reflexo das situações reais de uma determinada sociedade, então, nos perguntamos: o que escrevem esses homens e essas mulheres? A literatura de autoria negra teria o intento de provocar reais mudanças socioculturais? Qual é o papel do/a escritor/a negro/a? Pode-se, de fato, assegurar que a essa literatura representaria uma instituição social que reflete a vivência de um determinado povo? São muitas as interrogações que vislumbramos ao propor este GT, haja vista a grande diversidade da produção literária de espaços geográficos e históricos originários das Áfricas, por exemplo. Assim, o nosso GT acolhe discussões que revelem, do ponto de vista da obra literária de autores e autoras negro/as, questões inerentes a essas produções, acrescentando-se percepções que dialoguem com a perspectiva decolonial, compreendendo-se que o Sul é um caminho certo de grandes descobertas, minimizando-se, dessa forma, a linha abissal entre o Sul e o Norte. Ademais, esperamos receber trabalhos que estudem autores e autoras, pois entendemos que podem existir perspectivas distintas e, então, fazemos novas perguntas: os autores enfocam as mesmas temáticas que as autoras? No universo da literatura de autoria negra, também existiria uma hierarquia, expondo standards culturais internacionais? Acolheremos pesquisas dos mais diversos níveis, desde que enfoquem autoras e autores das literaturas africanas em diversas línguas e de suas diásporas, incluindo-se aí, a América Latina e outros espaços mais distantes, sempre que poderem sobre as noções ligadas às “fonias”; portanto, nosso foco são trabalhos ancorados também na “lusofonia”, “hispanofonia” “anglofonia”, “francofonia” e todas as outras literaturas que, de alguma forma, estejam ligadas à noção da pós-colonização, (des)colonização e obras que podem ser classificadas como neo-slave, narrativa escrava, literatura abolicionista, neonarrativas de escravos, dentre muitas outras pois, é nosso propósito discutir nessas literaturas o papel da autoria como lugar “escrevivências”, de memória e de práticas sociais.
GT 17 - Língua e literatura na educação de surdos
Coordenadoras: Dra. Shirley Barbosa das Neves Porto (UFCG) e Dra. Niédja Maria Ferreira de Lima (UFCG)
Ementa: Apresentação de pesquisas concluídas ou em andamento, e relatos de experiência sobre práticas leituras e produção de textos em Libras ou em Língua Portuguesa; formação docente para o ensino dessas línguas; produção, adaptação e tradução de obra literária; espaços de circulação de textos literários e não literários em Libras, em contextos educacionais para surdos.
GT 18 - Língua Brasileira de Sinais e sua interface com a produção artística, ensino e cultura surda
Coordenadoras: Dra. Edneia de Oliveira Alves (UFCG), Ma. Margarida Rodrigues de Andrade Borges (IFPB), Ma. Walquíria Nascimento da Silva (UFPB) e Dra. Francyllayans Karla da Silva Fernandes (UPE)
Ementa: Ter acesso à informação, considerando as condições linguística de cada sujeito é possibilitar o reconhecimento de suas especificidades, bem como, proporcionar a imersão de cada um no meio social. No tocante das especificidades da pessoa surda, a língua de sinais, se apresenta como principal elemento de reconhecimento de mundo, pois essa condição linguística visual, própria do contexto cultural da pessoa surda é construída com objetivo de viabilizar o efeito de sentido. Seja no formato verbal e/ou extra verbal, a visualidade se constitui como fator essencial para a compreensão do processo formativo da mensagem, em qualquer campo de atuação: escolar, social, familiar, artes, entre outros. No contexto das produções artísticas, em/sobre Libras ou em/sobre literatura surda é possível perceber a dimensão que essas produções conseguem ocupar e estabelecer a real significação, para além do que está posto aos nossos olhos de forma linguística. Na obra, tradução da estética verbal, Bakhtin (1997), apresenta a língua diante do trabalho do artista, não enquanto língua em sua determinação linguística, mas no que a torna um recurso para a expressão artística. E no âmbito literário, essas questões são ainda mais evidentes. Para Sutton – Spence (2021, p. 26) “o termo “literatura em Libras” pode se referir a poemas, contos, piadas, jogos e outras formas de arte criativas feitas em Libras que são culturalmente valorizadas”, nesses espaços podemos encontrar uma maior performance e uso de artefatos que valorizam ainda mais a beleza da língua, assim como afirma Sutton – Spence (2021, p. 27), “a literatura em Libras se concentra na forma estética da Libras, que tem características fora do comum, trata do conteúdo com perspectiva não cotidiana e se apresenta de uma maneira que seria diferente da vida comum”. Nesse sentido, o grupo de trabalho: Língua Brasileira de Sinais e sua interface com a produção artística, ensino e cultura surda , propõe estabelecer diálogos e reflexões acerca de temáticas que contemplem as diversas possibilidades de práticas leitoras, produções, traduções, entre outros elementos, a partir da Libras, língua de essência visual.
