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Vários estudos recentes referem claras evidências de uma maior eficácia na combinação de terapias farmacológicas e terapias psicológicas para intervenção na Depressão Major, Perturbação de Pânico, Perturbação Obsessiva-compulsiva e Ansiedade social. Visto que esta modalidade combinada facilita a adesão terapêutica, contribui para melhores resultados a longo prazo e diminui o risco de recaídas ou abandono terapêutico.


O psicofármaco atua no sintoma, a psicoterapia nas causas desses sintomas e na forma como se perceciona a doença e o processo de intervenção. Ajuda ainda a perceber quais padrões de comportamento/pensamento possuímos que podem conduzir ao agravamento de estados depressivos, por exemplo, e ajuda a encontrar ou restabelecer soluções para tornar esses pensamentos/comportamentos mais adaptativos.


A forma como pensamos reflete como nos sentimos e como nos comportamos

(Aaron T. Beck)


Logo, a longo prazo estas reestruturações dos meus pensamentos e visões do problema, poderão ajudar-me a lidar com situações semelhantes que possam ocorrer no futuro. Ficando desta forma, mais preparada/o para o seu enfrentamento.

Apenas intervindo no alívio do sintoma, descurando do fator que o causou, pode propiciar, no futuro, que esse sintoma ocorra novamente. Em algumas situações, é necessário que esse sintoma se atenue, para possibilitar/otimizar a intervenção psicológica e perceção da causa.


Dados de 2000 a 2018, evidenciam um aumento muito pronunciado no consumo de antidepressores em Portugal. Em 2000, não ultrapassava os 100 milhões e em 2018 quase atingiu os 400 milhões. Sabe-se que os efeitos secundários adversos conhecidos são variados.

Ainda assim, para diferentes tipos de antidepressores e psicoterapias, e para cada pessoa, existem diferentes graus de eficácia no tratamento de perturbações depressivas e ansiosas. É necessário uma adequação a cada caso, o seu contexto socioeconómico e a sua tolerabilidade a cada modalidade de intervenção, etc.

Esclareça-se bem com a/o profissional que a/o segue, sobre efeitos secundários, e vantagens das intervenções de forma a avaliar em conjunto sobre o que melhor resulta e o que pode não estar a resultar de todo.


É importante investir na saúde mental, nas modalidades que melhor a si se adequam 💙


Bibliografia:

Redondo, C. (2020). “Sugestões para mitigar o elevado consumo de antidepressivos e ansiolíticos em Portugal. Universidade de Coimbra. Consultado em: https://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/92922/1/Relat%c3%b3rios%20de%20Est%c3%a1gio%20e%20Monografia%20-%20Catarina%20Redondo.pdf

Estrela, M. (2019). As Políticas de Saúde Mental e o Consumo de Psicofármacos. Universidade de Coimbra. Consultado em: https://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/90050/1/As% 

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