LISTA DE MINICURSOS

Todos os participantes, com ou sem apresentação, terão direito a se inscrever em UM minicurso.

A opção desejada deve ser indicada no formulário de inscrição 

Minicurso 01 - Criação de corpora textuais eletrônicos e anotação XML para os Estudos Linguísticos 

Proponente: Me. João Gabriel Carvalho Marcelino (PPGET-UFSC/UniRios) 

Ementa: A utilização de corpora nos estudos linguísticos é uma estratégia importante para o desenvolvimento de pesquisas da área. O minicurso objetiva abordar a criação de corpora linguísticos eletrônicos, bem como para a posterior anotação de metadados de pesquisa utilizando a linguagem eXtensible Markup Language. A anotação possibilita inserir metadados ou informações relevantes às pesquisas em linguística nos dados, considerando a flexibilidade que o formato permite. O minicurso divide-se em três etapas: i) apresentação de ferramentas de coleta para a compilação e pré-processamento, ii) apresentação da lógica de anotação XML; e iii) exercício de coleta e anotação em XML. 

Dia: 04 e 05/12/2023 

Horário: de 18h às 21h. 

Formato: Remoto 

Minicurso 02 - Ancestralidade e Cosmovisão negra na literatura Afro-Latino-Americana: Angola, Brasil e Colômbia

Proponente: Me. Josimar Soares da Silva - PPGLI/UEPB - Bolsista Capes

Ementa: A presença africana na América Latina não deve ser reduzida a um simples fenômeno de marginalização da história desses povos no continente. A fecundidade da presença do negro na América Latina está repleta de uma vasta herança no sangue, nos nervos e nas personalidades dos homens e das mulheres americanos(as). Dessa forma, reivindica-se esse espaço através das lutas e por meio das artes, dentre elas, a literatura. Proponho-me a discutir a Ancestralidade Africana e Afrodescendente a partir de três obras literárias, a saber: Changó, El Gran Putas, de Manuel Zapata Olivella (Escritor Afrocolombiano); A rainha Ginga e de como os africanos inventaram o mundo, de José Eduardo Agualusa (Escritor Angolano), e Axé do Sangue e da Esperança, de Abdias do Nascimento (Escritor Brasileiro). Portanto, refletiremos sobre as contribuições dos referidos autores para a construção de uma sociedade por meio de suas produções literárias considerando a construção idenitária do negro. O presente minicurso estabelece uma relação direta com as identidades do povo negro, além de resgatar as memórias nas relações interculturais entre os escritores que serão abordados. Portanto, refletiremos sobre os conceitos de ancestralidade, cosmovisão africana, memórias individuais e coletivas, mitologia dos Orixás e da religiosidade africana que reverberam a construção da identidade étnico-racial do homem e da mulher negra africana e afrodescendente no percurso literário afrocentrado desses autores.
Palavras-chaves: Ancestralidade. Negritude. Literatura Afro-Latino-Americana.

Dia: 04 e 05/12/2023 

Horário: de 18h às 21h. 

Formato: Remoto 

Minicurso 03 - A construção da cientificidade na pesquisa em Linguística: aspectos teóricos e práticos


Proponente: Me. Guilherme Moés (PROLING/UFPB) e José Vagner da Silva (PPGLIN/USP).

Ementa: Serão problematizados os conceitos de ciência e de cientificidade, desde a ótica positivista às noções contemporâneas, em contraponto a visões de mundo não-científicas. Nesse viés, discutir-se-á acerca da caracterização da Linguística como uma ciência, dada a aplicabilidade do método científico nas pesquisas dessa área do saber. Com isso, sob um viés prático, destacar-se-ão os processos de construção das evidências científicas e de como conferir cientificidade a pesquisas na área de Linguística, sob os prismas da Sociolinguística Variacionista/Quantitativa e da Linguística Aplicada. 

Dia: 04 e 05/12/2023 

Horário: de 18h às 21h. 

Formato: Remoto 

Minicurso 04 - O uso experimental do Praat na sala de aula de línguas: princípios e usos na oralidade


Proponente: Priscila Batista Araújo de Almeida (PROLING/UFPB), Mayra Suézia Oliveira dos Santos (PROLING/UFPB), e Dra. Carolina Gomes da Silva (DLEM/PROLING/UFPB)

Ementa: Desenvolvido por Boersma e Weenink (1993-2023), o PRAAT é uma ferramenta capaz de oferecer análises de cunho fonético e fonológico a estudiosos da linguagem, abordando diversos aspectos acústicos das línguas, como entoação, qualidade vocal e ritmo (Gomes da Silva, 2014, 2019; Pinto; Rebollo-Couto, 2016; Gabriel, 2018; Guimarães, 2018; Barreto, 2019; Almeida, 2021; Rebollo-Couto; Gomes da Silva; Guimarães, 2021; Santos, 2021; Santos; Gomes da Silva, 2022). Entretanto, seu uso ainda é pouco explorado no contexto do ensino de línguas tanto materna como estrangeira. Isso ocorre, provavelmente, porque o manuseio desse software privilegia análises e pesquisas da estrutura linguística, não sendo tão utilizado como ferramenta de ensino. Para isso, o minicurso busca mostrar possibilidades de uso com o PRAAT no contexto de sala de aula de línguas. Os objetivos específicos ainda incluem: (i) ensinar os princípios básicos do PRAAT e (ii) propor atividades com o PRAAT que possam apoiar o docente nas aulas de língua, especificamente voltadas à prática da oralidade. A metodologia empregada para esse fim consiste em atividades práticas e de caráter experimental. Com isso, pretende-se que o PRAAT seja compreendido como uma tecnologia digital em potencial que pode auxiliar o ensino de línguas na Educação Básica (Brasil, 2018). Conclui-se que é de suma importância começar a considerar softwares como o PRAAT como ferramentas tecnológicas que podem apoiar tanto professores quanto alunos no que se refere ao ensino-aprendizagem de línguas.

