Informação em excesso dá indigestão?
A arte de selecionar, organizar e dar sentido aos fragmentos de informação.
Para nós, do Projeto Pílulas, essa é uma explicação simples, mas que transmite um pouco do que entendemos como “curadoria de conteúdo”. Explica o que tentamos fazer por aqui: selecionar, organizar e dar sentido às informações, entregando uma possibilidade de conhecimento sobre determinado assunto relacionado à vivência das mulheres.
Não é uma definição que está nos dicionários, mas que se aproxima do significado do curador de arte, "pessoa responsável pela organização e manutenção das obras de arte em museus", segundo o dicionário online Dicio.
"aquele que tem a incumbência de organizar, providenciar a conservação de obras de arte em museus", segundo o dicionário Michaelis.
Entendemos que, assim como um(a) curador(a) de museu, um(a) curador(a) de conteúdo vai olhar para as informações (no caso do museu, as obras de arte), vai selecionar aquelas que fazem sentido para a construção de um conhecimento (no caso do museu, a construção de uma mostra) e vai organizá-las para contar uma história, para transmitir uma mensagem.
Não se trata de listas, rankings, top 5, passo a passo, nem de fórmulas mágicas para acessar o conhecimento.
Tem mais a ver com a ideia de reconhecer que existe um mar de informações e que, por esse volume ser tão grande, é preciso aprender a navegá-lo. Navegar sabendo onde se está e onde quer chegar. Navegar com segurança, com foco na qualidade e não na quantidade.
Como Michael Bhaskar explica no livro “Curadoria”:
“Num mundo de coisas demais, é essencial selecionar, escolher e reduzir. No contexto do excesso, curadoria não é só um modismo. Ela dá sentido ao mundo.”