leiTTuras silenciosas
...a escola deveria ser um espaço com momentos de reflexão e de pausa!
Doutora Ana Maria Machado, julho 2020
...para ouvir e relaxar!
Porquê?
É reconhecido, mais ou menos por todos, que os nossos alunos (sobre)vivem (sobre)carregados de estímulos visuais e sonoros em todas as horas do seu dia-a-dia e o quanto isso os influencia e lhes limita a concentração necessária e fundamental para, não só conseguirem LER BEM (em profundidade) como também para assumirem um saber-estar numa sala de aula. Como refere Matos, (2014) “os alunos até gostam da escola mas não das aulas” e, em face disto, todos nós concluiremos da gigantesca (e muitas vezes, inglória) a luta que, enquanto professores, teremos de enfrentar para os “convencer” que, para aprender (e APRENDER BEM), precisam de estar atentos e em silêncio (pelo menos por alguns momentos).
No documento “PERFIL DO ALUNO DO SÉC. XXI” extrai-se a seguinte ideia: “… para além dos conteúdos curriculares, o LER BEM e ESCREVER BEM são duas competências essenciais para que o aluno consiga enfrentar com sucesso a incógnita do seu futuro” (Carlos Sousa Gomes, 2017).
Considerando estes contextos, nasce a ideia que surge com o objetivo principal de levar os alunos a descobrirem o prazer da quietude e da leitura e, “indiretamente” assimilem o gosto pela obtenção do conhecimento.
Síntese:
No início da aula, cria-se um breve momento de indução ao relaxamento e de concentração;
O mediador (PB), o professor ou até um aluno, lê um conto acompanhado com o som de taças tibetanas;
No fim da leitura do conto, e com a orientação do PB e/ou do titular de turma/disciplina, os alunos são convidados a refletir sobre o que acabaram de ouvir;
Distribuição do conto em papel aos alunos para que, e agora em casa, junto da família, esta volte a ser lida pelos mais velhos aos mais novos e/ou lida pelos filhos aos pais;
Aos alunos é sugerido um desafio relacionado com a história que acabaram de ouvir e que poderia/deveria ser desenvolvido, com a ajuda dos pais/EE.
Para quê:
Induzir os alunos à quietude e ao bem-estar;
Ajudar os alunos a saber ouvir uma história e desenvolver a reflexão;
Pela surpresa da abordagem, levar os alunos a estarem mais motivados pela aprendizagem do novo assunto que vai ser introduzido;
Motivar os pais/EE incluindo-os no processo E/A ao serem interpelados pelos próprios filhos a estarem presentes nas suas leituras e no desenvolvimento de um projeto.
Responsável
Aníbal Ruão, professor bibliotecário da Escola Secundária de Caldas de Vizela
email: anibalruao@aevizela.edu.pt
tlm: 96 857 69 40