Greta Thunberg começa a faltar às aulas, uma vez por semana, para se manifestar frente ao parlemento sueco em prol do clima.
65.000 pessoas manifestam-se em Bruxelas para pedir a ratificação do acordo de Paris pelo governo Belga, em Polónia. A oposição do governo regional flamenga faz com que a Bélgica não assina nada.
Greta Thunberg fala no encontro de governantes europeus, na cimeira do clima, na Polónia:
Bruxelas Bélgica
Na Flandres forma-se um movimento de escolares de 3º ciclo / secundário que apelam pelas redes sociais a faltar umas horas por semana à escola como forma de protesto contra os políticos que não se envolvem o suficiente com as medidas contra as alterações climáticas.
Anuna De Wever e Kyra Gantois quiseram copiar o exemplo de Greta Thurnberg.
Perto de 3000 jovens faltam às aulas e manifiestam em Bruxelas e em Kortrijk, de forma perfeitamente pacífica. Os jovens apelam para fazer este tipo de manifestações todas as semanas.
Relativo à Bélgica, na imprensa on line destacou:
RTBF (televisão francófona belga) 3000 élèves (Vale a pena suportar os 20 segundos de publicidade no início - a reportagem é muito boa)
Em inglês: Xinhua.net
Traduzido para Francês: VRT (televisão neerlandesa belga)
Hoje os escolares são 12.500 a se manifestar, faltando durante meio dia às aulas.
Escolares na Suíçamobilizam-se
Já juntam estudantes universitários e escolares do 5º e 6º ano (escola primária).
Cada vez mais francófonos também participam.
Muitas direcções já não consideram falta para quem vem à manifestação.
Foi convocado uma manifestação para domingo também para mostrar que não manifestam para faltar a escola mas que manifestam para defender políticas serias relativamente ao clima.
Hoje, são 35.000 a se manifestar
Com imagens em francês e neerlandês durante a manifestação, em direto: klimaatspijbelaars
A imprensa internacional fala dos escolares belgas:
Para mostrar que não protestam só para protestar, ou só para faltar às aulas, os jovens associam àalerta lançada ao mundo político, clips com testemunhos práticos de o que fazem pessoalmente para reduzir a sua pegada carbónica(que passaram no telejornal flamengo belga).
Os escolares dizem querer manter para já pressão até as eleições de maio (que na Bélgica são do governo federal também) e sugerem que jovens de outros países se organizem também - como alguns fizeram (na Holanda, na Austrália, na Alemanha).
Docentes burocratas, que se demitiram da função de educador e só querem aplicar normas para que a voz incómoda deixa de ser ouvido, argumentam que os escolares não podem faltar às aulas, porque isto lhes prejudica o futuro.
Os jovens respondem que faltar ao planeta tira-lhes o futuro.
Muitos adultos, incluindo políticos dizem que os jovens podem e devem protestar, mas não nos dias em que têm aulas.
Os jovens respondem que faziam parte dos 65.000 que protestaram no domingo anterior à cimeira na Polónia, e que não foram ouvidos pelos políticos. Argumentam que nestes casos os adultos recorrem à greve. Dizem que têm que recorrer também à greve, uma vez que se trata do futuro dos jovens e que nem sequer podem votar para os adultos que estão empenhados em assegurar este futuro.
O mundo políticobelga está perplexo perante a capacidade organizava dos jovens e a sua defesa por uma causa.
Muitos políticos utilizam palavras tranquilizadoras, dizem que já fizeram muito, afirmam que estão aí para dar esperança para um futuro melhor e que não se pode embarcar num pensamento catastrófico. Os jovens contrapõem que tem uma atitude realista, e que continuar a dizer que se faz muito, quando nem se quer se alcance as metas estabelecidas não é só perpetuar o problema, como é irresponsável. Pedem que os adultos assumem a sua responsabilidade.
Como avô, sinto me feliz de ver esta mensagem:
Como jovem que era, sinto me triste. Greta esta a dizer basicamente o que dizia o grupo de jovens do qual eu fazia parte quando tinha a idade de Greta, em 1972. Tínhamos acabado de ler o então relatório do clube de Roma. Foi em 1972.
Globalmente, o valor do dinheiro falou mais alto do que o valor da ética cosmopolita, em todos estes anos…
Como avô sinto me feliz de saber que crianças e jovens continuam a apontar a falta de ética de muitos que têm poder e dinheiro.
Terão que ser mais e mais perseverantes do que o nosso grupo de jovens era, porque têm menos tempo do que nós tínhamos para fazer pressão e parar o suicídio coletivo para o qual estamos a levar os netos dos nossos netos.
Espero que tenham a força para o fazer e espero poder ajudá-los, dizendo que resistem, que não se deixem amedrontar pelos adultos do mundo afortunado que fará tudo para manter os privilégios de poucos à custo de muitos. Para eles, um mundo com uma décima da população mundial assistida por uma generalizada inteligência artificial é um cenário possível e passível, desde que são eles os dez porcento de sobreviventes.
Greta tem esta clarividência, e aponta simplesmente o dedo:
Chove. Intensamente, com momentos.
70.000 pessoas estão na rua, para exigir uma atuação mais pro-ativa dos políticos e da sociedade civil em relação ao clima. Perto de 50.000 vieram de comboio.
