Nesta 1° edição da SAPGGEO, contaremos com três mesas redondas, contemplando diferentes temas relevantes na atualidade e reunindo profissionais com experiência nos respectivos temas.
Confira abaixo a relação de temas abordados e convidados para cada mesa redonda.
Data e Local: 01/10, Auditório 11 - Bloco F - Pavilhão Reitor João Lyra Filho, UERJ (Campus Maracanã)
A exploração de petróleo e gás na Bacia da Foz do Amazonas emerge como um tema de significativa controvérsia no cenário ambiental brasileiro e global. Essa região, detentora de uma biodiversidade exuberante e ecossistemas frágeis, como manguezais e recifes de coral, enfrenta a iminente ameaça de impactos ambientais decorrentes de atividades exploratórias. A problemática central reside no delicado equilíbrio entre o potencial econômico da exploração de hidrocarbonetos e os riscos inerentes a essa atividade. Por outro lado, especialistas argumentam sobre o potencial de geração de empregos e receitas para a região e para o país. A exploração de novas reservas pode impulsionar o desenvolvimento econômico local e reduzir a dependência de importações de petróleo e gás. O tema nos convida a refletir sobre as prioridades do desenvolvimento e a urgência de transicionar para fontes de energia mais limpas e sustentáveis. A preservação da biodiversidade única dessa região e a mitigação das mudanças climáticas demandam um olhar atento e responsável sobre o futuro energético do Brasil.
Confira abaixo os convidados para esta conversa:
Prof. Dr. Mário Soares
Alberto G. Figueiredo Jr. (1947). Geólogo, graduado pela UFRJ (1973), Mestre em Geologia Marinha pela UFRGS (1975), Ph.D. em Geologia e Geofísica Marinha pela Universidade de Miami, EUA (1984), Pós-doutorado na State University of New York (SUNY at Stone Brook), EUA, (1991). Prof. titular aposentado do Depto. Geologia e Geofísica da UFF (1984-presente). Coordenador brasileiro do projeto internacional Amasseds na plataforma continental do Amazonas (1989-1991).
Possui graduação em Oceanografia pela UERJ em 2000 e doutorado em Oceanografia Biológica pelo Instituto Oceanográfico da USP em 2007. Atualmente, ocupa a posição de Professor Associado na Faculdade de Oceanografia da UERJ, desde 2012, e exerce a coordenação do Núcleo de Estudos em Manguezais (NEMA/UERJ). Com mais de 25 anos de experiência em projetos de pesquisa e extensão na zona costeira, ele tem se dedicado ao estudo e conservação dos manguezais. Ao longo de sua carreira, participou de projetos em diversos estados brasileiros, abrangendo uma ampla gama de tópicos relacionados aos manguezais, como ecologia, bioprospecção de fármacos, sequestro/estoque de carbono, mudanças climáticas, poluição e apoio às comunidades tradicionais. Além disso, tem desempenhado um papel fundamental na gestão e conservação de unidades de conservação marinhas, visando proteger e preservar os ambientes marinhos. Desde 2012, dedica seus esforços ao avanço da tecnologia de escaneamento tridimensional a laser terrestre para a caracterização da estrutura e composição da vegetação nas florestas de mangue. Seu objetivo é desenvolver novas metodologias que permitam uma compreensão mais aprofundada da ecologia florestal nesses ecossistemas. Essa abordagem inovadora tem o potencial de contribuir significativamente para o conhecimento e conservação dos manguezais.
Data e Local: 02/10, UERJ (Campus Maracanã)
O termo geoética no universo acadêmico, através das pesquisas científicas, e na indústria, pelos processos exploratórios, transcende a avaliação intelectual, econômica e técnica. A geoética demanda uma análise profunda das implicações éticas na busca e extração de recursos da Terra, reconhecendo a intrínseca conexão entre humanidade e geossistemas, clamando por respeito a seu valor intrínseco. Nesse contexto, questionamentos cruciais sobre os impactos ambientais a longo prazo, os efeitos nas comunidades locais e as responsabilidades de empresas e governos na mitigação de danos e garantia de benefícios justos se tornam centrais, com a transparência e o diálogo aberto como pilares. A geoética também impele a considerar a justiça intergeracional, buscando um equilíbrio entre as necessidades presentes e a responsabilidade de legar um planeta saudável. Nesse contexto, a geoética torna-se um componente essencial para uma atuação profissional responsável e sustentável, integrando valores éticos em cada etapa dos projetos exploratórios, alinhando a busca por recursos com a preservação, a prosperidade com a responsabilidade, e o presente com o futuro.