Dia: 04 e 05/12/2023 

Horário: de 10h às 13h 

Formato: Remoto 

Minicurso 05 - Curadoria digital e formação de professor-autor 


Proponente: Dr. Sandro Luis da Silva (UNIFESP)  

Ementa: O processo de formação de professor precisa considerar o uso de aplicações da web, propiciando ao docente a autoria e a vivência em ambientes em rede, para impulsionar as práticas pedagógicas com o uso das tecnologias digitais na sala de aula. Este minicurso visa evidenciar como o uso de ferramentas de curadoria digital auxilia alunos/professores no processo de seleção e organização de recursos disponíveis on-line, uma vez que tal uso caracteriza-se como um movimento inicial na perspectiva da autoria. Além disso, os participantes terão a oportunidade de refletir sobre o uso das tecnologias digitais no processo de formação de um professor-autor, sob a perspectiva da curadoria digital. 

Dia: 04 e 05/12/2023 

Horário: de 18h às 21h. 

Formato: Remoto 


Minicurso 06 - Poéticas do delírio: a loucura das mulheres na literatura brasileira  

Proponente: Izabela Cristina de Lima Silva (PPGLI/UEPB) 

Ementa: Refletiremos acerca da construção de um projeto literário representativo, em que a imagem da loucura nas mulheres não se volte para o viés de patologização das formas de ser, como visto historicamente. Assim, este minicurso relaciona-se com a linha temática 4, visto que pensaremos sobre as subjetividades nas relações interculturais, pois consideramos a escrita feminina enquanto instrumento de reescrita da História, refletindo acerca da loucura das mulheres como aspecto literário e investigando o modo que as temáticas do imaginário são abordadas em narrativas e poemas distintos.

Dia: 04 e 05/12/2023 

Horário: de 10h às 13h. 

Formato: Presencial (UFCG)

Minicurso 07 - A crônica hispano-americana: artifícios de renovação da prosa, entre-lugares de uma escrita transgressora e a questão de gênero 

Proponente: Ma. Josivânia da Cruz Vilela (PPGLI/UEPB- Bolsista da CAPES) e Dr. Wanderlan Alves (PPGLI/UEPB- Bolsista de produtividade do CNPq).

Ementa: Ao discorrer acerca do discurso latino-americano e sua porosidade em relação à sua localização no seio da metrópole, Silviano Santiago (1971) afirma que a literatura produzida no último século nesse contexto se realiza em uma espécie de entre-lugar, e é a partir desse entre-lugar de enunciação que os escritores realizam uma transfiguração dos signos (linguísticos, literários, culturais), de modo a subverter conceitos de unidade e pureza vigentes na cultura ocidental (ao menos), em prol da hibridização, da mescla, do jogo. A crônica é um gênero que congrega todas essas premissas como elementos constitutivos, e se pensarmos em algumas crônicas produzidas em âmbito hispano-americano no período oitocentista isso ficará evidente. A subversão em relação aos códigos linguísticos e formais, a apropriação do global a partir de uma mirada singular, as contaminações dos discursos locais e mundiais, o entrecruzamento de estilos escriturais, estão presentes nessas escritas que se caracterizam pela insubordinação e transgressão e pela tensão entre o literário e o não literário. Desde suas origens, na França durante o século XIX, a crônica moderna surge como um gênero que se situa em um tipo de entre-lugar, entre literatura e o jornalismo. No âmbito hispano-americano, esse tipo de escrita “no meio” se instaura concomitantemente ao surgimento do modernismo, e intensifica-se a partir de 1875, numa particular relação com a imprensa. O auge da crônica moderna se dá, pois, concomitantemente ao desenvolvimento do jornalismo, assim como faz jus a um período marcado por mudanças nos âmbitos político, econômico, social, cultural, literário, etc. Como afirma Susana Rotker (1992, p. 72), “la revolución que [los cronistas] produjeron en la escritura transformó la cultura hispanoamericana de un modo profundo”, tanto que poderíamos pensar a crônica desse período como um tipo de artifício de renovação da prosa. Esses textos, nos quais discurso literário e discurso jornalístico se contaminam, desestabilizam ou, ao menos, nos levam a questionar as concepções acerca do próprio modernismo hispano-americano e suas idiossincrasias. Mas a ruptura não ocorre somente no plano das formas e das linguagens, pois concomitantemente à produção desse gênero, há a inserção de outros sujeitos não “autorizados” (como escritores de classe média baixa e mulheres) pelo sistema literário, que passam a ocupar lugares parcialmente controlados, como o âmbito das letras. Assim, a crônica provoca (e se constitui a partir de) uma crise nos lugares institucionais do literário vigentes pelo menos até o início do século XIX, em prol de certa heterogeneidade discursiva e formal. A crônica, considerada por muitos como “literatura menor”, constitui-se, pois, nos interstícios desse espaço ambivalente e limítrofe, no meio, lugar privilegiado para o trabalho com as reminiscências, com os “restos”. A crônica hispano-americana é, pois, um lugar de encontros (e fricções) de discursos, de formas, de gêneros, de sujeitos, que pressupõem a ressonância de forças centrífugas e centrípetas. A partir da analise de crônicas do cubano José Martí, do nicaraguense Ruben Darío, dos escritores mexicanos María Enriqueta Camarillo e Manuel Gutiérrez Nájera, e de Juana Paula Manso, escritora argentina, propomos refletir, nesse mini-curso, acerca das relações do discurso literário com o âmbito do jornalismo de fim de século, e, principalmente, da importância de certa noção de “estética” em um processo no qual formas marginalizadas e a crítica à modernização (e ao progresso capitalista) são incorporadas pela indústria cultural então emergente.

Dia: 04 e 05/12/2023 

Horário: de 10h às 13h. 

Formato: Remoto

Minicurso 08 - Leitura e retextualização de gêneros de divulgação científica na disciplina língua portuguesa do ensino fundamental

Proponente: Dra. Maria Augusta Reinaldo (PPGLE/UFCG) e  Erick Breno Silva (PPGLE/UFCG). 