A ativista de 17 anos, Anuna De Wever, que iniciou há 3 semanas as quintas-feira de faltas, responde ao convite dos políticos belgas para organizar debates entre jovens (um representante por concelho) e peritos do clima:
Uma foto-reportagem de cartazes apresentados, feito pela televisão belga flamenga (muitos são de fácil entendimento, mesmo se não percebem flamengo :) mostram o grande envolvimento:
Os jovens que faltam às aulas em defesa do clima mobilizaram pais, mães, tios, tias, avôs e avós. A agencia do escolar informado produziu aqui um momentumque resulta numa concentração de 70.000 pessoas.
O economista Paul de Grauwe (London school of economics) argumenta para já pela implementação de três medidas:
favorecer o nuclear para a produção de electricidade, porque evite a libertação de CO2
terminar os city tripso mais que possível
taxar os milionários em 70 a 80 %.
Muitos políticos só querem ouvir falar da primeira medida.
3400 cientistas belgas assinam e divulgam uma carta aberta, para encorajar os jovens em continuar e não baixar os braços publicado. A maioria dosdiários da imprensa belga publica a carta, que pode ser lida aqui, também em inglês.
Os jovens voltam a rua, em pequenas manifestações locais. Ao todo são 30.800, com três grandes concentrações: Bruxelas: 12500 jovens; Liege: 15000 jovens;
Leuven: 3500 crianças da escola primária mobilizadas por uma turma que pediu a sua professora se podiam ir a Bruxelas. Trata-se de uma turma da escola de Zevensprong, uma escola Freinet, com um currículo assente numa pedagogia socio-construtivista próxima do modelo de trabalho do Movimento da Escola Moderna.
A professora fez observar às crianças que era complicado com a idade de 9, 10, 11 anos, apanhar sozinhos o comboio para ir à Bruxelas. A turma fez uma mobilização local, a partir da edição de um video. Convidou-se também o presidente da Câmara de Leuven Mohamed Ridouani, do partido socialista. Este juntou-se às 3500 crianças de 19 escolas na praça do município em Leuven, para as ouvir.
Entretanto, o primeiro ministro agenda pela segunda vez uma reunião com os jovens.
De mais esta quinta-feira de mobilização, pode-se ver nesta reportagem em neerlandês
(Imagens esta manhã Leuven - escolas primária — 3500 crianças com as professores - Entrevista a professora de quem as crianças organizaram o protesto e chamaram colegas através de um pequeno filme de mobilização. Convidaram também o presidente da câmara para estar com eles.
Na entrevista com uma das jovens mais velha, em Bruxelas, esta explica que ela e muitos colegas fazem em casa as tarefas que deveriam ter feito na escola nos dias que faltam para poderem continuar a faltar às aulas às quintas.
O canal da televisão flamenga para crianças (Ketnet)entrevista crianças e escolares (2º video da página - trata-se de 1 1/2 minuto legendado. Pode-se experimentar a tradução automática.
Fiz uma pequena pesquisa em fontes de informação on line:
BBC News world Europe Brussels
ABC News thousands skip school
SF Cronicle 4th climate march
Daily Herald Thousands skip school
REDDIT 15.000 student join the youth
Planet genius children skip school to demonstrate
Youth for climate Facebook page
7sur7 Greta Thunberg: les belges sont des héros
7sur7 30.850 jeunes marchent pour le climat
Quote: À Bruxelles, le comité d'initiative de la pétition "Déclarons l'état d'urgence environnemental" a appelé ce jeudi "tous les fonctionnaires et employés du public travaillant à Bruxelles à rejoindre la manifestation des jeunes pour le climat pendant leur pause de midi”.
7sur7 Youth for Climate lance une plateforme pour collecter les idées citoyennes
La Vanguarda manifestation Bélgica jovenes
El Mundo Pellas por el clima:
Austrália schoolstrike for climate
Até a data encontrei duas notícias on line em Português:
RTP on line faltar às aulas para o clima
Euronews jovens belgas voltam a marcha
Foi anunciado que Leonardo Dicaprio colocou uma mensagem de apoio aos jovens no Facebook. Os jornalistas falam de milhares de "likes". Quando fui conferir a noticia, havia 803 pessoas a partilhar a noticia.
Obrigado Rita Alves, por me fazer chegar explicações da Greta Thunberg num artigo da Visão para o qual remeto aqui (fundo da página)
Foi anunciado a constituição de uma associação de empresários, peritos do clima, aossociações da sociedade civil e universidades, com o nome "Sign for my Future". Querem pressionar o governo belga para incentivar o investimento em ramos empresarias que trabalham sobre formas duradouras de preservação do ambiente e de redução efetiva da atividade noçava do ser humano sobre o clima. Guy Weyns é porta-voz.
( O texto é interessante, mas a publicidade é bastante invasiva.
Deixo a ligação para que o leitor possa controlar o acesso).
Mais de 10.000 crianças e escolares manifestam-se nas ruas Leuven. O presidente da Câmara acolha as suas reinvidicações.
Em Buxelas é a vez dos estudantes do ensino superior de se manifestar. Contam com aproximadamente 5000 pessoas
Há manifestações também em outras cidades. Ao todo foram por volta de 20.000 jovens e crianças a irem para a rua.
Encontrei na página oficial da televisão pública flamenga a tradução de uma noticia de há duas semanas - (clique na imagem para ver o pequeno exerto do telejornal - a conversa é em inglês):