Sustentabilidade do Restauro Automóvel
Economia Circular
A economia circular é um conceito estratégico para a RB e surge no conjunto de medidas já adotadas para a mudança de paradigma económico – contribuímos para a mudança de um sistema linear de produção e consumo, assente na erosão de capital natural, para um sistema restaurador e regenerativo, procurando preservar a utilidade e valor dos recursos (materiais, energéticos) pelo máximo tempo possível, salvaguardando os ecossistemas e sociedade civil.
Extensão do ciclo de vida das viaturas
O restauro automóvel pelo seu contributo na extensão do ciclo de vida das viaturas integra-se na tipologia dos sustainable business models. De acordo com estudos científicos https://www.scientificamerican.com/article/when-used-cars-are-more-ecofriendly/ a pegada ecológica (consumption-based carbon foot-print) aplicada ao restauro de veículos com interesse histórico é significativamente inferior àquela que seria de considerar no caso do abate. Note-se que a maioria destes veículos são compostos por matérias primas com elevada qualidade e longevidade (desde os estofos sem couro, tabliers em madeiras de mogno e outras de caráter nobre, às ligas metálicas), mas, muitas vezes, sem a possibilidade de serem recicladas.
Privilegiamos fornecedores e parceiros locais para a prática do restauro evitando, assim, custos de transporte e deslocações
Eficiência Energética
Sistema Fotovoltaico reflete a visão da empresa na contribuição para as metas carbónicas até 2030; neste caso todo o sistema digital e suas infraestruturas são alimentados por esta unidade de produção de energia.
Modelo de negócio da RB assenta na desmaterialização e transformação digital
Possibilidade do cliente acompanhar o restauro em tempo real em se deslocar à oficina através do Hub Experimental Grasurit
Ler mais - Este projeto contribui ainda para a economia circular no sentido em que concorre para a extensão do ciclo de
vida dos produtos.
O projeto em causa é centrado na refabricação de componentes para o restauro de automóveis clássicos, ou
seja, de “interesse histórico”. Veículos com interesse histórico têm mais de 30 anos, estão ou pretendem estar
em bom estado de conservação e não são meio de transporte do dia-a-dia.
Estudos encomendados pela FIVA a uma consultora independente em 2016 revelam que são responsáveis por 0.08 de viagens dos seus
utilizadores correspondente a 0,07 da distância percorrida pelos veículos modernos, pelo que o seu impacto
em termos de emissões com efeito de estufa é quase nulo.
Ainda que por ignorância se associe os impactos ambientais dos clássicos aos automóveis velhos, tal não se
verifica sendo de reter que a perpetuação dos veículos de interesse histórico têm um impacto na economia
circular, podendo ser integrado na tipologia dos sustainable business models (Cooper, 2005; Gregson and
Crang, 2015). Este impacto manifesta-se no prolongamento do ciclo de vida destes produtos. De acordo com
estudos científicos https://www.scientificamerican.com/article/when-used-cars-are-more-ecofriendly/ a
pegada ecológica (consumption-based carbon foot-print) aplicada ao restauro de veículos com interesse
histórico é significativamente inferior àquela que seria de considerar no caso do abate. Note-se que a maioria
destes veículos são compostos por matérias primas com elevada qualidade e longevidade (desde os estofos
em couro, tabliers em madeiras de mogno e outras de caráter nobre, às ligas metálicas), mas, muitas vezes,
sem a possibilidade de serem recicladas. Saliente-se a low-carbon illusion plasmada na lógica de que abater e
construir de novo é a melhor opção; este é, de facto, um enviesamento dos tempos modernos
que tem de ser ultrapassado.
Quanto aos materiais utilizados e ao próprio processo produtivo do restauro deve considerar-se que têm um
impacto ambiental muito reduzido. No que respeita às emissões gasosas, destaque-se o ínfimo impacte das
poeiras e dos gases com efeito de estufa provenientes do tratamento da chapa e da pintura relatados nas
análises periódicas das amostragens de emissões gasosas para o setor automóvel. Os
resultados do setor automóvel demonstram o enquadramento nos Valores Limite de Emissão (VLE) tendo por
base a legislação aplicável à data no que respeita às partículas em suspensão, concentração de gases e
partículas, caudais mássicos e velocidade de escoamento.
Em relação aos líquidos, todas as tintas e produtos de tratamento da chapa da BASF são áqua solúveis, desde o início dos anos 90.
Já o nível de sinistralidade destas viaturas estão no patamar esperado para os Sistemas de Segurança
Inteligentes projetados para a Europa, pela que a probabilidade de sofrerem colisão e serem reparados em
contexto oficinal, com recurso a substituição de peças e outros materiais descartáveis é reduzida. Atesta esta
realidade a salvaguarda da entrada dos veículos históricos nos centros da cidade pela política de transportes
da maioria das cidades europeias que assim confirmam a sua importância e do setor de negócio que gira em
seu entorno.
De notar ainda que o estilo de vida/perfil de consumidor do novo cliente do restauro está associado aos
segmentos da população com atitudes e conhecimentos pró-ambientais. Tal pode ser inferido dos seus
elevados níveis de escolaridade, pelo que são os mesmos que mais frequentemente adotam comportamentos
pró-ecológicos nas suas escolhas modais para as deslocações quotidianas e de outra natureza.