Quem somos, a nossa história e no que acreditamos
Quem somos?
A R3 é uma rede de âmbito nacional, que junta pessoas que usam drogas (PUD), pessoas que fazem trabalho sexual (TS), organizações, profissionais e especialistas na área Redução de Riscos e Minimização de Danos (RRMD).
Com uma abordagem pragmática e humanista, são características essenciais da R3 a ligação às comunidades das pessoas que usam drogas e fazem trabalho sexual, a centralidade da intervenção comunitária e o espírito de solidariedade entre pessoas, organizações e profissionais com interesse e intervenção na área da RRMD.
O nosso objetivo passa por combater a discriminação, promover a dignidade e os direitos humanos, e trabalhar em conjunto para encontrar soluções práticas que incluam todas as pessoas.
Acreditamos que, ao trabalhar diretamente com as comunidades, podemos garantir que ninguém fique à margem da sociedade.
A R3 – Riscos Reduzidos em Rede – nasceu em novembro de 2004 impulsionada por um projeto europeu de nome REZOLAT que visava promover a constituição de redes entre projetos e profissionais da área da Redução de Riscos e Minimização de Danos (RRMD) e pela mão de dois investigadores da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto, Luís Fernandes e Marta Pinto, tendo tido a APDES também um papel essencial de suporte à criação e funcionamento da rede.
Em 2025 a R3 é composta por 36 membros - 26 organizações e 10 membros individuais
1. Partilhar experiências entre membros com vista à capacitação e formação de pessoas envolvidas na RRMD bem como a promoção da implementação de boas práticas
2. Promover a partilha de recursos técnicos, institucionais, de cooperação e articulação entre membros
3. Fomentar e representar a RRMD enquanto área de intervenção, quer nos seus pressupostos filosóficos e metodológicos quer nas suas condições de operacionalização no âmbito das políticas de saúde e sociais, particularmente das políticas das drogas e trabalho sexual
4. Reconhecer e aprofundar o saber vivido e o saber empírico de quem trabalha na área da RRMD sobre as comunidades e as práticas de intervenção
5. Promover a participação das PUD, TS e de outros públicos vulneráveis, para a garantia dos direitos humanos e de cidadania
6. Sensibilizar a comunidade e decisoras/es políticas/os para o desenvolvimento de políticas públicas e respostas comunitárias de RRMD, informadas pela ciência e Humanismo.
A R3 baseia o seu funcionamento nos Princípios Fundamentais dos Direitos Humanos, Participação e RRMD:
Todas as pessoas têm direito à igualdade e não discriminação;
Todas as pessoas têm direito ao mais alto padrão de saúde física e mental;
Todas as pessoas têm direito a participar de forma significativa na implementação e avaliação de leis, políticas e práticas;
Todas as pessoas têm direito a beneficiar do progresso científico e das suas aplicações;
Todas as pessoas têm direito à privacidade;
O direito à saúde aplicado às políticas de drogas e trabalho sexual inclui o acesso, a título voluntário, a informação e serviços de RRMD;
A RRMD traduz um conjunto de princípios onde se reconhece que o uso de substâncias psicoativas é um comportamento intrinsecamente humano e complexo, sendo a tónica colocada na qualidade de vida das pessoas e comunidades e não na abstinência per se.
A RRMD reconhece também que há um conjunto de determinantes sociais da saúde, como a pobreza, o racismo, a criminalização, o isolamento social, o trauma ou a discriminação, que têm um impacto no bem-estar das pessoas e comunidades, podendo contribuir para a agudização das vulnerabilidades experienciadas.