Ficha 19

Ficha de Inventário 19 - Estrutura Arquitetônica e Urbanística

Nome do imóvel: Cervejaria Polar

Endereço: Rua Pinheiro Machado, 307 - Centro

Localização Geográfica e Imagem de satélite do entorno:

Fonte: https://www.google.com/maps/@-29.5026273,-51.9678036,406m/data=!3m1!1e3

Propriedade: Prefeitura de Estrela, Rhodos Implementos e Vítor Fritch

Situação da ocupação: Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Projetos Sociais, Indústria de Implementos Rodoviários e Marina.

Relevância Histórica: Segundo Schierholt (2002), a Cervejaria foi fundada em dez de Outubro de mil novecentos e doze, sob o nome de “Sociedade em Comandita Júlio Diehl & Cia”. sendo que o atual prédio foi inaugurado em mil novecentos e quarenta e nove. A importância econômica para a cidade é incalculável. Bem como o reconhecimento, a nível nacional, por ter sido berço da cerveja Polar. Em 2006 o complexo foi desativado, sendo vendido para a Prefeitura Municipal, que posteriormente vendeu uma parte dele para uma empresa de implementos rodoviários e outra, em dois mil e vinte e dois, para um investidor, a fim de fazer no local uma marina. Ainda segundo Schierholt (2002), a história da Cervejaria Polar  se funde com a história do município de Estrela. A empresa foi devidamente registrada em dezesseis de Abril de mil novecentos e quatorze sob o nome Júlio Diehl e Cia LTDA. Uma das primeiras marcas de cerveja, produzida pela fábrica, na então rua Marechal Deodoro nº 296, foi a Aurora – Cerveja tipo Bavária. Em 1919, a Cervejaria passou a denominar-se Kortz, Dexheimer & Cia., sob a gerência de Luiz Inácio Müssnich. Fritz ou Francisco Droll era o mestre ou o técnico da fábrica. A marca mais conhecida foi a marca Estrella - cerveja tipo Pilsen. Em dez de Maio de mil novecentos e vinte e cinco foi lançada a cerveja Estrella Stout. A Cervejaria Estrela alterou a razão social de Kortz, Dexheimer & Cia para a responsabilidade individual de Luís I. Müssnich, a partir de 1-1-1928. Ele administrou a empresa até seu falecimento, em 1935, passando a administração para a viúva Amália Ruschel Müssnich, até 1946. Surgida em 1938, com a vinda de mestres cervejeiros alemães, a Bock Polar é a mais antiga entre as cervejas deste padrão produzidas no Sul do Brasil. Outras passaram pelo mercado, mas saíram da linha, deixando a tradicional cerveja escura sozinha até que surgisse a Kaiser Bock. Em 1945, sob a razão social de Cervejaria Estrela S. A., a firma foi incorporada por um grupo de santa-cruzenses, sob a liderança de Jean Hanquet e Ricardo Scherer. O rótulo de 1962 trazia Cerveja Polar Chopp - Cinqüentenário 1912-1962 - Polar S. A. Ind. Com. e Agr. Estrela – Santa Cruz do Sul – Guaporé. A matriz estava em Santa Cruz do Sul e a Maltaria da Polar, na filial de Guaporé. Produzia também a Casco Escuro e a Malzbier Polar. Igualmente eram produzidos os afamados refrigerantes Água Estrela, Soda Laranja, Gasosa Cristal, Água Tônica e Guaraná Frisante. Como dito anteriormente, o prédio atual data de 1949, sendo que em 1962 foi ampliada a planta em quatro mil e quinhentos metros quadrados. Integravam a diretoria Arnaldo José Diel, Edgar Gründling e Arno C. Binz. A filial de Estrela estava sob a gerência de Odilo A. Thomé, tendo como assistente Flávio Jaeger. O Diário Oficial, de 31-1-1969, publicou a ata da Assembléia Geral Extraordinária, de 21-10-1968, que aprovou a alteração de sua razão social da Polar S/A – Indústria, Comércio e Agricultura para Cervejaria Polar S/A. Em 1972, a Cervejaria Polar foi comprada pela Antártica. Em 1999, ocorre a fusão das marcas Brahma e Antártica, surgindo a Companhia de Bebidas das Américas (AMBEV). Em vinte de Abril de dois mil e seis fecha definitivamente a fábrica de Estrela, que, desde dois mil e dois estava apenas engarrafando a bebida produzida na cidade de Montenegro. A empresa chegou a contabilizar a maior arrecadação do município e mais de oitocentos funcionários na sua planta. Em dezoito de Dezembro de dois mil e sete o Legislativo autorizou a compra, por parte do município, do complexo da Polar, por um milhão e quatrocentos mil reais. As vias públicas que foram cedidas e fechadas pela Polar e ficavam dentro do complexo foram “devolvidas” aos munícipes, além dos prédios e da estação de tratamento de água. Juntamente com a prefeitura, parte do complexo foi adquirido pelo grupo Conpasul, que instalou a fábrica de implementos rodoviários, Rhodoss. Em outubro de dois mil e oito as ruas foram definitivamente abertas à circulação da comunidade.  

Documentação fotográfica: