O transplante é um procedimento cirúrgico que consiste na reposição de um órgão (coração, pulmão, rim, pâncreas, fígado) ou tecido (medula óssea, ossos, córneas) de uma pessoa doente (receptor), por outro órgão ou tecido normal de um doador vivo ou morto.
Os órgãos e tecidos que podem ser doados e transplantados são:
Coração: A partir da doação pós-morte, é recomendado a pessoas com insuficiência cardíaca e que não respondem a nenhum tratamento ou cirurgia.
Válvulas cardíacas: Indicado para pessoas com doenças da válvula do coração.
Fígado: O órgão tem a capacidade de regenerar-se, por isso, a doação pode ser feita em vida, em transplantes que beneficiam pacientes com cirrose hepática.
Pulmão: Indicado para pessoas com doença pulmonar grave, como fibrose cística, pulmonar e enfisema. Em algumas situações, uma parte do pulmão pode vir de um doador vivo.
Ossos: Implantes dentários, transplantes para lesões da coluna e próteses são alguns tipos utilização para ossos.
Medula óssea: Usada para o tratamento e cura de doenças que afetam suas células, como a leucemia. Um doador pode ser convocado quando houver compatibilidade com o paciente que receberá a medula.
Rim: Os rins podem ser doados tanto em vida quanto após o falecimento. A doação geralmente é feita para pessoas com hipertensão, diabetes, insuficiência renal crônica, entre outras.
Pâncreas: Esse tipo de transplante é feito a partir de doadores falecidos, juntamente com o transplante de rim, beneficiando pessoas com diabetes e problemas renais graves.
Córneas: O transplante da córnea só pode ser feito a partir de doadores falecidos. Ceratocone e distrofia do endotélio são algumas das doenças graves que podem afetar a córnea.
Pele: Pode ser feita por pessoas falecidas ou aquelas que removeram partes da pele em cirurgias estéticas. Recomendado em caso de extensas queimaduras ou doenças dermatológicas graves.
Existem dois tipos de doadores de órgãos, o doador em vida e o doador após ser diagnosticado com morte encefálica.
Doador em vida: Precisa ser uma pessoa em boas condições de saúde, estar em condições de doar o órgão ou tecido sem comprometer a própria saúde e aptidões vitais. Além disso, deve ser uma pessoa juridicamente capaz, pois a doação só pode ser feita com autorização judicial.
Doador pós morte encefálica: A morte encefálica é definida como a ausência de todas as funções neurológicas, ou seja, é permanente e irreversível. A morte encefálica só ocorre e é diagnosticada em pacientes hospitalizados que estejam respirando com ajuda de aparelhos.
Pacientes com diagnóstico de tumores malignos, doença infecciosa grave aguda ou algumas doenças infectocontagiosas não podem ser doadoras de órgãos. Existem outras condições que impedem a doação de órgãos, cuja decisão é feita de maneira muito cuidadosa pelas equipes de transplante.
MORTE ENCEFÁLICA
A morte encefálica é a morte compreendida pela perda completa e irreversível das funções encefálicas cerebrais, definida pela cessação das funções corticais e do tronco encefálico ou tronco cerebral.
Quando isso ocorre, a parada cardíaca será inevitável e, embora ainda haja batimentos cardíacos, a respiração não acontecerá sem ajuda de aparelhos e o coração não baterá por mais de algumas poucas horas. Por isso, a morte encefálica caracteriza a morte de um indivíduo.
COMA
O coma é caracterizado por um estado de inconsciência profunda, onde a pessoa não responde a estímulos externos e não pode ser acordada. É um estado de rebaixamento do nível de consciência, onde as funções cerebrais estão significativamente reduzidas. Indivíduos em coma não demonstram sinais de consciência, como abrir os olhos, responder a perguntas ou seguir comandos.
A fila de espera do estado de São Paulo consegue lotar duas vezes o Estádio Municipal Bruno José Daniel em sua capacidade máxima (12.000 pessoas).
Quantas pessoas esperam por um transplante no estado de São Paulo? 24.103 pacientes
Para determinados órgãos, a fila de espera é de:
Rim: 3 a 5 anos
Pulmão: 18 meses
Coração: 12 a 18 meses
Córnea: 6 meses
Em casos de doadores pós morte encefálica, a família do potencial doador é sempre consultada e deve autorizar a doação, independentemente de qualquer declaração prévia do falecido.
Embora exista a possibilidade de registrar a intenção de doar órgãos através da AEDO, essa manifestação não substitui a autorização familiar. A AEDO é uma ferramenta que facilita a comunicação do desejo do doador, mas a decisão final ainda cabe à família.
Por isso, é fundamental que as pessoas que desejam ser doadoras comuniquem sua vontade aos familiares para que eles possam tomar a decisão com conhecimento e tranquilidade.
Link: https://www.aedo.org.br/