IMPORTÂNCIA

Contexto

O desenvolvimento da plataforma Sapientia foi feito com foco na atuação em sala de aula, como ferramenta de auxílio, facilitação e aprimoramento das atividades do professor, assim como, uma ferramenta de engajamento dos alunos. Para atender a esse objetivo, os serviços do Sapientia abordam não só o professor e alunos de forma isolada, mas sim a sala de aula como um todo, contemplando os diferentes tipos de interação que compõem o ambiente escolar: Professor-Sala, Professor-Aluno, Professor-Professor, Aluno-Professor e Aluno-Aluno.

Nesse sentido, foram levantadas as seguintes hipóteses sobre o uso do Sapientia em sala de aula:

  1. Hipótese 1: Alunos se tornam engajados nas aulas através do uso dos elementos de gamificação do sistema, como por exemplo, pela possibilidade de ganhar SapiensCoins (moeda virtual do sistema);
  2. Hipótese 2: Alunos vão realizar mais atividades propostas através de desafios gamificados;
  3. Hipótese 3: Média geral das turmas que estão validando o Sapientia irá aumentar em comparação com as turmas que não estão validando o Sapientia;
  4. Hipótese 4: A turma vai utilizar, ativamente, a feature de doação no período de validação do Sapientia.

O levantamento destas hipóteses foi feito no contexto do primeiro ambiente de validação que foi apresentado: a ECIT Monsenhor José da Silva Coutinho, com a participação de 7 professores e um total 256 alunos utilizando a plataforma. No entanto, após a primeira semana de validação ocorreu a crise endêmica do COVID-19. Com a declaração oficial de suspensão das atividades nas escolas pelo governador, planejamos uma nova forma de continuar as atividades e utilizar a situação atual para avaliar 2 pontos diferentes dos que haviam sido planejados: O foco no lançamento de desafios aos alunos e o ensino à distância, com ênfase na continuidade da interação professor aluno.

Devido as mudança do cenário de validação, as hipóteses 3 e 4 foram arquivadas para um próximo ciclo de validação. Ambas se baseiam em uma atividade contínua com a turma e na existência de turmas presenciais, de forma que os resultados não são condizentes e não refletem um cenário próximo do real. Assim explicado, o novo quadro de hipóteses foi composto por:

  1. Hipótese 1: Alunos se tornam engajados nas aulas através do uso dos elementos de gamificação do sistema, como por exemplo, pela possibilidade de ganhar SapiensCoins (moeda virtual do sistema);
  2. Hipótese 2: Alunos vão realizar mais atividades propostas através de desafios gamificados;
  3. Hipótese 3: O professor consegue manter o contato, monitorar o desempenho e propor atividades para a turma em uma situação de ensino a distância.

Levantamento de dados

Como ponto de partida, antes mesmo de iniciar o período de validação, a partir de 26/02/2020, buscamos compreender a posição de outros professores do ensino básico a respeito de tecnologias em sala de aula, metodologias ativas, protagonismo do alunado e outros fatores trabalhados pelo Sapientia.

Foi lançado um forms em grupos do WhatsApp e grupos do Facebook, com a finalidade de atingir o maior número de professores possíveis. Foram obtidas 1650 respostas de professores do ensino básico, de diversas regiões do país. Algumas respostas acabam por entrar em contradição, entre o apontado pelo gráfico e as respostas por escrito dos professores, portanto, podemos deduzir que a margem de erro desses dados, levando em consideração a realidade em sala de aula, é consideravelmente alta.

Em sua grande maioria, ou seja, 73,9% dos professores declararam que "concordam plenamente" ou "concordam" quando perguntados se fazem uso de metodologias de ensino que priorizam tornar os alunos protagonistas em sala de aula. Em contrapartida, quando questionados quais são essas metodologias, alguns respondem que fazem uso das novas metodologias ativas, com o uso de gamificação, sala de aula invertida, Design Thinking entre outros. Todavia, a grande maioria ainda apresentam soluções que podem ser apontadas como tendências pedagógicas tradicionais e que ainda partem da estrutura hierárquica que coloca o professor como centro do processo de aprendizagem. Exemplos disso é visível quando professores afirmam que essas metodologias são formadas por “Aulas explicativas expositivas debates discussões”, “Páginas nas redes sociais que abordam os assuntos”, “Aulas dinâmicas, utilização de filmes, músicas, danças e debates” entre outros.

Nota-se uma lacuna entre o entendimento do professor acerca do papel do aluno enquanto protagonista, assim como a necessidade de uma ferramenta que auxilie o mesmo nesse processo de ênfase das ações do aluno, com a necessidade de registro acessível e com dados disponíveis aos professores, alunos e responsáveis. Acreditamos que, uma vez que esses dados estejam disponíveis, o protagonismo do aluno é fomentado, pois, a responsabilidade dos dados é retirada da alçada do professor e disponibilizada à alçada do aluno, ação presente nas metodologias de vanguarda de ensino, a exemplo das metodologias ativas.

Quando perguntados acerca do uso das metodologias ativas, 19,4% afirmaram concordar plenamente com o questionamento sobre o uso de Metodologia Ativas em sala de aula e 38,8% optaram por apenas concordar com a afirmação. Mais uma vez temos uma maioria confirmando o uso de metodologia ativas, porém, quando nos debruçamos em suas respostas abertas, outra vez notamos confusão teórica entre as respostas do gráfico e as respostas escritas.

Tivemos como respostas afirmações como “Pesquisa e debates”, “Uso de mídias, exercícios individuais e em equipe”, “Utilizando laboratórios de informática com jogos , questionários etc”, “Trabalho em grupo e interdisciplinar de alguns conteúdos”, “Estímulo da participação crítica, tecnologias ao serviço da educação”, “Trabalho cooperativos e seminário”, “Problematização do assunto”, entre outros. Não é o foco do nosso trabalho discutir a validade ou não dessas metodologias, apenas demonstrar, a partir da análise dos dados, que encontramos lacunas em nosso nicho, que envolvem o problema de como uma parcela deles enxergam as metodologias empregadas em sala de aula e como elas de fato são efetivadas.

Nesse sentido, a necessidade de uma ferramenta que torne esse processo claro e facilite ao professor maneiras de desenvolver sua avaliação qualitativa, com recursos que venham a somar ao uso de novas metodologias, como as metodologias ativas, por exemplo, é de suma importância. É nessa lacuna que entendemos a importância do SAPIENTIA, uma vez que seu uso intuitivo viria a consolidar as metodologias do professor com a possibilidade de registro e engajamento do aluno, tornando-o efetivamente protagonista do seu processo de evolução durante o ano letivo.