Ementa: Este minicurso situa-se na linha temática Formação docente para o ensino de linguas (materna/estrangeira) e literaturas, e destina-se a professores de Língua Portuguesa dos anos finais do Ensino Fundamental e a estudantes de Graduação e Pós-graduação de Letras. Tem como objetivos: (1) Discutir os conceitos de letramento científico e divulgação científica; (2) Conceituar modelo de análise de gênero e sua didatização na perspectiva do Interacionismo Sociodiscursivo; (3) Retextualizar gêneros de divulgação científica. O conteúdo programático compreende: Letramento científico e divulgação científica. Gêneros de divulgação científica: modelo de análise e modelo didático de gênero. Atividades de leitura e retextualização. 

Dia: 04 e 05/12/2023 

Horário: de 18h às 21h. 

Formato: Remoto 

Minicurso 09 - O lúdico e a prática docente: a importância do jogo como ferramenta sociointeracionista de ensino/aprendizagem de língua portuguesa


Proponente: André Luiz da Silva (PROLING/UFPB) 

Ementa: Neste minicurso, serão explanados aspectos teóricos voltados para o uso do jogo como ferramenta de ensino/aprendizagem de língua. Serão abordados vários aspectos relacionados ao processo de aquisição da linguagem, por meio de um viés sociointeracionista, como por exemplo: o entendimento da teoria sociointeracionista sobre o processo de aquisição da linguagem humana; A linguagem humana como sendo um sistema simbólico; o significado e a palavra e a visão sociointeracionista da importância do jogo para o desenvolvimento da criança. Daremos enfoque ao uso do jogo no processo de ensino/aprendizagem do conteúdo de ortografia da Língua Portuguesa, como também sua aplicabilidade na aquisição da linguagem da criança. Além disso, neste minicurso, apresentaremos o entendimento da visão sociointeracionista sobre o desenvolvimento do processo de aprendizagem, com um olhar voltado para a importância da interação social para o desenvolvimento do ser humano. Por último, apresentaremos o exemplo de um jogo educativo como ferramenta sociointeracionista de estímulo e desenvolvimento da aquisição fala de criança, a partir dos 4 anos de idade. A relação deste minicurso com a linha temática “Formação docente para o ensino de línguas (materna/estrangeira) e literaturas” evidencia-se pelo fato de acreditarmos que no processo de ensino /aprendizagem de língua o professor tem um papel fundamental no desenvolvimento da criança, pois cabe a este profissional proporcionar um ambiente estimulante que forneça experiências enriquecedoras e divertidas para ajudar a criança a desenvolver as suas capacidades, como por exemplo, a de aquisição da linguagem. Assume-se, portanto, que a utilização de um jogo educativo é uma ferramenta sociointeracionista para o estímulo e desenvolvimento da fala criança, pelo fato de despertar processos de desenvolvimento interior do sujeito, estes que jamais ocorreriam sem o contato com o ambiente cultural e a interação com o adulto. Considera-se, ainda, que o processo de ensino/aprendizagem de língua é uma atividade que inclui a interdependência entre indivíduos, ou seja, a relação entre aquele que ensina (o adulto) e aquele que aprende (a criança). Tal atividade é uma relação social, pois na falta desta interação o aprendizado fica impedido. Desse modo, corroboramos com o pensamento de que o uso do jogo, no contexto da escola, consegui criar um ambiente atraente e prazeroso, e, ao mesmo tempo, promove a socialização e a interação da criança com o meio o qual faz parte. Assim, defendemos que o uso do jogo passa a ser uma ferramenta sociointeracionista de ensino/aprendizagem de língua portuguesa.

Dia: 04 e 05/12/2023 

Horário: de 18h às 21h. 

Formato: Remoto 

Minicurso 10 - Corpos, territórios e identidades na escrita de poetas afro-hispano-americanas

Proponente: Profa. Dra. Isabela Cristina Tavares da Silva (UEPB/UFPE-EAD) 

Ementa: Quem são as vozes da negritude na literatura hispano-americana? As historiografias literárias, programas universitários, currículos escolares e o mercado editorial colaboram ainda de forma embrionária para responder a essa questão. Na poesia, encontramos representações da escrita dissidente dessa maioria minorizada (Santos, 2020), sobretudo, na tecitura de poemas de mulheres negras e/ou queer. Neste minicurso, relacionado com a linha temática de “Identidades e memórias nas relações interculturais”, pretendemos lançar o olhar às categorias de corpo, território e identidade construídas nas linhas narrativas de quatro poetas afro-hispano-americanas contemporâneas: Cristina Gutiérrez Leal (Venezuela), Elcina Valencia (Colômbia), Nancy Morejón (Cuba) e Yolanda Arroyo Pizarro (Porto Rico). Portanto, traçamos como objetivo geral, apresentar um escopo de poetas negras afro-hispano-americanas e como objetivos específicos, compreender de que maneira em seus poemas reclamam pelo reconhecimento da sua identidade enquanto mulheres negras e discorrem a respeito das inscrições do corpo-território, bem como, debater sobre a ausência ou pouco reconhecimento dessas autorias no cenário internacional, principalmente, no contexto brasileiro. Para isso, tomamos como aporte teórico principal as contribuições de: Bernardino-Costa e Grosfoguel (2016), Gonzáles (2021), Haesbert (2020), Hall (2013), Martins (2021), Palmeira (2011) e Valero (2015, 2016). Esperamos, a partir dessa proposta, auxiliar na leitura e discussão de poetas negras hispano-americanas no ambiente acadêmico, favorecendo projeções para outras esferas sociais. Do mesmo modo, almejamos contribuir com a formação decolonial de professores de língua e literaturas hispânicas.

Dia: 04 e 05/12/2023 

Horário: de 10h às 13h. 

Formato: Presencial (UFCG)

Minicurso 11 - Nos trilhos da ABNT: reflexões sobre (in)adequações técnicas em textos acadêmicos

Proponente: Me. Antonio Naéliton do Nascimento (PPGLE/UFCG) e Juliana Marcelino Silva (PROLING/UFPB)

Ementa: Este minicurso objetiva discutir teórica e metodologicamente sobre a formatação técnica de textos acadêmicos, a qual é fundamentada, sobretudo, nas normas oficializadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Para tanto, recorre-se aos pressupostos dos Novos Estudos do Letramento (Lea; Street, 1998), bem como às Normas Brasileiras (NBR). Metodologicamente, propõe-se um espaço on-line de aprendizado, a partir de exposições dialogadas e da realização de atividades de reflexão e análise sobre formatação de textos acadêmicos, sejam estes literários ou não.