GT 19 - Articulações e conexões entre objetos – empíricos e teóricos – nas linguística(s) e prática(s): os estudos culturais em interface com a lingua(gem) e a sociedade
Coordenadores: Dr. Henrique Miguel de Lima Silva (UFPB), Dr. Jackson Cícero França Barbosa (UEPB/UFPB), Dr. Linduarte Pereira Rodrigues (UEPB)
Ementa: Visando possibilitar um espaço de discussões e articulações entre teorias linguísticas e suas interconexões transdisciplinares, este grupo de trabalho reunirá pesquisas que versem sobre o dinamismo da língua(gem) quanto às suas materializações em eventos / práticas que corroboram com a estandardização do paradigma funcional, em termos de (i) análises e descrições de fenômenos linguísticos centrados no uso; (ii) signos/simbolismos, pragmatismos e semantismos que se repercutem em contextos e cenários culturais não hegemônicos; (iii) cultura popular, representada por múltiplas linguagens manifestadas nas ancestralidades, tradições, costumes, expressões (multi)artísticas que sempre desempenharam um papel significativo na formação da identidade de um povo.
GT 20 - Educação Linguística e formação de professores mediadas por tecnologias digitais
Coordenadores: Me. Rickison Cristiano de Araújo Silva (UFCG), Me. Roberto Barbosa Costa Filho (UPE) e Dr. Dayvesson Deleon Bezerra da Silva (UPE)
Ementa: O contexto educacional tem sido cada vez mais influenciado pelas tecnologias digitais, através de usos de recursos e ferramentas na rede, da realização de cursos formativos online, intercâmbios e colaborações virtuais. Por isso, este GT busca reunir pesquisas desenvolvidas ou em andamento e experiências didáticas que ponham em destaque o uso de tecnologias digitais para a Educação Linguística e para a formação de professores de línguas diante dos cenários contemporâneos.
GT 21 - Literatura infantil e juvenil para uma educação antirracista
Coordenadoras: Dra. Márcia Tavares Silva (UFCG) e Dra. Maria Anória de Jesus Oliveira (UNEB)
Ementa: A produção da Literatura infantil e juvenil (LIJU) dialoga com distintas áreas do conhecimento e pode contribuir para ressignificar o nosso olhar acerca das diferenças, seja através da linguagem verbal e visual, seja através do diálogo entre outras modalidades artísticas, ao rasurar o racismo, o adultocentrismo, o capacitismo etc. Neste GT, portanto, acolheremos pesquisas concluídas ou em andamento dentro de tais perspectivas (Lei 10.639/03 e a 11.645/04), priorizando estudos sobre produção literária de autoria negra para a infância e a juventude em livros publicados no Continente africano e em sua diáspora em narrativas ilustradas, histórias em quadrinhos, obras de gêneros poéticos, livros ilustrados e de imagem. Interessam, nessa dimensão, estudos que versem sobre experiências de ensino na área em questão e investigações acerca de materiais e livros didáticos em níveis fundamental e médio.
