de acordo com Curtis (2005), já ao final do século XVIII, surgia o apelo por um novo movimento arquitetônico que representasse a ideia de progresso da época, com propostas autênticas que se diferenciassem do passado. com a Revolução Industrial, o avanço tecnológico possibilitou novos métodos de construção e novas formas arquitetônicas. a industrialização trouxe novas demandas para a arquitetura, como estações ferroviárias e habitações mais compactas para atender à vida urbana.

a revolução industrial provocou transformações profundas nos modos de produção, nas tecnologias e na organização social das cidades. avanços técnicos nas áreas da metalurgia, agricultura e indústria têxtil impulsionaram o crescimento acelerado das economias urbanas. ao mesmo tempo, inovações no campo da medicina, associadas à melhoria dos padrões nutricionais, contribuíram para uma queda significativa nas taxas de mortalidade. segundo Frampton (2003), esse conjunto de fatores resultou em um processo intenso de êxodo rural e concentração demográfica nas cidades industriais emergentes.

as cidades, originalmente dimensionadas para populações estáveis e reduzidas, foram rapidamente sobrecarregadas. entre os casos mais emblemáticos está Manchester, cuja população cresceu oito vezes ao longo do século XIX, e Londres, que passou de cerca de 1 milhão para 6,5 milhões de habitantes em apenas cem anos. essa súbita explosão populacional gerou uma crise urbana sem precedentes, revelando a completa inadequação da infraestrutura existente para acomodar a nova massa de trabalhadores (FRAMPTON, 2003).