Dia: 04 e 05/12/2023 

Horário: de 18h às 21h. 

Formato: Remoto

Minicurso 12 - Tecendo gêneros da tradição oral na sala de aula

Proponente: Dr. Marcelo Vieira Da Nóbrega (PPGFP/UEPB ) e Chrisllayne Farias Da Silva (PPGLI/UEPB) 

Ementa: Este minicurso se propõe a discutir, produzir e performatizar os principais gêneros responsáveis pela produção do cordel, cantoria de repente e aboio, dentre outros, com ênfase na sextilha, sete linhas e décimas. Nesta toada, propõe-se inicialmente uma rápida análise dos critérios de julgamento que parametrizam a produção de tais gêneros da tradição oral. Em seguida, pretende-se incitar a produção de um minicordel com leituras performáticas encerrando o encontro. 

Dia: 04 e 05/12/2023 

Horário: de 10h às 13h. 

Formato: Presencial (UFCG)

Minicurso 13 - A literatura negra em sala de aula: pela prática de uma educação antirracista 

Proponente: Profa. Dra. Érica Alessandra Fernandes Aniceto (IFMG) e Profa. Dra. Pollyanna Júnia Fernandes Maia Reis (IFMG) 

Ementa: A Lei 10639/03, que incluiu no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade de se trabalhar a temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Africana”, apontou a necessidade de formação dos professores para a implementação efetiva desse tema em sala de aula. Considerando que a referida lei recomenda que a abordagem da temática enfatize a importância da cultura africana para a formação da sociedade brasileira, este minicurso visa à promoção de uma educação antirracista, discutindo a importância da literatura negra (e brasileira) no ensino de língua materna e também à proposição de reflexões sobre as práticas antirracistas a partir de vivências em salas de aula de Ensino Médio. Pretendemos, com isso, trazer discussões que possibilitem um fluxo de recriação de novos e positivos olhares sobre a cultura afro-brasileira, objetivando contribuir para a desconstrução dos estereótipos presentes em discursos que circulam na sociedade. Para tal, recorremos a autores como Jesus (1990), Evaristo (2007), Almeida (2017), Dalcastagnè (2014), Davis (2018), entre outros. 

Dia: 04 e 05/12/2023 

Horário: de 18h às 21h. 

Formato: Remoto

Minicurso 14 - Escuta em pauta – a necessidade de exercícios de compreensão de textos orais 

Proponente: Prof. Edlene Silva Oliveira e Andrade (PROFLETRAS - UFCG) e Prof. Drª Denise Lino de Araújo (PPGLE/UFCG)

Ementa: O minicurso tem como objetivo favorecer a reflexão dos docentes sobre a necessidade de promover momentos de escuta ativa de textos orais em sala de aula. Planejar, fazer a curadoria de textos orais e elaborar exercícios de análise é um desafio para o professor de todos os níveis de ensino e há carência de material didático para auxiliar o professor nessa tarefa. Sendo assim, a formação docente voltada para a compreensão dos recursos linguísticos e não-linguísticos próprios aos gêneros orais e das habilidades de escuta como objetos de ensino-aprendizagem são alvo desse minicurso. Propõe-se uma breve revisão da literatura relacionada ao tema (Dolz e Schneuwly, 2004; Marcuschi, 2008; Cruz, 2018 e Leite, 2022), uma leitura das habilidades da BNCC que indicam, de modo explícito ou implícito, o exercício da escuta, bem como a análise de como alguns livros didáticos do PNLD 2020 desenvolvem o estudo de gêneros orais. Por fim, propomos uma oficina de elaboração de atividades com vistas à compreensão e análise de textos multimodais de diferentes campos de atuação.

Dia: 04 e 05/12/2023 

Horário: de 10h às 13h.

Formato: Remoto

Minicurso 15 - As artes brasileiras como recurso para promoção de letramento crítico no ensino de português língua estrangeira 

Proponente: Lívia Santos de Souza (UNILA) e Laura Emilia Araújo (UNILA)

Ementa: Este minicurso tem como objetivo apresentar estratégias para a elaboração de sequências didáticas realizadas com alunos estrangeiros a fim de proporcionar uma reflexão sobre o desenvolvimento da competência linguística e intercultural por meio do envolvimento com aspectos culturais brasileiros de maneira prática e crítica. Pretendemos explorar algumas perguntas: Como esses materiais autênticos revisitam o passado e reimaginam o futuro? Como cada material retrata diversidade e aspectos sociais? É possível a dissolução de estereótipos por meio das artes?

Dia: 04 e 05/12/2023 

Horário: de 10h às 13h

Formato: Remoto

Minicurso 16 - Fotografias da Linguística Aplicada e suas repercussões na Formação Docente: ontem, hoje e amanhã

Proponente: Me. Paulo Ricardo Ferreira Pereira (PPGLE/UFCG), Ma. Ana Beatriz Miranda Jorge (PPGLE/UFCG), Me. Francisco Gabriel Cordeiro da Silva (UEPB)

Ementa: Este minicurso objetiva refletir sobre o estatuto da Linguística Aplicada (LA) e suas repercussões na Formação Docente (FD), discutindo sobre como se configuram e se articulam na conjuntura sociocientífica, através do mapeamento teórico-metodológico de estudos em bancos de dados acadêmicos. Essa reflexão situa a LA (inter, trans e indisciplinar) e suas interfaces com a FD, entrevendo a relação que esse campo de produção de conhecimento sinaliza para a formação de professores de línguas.

