Atualmente, o orçamento destinado à Cultura no Município de Fortaleza é baixo e mal distribuído, resultando na concentração da verba em poucos pontos da cidade, localizados principalmente na região central. Na Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor), a Mandata Nossa Cara realiza ações e proposições legislativas que buscam democratizar e difundir a cultura na cidade, fortalecendo a diversidade cultural, os equipamentos de cultura e as atividades já existentes nas periferias da capital.
A atuação da Mandata no Eixo da Cultura visa ainda fomentar projetos de valorização da cultura material e imaterial da população negra da cidade. Nesse sentido,temos o compromisso de fortalecer os espaços e coletivos auto-organizades de artistes negres, LGBTQIA+ e de juventudes, principalmente nas periferias, priorizando o fomento e a ampliação das políticas públicas para a juventude.
Direito à cidade é um dos eixos estruturantes da atuação da Mandata Nossa Cara. Expressa em si um conjunto de outros direitos, como o direito à moradia digna, o direito de ir e vir para trabalhar, estudar ou usufruir do que a cidade pode oferecer. É o direito de viver com dignidade a nossa identidade, sem opressões, o direito a territórios vivos e livres, com condições socioambientais e de infraestrutura adequada. Compreende ainda o direito à produção cultural, ao trabalho, à educação, à saúde e ao lazer.
A amplitude do direito à cidade também é sobre o direito ao exercício da participação direta nas casas legislativas e direito à crítica sobre as gestões públicas. O debate popular das políticas públicas é fundamental para construção do bem viver, sobretudo para o povo negro, periférico e trabalhador.
Desta forma, o Grupo de Trabalho foca a atenção nos territórios de periferia e suas demandas, unindo forças às organizações políticas e sociais que atuam nesses locais, realizando lutas e resistências.
O compromisso com a Educação e com crianças e adolescentes fortalezenses é um dos principais eixos da nossa atuação. Essa é uma das mais importantes pautas para fortalecer as trincheiras das lutas populares, dos direitos humanos e da democracia, para que a juventude negra e periférica esteja viva e bem.
É preciso reconhecer que crianças e adolescentes são sujeitos de direitos e que a educação é um dos direitos mais fundamentais. Profissionais da educação são essenciais para a promoção das transformações sociais, na luta por uma educação não sexista, antirracista, acessível e não LGBTfóbica. A defesa dessas pautas foram as linhas políticas nesse difícil período político.