a discussão sobre a existência mínima na arquitetura ressurge com força no cenário contemporâneo, impulsionada por urgências sociais, econômicas e ambientais. O crescimento acelerado das cidades, o aumento do custo de vida e a exclusão provocada pela especulação imobiliária reacendem a importância de soluções espaciais que se proponham a fazer mais com menos. A habitação mínima, anteriormente formulada para responder a crises habitacionais do século XX, encontra hoje um novo papel: o de promover acesso, mobilidade e diversidade social nos centros urbanos, muitas vezes dominados por modelos excludentes de ocupação.

segundo Le Corbusier (1956), o espaço mínimo deve ser pensado como uma máquina de morar, capaz de abrigar o essencial à vida com conforto, funcionalidade e ordem. Essa racionalização não busca precarizar o habitar, mas sim reorganizá-lo de forma lógica e eficiente. Projetos como o Le Cabanon, foram exemplos emblemáticos dessa ideia de redução dos espaços ao mínimo essencial.

o modelo de hotel cápsula tem se consolidado como uma alternativa viável de hospedagem nos centros urbanos, especialmente em locais com alta densidade populacional e intensa circulação turística. Do ponto de vista do usuário, uma das principais vantagens é a relação custo-benefício. Ao oferecer um espaço individual mais privado do que os alojamentos coletivos tradicionais, os hotéis cápsula permitem ao hóspede uma experiência de maior autonomia, sem comprometer o preço acessível. Além disso, a convivência em áreas comuns pode favorecer o intercâmbio de informações entre viajantes, enriquecendo a experiência turística de forma econômica (KOBAYASHI; IKEDA, 2024).