Dia: 04 e 05/12/2023 

Horário: de 18h às 21h

Formato: Remoto

Minicurso 17 - Tessituras para uma educação antirracista: as relações étnico-raciais no contexto do ensino de Linguagens


Proponente: Priscila Nunes Brazil (UEPB/UFCG) e Ma. Maria Thaís de Oliveira Batista (UEPB/UFPE)

Ementa: Este minicurso se dedica à análise das relações étnico-raciais no contexto do ensino de linguagens. Com foco na promoção da equidade e no combate ao racismo, exploraremos como o ensino de linguagens desempenha um papel fundamental nesse cenário. Serão abordados os seguintes tópicos: Reconhecimento das identidades étnico-raciais no âmbito educacional; Abordagens pedagógicas para fomentar a diversidade e inclusão nas aulas de linguagens; Desafios enfrentados por estudantes pertencentes a grupos étnico-raciais minoritários e estratégias e recursos para a formação de professores visando à promoção de uma educação antirracista.

Dia: 04 e 05/12/2023 

Horário: de 18h às 21h

Formato: Remoto

Minicurso 18 - Multiletramentos e Tecnologias Digitais no Ensino Remoto e Híbrido na Formação Docente


Proponente: Ma. Maria Lúcia Serafim (UEPB) e Ma. Telma Sueli Farias Ferreira (UEPB) 

Ementa: Discussão de teorias acerca do ensino remoto emergencial e do ensino híbrido, com as interfaces das tecnologias digitais contemporâneas na formação docente, considerando a perspectiva dos multiletramentos. Epistemologias do ensino remoto e híbrido. Multiletramentos e tecnologias digitais. Saber fazer docente e linguagem tecnológica. Interfaces: Podcast e Google Sites. 

Dia: 04 e 05/12/2023 

Horário: de 18h às 21h

Formato: Remoto

Minicurso 19 - Linguística e Literatura: contribuições e reflexões para o ensino básico.


Proponente: Profa. Dra. Beatriz Pazini Ferreira UERN); Luciana Carla da Silva Amaral (POSENSINO) e Prof. Esp. Antônio Wendel da Silva Vieira (UERN).

Ementa: O Minicurso objetiva apresentar algumas reflexões e discussões sobre a Linguística Textual referente ao texto, à argumentação, aos gêneros textuais, à interpretação de textos, à multimodalidade, à dinâmica argumentativa, dentre outros elementos do texto. O enfoque é apresentar reflexões no ensino básico na prática em sala de aula. Essas discussões se relacionam e são relevantes ao contexto de ensino de linguagens, como a linguagem da literatura popular que colaboram para o ensino contextualizado na prática docente.

Dia: 04 e 05/12/2023 

Horário: de 10h ás 13h

Formato: Remoto

Minicurso 20 - Discurso, ideologia e resistência: uma introdução à abordagem materialista pecheutiana


Proponente: Dr. Washington Silva de Farias (UFCG-PPGLE), Ma. Vanda Késsia Gomes Galvão Lacet (UFCG-PPGLE) e Ma. Ariane Silva da Costa Sampaio (PPGLE/UFCG/UECE).

Ementa: O minicurso visa discutir pressupostos e conceitos da Análise de Discurso de orientação pecheutiana que possibilitam a construção de dispositivos de leitura acerca da relação entre discurso, ideologia e resistência. Para isto, trataremos dos conceitos de língua, ideologia, sujeito, sentido, interpretação, condições de produção e funcionamento dos discursos, bem como da compreensão discursiva do político e da resistência. Os pressupostos e conceitos serão ilustrados analiticamente a partir de materialidades de discursos em circulação nas mídias digitais. 

Dia: 04 e 05/12/2023 

Horário: de 10h ás 13h

Formato: Remoto

Minicurso 21 - Gestos de leitura sobre materialidades digitais


Proponente: Ma. Lucinéia Oliveira (PPGlin/UESB) e Monik Milany Santos Santana (PPGlin/UESB)

Ementa: A partir das noções teóricas da Análise de Discurso (AD) pêcheuxtiana, o minicurso aborda os gestos de leitura de diferentes materialidades discursivas no digital e seus efeitos de circulação. O arquivo analisado é formado por materialidades digitais sobre pandemia, doenças negligenciadas, racismo e movimento de apoio à escolha da primeira ministra negra do STF. A metodologia abrange: (a) discussão de conceitos, (b) batimento (descrição/interpretação) das materialidades e (b) proposta de exercício com os inscritos.

Dia: 04 e 05/12/2023 

Horário: de 18h às 21h

Formato: Remoto

Minicurso 22 - A língua materna dos surdos no estado democrático de direito


Proponente: Ma. Emmanuella Faissalla Araujo Da Silva (UFCG)  e José Tiago Ferreira Belo (UFCG)

Ementa:  Público alvo: surdos e ouvintes sinalizantes, público em geral.
A Carta Política brasileira vigente, regida através da forma do regime Democrático de Direito, o qual garante ao cidadão o exercício pleno de seus direitos, mediante a efetivação de suas Leis, elencou em seu art. 5º, um rol copioso de princípios fundamentais ao sujeito humano. Tornando-se, dessa forma, imprescindível que o Estado garanta a proteção de tais direitos aos cidadãos brasileiros (artigo 5º, da CF).
Tendo em vista a importância substancial do tema aqui proposto e a integração e alcance dos surdos numa sociedade justa e igualitária, faz imperioso uma reflexão acerca da questão situada dentro do âmbito das Identidades e memórias nas relações interculturais. Neste debate, propõe uma breve análise sobre o surdo e sua identidade, bem como os aspectos culturais da comunidade surda. Em seguida, sugere-se uma linha do tempo em relação as leis inseridas no ordenamento jurídico pátrio e com ênfase no regramento legislativo brasileiro.
Mediante e interpelação sobre a história e a identidade surda num contexto social e cultural o tema abarca as especificidades das identidades e memórias nas relações interculturais frente ao cenário linguístico que o surdo é exposto. Para tanto, a inserção do tema a linha temática escolhida possibilita embates acadêmicos sobre os movimentos e lutas da comunidade surda e suas conquistas na esfera legislativa e judicial.
Em virtude disso, se propõe em apresentar no minicurso a perspectiva do legislador pátrio originário na elaboração da Constituição Federal de 1988 e suas implicações nas leis elaboradas após a sua publicação. Além disso, explicando na linha do tempo das leis, sugere-se anotações quanto as ações e influências da comunidade surda no Congresso Nacional brasileiro para elaboração de pautas destinadas para as pessoas visuais-sinalizantes.  Aliado a isso, o tema a língua materna dos surdos no estado democrático de direito se torna um assunto pertinente em razão de algumas conquistas relacionada a primeira língua dos Surdos a L1 que no Brasil é amplamente conhecida como a Língua Brasileira de Sinais -Libras. Tal modalidade linguística, visual sinalizante, é reconhecida como meio legal de comunicação e expressão e está inserida no sistema de regras e gramática própria. E por tais razões existem peculiaridades própria do seu sistema “lingüístico de transmissão de idéias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil” (BRASIL, 2002). Dessa forma, a Língua Brasileira de Sinais é caracterizada como uma conquista do povo surdo brasileiro, por meio de movimentos e manifestações que pressionaram parlamentares e senadores para a aprovação e o reconhecimento legal da Libras como um meio de comunicação e expressão entre surdos, ouvintes e surdoscegos sinalizantes.

