DO CÉU À TERRA.
DO CÉU À TERRA.
OUTRA MÁRTIR DA JUSTIÇA.
ESCREVI EM 30 DE JULHO DE 2009:
OUTRA MARTIR DA JUSTIÇA CEIFADA PELOS ASSASSINOS DA VIDA.
OS PODEROSOS DA RÚSSIA, PUTIN NA CABEÇA, DEVERIAM RESPONDER.
OS GRANDES PODEROSOS DA MÁFIA RÚSSA SE ESCONDEM COMO COVARDES E VELHACOS. MAS VIRAR O TEMPO EM QUE A JUSTIÇA LANÇARÁ LUZ SOBRE OS CORDEIROS QUE FORAM SACRIFICADOS.
SIM, O TEMPO VEM.
Giorgio Bongiovanni.__
Estigmatizado.
Sant’Elpidio a Mare – Itália, 30 de Julho de 2009.
ASSASSINADA A ATIVISTA RUSSA DE DIREITOS HUMANOS
NATALYA ESTEMIROVA.
Natalya Estemirova. Foto tirada em 2007.
A diretora da organização Pro Direitos Humanos Memorial na república da Chechênia, Natalya Estemirova foi encontrada morta na República da Iugusetia, após ser sequestrada cna apital chechena, Gozni.
Estemirova havia sido sequestrada na manhã desta quarta-feira 15 de julho de 2009 por desconhecidos depois de sair de sua casa, assegurou um porta-voz do Memorial em Moscou. Mais tarde foi achada morta com vários disparos na cabeça e no peito, citou a agência Interfax à promotoria russa.
O presidente Dmitri Medvedev reagiu com indignação e ordenou aos investigadores que esclareçam o crime, segundo a mesma Interfax. Uma porta-voz do Kremlin considerou que há muitos indícios que apontam que a ativista foi eliminada por seu trabalho em defesa dos direitos humanos.
Estemirova lutava pelos desprotegidos na Chechênia.
Estemirova de 50 anos, era considerada uma comprometida lutadora pelos direitos humanos na conflitiva Chechênia, igualmente à reporte Anna Politkovskaya, assassinada em 2006. Ambas eram críticas ao Kremlin e escreviam regularmente no diário Novaya Gaseta, de tendência opositora.
Estemirova informou durante a guerra na Chechenia sobre os numerosos crimes cometidos contra a população civil, em muitos casos com consentimento do Estado.
Também revelou numerosos casos de sequestros e torturas na convulsa república russa, sobre tudo por parte da milícia do presidente checheno, Ramsan Kadyrov, e ajudou as famílias na bisca dos desaparecidos.
Criticada pelo presidente checheno.
A historiadora levava anos recebendo ameaças por parte de instancias oficiais, segundo testemunhas. Inclusive o próprio presidente Kadyrov havia criticado seu trabalho, recordou o porta-voz de Memorial, Alexandre Cherkassov, à emissora Echo Moskvy.
A organização que em 2004 recebeu o prêmio Nobel Alternativo, estima que a guerra contra os rebeldes islamitas deixou milhares de desaparecidos na Chechênia desde os anos 90. O assassinato de Estemirova demonstra que a realidade no Cáucaso está muito longe da versão oficial, lamentou o presidente do movimento pro Direitos Humanos, Lev Ponomaryov.
Também em Ingusetia foi assassinada uma importante mulher.
Homens que usava armas automáticas mataram nesta quarta-feira uma importante juíza na República russa de Ingusetia, a só 18 meses do assassinato de seu predecessor.
Enquanto a segurança na vizinha república da Chechenia melhorou, a instabilidade piorou no resto da região do Cáucaso Norte, cuja população e majoritariamente mulçumana, e se incrementaram os ataques por parte dois insurgentes islamitas contra as autoridades.
Aza Gazgireyeva, presidenta adjunta da Corte Suprema de Ingusetia, faleceu em um hospital depois que o ônibus em que viajava foi atacada em Nazran, a maior cidade da Iugusetia. Gazgireyeva foi nomeada ao cargo depois que o seu antecessor foi assassinado a tiros há um ano e meio. Os atacantes abriram fogo de dentro de um automóvel contra o ônibus da corte que transportava a Gazgireyeva e também feriram outros seis passageiros antes de se afastar, - informou uma fonte do Ministério do Interior local.
Repressão estatal estará aumentando o número de militantes.
“Este assalto está conectado com suas atividades profissionais. Os criminosos estão se ocultando, mas se está levando a cabo uma operação de busca para apanhá-los”, - indicou a fonte. “Isto ocorreu no centro da cidade. Gazgireyeva morreu em um hospital e outras seis pessoas foram feridas, incluindo três mulheres e um menino de um ano”, acrescentou a fonte. A violência por parte de insurgentes contra as autoridades aumentou em Ingusetia e Dagestán, onde a pobreza e as campanhas repressivas por parte do governo abonaram um terreno de recrutamento fértil para os militantes. Alem disso um franco atirador na sexta-feira passada matou o Ministro do Interior de Dagestán na celebração de uma boda, e homens armados mataram duas pessoas na terça-feira, horas depois de o presidente Dmitry Medvedev buscar unir os funcionários locais na luta contra os insurgentes islamitas.
Analistas dizem que o frágil controle que Moscou exerce na região do Cáucaso Norte poderia ver-se escavado em um momento em que uma forte queda econômica golpeia uma área que já era pobre.
Autor: JOV / dpa/Reuters/afp
Editor: Pablo Kummetz
Em 15.07.2009