Confira abaixo os(as) convidados(as) para esta conversa:
Possui graduação em Geologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (2010) e especialização em Geologia do Quaternário e mestrado em Geociências, ambos pelo Museu Nacional/UFRJ (2017 e 2019). Atuou na área de Geotecnia, e desenvolve atividades e pesquisas principalmente nos seguintes temas: geoconservação, patrimônio geológico, educação em geologia, divulgação das geociências, geoparques, formação de professores, geoética. Atualmente é técnica do Museu Nacional/UFRJ na área de gerenciamento de coleções do Setor de Geologia Sedimentar e Ambiental do Departamento de Geologia e Paleontologia.
Físico pela Uerj (1986), mestre em Geofísica Espacial pelo INPE (1990) e doutor em Biociências Nucleares pela Uerj (1998). Professor do Departamento de Biofísica e Biometria da Uerj. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geocronologia e Mudanças Climáticas no Quaternário. É perito da IAEA-FAO/ONU para Mudanças Climáticas Globais. Índice H-21. Atua em 2 programas de pós-graduação: PPGEcologia e Evolução e PPGGeociencias, ambos da Uerj. Atua no Programa Antártico Brasileiro há 35 anos, tendo realizado 27 missões antárticas. É o coordenador Científico do laboratório Criosfera 1 na Antártica Central.
Engenheira geóloga, mestrado em Geologia Ambiental, doutorado em Geociências e especialização em Jornalismo Científico. Pós-doutoranda junto ao Departamento de Infraestrutura e Ambiente no Laboratório de Cartografia Digital da UNICAMP. Pesquisadora Convidada do Centro de Estudos da Favela (CEFAVELA/UFABC).
Data e Local: 03/10, UERJ (Campus Maracanã)
A saúde mental é crucial para pós-graduandos no ambiente acadêmico dinâmico e exigente, onde a imersão em pesquisas complexas, prazos, busca por financiamento e a pressão por resultados frequentemente levam a altos níveis de estresse, ansiedade e depressão, condições que podem ser intensificadas pela cultura do produtivismo focada na quantidade em detrimento do bem-estar. Além disso, ocorrências de assédios morais e sexuais fragilizam a saúde mental dentro das Universidades, especialmente entre pós-graduandos vulneráveis a orientadores ou superiores, minando sua autoestima, confiança e segurança, agravando questões psicológicas. Isto por sua vez, pode prejudicar o desempenho no trabalho e leva ao medo de buscar ajuda por receio de represálias e danos à carreira, perpetuando o sofrimento. Instituições de ensino superior devem priorizar a saúde mental com apoio psicológico acessível, canais seguros de denúncia para assédio com investigação rigorosa, e uma cultura que valorize a qualidade, a colaboração e o respeito. A criação de um ambiente saudável é fundamental para o sucesso dos pós-graduandos, reconhecendo a saúde mental como essencial para a excelência e sustentabilidade acadêmica e científica.
Veja abaixo os convidados para esta mesa redonda:
Luana Scheid é psicóloga formada pelo IBMR, com especialização em Orientação Familiar e se especializando em Terapias Baseadas em Evidências. Atualmente, faz parte da equipe do Integrar Terapia Cognitiva com atendimentos clínicos. Além disso, ministra palestras sobre saúde mental no ambiente corporativo.
Ana Carolina Faria, 24 anos, formada em Biotecnologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Mestranda em Ciências Biomédicas - BIOTRANS e pesquisadora na área de células neoplásicas pulmonares.
Possui graduação em Geologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2010), mestrado em Análise de Bacias e Faixas Móveis pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2012) e doutorado em Análise de Bacias e Faixas Móveis pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2016). Atualmente é Professora Adjunta no Departamento de Mineralogia e Petrologia Ígnea da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, atuando em temas como Petrologia Ígnea, Granitogênese, Granitos Rapakivi e Geologia do Cráton Amazônico.