Dia: 04 e 05/12/2023 

Horário: de 10h às 13h

Formato: Presencial (UFCG)

Minicurso 23 - Do ITEMNET À FVNEXA: o que o letramento digital tem a ver com isso? 


Proponente: Dra. Fabia Sousa de Sena (SEDEC-PB), Ma. Raissa Goncalves de Andrade Moreira (UFPB) e Me. Oriosvaldo de Couto Ramos (SEE-PE)

Ementa: Este minicurso justifica-se pela necessidade de refletir a formação do docente na era digital, especialmente após a pandemia de Covid-19. Explora as Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) e seu impacto, bem como as Ferramentas Virtuais não exclusivas à Aprendizagem (FvNexA) que têm contribuído para o ensino. O curso visa mostrar como as FVNexA podem ser eficazes na educação híbrida e no ensino remoto em linguagens, enquadrando-se na linha de pesquisa 5.

Dia: 04 e 05/12/2023 

Horário: de 18h às 21h

Formato: Remoto

Minicurso 24 -A representação das figuras femininas e o ressoar das narrativas mitológicas greco-romanas na contemporaneidade


Proponente: Marcelle de Lemos Vilela Quirino(Mestranda - UFCG) e Profa. Dra.Viviane Moraes de Caldas (UFCG)

Ementa: Neste minicurso serão lidas e discutidas algumas narrativas mitológicas presentes na obra Metamorfoses, de Ovídio, nas quais aparecem personagens do sexo feminino que sofrem algum tipo de ação violenta, que hoje classificamos como violência de gênero. Nosso intuito é trabalhar tais narrativas a partir do viés feminista e analisar como o poeta romano mostra, nas entrelinhas do texto, o flagelo das mulheres romanas na antiguidade clássica. Essas mulheres, nas passagens que serão trabalhadas, tiveram suas vozes silenciadas pelo abuso que sofreram, o qual se materializava por vezes na metamorfose de seus corpos. Consideramos importante o estudo de textos clássicos, pois ao olharmos para o passado podemos entender como o sistema patriarcal vigente até os dias atuais consolidou ideias misóginas na sociedade de forma que as reproduzimos na contemporaneidade. Consideramos necessário problematizar o porquê, por exemplo, de sempre haver uma instrução implícita e, por vezes explícita, de que a mulher deve sempre andar acompanhada por uma figura masculina, bem como da necessidade do público feminino sempre ser impelido a constituir família e gerar de forma compulsória filhos. Ao analisarmos as narrativas mitológicas percebemos que essas instruções têm uma origem mais antiga e que se corporificava no modo como a sociedade clássica via e tratava as mulheres. Com isto, será possível também compreendermos o cenário atual no qual presenciamos um número relevante e crescente de casos de violência contra a mulher.

Dia: 04 e 05/12/2023 

Horário: de 10h às 13h

Formato: Remoto

Minicurso 25 - A torre de Babel e a diversidade de línguas no mundo


Proponente: Profa. Dra. Josilene Pinheiro-Mariz (UFCG), Profa. Dra. Angela Erazo Muñoz (UFPB) e Prof. Fábio Rodrigues da Silva (UFCG)

Ementa: Esse minicurso tem como objetivo a sensibilização aos estudos da Intercompreensão com foco nas Línguas Românicas (IRL) com o intuito de desenvolver embrionariamente capacidades e mecanismos para intercompreender diferentes línguas, visando a criação de empatia e respeito pelas línguas e culturas diferentes da materna. Para tanto, propõe-se o trabalho prático com gamificação a partir de uma abordagem plural, que pode estimular o desenvolvimento da compreensão oral e escrita em textos de LE.

Dia: 04 e 05/12/2023 

Horário: de 18h às 21h

Formato: Remoto

Minicurso 26 -  Mapas mentais e organizadores gráficos no trabalho com a (re)escrita em sala de aula


Proponente: Monique Galdino Queiroz (UFPB)

