PRÁTICA DE TRADUÇÃO: TEXTO LITERÁRIO E(M) EXPANSÃO INTERPRETATIVA (sala 201)
Liliam Cristina MARINS (PLE/UEM)
Resumo: o objetivo deste minicurso é promover reflexões sobre o papel do tradutor e da tradução de textos literários enquanto possibilitadores de expansões interpretativas (MONTE MÓR, 2015; 2017; 2018) de seus “originais”. Nesse viés teórico-prático, a tradução pode ser abordada como um transgênero (SOBRAL, 2014), justamente por ser um texto inevitavelmente transformado, heterogêneo, outro. Discussões como esta são uma oportunidade para pensar a tradução segundo uma perspectiva crítica, desestabilizando (pré)conceitos que envolvem, em especial, a sacralização da literatura (enquanto texto canônico) e suas interpretações.
ANÁLISE E PRODUÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO: A CONTRIBUIÇÃO DA ANÁLISE DO DISCURSO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES(AS) DE LÍNGUA ESTRANGEIRA (sala 202)
Joyce Palha Colaça (UFS)
Resumo: Nesta oficina, objetiva-se discutir e compreender a construção de sentidos em materiais didáticos de língua estrangeira a partir da perspectiva discursiva pêuchextiana (PÊCHEUX, 1960; 1988). Serão discutidos temas de interesse para a os estudos atuais – gênero, raça, política, escola, ciência, etc. – que contribuem para a educação linguística e para a formação de professores (as) de línguas estrangeiras em nossa sociedade. Após as discussões inicias sobre os temas em tela, propõe-se pensar em como construir/ produzir materiais resultantes do trabalho de análise.
HISTÓRIA E MEMÓRIA NA FORMAÇÃO CRITICA DE PROFESSORES (sala 203)
Andréa Machado de Almeida Mattos (UFMG)
Resumo: Recentemente, estudos sobre memória têm interessado pesquisadores ao redor do mundo em várias áreas do conhecimento, incluindo a Linguística Aplicada. Nesta oficina, abordaremos a influência das memórias de eventos históricos, especialmente aqueles definidos como traumáticos, sobre a formação da identidade dos professores de línguas. Segundo vários autores, identidade e memória estão intricadamente relacionadas e recebem influências de experiências coletivas que podem constituir eventos históricos. Os participantes terão acesso a relatos de experiências narradas sobre eventos históricos ditos traumáticos, ao mesmo tempo em que poderão narrar suas próprias histórias e experiências. Essas narrativas serão o foco da oficina e os participantes poderão manipulá-las e analisa-las num ambiente de promoção do pensamento crítico e reflexivo sobre a formação de professores de línguas no Brasil.
EDUCAÇÃO PARA OS MEIOS: PRODUÇÃO MIDIÁTICA E A SALA DE AULA DE INGLÊS (sala 205)
Rodrigo Esteves de Lima Lopes (UNICAMP)
Resumo: Partindo do pressuposto que nossas vidas são mediatas por processos tecnológicos diversos, a recepção e produção midiática podem ser importantes caminhos para o desenvolvimento de diversas atividades de produção oral e escrita. Esta oficina tem por objetivo discutir as interfaces entre a educação para os meios e o ensino de inglês, de forma a refletir e apontar caminhos para agregar as práticas midiáticas cotidianas à sala de aula de língua estrangeira em uma pedagogia baseada em projetos.
ENSINO DE LÍNGUAS EM UMA PERSPECTIVA DECOLONIAL (sala 206)
Rosane Rocha Pessoa (UFG)
Resumo: Será que nós, professoras/es e alunas/os de línguas no Brasil, reconhecemos a colonialidade e a decolonialidade em nossas ações? Para refletir sobre essa questão, discutiremos o que é o pensamento decolonial e, com base nessa discussão, analisaremos os seguintes aspectos do ensino de línguas: metodologia, livro didático, concepção de língua, concepção de conhecimento, identidade de professoras/es de línguas, identidade de alunas/os de línguas e avaliação. Em seguida, traremos exemplos de práticas pedagógicas que se pautam por perspectivas decoloniais e, por fim, as/os participantes desenvolverão propostas de atividades que podem ser usadas para confrontar colonialidades do ser, do saber e do poder em sala de aula de línguas.
TRANSLANGUAGING: DEBATENDO CONCEITOS, PERCURSOS E POSSIBILIDADES PARA A EDUCAÇÃO LINGUÍSTICA (sala 207)
Ruberval Franco Maciel (UEMS)
Resumo: Neste minicurso, pretendemos apresentar e discutir aspectos teórico-metodológicos relacionados à perspectiva translíngue, a fim de problematizar sua contraposição com teorias e noções de cunho normativo que têm geralmente orientado a educação linguística. Para tanto, serão abordadas questões alinhadas às teorias de linguagens sob a ótica de variados autores, entre eles Canagarajah (2013; 2017), García e Li Wei (2014), García, Johnson e Seltzer (2017).
ENSINANDO LÍNGUAS ESTRANGEIRAS DE FORMA CRÍTICA: ALGUMAS PRÁTICAS POSSÍVEIS (sala 301)
Alessandra Fukumoto (Mestre pela USP)
Leina Jucá (UFOP)
Resumo: O que é ensinar língua estrangeira (LE) de forma crítica? Como preparar aulas e atividades voltadas a estimular a criticidade dxs nossxs alunxs? Como aplicar essas atividades e qual posicionamento devemos adotar diante dos debates resultantes dessas atividades? Esta oficina foi pensada em duas etapas. A primeira visa discutir qual o conceito de criticidade que temos em mente quando falamos em uma aula de LE crítica, levando em conta as bases teóricas que nos nortearam para o estabelecimento deste conceito e quais expectativas temos em relação a essa aula. Em um segundo momento, iremos discutir e produzir atividades didáticas partindo de temas atuais, com o intuito de exercitar a elaboração de materiais que estimulem um debate crítico e cidadão dentre xs nossxs alunxs.
FORMAR PROFESSORES DE LÍNGUA INGLESA EM TEMPOS DE CURADORIA DIGITAL E SUPERDIVERSIDADE (sala 302)
Orlando Vian Jr. (UNIFESP)
Resumo: As tecnologias móveis têm trazido impactos significativos para o campo da formação de professores de inglês, afinal, a língua inglesa tem um papel relevante em processos de internacionalização e tem presença marcante no dia a dia de distintas comunidades, cuja comunicação ocorre geralmente por meio de tecnologias móveis. A partir de uma perspectiva linguística múltipla e complexa, o objetivo deste minicurso é discutir, tomando-se por base a experiência dos participantes, a presença da língua inglesa nas mais diversas comunidades de prática pela perspectiva da superdiversidade linguístico-cultural e das práticas de curadoria digital e como estas podem ser implementadas nas salas de aula e trazer significativas contribuições para o campo de formação de professores de inglês e suas práticas pedagógicas.