GT 22 - Ferramentas virtuais não exclusivas a aprendizagem (FVNexA): agentes em ação social
Coordenadores: Dr. Denilson Pereira de Matos (UFPB) e Dra. Eneida Oliveira Dornellas de Carvalho (UEPB)
Ementa: Autores consagrados trouxeram, para a discussão acadêmica, as preocupações e possibilidades de se refletir a respeito do ensino de língua sob outra visão, para além da decodificação de um sistema linguístico. Afinal, a perspectiva do letramento/letramento digital permite repensarmos currículos, formação e ensino de língua diante da latência das práticas sociais. Assim, refletir sobre as ferramentas virtuais é consequência. Algumas convicções nos permitem afirmar que estimular o trabalho docente com ferramentas virtuais não exclusivas à aprendizagem (FVNexA) é uma possibilidade concreta e promissora. Na nossa proposta, a FVNexA é constituída pela ação do agente a partir de sua própria expe-riência com os mais diversos tipos de ItemNet (MATOS, 2020). E ele, por si só, conduz o processo até chegar ao interlocutor potencial. Decidindo por meio da ambientação e pelas demandas existentes quais seriam os mais adequados ItemNet para adaptações e aplica-ção no campo educacional. Desta gestão, surge a FVNexA: um ItemNet desprovido de mo-tivações educacionais explícitas e direcionado para o ensino e aprendizagem que, pela in-tervenção do agente, adquire tais motivações. Tal acepção indica que não basta que o apli-cativo funcione bem ou que o site seja visualmente perfeito, por exemplo. É preciso que um agente o observe, escolha-o e decida fazer uso dele na direção de um objetivo preliminarmente diferente daquele que foi na gênese do ItemNet. Numa espécie de apropriação e transformação de um artefato em um instrumento, nos termos de REBARDEL (1995). Assim, reconhecendo a possibilidade de Educação híbrida e EaD eficiente e inclusiva na área de linguagens, nosso GT tem interesse em trabalhos que versem sobre: FVNexA; ItemNet; Letramento digital e ensino de língua; EaD e os desafios do ensino e aprendizagem de língua; leitura e escrita e na virtualidade.
GT 23 - O trabalho com o eixo Produção de Textos (escritos, orais e/ou multissemióticos) no contexto (pós)pandêmico: ensino, pesquisa e extensão
Coordenadores: Dr. Hermano Aroldo Gois Oliveira (UEPB), Me. Antonio Naéliton do Nascimento (UFCG) e Me. Paulo Ricardo Ferreira Pereira (UFCG)
Ementa: As práticas de linguagem, como as relacionadas à produção de textos, foram impactadas em função do contexto (pós)pandêmico na conjuntura educacional. Sob esse ângulo, esta proposta congrega estudos sobre o eixo Produção de Textos (escritos, orais e/ou multissemióticos), conforme descrito na Base Nacional Comum Curricular, quanto ao ensino, à pesquisa e à extensão. Espera-se que tais trabalhos sobre esse eixo problematizem o ensino remoto, híbrido e/ou presencial inseridos no campo da linguagem.
GT 24 - O ENSINO DE LÍNGUAS E DE LITERATURAS NAS ENCRUZILHADAS DA ERER
Coordenadores: Dra. Maria Angélica de Oliveira (UFCG), Dr. Lino Dias (UFCG) e Esp. Rosângela Pirajá de Carvalho ( SEC- Camaçari -BA)
Ementa: Na Racistocracia em que vivemos, a raça/racismo estabelece relações valorativas e segregadores que sustentam a colonialidade do saber/poder. Atravessada pela racionalidade ocidentalocêntrica, essa colonialidade valida os saberes que fazem parte da ordem do verdadeiro. Neste ano, 2023, a Lei Federal 11.645/08 que altera a Lei nº 9.394/1996 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) e modifica a Lei nº10.639 de 9 de janeiro de 2003, tornando obrigatória a inclusão no currículo oficial da rede de ensino a temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena completa sua maioridade. A referida lei faz parte das políticas de reparações, de reconhecimento e de valorização de ações afirmativas que visam fazer cumprir o dever do Estado de garantir de forma equânime, por meio da educação, a aquisição de competências e habilidades para o desenvolvimento pleno de todos, todas e todes como cidadã/cidadão. Infelizmente, em nossas instituições de ensino, seja do ensino básico ou do ensino superior, ainda é a racionalidade ocidentalocêntrica, sustentada pelo pacto da branquitude (BENTO, 2022), que se situa na ordem do verdadeiro e ainda são os/as intelectuais brancos que ocupam o lugar central do saber científico. Isto posto, nosso GT acolhe pesquisas concluídas, ou em andamento, em nível de pós-graduação, que oportunizem reflexões e discussões sobre a temática da Educação para as Relações Étnico-Raciais (ERER) a partir do ensino de línguas e de literaturas com vistas à promoção de uma educação antirracista, pluriversal e intercultural.