Ementa: Pesquisas e trabalhos que remontam à necessidade de se perceber a escrita como uma atividade processual, socialmente situada e relacionada a contextos de produção específicos, não são raros. Nessa perspectiva, o ato de escrever passa a ser encarado como uma atividade composta por etapas interligadas, que são necessárias à escrita de um gênero: planejamento, escritura e reescritura (KATO, 2003). Essas etapas oferecem ao escritor oportunidades para a construção e para o fortalecimento de capacidades de linguagem frente aos gêneros que terá de escrever. No entanto, na condução do trabalho com a escrita em sala de aula, surgem desafios para professores e alunos, que envolvem desde etapas mais remotas, como o planejamento, à revisão e à escrita final das produções. Diante desse cenário, alguns instrumentos se apresentam como forma de possibilitar o desenvolvimento de capacidades linguísticas nos alunos, a exemplo dos mapas mentais e organizadores gráficos. Os mapas mentais, preconizados pelo psicólogo Tony Buzan (2005), são diagramas visuais, utilizados para capturar e para sistematizar informações. Cada vez mais frequentes no âmbito acadêmico-estudantil, esses mapas visam a instrumentalizar os aprendizes a compreender conteúdos complexos, de maneira que os alunos sejam capazes de obter um panorama sobre o seu objeto de estudo, desenvolvendo o raciocínio lógico e o encadeamento entre as partes da informação. Semelhantemente, os organizadores gráficos permitem organizar dados e pensamentos de maneira visual, evidenciando a relação ou a hierarquia entre eles. A partir do exposto, objetivamos, neste minicurso, evidenciar como os mapas mentais e organizadores gráficos podem auxiliar o professor no trabalho com a (re)escrita em sala de aula, apresentando possibilidades de uso dessas ferramentas nos momentos de planejamento, escrita e reescrita. Para tanto, além das contribuições de Buzan (2005) sobre os mapas mentais e organizadores gráficos, valemo-nos da perspectiva de Bronckart (2012) para delimitar em quais níveis do folhado textual (infraestrutura, mecanismos e mecanismos enunciativos) essas ferramentas podem atuar e quais capacidades de linguagem podem mobilizar, a saber: capacidades de ação, capacidades linguísticas e linguístico-discursivas (DOLZ, SCHNEUWLY, 2004). Utilizaremos, na proposta, organizadores gráficos e mapas mentais disponíveis em domínio público, destinados ao trabalho com textos diversos. Espera-se, entretanto, que os participantes observem que essas ferramentas, muitas vezes, incidem prioritariamente sobre a arquitetura geral do texto, mais especificamente no que diz respeito a sua planificação geral, mobilizando do aluno exclusivamente capacidades discursivas. Assim, o papel do professor é imprescindível, cabendo a ele fornecer aos alunos o contexto de produção, os gênero e as demais informações que se relacionam ao trabalho com as capacidades de ação e com as capacidades linguístico-discursivas. Dessa maneira, esta proposta de minicurso se vincula à linha temática 3: “Formação docente para o ensino de línguas”, uma vez que se volta a instrumentalizar os professores para a condução da escrita em uma perspectiva processual em sala de aula, orientando-os a utilizar ferramentas de maneira reflexiva e situada à sua realidade.

Dia: 04 e 05/12/2023 

Horário: de 18h às 21h

Formato: Remoto

Minicurso 27 - O trabalho imaterial das mulheres na literatura contemporânea


Proponente: Dra. Silvanna Kelly Gomes de Oliveira (UEPB)

Ementa: O trabalho imaterial é a produção de subjetividade que se expressa através da linguagem, dos afetos, dos pensamentos, da comunicação e de outras abstrações do sujeito trabalhador ou não, diferenciando-se do trabalho material que se utiliza da mão de obra como modus operandi. Os dois conceitos de trabalho estão relacionados, embora um não dependa do outro. Estudado nas Ciências Sociais, essa demanda subjetiva de trabalho atravessa a Crítica Literária e a Literatura Contemporânea, não apenas se hibridizando com os conceitos construídos em torno da literatura, mas também fazendo surgir um debate produtivo no que se refere às mulheres. Esse grupo, por sua vez, para além das questões já trabalhadas na Crítica Feminista e no Feminismo Decolonial, turbilhona a questão de gênero que surge na literatura através de personagens que se constituem pela crise de identidade, pela fragmentação de ações, pelo desmonte de vozes centralizadas, pelas demandas de trabalho invisibilizadas. São figuras que ganham novas nuanças se analisadas do ponto de vista também linguístico-literário, uma vez que a própria categoria “personagem” deve ser revista. Dessa forma, o objetivo do minicurso se pauta na defesa de que o trabalho imaterial é a potência das personagens mulheres da literatura contemporânea, produzido ao largo – ou dentro – do sistema capitalista, a partir de obras como Torto Arado (2019), de Itamar Vieira Junior; Tudo é rio (2014), de Carla Madeira; O peso do pássaro morto (2017), de Aline Bei; A mãe da mãe de sua mãe e suas filhas (2019), de Maria José Silveira; o corpo e o caleidoscópio (2022), de Thays Albuquerque, entre outras obras. Para tanto, o minicurso propõe demonstrar quais as rasuras existentes nos debates acerca da literatura contemporânea, sendo comum, logo, encontrar modos de ler repetitivos e alheios às novas demandas dessa literatura, a partir das elucubrações de Garramuño (2015), Alves (2021), Dalcastagnè e Elbe (2017), Dalcastagnè (2012), entre outros. Acerca do trabalho imaterial – produção de subjetividade – em suas múltiplas visões, origens e relações, me pautarei em autores como Lazzarato (2014; 2019), Gorz (2005), Castiano (2018), Negri (2003), entre outros. No que alude ao imaterial, desta vez produzido sobretudo pelas mulheres dentro da literatura, desterritorializando o seu “papel” como potência ou como espaços previsíveis, me colocarei a partir das ponderações de Foucault (2014), Lazzarato (2021), entre outros. Ademais, para questionar os conceitos da identidade fixa e dos essencialismos da “mulher” enquanto dialética da pós-modernidade, com o intuito de perceber o risco que se corre ao acreditar em uma resolução da problemática de gênero, me basearei nas ideias de hooks (2019), McLauren (2016), Woodward (2013), Hall (2019), Lugones (2014), Gonzalez (2020), Ribeiro (2018), entre outros. Desse modo, o minicurso traz um recorte da discussão do trabalho imaterial como um convite à leitura das obras contemporâneas, aprofundando-se na abordagem das personagens mulheres, bem como nos seus recortes de raça, gênero, sexualidade, posição geográfica, classe social, no que tange à voz narrativa e às brechas dos discursos. Isso reafirma um diálogo intercultural, decolonial e feminista da literatura com a produção da subjetividade, fenômeno da contemporaneidade.

Dia: 04 e 05/12/2023 

Horário: de 10h às 13h. 

Formato: Presencial 

Minicurso 28 - É fato: o ensino de transitividade desconstrói fakenews em sala de aula!


Proponente: Tiago Aguiar Rodrigues (UFPB) e Maria Luísa de Moura Azeredo (UFPB)

Ementa: O minicurso visa apresentar uma proposta pedagógica de análise de textos de fakenews a partir da transitividade escalar (HOPPER; THOMPSON, 1980). Defendemos que a transitividade escalar representa um avanço em relação ao modelo tradicional de ensino de transitividade, o qual se baseia em verdades predeterminadas sobre um suposto número fixo de participantes ao redor do verbo. Assim, a transitividade escalar pode contribuir para que os alunos compreendam melhor a intrínseca relação entre sintaxe e discursos, em especial os veiculados em textos de desinformação. 

Dia: 04 e 05/12/2023 

Horário: de 10h às 13h. 

Formato: Remoto

Minicurso 29 - Literatura de autoria de mulheres: possibilidades de abordagens para a sala de aula


Proponente: Jaqueline Vieira de Lima (IFES) e Andréia Rafael de Araújo (SEEC/RN)

Ementa: O ensino de Literatura, tradicionalmente, tem sido pautado no estudo de textos canônicos, em sua grande maioria, de autoria masculina, deixando à margem a vasta produção literária de mulheres. Pensando nessas questões, propõe-se, neste minicurso, a leitura e discussão de contos de autoria de mulheres, apresentando possibilidades de como esses textos podem ser trabalhados nas aulas de Literatura no Ensino Médio. Pretende-se, assim, apontar caminhos de práticas leitoras que foquem na formação de leitores críticos e conscientes. 

Dia: 04 e 05/12/2023 

Horário: de 10h às 13h. 

Formato: Remoto

Minicurso 30 - ANÁLISE LINGUÍSTICA: perspectivas para a abordagem da Língua Portuguesa


Proponente: Profa. Cícera Alves Agostinho de Sá (UECE)

Ementa: A tradição gramatical, presente em aulas de Língua Portuguesa, baseia-se em princípios lógicos, a partir do Século XVII, com o advento da Gramática de Port Royal, incorrendo no Ensino Normativo, que apresenta um conjunto de regras e normas para se escrever corretamente. No Século XX, com o advento do Estruturalismo, a norma deu lugar à descrição da língua, resultando no Ensino Descritivo. Ainda no Século XX, o advento de teorias linguísticas com foco na construção de sentidos incorreu no Ensino Produtivo, que vem sendo trabalhado no contexto escolar, da Educação Básica, concomitante aos demais tipos de ensino abordados nesta proposta. Nessa perspetiva, este minicurso objetiva analisar constructos teóricos e encaminhamentos para o investimento no trabalho com a análise linguística, com base nas contribuições de Geraldi ([1984] 2006), Bezerra e Reinaldo (2013), além de Mendonça ([2006] 2022), estabelecendo uma relação com as orientações legais constantes na Base Nacional Comum Curricular (2017) para o trabalho com a prática de linguagem Análise Linguística/Semiótica. O procedimento metodológico selecionado para este minicurso equivale à sequência didática, com base em Schnewuly e Dolz (2004), adotando como foco a produção de sentidos, que se processa a partir da abordagem teórica e categorização de atividades, que no escopo da análise linguística podem ser tipificadas como atividades linguísticas, epilinguísticas e metalínguísticas. A pertinência desta abordagem está atrelada à necessidade de se discutir novas possibilidades para o trabalho com a Língua Portuguesa, por meio de atividades interativas, reflexivas e sistematizadoras, contribuindo com a ampliação da construção de sentidos. 

Dia: 04 e 05/12/2023 

Horário: de 10h às 13h. 

Formato: Remoto

Minicurso 31 - Interfaces do romance contemporâneo: da crítica à sala de aula 


Proponente: José Weslley Barbosa de Lima (PPGLE/UFCG) 

Ementa: A narrativa brasileira contemporânea tem demonstrado uma incrível capacidade de renovação, alcançando grande pluralidade de temas e formas. Do romance em versos ao hibridismo de uma prosa que já não se contenta em seguir esquemas tradicionais; da expressão dos anseios das minorias à escrita de si, tudo tem dado romance. Se, na primeira metade do século XX, autores como Adorno (2003) e Benjamin (2012) previram uma iminente “morte da narrativa”, a grande verdade é que ela está mais viva do que nunca, inclusive dando vez e voz a grupos e problemáticas que antes não tinham espaço nos meios literários. É por isso que um autor mais recente, como Julián Fuks (2021), conclui sua obra taxando de histeria qualquer tentativa de apontar um possível fim para o romance. Mas, como superar a mera discussão teórica e trabalhar toda essa pluralidade em sala de aula? Como levar um gênero longo como o romance para o contexto da Educação Básica, com seu calendário sempre tão apertado? Como despertar nos alunos o interesse pelas narrativas longas? E, principalmente, como fazer a leitura se transformar em experiência enriquecedora com as obras? Essas e outras perguntas fazem parte do cotidiano dos professores de língua portuguesa, o que mostra, por um lado, o interesse em trazer novos textos para sua prática e, por outro, a necessidade de se expandir a formação dos professores, dando-lhes a possibilidade de conhecer um pouco mais riqueza da literatura contemporânea e apresentando metodologias de trabalho no contexto escolar. Neste minicurso, pretendemos discutir algumas facetas do romance contemporâneo, bem como propor estratégias de trabalho com o gênero nas aulas de língua portuguesa. Nossa abordagem visa, primeiramente, entender como o romance se tornou um dos principais porta-vozes do indivíduo contemporâneo, constituindo-se em espaço de inventividade, denúncia e afirmação. Em segundo lugar, pretendemos, a partir de exemplos, discutir metodologias que possam auxiliar o professor a romper algumas barreiras e realizar um trabalho significativo, participativo e transformador com o romance em sala de aula. Para tanto, tomaremos como referências, além das obras já citadas, as de Jauss (2012), Iser (2002), Stierle (2002), Jouve (2002), Colomer (2007), Silva (2016) e Wood (2017).

Dia: 04 e 05/12/2023 

Horário: de 18h às 21h

Formato: Remoto